A Cabeça Muda
Desde sempre que o tema da violência interessa a Cláudia Lucas Chéu, sobretudo a que ocorre no seio familiar. A família como um modelo em microescala do funcionamento da sociedade, o paradigma pelo qual se regem também as grandes guerras.
| Editora | Companhia das Ilhas |
|---|---|
| Coleção | azulcobalto |
| Categorias | |
| Editora | Companhia das Ilhas |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Cláudia Lucas Chéu |
Escritora, poeta e dramaturga. Professora na Universidade de Évora e na Escola Superior de Comunicação Social. Tem publicados os textos para teatro Glória ou Como Penélope Morreu de Tédio (2011) e Violência – Fetiche do Homem Bom (2013), nas edições Bicho-do-Mato/Teatro Nacional D. Maria II, e Veneno (2015, Coleção Curtas da Nova Dramaturgia − Memória), edições Guilhotina.
Em prosa poética, publicou o livro Nojo (2014), na (não) edições. Em poesia, o livro Trespasse (2014), Edições Guilhotina e Pornographia (2016), Editora Labirinto. Em 2017, foi publicado o seu livro Ratazanas (poesia), pela Selo Demónio Negro, em São Paulo (Brasil). Publicou, em 2018, o seu primeiro romance Aqueles Que Vão Morrer, Editora Labirinto, e Beber Pela Garrafa (poesia), pela Companhia das Ilhas. Seguiram-se A Mulher-Bala e Outros Contos, Editora Labirinto, em 2019, Confissão (poesia), Companhia das Ilhas, em 2020, A Mulher Sapiens (contos e ensaios, originalmente publicados no jornal Público), Companhia das Ilhas, em 2021, A Vida Mentirosa das Crianças, Nova Mymosa, em 2021, Ode Triumphal à Cona (poesia), Companhia das Ilhas, em 2022, e Orlando − Tratado Sobre a Dignidade Humana (dramaturgia), Teatro Nacional D. Maria II, em 2022. Acaba de ser editado, em 2023, A Angústia da Rapariga
Antes da Faca (ensaio), Nova Mymosa.
DISTINÇÕES
O livro Confissão (publicado em Portugal pela Companhia das Ilhas e no Brasil pela editora Reformatório) foi semi-finalista do Prémio Oceanos (2021).
Orlando − Tratado Sobre a Dignidade Humana faz parte do Plano Nacional de Leitura (PNL).
Vencedora da residência literária do Instituto Camões em Maputo, Moçambique (2023).
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Glória ou Como Penélope Morreu de TédioO tema da espera e a recusa do luto dão corpo a uma figura, Pathos, que em tom de litania tece um hino à mãe, convocando memórias espectrais que nele se reflectem como num espelho estilhaçado.Em Glória, a espera tem um papel intensamente psíquico: gera silêncio interior e reflexão, a qual por sua vez estimula a consciência da perda e actua como um catalisador do luto. -
A Mulher-Bala e Outros ContosNeste livro, o olhar "desenganado" (implacável, sem ilusões) é o da autora. «Caro Leitor, cara Leitora, se está cansado de ler os contos realistas que abundam nas livrarias, por favor leia os deste livro, que sentirá, mentalmente, primeiro, algo semelhante à falta de ar motivada por um murro no estômago, depois algumas inquietações lhe aparecerão espontaneamente. Não se pode pedir mais a um livro.» Miguel Real -
Violência - Fetiche do Homem BomEste volume reúne quatro peças para teatro de Cláudia Lucas Chéu, nas quais se olha de frente, com um sentido de urgência, para a nossa contemporaneidade. Violência – fetiche do homem bom é uma viagem exploratória aos abismos mais subterrâneos e hardcore da violência humana, guiada por dois irmãos, Miguel e Gabriel, adeptos de junk food e fãs da estrela porno Sasha Grey. Spirale de Jouissance – Círculo Onanista, peça escrita para ser dita em francês e legendada em português, coloca-nos frente a frente com um ator, no centro de um peep show. Numa época em que a Europa vive obcecada com a crise económica, o plano de dois irmãos da upper class é morrerem soterrados em dinheiro. Em Bank, Bank, You’re dead?, fala-se do capitalismo e da hipermodernidade, mas também do amor e da ética. Europa, Ich Liebe Dich é construída a partir do mito grego, no qual a princesa fenícia Europa é raptada por Zeus – disfarçado de touro – e procurada pelo seu pai. Propõe-se aqui uma party, uma discoperformance, em torno do mito da fundação da Europa. -
A Mulher Sapiens - Textos reunidosOs textos reunidos nesta obra foram escritos maioritariamente para o suplemento P3, do jornal Público, entre 2019 e 2020. O tema congregador aponta, sobretudo, para o papel da mulher (ou os vários papéis que desempenha) na sociedade contemporânea. Predominantemente contos curtos, crónicas e ensaios breves, estes textos pretendem perscrutar a condição das mulheres nos seus mais diversos contextos (sexual, profissional, familiar, entre outros), e assinalar como a própria definição de mulher é algo em evolução, mutável, obedecendo cada vez menos a convenções sociais. -
Beber pela GarrafaBeber Pela Garrafa, é o quinto livro de poesia de Cláudia Lucas Chéu. Encontra-se dividido em duas partes – Consanguinidade e Bastardia. A primeira parte, é composta por narrativas poéticas de temática familiar; a segunda, por poemas de amor e desgosto, na ambiência da metrópole e do subúrbio. Depois deste livro, a autora publicou na Companhia das Ilhas o livro de poemas CONFISSÃO e outro de crónicas/contos, A MULHER SAPIENS. Segunda edição, revista e aumentada. -
Beber pela GarrafaBeber Pela Garrafa, é o quinto livro de poesia de Cláudia Lucas Chéu. Encontra-se dividido em duas partes – Consanguinidade e Bastardia. A primeira parte, é composta por narrativas poéticas de temática familiar; a segunda, por poemas de amor e desgosto, na ambiência da metrópole e do subúrbio. Depois deste livro, a autora publicou na Companhia das Ilhas o livro de poemas CONFISSÃO e outro de crónicas/contos, A MULHER SAPIENS. Segunda edição, revista e aumentada. -
Ode Triumphal à ConaTerceiro livro de poesia publicado pela autora na Companhia das Ilhas – depois de Beber pela Garrafa e Confissão. A atenção ao que a rodeia, a linguagem disruptiva – mas bem humorada, sempre que possível… Inqualificável, e ainda bem. Alguns – e algumas – engolirão a língua, morta ou em acelerada decomposição, tanto faz. «Qui a déjà bouffé une chatte? Fá-lo bem quem erguer o dedo. Quem nunca manjou — ou quis que lha jantassem — que atire a primeira língua. Mesmo maldita, alça toda a espécie de gente: cavalheiros e senhoras, eruditos e pessoas rudes, e muitos imbecis, evidentemente. Oh sim, é incomensurável o poder da cona.» C.A.M. -
OrlandoExplico-te, Então que aquilo que consideras "normal" é apenas uma questão de número, de estatística, e que não há nada de anormal num casal homosexual. Da forma mais simples possivel, relembro-te que não pode haver nada de errado entre duas pessoas adultas que se amam, sejam ou não do mesmo género. Que amar é amar, e que não se entende como é que alguém pode condenar isso. Concordas comigo e perguntas se podes subir o volume da musica que está a dar na rádio. Percebo que a música não é uma evasiva, vejo que não te aquece nem te arrefece este assunto da homosexualidade; talvez a maior preocupaçao esteja do meu lado. -
Confissão2.ª edição.É o seu primeiro livro de poesia confessional. Trata-se de um livro autobiográfico com um único poema longo. Quando relê o que escreveu, a autora fica assombrada pela possibilidade de ter deixado o rabo à mostra nas páginas de Confissão. -
Um Quarto com Vista sobre o meu QuartoAs mulheres aqui retratadas não têm idade, os seus corpos são reais e palpáveis, ocupam espaço, têm cheiros, movimentos, desatinos. Conhecem o travo do suor e da menstruação, são poderosamente sexuadas e exploram sem pudor nem hipocrisia os recônditos do desejo, da solidão, da alegria e da tristeza. São mulheres sábias, com amores e humores, com hesitações e ímpetos, paixões e desamores. São mulheres que não recuam perante as apreensões e os medos e que avançam para as vitórias, os feitos, as afirmações, a alegria, o regozijo, o amor, o sexo e a liberdade. Cláudia Lucas Chéu leva-nos a conhecê-las, ou melhor, a reconhecê-las. Porque estas mulheres – e estes homens – são (somos) todos nós.Helena Vasconcelos (do Prefácio)
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O Essencial Sobre José Saramago«Aquilo que neste livro se entende como essencial em José Saramago corresponde à sua específica identidade como escritor, com a singularidade e com as propriedades que o diferenciam, nos seus fundamentos e manifestações. Mas isso não é tudo. No autor de Memorial do Convento afirma-se também uma condição de cidadão e de homem político, pensando o seu tempo e os fenómenos sociais e culturais que o conformam. Para o que aqui importa, isso é igualmente essencial em Saramago, até porque aquela condição de cidadão não é estranha às obras literárias com as quais ela interage, em termos muito expressivos.» in Contracapa -
Confissões de um Jovem EscritorUmberto Eco publicou seu primeiro romance, O Nome da Rosa, em 1980, quando tinha quase 50 anos. Nestas suas Confissões, escritas cerca de trinta anos depois da sua estreia na ficção, o brilhante intelectual italiano percorre a sua longa carreira como ensaísta dedicando especial atenção ao labor criativo que consagrou aos romances que o aclamaram. De forma simultaneamente divertida e séria, com o brilhantismo de sempre, Umberto Eco explora temas como a fronteira entre a ficção e a não-ficção, a ambiguidade que o escritor mantém para que seus leitores se sintam livres para seguir o seu próprio caminho interpre tativo, bem como a capacidade de gerar neles emoções. Composto por quatro conferências integradas no âmbito das palestras Richard Ellmann sobre Literatura Moderna que Eco proferiu na Universidade Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos, Confissões de um jovem escritor é uma viagem irresistível aos mundos imaginários do autor e ao modo como os transformou em histórias inesquecíveis para todos os leitores. O “jovem escritor” revela-se, afinal, um grande mestre e aqui partilha a sua sabedoria sobre a arte da imaginação e o poder das palavras. -
Sobre as MulheresSobre as Mulheres é uma amostra substancial da escrita de Susan Sontag em torno da questão da mulher. Ao longo dos sete ensaios e entrevistas (e de uma troca pública de argumentos), são abordados relevantes temas, como os desafios e a humilhação que as mulheres enfrentam à medida que envelhecem, a relação entre a luta pela libertação das mulheres e a luta de classes, a beleza, o feminismo, o fascismo, o cinema. Ao fim de cinquenta anos – datam dos primeiros anos da década de 1970 –, estes textos não envelheceram nem perderam pertinência. E, no seu conjunto, revelam a curiosidade incansável, a precisão histórica, a solidez política e o repúdio por categorizações fáceis – em suma, a inimitável inteligência de Sontag em pleno exercício.«É um deleite observar a agilidade da mente seccionando através da flacidez do pensamento preguiçoso.» The Washington Post«Uma nova compilação de primeiros textos de Sontag sobre género, sexualidade e feminismo.» Kirkus Reviews -
Para Tão Curtos Amores, Tão Longa VidaNuma época e num país como o nosso, em que se regista um número muito elevado de divórcios, e em que muitos casais preferem «viver juntos» a casar-se, dando origem nas estatísticas a muitas crianças nascidas «fora do casamento», nesta época e neste país a pergunta mais próxima da realidade não é por que duram tão pouco tantos casamentos, mas antes: Por que é que há casamentos que duram até à morte dos cônjuges? Qual é o segredo? Há um segredo nisso? Este novo livro de Daniel Sampaio, que traz o título tão evocativo: Para Tão Curtos Amores, Tão Longa Vida, discute as relações afetivas breves e as prolongadas, a monogamia e a infidelidade, a importância da relação precoce com os pais e as vicissitudes do amor. Combinando dois estilos, o ficcional e o ensaístico, que domina na perfeição, o autor traz perante os nossos olhos, de modo muito transparente e sem preconceitos, tão abundantes nestas matérias, os problemas e dificuldades dos casais no mundo de hoje, as suas vitórias e derrotas na luta permanente para manterem viva a sua união.Um livro para todos nós porque (quase) todos nós, mais tarde ou mais cedo, passamos por isso. -
A Vida na SelvaHá quem nasça para o romance ou para a poesia e se torne conhecido pelo seu trabalho literário; e quem chegue a esse ponto depois de percorrer um longo caminho de vida, atravessando os escolhos e a complexidade de uma profissão, ou de uma passagem pela política, ou de um reconhecimento público que não está ligado à literatura. Foi o caso de Álvaro Laborinho Lúcio, que publicou o seu primeiro e inesperado romance (O Chamador) em 2014.Desde então, em leituras públicas, festivais, conferências e textos com destinos vários, tem feito uma viagem de que guarda memórias, opiniões, interesses, perguntas e respostas, perplexidades e reconhecimentos. Estes textos são o primeiro resumo de uma vida com a literatura – e o testemunho de um homem comprometido com as suas paixões e o diálogo com os outros. O resultado é comovente e tão inesperado como foi a publicação do primeiro romance. -
Almoço de DomingoUm romance, uma biografia, uma leitura de Portugal e das várias gerações portuguesas entre 1931 e 2021. Tudo olhado a partir de uma geografia e de uma família.Com este novo romance de José Luís Peixoto acompanhamos, entre 1931 e 2021, a biografia de um homem famoso que o leitor há de identificar — em paralelo com história do país durante esses anos. No Alentejo da raia, o contrabando é a resistência perante a pobreza, tal como é a metáfora das múltiplas e imprecisas fronteiras que rodeiam a existência e a literatura. Através dessa entrada, chega-se muito longe, sem nunca esquecer as origens. Num percurso de várias gerações, tocado pela Guerra Civil de Espanha, pelo 25 de abril, por figuras como Marcelo Caetano ou Mário Soares e Felipe González, este é também um romance sobre a idade, sobre a vida contra a morte, sobre o amor profundo e ancestral de uma família reunida, em torno do patriarca, no seu almoço de domingo.«O passado tem de provar constantemente que existiu. Aquilo que foi esquecido e o que não existiu ocupam o mesmo lugar. Há muita realidade a passear-se por aí, frágil, transportada apenas por uma única pessoa. Se esse indivíduo desaparecer, toda essa realidade desaparece sem apelo, não existe meio de recuperá-la, é como se não tivesse existido.» «Os motoristas estão à espera, o brado da multidão mistura-se com o rugido dos motores. Antes de entrarmos, o Mário Soares aproxima-se de mim, correu tudo tão bem, e abraça-me com um par estrondosas palmadas no centro das costas. A coluna de carros avança devagar pelas ruas da vila. Tenho a garganta apertada, não consigo falar. Como me orgulha que Campo Maior seja a capital da península durante este momento.»«Autobiografia é um romance que desafia o leitor ao diluir fronteiras entre o real e o ficcional, entre espaços e tempos, entre duas personagens de nome José, um jovem escritor e José Saramago. Este é o melhor romance de José Luís Peixoto.»José Riço Direitinho, Público «O principal risco de Autobiografia era esgotar-se no plano da mera homenagem engenhosa, mas Peixoto evitou essa armadilha, ao construir uma narrativa que se expande em várias direções, acumulando camadas de complexidade.»José Mário Silva, Expresso -
Diário SelvagemEste «Diário Selvagem», «até aqui quase integralmente inédito, é um livro mítico, listado e discutido em inúmeras cartas e cronologias do autor, a que só alguns biógrafos e estudiosos foram tendo acesso». -
O Último Diabo a MorrerO QUARTO ROMANCE DA SÉRIE O CLUBE DO CRIME DAS QUINTAS-FEIRAS, QUE VENDEU MAIS DE 10,5 MILHÕES DE EXEMPLARES EM TODO O MUNDONotícias chocantes chegam ao Clube do Crime das Quintas-Feiras. Um velho amigo que trabalhava no ramo das antiguidades foi assassinado e um perigoso pacote que ele guardava desapareceu.Quando o quarteto de detetives entra em ação para resolver o mistério, depara-se com falsificadores de arte, burlões da Internet e traficantes de droga, bem como com um desgosto que lhes é muito próximo. Com o tempo a passar, a contagem de mortes a aumentar, o pacote ainda desaparecido e os problemas no seu encalce, será que a sorte de Elizabeth, Joyce, Ron e Ibrahim finalmente se esgotou? E quem será o último diabo a morrer?«Profundamente comovente...uma das suas melhores obras de sempre.»Telegraph"