Com um papel crucial na transmissão da cultura, história e valores da sociedade, a literatura abrange uma vasta gama de géneros literários, cada um com uma maneira própria de se conectar com os leitores. Romances, Policiais e Thrillers, Literatura Fantástica, Ensaios Literários, Crónicas e Poesia são alguns dos géneros que poderá encontrar nesta categoria, composta por uma larga seleção de obras que irão ao encontro do seu gosto e dos seus interesses.
A história de uma família mergulhada na infâmia, narrada por uma rapariga sobredotada, com problemas emocionais: ingredientes para um romance de alta voltagem.«De um só golpe, destruí a segunda juventude da minha mãe, talvez a única.» Assim conhecemos María Micaela Stradolini, ou Chela, protagonista inolvidável deste romance, ambientado na alta burguesia argentina dos anos 1920. A irrequieta e antissocial Chela mergulha num baú de papéis e fotografias, tesouros perdidos da sua biografia e da sua família. Ela, que nunca foi nada para ninguém e que é incapaz de se comover, até com a morte do que foi o seu grande amor, vai usar estes objetos para regressar a uma infância de menina rica e talentosa, magra demais e morena demais para o gosto da época. O retrato do que a rodeia é sombrio: a mãe, uma pianista fracassada, adora apenas Lula, a filha do meio; o pai é frio e psicologicamente violento; Lula insulta constantemente a irmã; Juan Sebastián nasce com uma deficiência profunda.A ânsia maior de Chela é por libertação e liberdade — encontrará ambas nas viagens que faz como adulta, em busca do seu passado e do seu futuro, incluindo uma viagem à Sicília, onde encontrará, por fim, as raízes da sua singularidade.Aurora Venturini, celebrizada pelo romance As primas, volta a mostrar-se, com um exímio equilíbrio entre sombra e luz, ironia e profundidade, como uma cronista mordaz da natureza humana. A família Caserta é mais uma brilhante exibição da verve narrativa de uma escritora que se adiantou ao seu próprio tempo.«A família Caserta revela a convicção de que a literatura é o lugar para aprofundar o mal, sob todas as formas; não o mal monótono e previsível dos puritanos, mas aquelas dimensões imaginárias do mal que têm poder estético e que redimem. […] Neste romance, é possível encontrar um raro êxtase de felicidade verbal […], numa prosa que expressa um desenraizamento total e horrendo.» La Nación
Seis dias. Carlos tem seis dias para decidir se espera pela morte ou se lhe sai ao caminho. Para decidir se deixa a Alzheimer levar a cabo a sua negra labuta ou se lhe arranca a presa das garras. A presa é ele próprio, o tempo escasseia. Seis dias para fazer as pazes com o seu passado ou para deixar que a demência se apodere de tudo. No centro desse passado está o avô Adriano, a pessoa mais importante da sua infância, de quem conserva uma imagem luminosa, nada consentânea com a descoberta posterior do seu ativismo nazi.
Seis dias é tudo o que se concedeu para entender ou perecer. Para encontrar ou desaparecer.
No mais recente e trepidante thriller de Daniel Silva, autor n.º 1 da lista dos mais vendidos do The New York Times, Gabriel Allon embarca na busca de um quadro roubado de Vermeer e descobre uma conspiração que poderia levar o mundo à beira do Armagedão nuclear.Na manhã seguinte à gala anual da Venice Preservation Society, Gabriel Allon, restaurador de quadros e espião lendário, entra no seu bar preferido da ilha de Murano e aí encontra o general Cesare Ferrari, comandante da Brigada de Arte, que aguarda, ansioso, a sua chegada. Os carabinieri tinham feito uma descoberta assombrosa na villa amalfitana de um magnata sul-africano morto em circunstâncias suspeitas: uma câmara acouraçada secreta que continha uma moldura e um esticador vazios cujas dimensões coincidiam com as do quadro desaparecido mais valioso do mundo. O general Ferrari pede a Gabriel para encontrar discretamente a obra-prima antes que o seu rasto se volte a perder. - Esse não é o vosso trabalho?- Encontrar quadros roubados? Teoricamente, sim. Mas o Gabriel é muito melhor a fazê-lo do que nós.O quadro em questão é O concerto de Johannes Vermeer, uma das treze obras roubadas do Museu Isabella Stewart Gardner de Boston, em 1990. Com a ajuda de uma aliada inesperada, uma bela hacker e ladra profissional dinamarquesa, Gabriel não demora a descobrir que o roubo do quadro faz parte de uma tramoia ilegal de milhares de milhões de dólares na qual está implicado um indivíduo cujo nome de código é «o colecionador», um executivo da indústria energética estreitamente vinculado às altas esferas do poder na Rússia. O quadro desaparecido é o eixo de um complô que, caso seja bem-sucedido, poderia submeter o mundo a um conflito de proporções apocalípticas. Para o desmantelar, Gabriel terá de perpetrar um golpe de extrema audácia enquanto milhões de vidas estão presas por um fio.
Ele diz-lhe que ela é especial...
Advogada de renome, Ingrid Lewis está habituada a lidar com clientes complicados, mas nada que se compare a John Webster. Depois de o defender contra uma acusação de perseguição, Webster volta-se contra ela
Ele diz que a quer proteger...
Ingrid acredita que finalmente escapou às garras de Webster. Mas, quando um dos seus colegas é atropelado numa movimentada rua de Londres, Ingrid tem certeza de que ela era o alvo.
Umberto Eco publicou seu primeiro romance, O Nome da Rosa, em 1980, quando tinha quase 50 anos. Nestas suas Confissões, escritas cerca de trinta anos depois da sua estreia na ficção, o brilhante intelectual italiano percorre a sua longa carreira como ensaísta dedicando especial atenção ao labor criativo que consagrou aos romances que o aclamaram. De forma simultaneamente divertida e séria, com o brilhantismo de sempre, Umberto Eco explora temas como a fronteira entre a ficção e a não-ficção, a ambiguidade que o escritor mantém para que seus leitores se sintam livres para seguir o seu próprio caminho interpre tativo, bem como a capacidade de gerar neles emoções. Composto por quatro conferências integradas no âmbito das palestras Richard Ellmann sobre Literatura Moderna que Eco proferiu na Universidade Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos, Confissões de um jovem escritor é uma viagem irresistível aos mundos imaginários do autor e ao modo como os transformou em histórias inesquecíveis para todos os leitores. O “jovem escritor” revela-se, afinal, um grande mestre e aqui partilha a sua sabedoria sobre a arte da imaginação e o poder das palavras.
Estamos no início da década de 1960. A fim de investigar a morte horrenda de um jovem físico brilhante, o oficial do KGB Major Aleksandr Vasin deve trocar Moscovo por Arzamas-16, uma cidade de investigação ultrassecreta que não aparece nos mapas.Sob as ordens do próprio Nikita Khrushchev, a União Soviética está a construir uma arma nuclear com 3800 vezes o potencial destrutivo da bomba de Hiroshima. O projeto é de tal importância que quem nele trabalha – ao contrário de todos os outros soviéticos – pode pensar, agir, viver e amar como quiser. Inspirado em factos reais, este é um thriller vertiginoso ambientado no auge – e no coração – do poder soviético
Um tríptico de histórias sobre amor, desejo, traição, misoginia e as sempre intrigantes interações entre mulheres e homens.
Celebrada pelos seus contos, Claire Keegan oferece-nos três histórias que constituem uma exploração da dinâmica de género, numa trajetória entre os seus primeiros e últimos trabalhos.
Em «A Uma Hora tão Tardia», Cathal enfrenta um longo fim de semana, recordando a mulher com quem poderia ter passado a vida, se tivesse agido de forma diferente.
Em «A Morte Lenta e Dolorosa», a chegada de uma escritora à casa à beira-mar de Heinrich Böll é perturbada por um académico que impõe a sua presença e as suas opiniões.
E, em «Antártida», uma mulher casada viaja para fora da cidade para descobrir como é dormir com outro homem e acaba nas mãos de um estranho possessivo.
Cada história investiga as dinâmicas que corrompem o que poderia existir entre seres humanos: a falta de generosidade, o peso das expectativas e a iminente ameaça de violência; e todas prometem permanecer na memória do leitor muito depois de fechar o livro.
Numa quinta, o cão Rex lidera a revolta dos animais contra os senhores que os oprimem, exploram e torturam. Reconhece a história? Pois esta foi escrita por um Prémio Nobel. Em 1922, dois anos antes de ser galardoado com o Prémio Nobel da Literatura e três anos antes de morrer, Władysław Reymont publica o seu último romance, Revolta. A obra tem como fio condutor a revolta liderada por Rex, um cão que juntou os animais de uma quinta onde, depois da morte do seu Senhor, todos se sentem explorados pelos herdeiros e serventes do proprietário. O objectivo da revolta é simples: os animais pretendem «igualdade»! Contudo, o que começa por ser uma revolta bem-intencionada em torno de ideais justos e meritórios rapidamente se perverte num festival de terror e sangue. Reymont quis descrever desta forma a revolução bolchevique nas suas diversas dimensões. E apesar de ser Autor de uma obra focada em princípios socialistas e nas principais preocupações sociais do seu tempo, Władysław Reymont teve a sua obra proibida na Polónia entre 1945 e 1989. Revolta voltou a ser publicado na Polónia apenas em 2004. O leitor reconhecerá o paralelismo entre este livro e o romance O Triunfo dos Porcos, de George Orwell. Curiosamente, sabe-se que na sua estada em Paris, bem como em diversas viagens pela Europa, Orwell teve por companheiros vários intelectuais polacos exilados na capital francesa.
Um livro incontornável. Um clássico contemporâneo, agora numa nova tradução. A Insustentável Leveza do Ser é seguramente um dos romances míticos do século XX, uma daquelas obras raras que alteram o modo como toda uma geração observa o mundo que a rodeia.Adaptado ao cinema por Philip Kaufman, este é um livro onde se olha, com um olhar umas vezes melancólico e conformado, outras vezes amargo e revoltado, para o destino de um país, para o destino de um continente, para o destino de uma civilização. E poucas vezes se terá tão magistralmente representado a ligação existente entre a aventura individual e coletiva…Justapondo lugares distantes geograficamente, reflexões brilhantes e uma variedade de estilos, este magnífico romance representa o auge daquele que é, verdadeiramente, um dos maiores escritores de sempre.
Um livro de ensaios que se torna uma homenagem à obra poética de um dos maiores poetas portugueses. Um Canto na Espessura dos Textos reúne muitas das recensões de António Carlos Cortez sobre a poesia de Nuno Júdice, todas publicadas no Jornal de Letras, desde 2008, na coluna quinzenal «Palavra de Poesia». O que se procura neste guião de leitura é responder à irrespondível pergunta: que é a poesia? E, sobretudo, que poesia é a do autor de A Noção de Poema? A dimensão narrativa, a tentação irónica, a meditação sobre as ruínas duma cultura, a nostalgia do poético, o projecto do poema longo, a figuração do poeta como máquina teórica, disto se procura falar. Herdeiro da visão romântica, isto é, daquela paixão ardente de que falou Manuel Gusmão, e que faz do literário o mundo de possíveis verbais, António Carlos Cortez propõe saber como cristal e chama se conciliam em Nuno Júdice, o fazedor verbal por excelência. Duas entrevistas fecham este livro que, como guião de leitura dirigido a professores, investigadores, amantes da poesia, é também uma forma de diálogo entre dois poetas de gerações unidas nessa procura dum sentido. Um sentido para o canto na espessura dos textos.
Uma selecção do melhor da poesia deum dos grandes poetas da actualidade. «Luminosa tanto quanto pairando à beira das sombras e da perdição, e tão profundamente solitária quanto o seu autor, talvez esta poesia esteja condenada a ser um fragmento para recordação de um tempo de guarda-rios e pequenos pântanos, como talvez fosse possível numa certa leitura da nossa tradição lírica – com menos epopeia e menos gosto pela solenidade. A sua grandeza é também essa, a de retomar aquilo que pode ser recordado, o que faz de José Carlos Barros um dos nossos grandes poetas.»Francisco José Viegas (in «Prefácio»)
Na pequena e remota ilha de St Dismas, ao largo da Inglaterra, um crime violentíssimo entre irmãos choca a comunidade, trazendo à superfície o mal-estar entre os ilhéus e os Filhos de Dismas, uma seita religiosa que perdura há séculos. A Polícia local vê-se a braços com um caso que parece impossível de resolver, com a investigação travada pelo obscuro fanatismo dos crentes. Max Loar, o homicida confesso, acaba na prisão de Brixton, enquanto ondas de choque repercutem na imprensa do Reino Unido perante a brutalidade do crime. É na cadeia que conhece Cícero, que está preso por homicídio. Apesar dos esforços de Cícero para compreender o rapaz, as coisas acabam mal.Pouco depois, recebe a visita de Pilar Benamor, a jovem ex subcomissária da PSP que, desde a violenta resolução do caso Drexler em Águas Passadas, desapareceu do mundo. No reencontro com o velho amigo, Pilar recebe a resposta aos seus sonhos premonitórios e não resiste a mergulhar de cabeça na história dos irmãos Loar. Rumando à ilha — um lugar enigmático, pleno de forças malignas —, Pilar une forças com o sargento Noah contra o inquietante padre Prudence, que lidera os dismáticos, numa investigação aos meandros do fanatismo, do poder e das pulsões mais sombrias do ser humano.LIVRO DE BOLSO
No ano em que escreveu A Revolução Russa, Rosa Luxemburgo cumpria uma das várias penas de prisão a que foi condenada pela sua atividade política. Socialista e resistente à ocupação czarista da sua Polónia natal desde jovem, entusiasmara-se profundamente com a Revolução de Outubro no ano anterior, em 1917. Esta natural solidariedade, porém, não a impediu de antecipar preocupação com algumas medidas avançadas pelos Bolcheviques, tais como a centralização do poder na figura de Lenine, a criação de um sistema de partido único e a supressão de liberdades civis.O compromisso de Luxemburgo com o socialismo, a democracia e a revolução, bem como o seu ativismo antibélico, traduziu-se numa vida de perseguição política e controvérsia que, não obstante, marcou e influenciou indelevelmente o pensamento político europeu até hoje.
Depois de anos a esforçar-se por se resignar à felicidade da maternidade e da vida doméstica, a tímida e distante Berta Faust, sempre com a cabeça algures a cismar e a duvidar, encontra-se internada na enfermaria número 66. Protegida do mundo exterior e dos outros, sobretudo da sua amiga Wilhelmine e do ex-marido Wilhelm, e da força de gravidade das circunstâncias, «da vida concreta, tal como ela é», Berta terá ainda de cumprir um último sacrifício para encontrar a paz e a absolvição do acto insano e desesperado que marcou o seu exílio definitivo da realidade.Distinguida, ainda em manuscrito, com o prestigiado Prémio Robert Walser, A Gravidade das Circunstâncias é a fulgurante obra de estreia de Marianne Fritz, autora de culto, que marcou assim de forma indelével a literatura austríaca do século XX. Um romance inesquecível em que a tragédia se cruza com a sátira, a estranheza com o génio, para contar a história de uma mulher incapaz de lidar com a realidade e os seus horrores, lançando, ao mesmo tempo, uma sombra nos anos do pós-guerra e da Reconstrução da sociedade europeia.Os elogios da crítica:«Uma história de terror que entra, silenciosa e paulatinamente, no coração da escuridão doméstica.» The New York Times«Fritz ganhou o Prémio Franz Kafka em 2001 e a sua obra, tal como a dele, é de uma profundidade perturbadora.» The Chicago Tribune«Fritz surgiu, ao que parece, do nada para surpreender o mundo literário com a sua crónica de horror doméstico impiedosa, simples e bem elaborada, que demonstrava um equilíbrio aparentemente sem esforço entre humor e filosofia.» Times Literary Supplement«A Gravidade das Circunstâncias é uma obra-prima de narrativa bem trabalhada, uma pequena jóia que mostra tudo o que pode (e deve) fazer, sem parecer que está a tentar.» Los Angeles Review of Books«Um livro angustiante sobre os horrores da maternidade, dos ciúmes e dos traumas de guerra.» Kirkus Reviews«Um monumento à literatura austríaca.» Télérama
Três anos após os acontecimentos que vivenciaram em Mentiras consentidas, Vanja, Torkel, Ursula, Billy e o resto da equipa da Unidade de Homicídios de Estocolmo têm lidar com um assassino em série que deixou um rastro de cadáveres na pequena cidade costeira de Karlshamn. Mas não há pistas, testemunhas ou ligações claras entre as vítimas.Sebastian Bergman escolheu uma vida mais tranquila desde que se tornou avô, regressando ao trabalho de psicólogo e terapeuta. No entanto, o seu mundo abala quando um australiano lhe pede ajuda para processar a experiência que viveu no tsunami de 2004, durante o qual o próprio Sebastian perdeu a esposa e a filha.Desde o assassinato em Uppsala, três anos atrás, Billy, o ex-colega de Sebastian, nunca mais parou de matar, mas, ao tornar-se pai, decide parar. Mas as circunstâncias não permitirão que o passado seja esquecido. A questão é: até aonde irá Billy para se certificar de que não será descoberto?LIVRO DE BOLSO
«Herdeiro de Stephen King e, sobretudo, de Lovecraft, Mandíbula reflete o horror e o seu contrário e é capaz de apanhar na mesma rede personagens e leitores.» Fernanda, uma aluna insolente de um colégio elitista da Opus Dei, acorda certo dia com as mãos e os pés atados numa cabana escura no meio da floresta – e este é apenas o começo de uma jornada que tem tudo para ser aterradora.Longe de se tratar de alguém desconhecido, a sua sequestradora é Miss Clara, a professora de língua e literatura perseguida por um passado violento, que Fernanda e as colegas atormentam há meses com vexames e perguntas inconvenientes. Porém, os motivos do rapto revelar-se-ão muito mais complexos do que a mera vingança pelos traumas sofridos na sala de aula e, de certa forma, não deixam de estar ligados ao desejo, ao ciúme e mesmo ao amor.Num romance imaginativo e extremamente hipnótico, a equatoriana Mónica Ojeda – uma das vozes mais aclamadas da literatura da América Latina – cria em Mandíbula um mundo feminino feroz e implacável, partindo das relações nem sempre claras entre colegas de escola, professoras e alunas, mães e filhas, irmãs e melhores amigas. Viciante e imperdível.La Stampa«Uma prosa que se pode tornar um vício.»El Periódico de Catalunya
Victor e Eli começaram como colegas de quarto na faculdade ? brilhantes, arrogantes e solitários que reconheciam um no outro a mesma ambição. No último ano, um interesse comum pela pesquisa em experiências de quase morte, adrenalina e eventos aparentemente sobrenaturais revela uma possibilidade intrigante: sob as condições certas, alguém poderia desenvolver habilidades extraordinárias. Mas quando a tese deles passa do académico para o experimental, tudo corre terrivelmente mal.
Dez anos depois, Victor foge da prisão, determinado a apanhar o seu velho amigo - agora inimigo -, auxiliado por uma jovem cuja natureza reservada esconde uma habilidade impressionante. Enquanto isso, Eli está empenhado em erradicar todas as outras pessoas superpoderosas que encontrar ? além da sua companheira, uma mulher enigmática com uma vontade inquebrável. Armados com um poder terrível de ambos os lados, movidos pela memória de traição e perda, os arqui-inimigos estabeleceram um rumo para a vingança ? mas sobreviverá, no final?
V. E. SCHWAB REGRESSA COM A EMOCIONANTE SEQUELA DE VICIOSOMAGNETO e PROFESSOR XSUPER-HOMEM e LEX LUTHORVICTOR VALE e ELI EVERSYDNEY e SERENA CLARKEDuplas excelentes cujas relações azedaram.Mas Marcella Riggins não precisa de ninguém. Depois de ter tido um encontro com a morte, finalmente ganhou o controlo que sempre quis – e usá-lo-á para destruir a cidade de Merit. Para tal, fará o que for preciso, desde reunir os seus próprios aliados, até usar os mais infames superpoderosos, Victor Vale e Eli Ever, um contra o outro.Com a ascensão de Marcella, novas inimizades criam oportunidades – e Merit será, mais uma vez, palco de um terrível acerto de contas.
Os hospitais devem ser locais de cura. Mas na unidade de tratamento coronário de um dos principais centros médicos de Copenhaga, uma enfermeira enche uma seringa com uma overdose de um medicamento para o coração e entra furtivamente no quarto de um paciente mais velho.
Seis dias antes, um rapaz que distribuía jornais no centro de Copenhaga depara-se com uma descoberta macabra: o corpo nu de uma mulher morta, deitado numa fonte com os braços marcados com pequenas incisões. Causa da morte? Exsanguinação ? a drenagem de todo o sangue do corpo.
Claramente, este não é um assassinato comum. O investigador Jeppe Kørner, a recuperar de um divórcio e no meio de um novo relacionamento, assume a investigação. A sua parceira, Anette Werner, agora em licença maternidade após uma gravidez inesperada, está inquieta em casa com um recém-nascido exigente e um marido igualmente exigente. Enquanto Jeppe percorre as ruas em busca de respostas, Anette decide fazer uma pequena investigação autónoma. Mas operar por conta própria expõe-na a perigos que ela nem imagina.
À medida que a investigação se desenrola por caminhos turvos, vai-se revelando a ambição e ganância que grassam sob a égide das instituições de cuidados de saúde ? ainda mais chocantes pela depravação que tal constitui. E o que Jeppe e Anette descobrem vai tornar-lhes o sangue mais frio que gelo?.
Um homem acorda com o som terrível de uma serra industrial. Amarrado e incapaz de se mexer, resta-lhe assistir enquanto a lâmina se aproxima...Quando Jeppe vai dar uma ajuda na serraria local da ilha, coloca-se, involuntariamente, na mira de um mistério sinistro enraizado no passado, forçando-o a juntar-se mais uma vez a Anette e Esther para desvendarem os segredos da ilha antes que o assassino ataque novamente.
Na casa de Hélio, deus do sol e o mais poderoso dos titãs, nasce uma criança. Circe é uma menina estranha: não parece ter herdado o enorme poder do pai, nem a beleza estonteante de mãe, a ninfa Perseide. Deslocada entre deuses e os seus pares, os titãs, Circe procura companhia no mundo dos homens, onde descobre que possui o poder da feitiçaria, capaz de transformar os seus rivais em monstros e de aterrorizar os próprios deuses.
Sentindo-se ameaçado, Zeus decide desterrá-la para uma ilha deserta, onde Circe aprimora as suas habilidades de feiticeira, domando perigosas feras e cruzando-se com as mais famosas figuras de toda a mitologia grega: o engenhoso Dédalo e Ícaro, seu filho, a sanguinária Medeia, o terrível Minotauro e, é claro, Ulisses.
Mas os perigos são muitos para uma mulher condenada a viver sozinha. Para proteger o que mais ama, Circe deverá usar toda a sua força e decidir, de uma vez por todas, se pertence ao reino dos deuses, onde nasceu, ou ao dos mortais, que ela aprendeu a amar.
Aquiles, «o melhor dos gregos», filho da cruel deusa Tétis e do lendário rei Peleu, é forte, veloz e belo - irresistível a todos aqueles que o conhecem. Pátroclo é um jovem príncipe desajeitado, exilado na sequência de um ato de grande violência. Criados juntos por uma questão de circunstâncias, formam uma ligação inseparável, mas arriscam a ira divina. São treinados pelo centauro Quíron nas artes da guerra e da medicina, mas quando chegam os rumores de que Helena de Esparta foi raptada, todos os heróis da Grécia são convocados para cercarem a cidade de Troia. Seduzido pela promessa de um destino glorioso, Aquiles junta-se à sua causa e Pátroclo, dividido entre o medo e o amor pelo amigo, segue-o. Mas ambos sabem que as cruéis Moiras os haverão de testar como nunca antes e deles exigir um terrível sacrifício.
Todos conhecem a história do Minotauro, de Dédalo e o seu labirinto, e do novelo que ajudou Teseu a escapar do covil do monstro. Mas quem se lembra da história de Ariadne, que desafiou os deuses e os homens e traiu o seu reino para salvar Teseu?Como princesas de Creta e filhas do temido rei Minos, Ariadne e a irmã, Phaedra, crescem a ouvir o som dos cascos do Minotauro que ecoam no labirinto sob o palácio. O Minotauro - a maior vergonha de Minos e irmão de Ariadne - exige sangue todos os anos. Quando Teseu, príncipe de Atenas, chega a Creta como um sacrifício à besta, Ariadne apaixona-se por ele. Mas ajudar Teseu a matar o monstro significa trair a sua família e o seu país, e Ariadne sabe bem que, num mundo governado por deuses mercuriais, chamar a atenção deles pode custar-lhe tudo. Num mundo onde as mulheres nada mais são do que peões de homens poderosos, será que a decisão de Ariadne de trair Creta por Teseu lhe garantirá um final feliz? Ou será sacrificada pela ambição de ter Teseu?Contada a partir das perspectivas de Ariadne e de Phaedra, esta história empresta voz às mulheres esquecidas do mito e fala da sua força sobre os deuses raivosos e petulantes. Os temas do empoderamento feminino e do abuso masculino estão implícitos neste romance de escrita viciante e trama envolvente.
Deixada na encosta de uma montanha, a indefesa Atalanta é deixada à mercê de uma mãe ursa e criada ao lado dos filhotes, sob o olhar protetor da deusa Ártemis.Jurando que vai provar o seu valor ao lado dos famosos heróis da Grécia, Atalanta deixa a floresta para se juntar ao bando de argonautas de Jasão. Mas poderá ela esculpir o seu próprio lugar nas lendas num mundo feito para homens?
Ele diz-lhe que ela é especial... Advogada de renome, Ingrid Lewis está habituada a lidar com clientes complicados, mas nada que se compare a John Webster. Depois de o defender contra uma acusação de perseguição, Webster volta-se contra ela. Ele diz que a quer proteger... Ingrid acredita que finalmente escapou às garras de Webster. Mas, quando um dos seus colegas é atropelado numa movimentada rua de Londres, Ingrid tem certeza de que ela era o alvo.
Único livro de contos de Augusto Abelaira, Quatro Paredes Nuas, de 1972, ilustra de forma exemplar a reiterada afirmação de Abelaira segundo a qual um autor escreve sempre o mesmo romance. As sete narrativas aqui reunidas, à partida excluídas desta afirmação por não se incluírem no género romance, fazem, no entanto, eco dos seus livros anteriores não só pela repetição do nome de personagens (Ana Isa ou Maria dos Remédios, por exemplo) e de alguns motivos (o barco Maria Brenda ou o diário), como por terem com eles uma clara afinidade temática e de estilo de escrita. A questão do género do livro é, aliás, lançada pelo autor na «Advertência» final, espécie de posfácio ficcional: são contos o que acabámos de ler ou há uma efectiva ligação entre eles e o que lemos são capítulos de um romance?A disjunção dos textos parece, de facto, mais aparente e formal, sendo possível reconhecer-lhes uma unidade, mostrada, desde logo, pela sua estrutura de diálogo, em que a natureza das relações amorosas, o papel do sujeito no mundo, a memória, o efeito do tempo e do acaso ou a indefinição entre real e imaginado são sucessivamente interrogados. O carrossel onde se encontram as personagens de «Quem Me Dera Morrer», sempre em movimento e sem sair do mesmo sítio, num constante recomeço sempre igual, mas sempre diferente, ou as repetições que vão surgindo («Uma flor? Um sol? Um pássaro?», as camisolas verde, azul ou branca) em «Instantâneo» ilustram não só a relação deste livro com os romances anteriores de Abelaira, como a própria vida, sobre a qual se reflecte, e a escrita que a repete.
Publicado pela primeira vez em 1968, Bolor foi definido por Augusto Abelaira como um romance de desamor, em que o casamento chega a ser comparado ao fascismo pela personagem principal, Humberto. Se o amor no casamento está gasto pela erosão do quotidiano, o amor adúltero apresenta-se como outra face da mesma moeda, em que também não se alcança a realização plena de que as personagens não querem, apesar de tudo, abdicar. A escrita será, assim, o lugar onde a plenitude estará mais próxima de ser conseguida, onde se tenta um diálogo impossível na vida real.
O casamento e a infidelidade conjugal são o tema aparente do quarto romance de Augusto Abelaira, publicado pela primeira vez em 1966 e vencedor, nesse mesmo ano, do Prémio de Romance do IV Encontro da Imprensa Cultural.Mas, mais do que tema, a reflexão sobre estes atos íntimos e privados serve antes como pretexto para encenar a preocupação fundamental do livro: a procura da liberdade, individual e coletiva.
O terceiro romance de Augusto Abelaira, publicado em 1963, localiza a ação no período da revolução republicana.Se o enredo gira à volta das relações políticas e amorosas entre Vasco Miroto, Maria Brenda e Bernardo Lória, é a relação com o Tempo o traço narrativo mais original deste romance.
Os Desertores é a segunda obra de Augusto Abelaira, publicada em 1960, dois anos depois de A Cidade das Flores. Apesar de menos bem recebido pela crítica, o aproveitamento das potencialidades da técnica novelística é aqui ampliado. Por um lado, uma narração maioritariamente feita na terceira pessoa, e muito assente no diálogo, é reforçada pela inclusão de indicações cénicas - como se de uma peça de teatro se tratasse - que ajudam à visualização das cenas descritas e permitem a explicitação das emoções das personagens. Por outro, o foco narrativo desloca-se entre as várias personagens através de dois mecanismos técnicos: o discurso indireto livre, que revela o seu íntimo, passando do interior de uma ao de outra por vezes sem qualquer interrupção; e a interferência de vozes de fundo nos diálogos das personagens principais.
Mais do que uma descrição racional das ações e das personagens, o que Abelaira busca é mostrar o mundo como é sentido por uma classe jovem, lisboeta e burguesa que perdeu a esperança trazida pelo pós-guerra. É uma classe que deserta da intervenção pública e justifica a sua inação com a de todos os outros, mas nunca deixa de procurar realizar o desejo de pleno e de futuro, próprio da juventude. Como referiu Óscar Lopes, o que Abelaira faz «de melhor [...] foi sempre representar, uma vez e outra vez, o momento em que fomos jovens e namorados». O desejo de juventude, evidenciado pela atração de Berenice por César, ou de cortar as amarras do passado e de renascer para uma vida nova, como Ramiro tenta em Itália, mostram-se em tensão com a vida em Lisboa, condicionada pelo imobilismo, pela família e pela censura.
«A Cidade das Flores» encena, na Florença dos anos 30, as vidas de um grupo de jovens que luta pelos seus ideais e se debate com as inevitáveis contradições entre os seus impulsos juvenis e as limitações impostas pelo governo de Mussolini. A tomada de consciência de cada um dos protagonistas é, assim, delicada, pura e heróica, como só nessa idade é possível, por vezes com uma carga verdadeiramente trágica, mas nunca deixando de irradiar o esplendor renascentista da cidade onde vivem. O amor, a arte, a amizade, o valor da intervenção, da luta política, a solidariedade são temas que atravessam todo este romance.