Temos à sua espera uma diversidade de livros com temas que o ajudarão a explorar as dinâmicas da sociedade através de diferentes perspetivas e enriquecer o seu conhecimento sobre o mundo à sua volta, desde teoria social até questões de género, ambiente e saúde.
Malinowski apresenta neste livro a sua formulação definitiva da teoria do funcionalismo. No conjunto, constitui a visão madura de um dos mais brilhantes e influentes antropólogos surgidos na história desta disciplina sobre um tema de maior importância. Os seus pontos de vista, tal como aqui se expõem, são o produto de uma acesa controvérsia. Por conseguinte, tiveram o mais feliz destino reservado às ideias: foram submetidos a análise exaustiva por parte de especialistas com posições rivais. O facto de terem resistido, salvo algumas alterações mínimas, à análise a que foram sujeitos, evidencia a sua vitalidade.
Durante séculos ouvimos uma história bem conhecida sobre as origens das sociedades humanas e das desigualdades sociais: os seres humanos viveram a maior parte da sua existência na Terra em pequenos clãs de caçadores-recoletores. Depois, veio a agricultura, e com ela surgiu a propriedade privada. Por fim, criaram-se as cidades, e com elas nasceram as civilizações e as guerras, a burocracia, o patriarcado e a escravatura. Mas esta narrativa tem um problema: é falsa.Assente em investigações inovadoras, este bestseller internacional traz-nos uma perspetiva radicalmente diferente acerca da história da humanidade, questionando os nossos pressupostos fundamentais sobre a evolução social – desde o desenvolvimento da agricultura e das cidades às origens do Estado, da democracia e da desigualdade –, e abrindo os nossos horizontes, ao mostrar que é sempre possível reinventar as nossas liberdades e os nossos modos de organização social.Um livro monumental de um extraordinário alcance intelectual de que ninguém sairá indiferente e que vai, sem dúvida, alterar a nossa perceção da história humana.«Fascinante, provocador, inovador. Um livro que vai alimentar debates durante anos.»Rutger Bregman, autor de Humanidade, Uma História de Esperança e Utopia para Realistas«O Princípio de Tudo é (…) a revisão radical de tudo, libertando-nos das histórias conhecidas sobre o passado da humanidade que são demasiadas vezes implantadas para impor limitações na forma como imaginamos o futuro da humanidade.»Rebecca Solnit, autora de As Coisas Que os Homens Me Explicam e Esta Distante Proximidade «Isto não é um livro. É um banquete intelectual. Não há um único capítulo que não seja disruptivo (de forma divertida) acerca de crenças intelectuais há muito implantadas. É profundo, iconoclástico, factualmente rigoroso e de agradável leitura.» Nassim Nicholas Taleb, autor de Iludidos pelo Acaso e Arriscar a Pele«Um relato espetacular, apelativo e inovador da história humana, fervilhando com recusas iconoclásticas perante os conhecimentos convencionais. Cheio de pensamentos refrescantes, é um prazer de ler e oferece um desafio estimulante a cada página.» Simon Sebag Montefiore, autor de Jerusalém, A Biografia e Os Romanov «Uma investigação fascinante que nos leva a repensar a natureza das capacidades humanas, bem como os momentos mais orgulhosos da nossa própria história, e as nossas interações com as culturas e os intelectuais esquecidos das sociedades indígenas e a dívida que temos para com eles. Desafiante e esclarecedor.» Noam Chomsky«Iconoclástico e irreverente (…) uma leitura estimulante (…). Quando procuramos novos modelos sustentáveis de organizar o nosso mundo, precisamos de compreender toda a gama de formas de pensar e viver dos nossos antepassados. E devemos certamente questionar versões convencionais da nossa história.» David Priestland, The Guardian
A escrita minimalista deste livro pede leitura maximalista, quer ser pausadamente interpretada. Por extenso e por intenso. Este livro não é um livro de sabedoria. É antes um livro consciente de que há sabedoria para lá de tudo o que nele está escrito.Este livro não tem começo nem fim. É feito de pontos de partida à discrição do leitor ou da leitora, deixando-lhe a tarefa de imaginar a chegada. Apenas tem de ser lido devagar, porque o que falta dizer é uma insinuação ardilosa do que falta fazer.
Este livro abrange cerca de duas décadas, a maioria dos anos imediatamente antes do 25 de Abril e logo após. Correspondem, grosso modo, ao consumar do declínio de um tempo longo, no dizer do eminente sociólogo rural Oliveira Batista. A seu ver iniciado nos anos cinquenta do século passado, acelerado, considero eu, pela poderosa vaga migratória dos anos 60, a que o 25 de Abril, mais a designada Reforma Agrária, puseram um fim, no dealbar dos anos 80. Aquilo que classificou como o dissociar progressivo da agricultura e do mundo rural foi transfigurando o que durante séculos parecia imutável. Nos costumes, nas práticas agrícolas dominantes, nas relações sociais de produção, nos modos de vidas, nos comportamentos... Nascia-se, casava-se, trabalhava-se e morria-se na aldeia ou no território à medida do seu horizonte, permanecendo uma vida do mesmo lado social: quase todos pobres e alguns ricos.***Recebo o texto e leio-o num ápice com emoção e encantamento. (...)A obra de Abílio Amiguinho é uma produção literária fundada no cerzir de curtas narrativas, que se instituem como saborosas “estórias” próprias de um livro de contos. Trata-se de um livro tão pessoal que foi escrito com as “vísceras” pro- fundas de uma tradição literária alentejana em que se inscrevem muitos outros autores. Penso, nomeadamente, no Saramago de “Levantados do chão”, no Rodrigues Miguéis de “O pão não cai do céu” e em Manuel da Fonseca com o seu “Cerro maior”.A este propósito, também associo os escritos de Abílio Amiguinho a autores de outras paragens, mas tão universais como Jack London e George Orwel que vestiram a pele dos condenados da terra, para melhor encarnar as suas ansiedades de uma sociedade mais justa. [RUI CANÁRIO]
Um conjunto de análises que visam restituir à crítica cultural o seu papel político e pedagógico, ético e epistemológico, resgatando-a de uma propensão para a autocomplacência ou de uma função meramente descritiva das tendências sociais.
A reconfiguração computacional das diversas esferas da vida social não só tem trazido transformações originais e profundas na vida privada e pública, como também tem reforçado tendências históricas e culturais já instaladas há décadas nas sociedades ocidentalizadas, estruturando a reorganização e ressignificação das relações entre instituições, mercados, governos, media, estruturas pedagógicas, exercícios de cidadania, cultura do lazer, etc. Explorar algumas das interseções entre evoluções sociotécnicas, dinâmicas psicossociais, axiomas ideológicos e interesses económicos permite assinalar os contornos de uma fenomenologia do poder atravessada por tensões diversificadas entre novas hierarquias organizadas em rede e renovados terrenos de subjetivação.
O encontro pessoal entre mestre e discípulo é o tema de George Steiner neste livro absolutamente fascinante, uma sólida reflexão sobre a interacção infinitamente complexa e subtil de poder, confiança e paixão que marca as formas mais profundas de pedagogia. Baseado em conferências que o autor proferiu na Universidade de Harvard, As Lições dos Mestres evoca um grande número de figuras exemplares, nomeadamente, Sócrates e Platão, Jesus e os seus discípulos, Virgílio e Dante, Heloísa e Abelardo, Tycho Brahe e Johann Kepler, o Baal Shem Tov, sábios confucionistas e budistas, Edmund Husserl e Martin Heidegger, Nadia Boulanger e Knute Rockne. Escrito com erudição e paixão, o presente livro é em si mesmo uma lição magistral sobre a elevada vocação e os sérios riscos que o verdadeiro professor e o verdadeiro aluno assumem e partilham.
Considerada como uma das primeiras obras protofeministas, é um manifesto que apela à mudança, instando os leitores a questionarem e a confrontarem as estruturas que perpetuavam a desigualdade. Passados mais de 200 anos, a discussão ainda prevalece e, por isso, é essencial não esquecer as muitas mulheres que lutaram - e continuam a lutar - por uma sociedade efetivamente mais justa e igualitária.
A educação cívica e política pode desempenhar um papel relevante no quotidiano de um regime democrático, onde o processo através do qual as decisões políticas são tomadas constitui um complexo emaranhado de regras, procedimentos, relações entre inúmeras instituições e um conjunto de outros detalhes que podem gerar um sentimento de desorientação a quem o tenta compreender.Reconhecendo a relevância deste tópico e convicta do bom exemplo dado pela realidade alemã, a Fundação Konrad Adenauer deu início ao projeto “Educação Cívica e Política em Portugal”, no qual esta publicação se enquadra.
O kitsch já não é o que era. De estilo censurável, consagrado a um universo decorativo marcado pela falta de gosto, metamorfoseou-se num neo-kitsch trendy, sistémico e planetário.Mas uma sociedade sem kitsch é desejável?
Violência Doméstica - Retrato de um país na sombra
Os trabalhos de elaboração deste Parecer, para além dos contributos dos membros do Conselho, contaram também com o contributo fundamental de especialistas e entidades relevantes, indicadas por Conselheiros do CES, em forma de audições presenciais e escritas.
Projeto de investigação financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, no âmbito do Protocolo com o Alto Comissariado para a Imigração e o Diálogo Intercultural, e desenvolvido pelo Centro de Estudos Sociais, em parceria com o CESNOVA. A obra procura responder às seguintes questões:
Quais as razões para a falta de mobilização dos potenciais votantes estrangeiros em Portugal? Como explicar o facto de muitos dos que integram o grupo de recenseados serem eleitos com sucesso? De que maneira o envolvimento dos imigrantes em instituições democráticas formalmente representativas ao nível local difere do comportamento da maioria? Será que este facto reproduz substancialmente a matriz política da sociedade portuguesa?
A época contemporânea é a da proliferação dos ecrãs, mas a omnipresença destes não significa, para os autores, um empobrecimento do pensamento ou da estética, antes obriga a conceber um modelo inédito de inteligibilidade do cinema, dos outros ecrãs e, mais profundamente, da cultura.
AS SOCIEDADES contemporâneas e o sistema mundial em geral estão a passar por processos de transformação social muito rápidos e muito profundos que põem definitivamente em causa as teorias e os conceitos, os modelos e as soluções anteriormente considerados eficazes para diagnosticar e resolver crises sociais. A pobreza extrema de uma parte significativa e crescente da população mundial, o agravamento aparentemente irreversível das desigualdades sociais em virtualmente todos os países, a degradação ambiental e a ausência de soluções credíveis para qualquer destes problemas, levam-nos a pensar que o que está verdadeiramente em crise é o modelo civilizacional no seu todo, isto é, o paradigma da modernidade ocidental.
Esta é uma versão revista e ampliada da primeira edição publicada em meados da década de 1990. A aceitação que este livro conheceu junto do público ao longo dos anos é talvez o melhor testemunho da atualidade dos temas que nele são abordados. Trata-se de um livro muito especial, entre todos os escritos por Boaventura de Sousa Santos, pelo seu caráter seminal. Nele se encontram os fundamentos de grande parte do trabalho que viria a desenvolver em anos posteriores e até mesmo ao presente.
O desejo de agradar e os comportamentos sedutores parecem intemporais, uma vez que as espécies se reproduzem sexualmente. No entanto, a hipermodernidade liberal marca uma rutura importante nessa história milenar, uma vez que impõe às nossas sociedades a generalização do ethos sedutor e a supremacia dos seus mecanismos.
As palavras de ordem não são restringir, ordenar, disciplinar, reprimir, mas sim «agradar e tocar».
A economia consumista oferece diariamente anúncios atrativos que são dominados pelo imperativo de captar o desejo, a atenção e os afetos; o modelo educativo é elaborado para assentar na compreensão, no prazer, na escuta relacional; na esfera política, longe vão os tempos da convicção no poder da propaganda uma vez que se impõe a sedução por formas de comunicar através da imagem, completando a dinâmica de secularização da autoridade do poder. A sedução tornou-se a figura suprema do poder nas sociedades democráticas liberais.