Dedicadas à compreensão das interações complexas entre os indivíduos, as sociedades, as culturas e as instituições, as Ciências Sociais e Humanas estudam o Homem como ator social, através das suas relações. Um conjunto de ciências e áreas do conhecimento que incluem disciplinas como a Antropologia, a Filosofia, a Psicologia, a Ciência Política, a Religião e a Sociologia, entre muitas outras.
Nenhuma outra figura foi intelectualmente tão relevante para a afirmação da direita liberal em Portugal como Francisco Lucas Pires. Forjado numa família que reunia formação clássica e espírito de liberdade, tornou-se um constitucionalista inovador, um jurista criativo, um político de dimensão intelectual rara à escala nacional e europeia – e, acima de tudo, um cidadão inconformado com o destino de Portugal.Em O Príncipe da Democracia, Nuno Gonçalo Poças reconstitui o percurso e as ideias deste homem invulgar, cujo legado permanece em grande parte por cumprir, e passa em revista os seus sucessos e fracassos. O resultado é um livro que, graças à absoluta contemporaneidade do pensamento do biografado, nos ajuda a compreender as grandes questões que o país e a Europa continuam a enfrentar, mostrando-nos, ao mesmo tempo, uma elegância política difícil de conceber quando olhamos hoje à nossa volta.Mais do que um retrato elucidativo de Lucas Pires, que partiu precocemente aos 53 anos, este é um documento fundamental para responder aos desafios do futuro, numa altura em que o 25 de Abril completa meio século.
Malinowski apresenta neste livro a sua formulação definitiva da teoria do funcionalismo. No conjunto, constitui a visão madura de um dos mais brilhantes e influentes antropólogos surgidos na história desta disciplina sobre um tema de maior importância. Os seus pontos de vista, tal como aqui se expõem, são o produto de uma acesa controvérsia. Por conseguinte, tiveram o mais feliz destino reservado às ideias: foram submetidos a análise exaustiva por parte de especialistas com posições rivais. O facto de terem resistido, salvo algumas alterações mínimas, à análise a que foram sujeitos, evidencia a sua vitalidade.
Pensar excessivamente, sem gestão emocional, esgota o cérebro. Hoje em dia, com a massificação dos telemóveis e das redes sociais, vivemos num estado de grande precaridade em termos de saúde mental e emocional. Estamos a adoecer coletivamente. O mundo digital trouxe benefícios inegáveis, como a comunicação e o acesso à informação, mas causou um desastre sem precedentes no cérebro humano, levando à alteração do ciclo da dopamina e da serotonina, gerando uma perigosíssima dependência. Basta retirar o telemóvel a um jovem (e mesmo a alguns adultos) por 24 horas para observarmos, em primeira mão, como a dependência digital não é um transtorno casual, mas uma síndrome mental séria. Centenas de milhões de crianças, adolescentes e adultos apresentam sintomas como insatisfação, inquietação, intolerância às frustrações, autocrítica, falta de empatia e autocontrolo. Mas os sintomas mais clássicos desta síndrome são a necessidade de urgência (querer tudo imediatamente) e a aversão ao tédio e à solidão, sem saber que eles são fundamentais para a interiorização e a criatividade. Se não enfrentarmos este mal do milénio, a humanidade tornar-se-á um hospital psiquiátrico a céu aberto. Depois do bestseller internacional Ansiedade – O Mal do Século, o Dr. Augusto Cury aborda o fenómeno ainda mais perigoso da Intoxicação Digital, apresentando uma análise profunda e soluções claras, precisas e ponderadas para resgatarmos a nossa saúde emocional e mental, e vivermos uma vida mais plena e presente.
As Meditações Cartesianas são uma admirável condensação dos temas e das teses centrais da fenomenologia transcendental, o método revolucionário de que Husserl foi precursor e de que esta obra constitui a introdução mais fidedigna.Esta apresentação magistral do caminho de pensamento que conduziu à fenomenologia, tão marcante para os destinos da filosofia no século XX, é aqui precedida da tradução do texto original das Conferências de Paris.
A dor e o abandono chegaram cedo à vida de Teresinha, a filha mais velha de um dos mais prestigiados médicos da capital e de uma mulher livre e corajosa, descendente dos marqueses de Alorna, que nas ruas e nos melhores salões de Lisboa rivalizava em encanto com Natália Correia. A menina que haveria de ser poetisa vê a morte de perto quando ainda mal sabe andar, sobrevive às depressões da mãe, chegando mesmo a comer uma carta para a proteger. É dura e injustamente castigada e as cicatrizes hão de ficar visíveis toda a vida, de tal modo que a infância e a adolescência de Maria Teresa Horta explicam quase todas as opções que tomou. Sobreviver ao difícil divórcio dos pais, duas figuras incomuns, com as quais estabeleceu relações impressionantes de tão complexas, foi apenas uma etapa.Mas quanto deste sofrimento a leva à descoberta da poesia? E quanto está na origem da voz ativista de uma jovem que há de ser uma d’As Três Marias, as autoras das famosas «Novas Cartas Portuguesas», e protagonistas do último caso de perseguição a escritores em Portugal, que recebeu apoio internacional de mulheres como Simone de Beauvoir e Marguerite Duras? A insubmissa, que se envolve por acaso com o PCP e mantém intensa atividade política no pré e no pós-25 de Abril; a poetisa, a mãe, a mulher que constrói um amor desmedido por Luís de Barros; a grande escritora a quem os prémios e condecorações chegaram já tarde (ainda que, em alguns casos, a tempo de serem recusados), entre outras facetas, é a Maria Teresa Horta que Patrícia Reis, romancista e biógrafa experimentada, soube escrever e dar a conhecer, nesta biografia, com a destreza e a sensibilidade que a distinguem.
«Se houve vários “25 de Abril”, “11 de Março” e “25 de Novembro”, pode-se, porém, concluir que, no primeiro dia, em 1974, a ditadura portuguesa com a duração de 48 anos, nas suas fases militar e civil, de António de Oliveira Salazar e depois de Marcello Caetano, foi decididamente extinta.»«Neste livro apresento uma análise pessoal de episódios ocorridos entre os anos finais da ditadura e o 25 de Novembro de 1975, com destaque para o que aconteceu à ex-polícia política e para a ação dos EUA, França e Alemanha nesse período relativamente a Portugal. Como se verá, não se trata de qualquer análise exaustiva de todas as questões em torno da implantação da democracia em Portugal. Também não serão analisadas as movimentações populares, rapidamente controladas pelos partidos depois de um muito breve período de espontaneidade e autonomia.A autonomia do campo político é o que se optou por aqui analisar, através do estudo das principais instituições de poder erguidas durante o processo que se desenvolveu no período entre os dois “25”, de Abril de 1974 e de Novembro de 1975, quer entre os militares, quer entre os principais partidos políticos portugueses.» Da Introdução
Neste tributo pungente e pessoal, o filósofo Roger Scruton tece uma elegia à sua pátria, a Inglaterra, que é, ao mesmo tempo, uma esclarecedora e exaltante análise das suas instituições e cultura e uma celebração das suas virtudes.Abrangendo todos os aspectos da herança inglesa e informado por uma visão filosófica única, Inglaterra – Uma Elegia mostra como o seu país possui uma personalidade distinta e como dota os seus nacionais de um ideário moral também ele distinto.Inglaterra – Uma Elegia é uma defesa apaixonada, mas é também um lamento profundamente pessoal pelo perda e desvanecimento dessa Inglaterra da sua infância, da sua complexa relação com o seu pai e uma ampla meditação histórica e filosófica sobre o carácter, a comunidade, a religião, a lei, a sociedade, o governo, a cultura e o campo ingleses.
A escrita minimalista deste livro pede leitura maximalista, quer ser pausadamente interpretada. Por extenso e por intenso. Este livro não é um livro de sabedoria. É antes um livro consciente de que há sabedoria para lá de tudo o que nele está escrito.Este livro não tem começo nem fim. É feito de pontos de partida à discrição do leitor ou da leitora, deixando-lhe a tarefa de imaginar a chegada. Apenas tem de ser lido devagar, porque o que falta dizer é uma insinuação ardilosa do que falta fazer.
Uma abordagem arrojada ao conceito de Ocidente e de como moldou a nossa História.O Ocidente não é uma coisa ou um lugar, mas uma ideia. Uma ideia que é excecionalmente poderosa — o conceito de uma herança cultural única que se estende da Grécia antiga até aos tempos modernos, tendo moldado as vidas de milhões de pessoas e transformado o curso da História.Nesta arrojada abordagem à história do Ocidente como conceito, a premiada historiadora Naoíse Mac Sweeney desconstrói os mitos que sustentam as origens e desenvolvimento da História como a conhecemos. Narrado através das vidas de catorze fi guras extraordinárias, que representam diferentes milénios e religiões, níveis de riqueza e educação, tradições e nacionalidades distintas, este é um relato da história do Ocidente, através de heróis esquecidos e faces familiares.Uma abordagem verdadeiramente global da História, que vai redefinir a forma como vemos o mundo. Neste momento notável, temos a oportunidade de repensar radicalmente o Ocidente e reconstruí-lo para um futuro melhor. Mas só respondendo à questão de onde vem o Ocidente, poderemos responder à questão sobre o que o Ocidente poderia e deveria ser.
Cravos, Grândola Vila Morena e o fim da longa noite salazarista: 50 anos depois do 25 de Abril, conhecemos os símbolos da revolução, mas nem sempre a sua história.
A euforia da liberdade, a vertigem das conquistas, os golpes e contragolpes até ao 25 de novembro — para além dos cravos, há muito que os mais jovens não sabem e que os mais velhos poderão agora recordar.
PARA LÁ DAS TRIVIAIS FRONTEIRAS LITERÁRIAS E CIENTÍFICAS, UM ANTROPÓLOGO DESVENDA-NOS O MUNDO DOS CURANDEIROS MOÇAMBICANOS É difícil prever o sentimento de um antropólogo europeu no momento em que está a fazer um tratamento de protecção com curandeiros moçambicanos e uma ovelha é degolada às suas costas. Também pode não ser imediatamente compreensível o que o colocou nessa situação — que peripécias, que visões do mundo, que ética e que relação com o próximo. Numa perspectiva pessoal e intimista, Paulo Granjo combina literatura e conhecimento científico para partilhar uma experiência única, transformadora e que nos leva a interrogar: é possível praticar com sinceridade rituais que falam e pensam em espíritos, conciliando isso com uma visão do mundo «moderna» e materialista? E porque não haveria de ser? Uma viagem de descoberta que se lê com prazer e assombro. «Um chato como eu, de quem ninguém conhecia a filiação, com as teses já feitas e que os procurara para perceber porque é que os operários da Mozal tinham amuletos e cicatrizes de vacinas protectoras e, palavra puxa palavra, acabara a ter longas conversas acerca das suas explicações para as coisas más acontecerem, ou sobre o que faziam para desocultar e domar os incertos infortúnios que nos rodeiam, isso era insólito e exótico. Insólita, também, a aparente temeridade de querer ver, tocar nas coisas, ajudar nas acções que fazem parte da sua arte. Eu era uma carta fora do baralho. Ora numa coisa os bons curandeiros são parecidos com os bons antropólogos: para eles, aquilo que é insólito tem de ter uma explicação. E se tem uma explicação, é preciso procurá-la.» Sinopse curta Combinando literatura e conhecimento científico, numa perspectiva pessoal e intimista, um antropólogo europeu fez um tratamento de protecção com curandeiros moçambicanos e partilha com o leitor essa viagem de descoberta.
Peter Singer é frequentemente descrito como o filósofo mais influente do mundo. É também um dos mais controversos.
Neste livro de ensaios breves, Singer aplica as suas controversas formas de pensar a questões como as alterações climáticas, a pobreza extrema, os animais, o aborto, a eutanásia, a seleção genética humana, o doping no desporto, a venda de rins, a ética da arte de elevado preço e formas de aumentar a felicidade.
Provocantes e originais, estes ensaios irão desafiar — e possivelmente mudar — as suas crenças sobre uma variedade de questões éticas do mundo real.
Mulheres nazis nos campos do Holocausto. Resultado de 20 anos de investigação sobre o Holocausto, As Fúrias de Hitler é um relato impressionante sobre o papel de milhares de cidadãs alemãs nos campos de extermínio nazis, que deita por terra a ideia de uma certa passividade feminina na Alemanha de Hitler. Wendy Lower demonstra-nos claramente neste livro que as mulheres do Reich foram mais do que meras «assassinas de secretária», enfermeiras, zelosas mães de família, esposas subservientes ou amantes de criminosos de guerra. Aquelas que encontramos ao longo destas páginas não ficaram atrás da conhecida frieza e crueldade dos homens do regime – aderiram com igual fervor ao nacional-socialismo e participaram ativamente no genocídio por ele desencadeado; denunciaram crianças que não cumpriam critérios raciais e torturaram e mataram prisioneiros indefesos nos campos de concentração e nos guetos da Frente Leste.O retrato convincente de uma «geração perdida» de mulheres, nascidas num país humilhado, sedento de glória e com o culto da violência, que revela uma parte desconhecida da história do Holocausto.*«Goebbels afirmou que “os homens organizam a vida: as mulheres apoiam-nos e implementam as suas decisões”.» WENDY LOWER«Ao destacar o empenho das mulheres comuns (…) a investigação cuidadosa de Lower prova que a capacidade de exercer uma crueldade indiferente não está reservada aos homens — existe em todos nós.» WASHINGTON POST
O kitsch já não é o que era. De estilo censurável, consagrado a um universo decorativo marcado pela falta de gosto, metamorfoseou-se num neo-kitsch trendy, sistémico e planetário.Mas uma sociedade sem kitsch é desejável?
Único em Portugal, o Dicionário do Ensino Superior surge como uma ferramenta útil que, de forma sistematizada e simplificada, auxilia a compreensão do Ensino Superior por todos os interessados e intervenientes, clarificando conceitos e abrindo pistas para o aprofundamento dos saberes.
Mário Soares é muitas vezes descrito como o «pai» da democracia. Partindo de anteriores estudos do autor, este livro procura descrever e analisar de forma sucinta e acessível o papel desempenhado pelo líder do Partido Socialista nos momentos-chave da transição democrática e compreender de que forma as suas ações influenciaram o rumo dos acontecimentos político-militares nesses meses decisivos para a definição do novo regime.
O discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais.
Nesta obra, Federico Finchelstein sintetiza a história do fascismo e do populismo referindo as suas ligações na história e na teoria e como devemos abordar as diferenças mais significativas entre ambos, oferecendo ainda uma perspetiva ponderada de como podemos aplicar os conceitos atualmente. Embora pertençam à mesma história e sejam frequentemente confundidos, na verdade, fascismo e populismo evidenciam trajetórias políticas e históricas distintas.
Com base numa história expansiva do fascismo transnacional e nos movimentos e regimes populistas do pós-guerra, Finchelstein oferece-nos novas formas perspicazes de refletir sobre o estado da democracia e da cultura política a uma escala global.
Mussolini, Hitler, Estaline, Mao Tsé-tung, Kim Il-sung, Ceausescu, Mengistu da Etiópia e Duvalier do Haiti.
Nenhum ditador pode governar apenas pelo medo e pela violência. Pode-se tomar e manter o poder puro e duro temporariamente, mas isso só não basta a longo prazo. Um tirano capaz de constranger o seu povo a aclamá-lo durará muito mais. O paradoxo do ditador moderno é que ele deve criar a ilusão do apoio popular. Ao longo do século XX, centenas de milhões de pessoas foram condenadas ao entusiasmo, obrigadas a saudar os seus líderes enquanto estes os conduziam para a escravidão.
Em Como Tornar-se um Ditador, Frank Dikötter regressa a oito dos cultos de personalidade mais perturbadoramente eficazes do século XX. Desde desfiles meticulosamente coreografados até à projeção premeditada de um véu de mistério, passando por uma censura de ferro, estes ditadores trabalharam incessantemente a sua imagem e encorajaram o conjunto da população a glorificá-los. Numa altura em que a democracia está em retrocesso, estaremos a assistir a um ressurgimento das mesmas técnicas entre alguns dos líderes mundiais atuais?
Este estudo oportuno, escrito com grande vigor narrativo, examina a forma como um culto se instala, cresce e se sustenta a si mesmo. Coloca o culto da personalidade onde este pertence, no próprio cerne da tirania.
No seguimento de Do Fascismo ao Populismo, este pequeno livro explica por que os fascistas tendem a considerar mentiras simples e muitas vezes odiosas como verdades, e por que muitos dos seus seguidores acreditam nas falsidades. Ao longo da história do século XX, muitos defensores das ideologias fascistas consideraram as mentiras políticas como a verdade encarnada no seu líder. De Hitler a Mussolini, os líderes fascistas capitalizaram na mentira a base do seu poder e soberania popular.
Esta história continua no presente, quando as mentiras parecem substituir cada vez mais a verdade empírica. Agora que as notícias reais são apresentadas como «fake news» e as notícias falsas se tornam políticas do governo, Uma Breve História das Mentiras Fascistas apela a que nos lembremos de que a actual conversa sobre «pós-verdade» tem uma longa linhagem política e intelectual que não podemos ignorar.
A história é uma arma. Os poderosos têm uma versão dos acontecimentos, o povo tem outra. Só podemos aspirar a mudar o futuro se compreendermos como é que o passado foi forjado.
Esta é uma história de lutas, revoluções e transformações sociais: de homininis, caçadores e pastores; de imperadores e escravos; de patriarcas e mulheres; de ricos e pobres; de ditadores e revolucionários. Dos antigos impérios da Pérsia e de Roma até à Revolução Russa, à Guerra do Vietname e à crise financeira de 2008, esta é uma história de ganância e de violência, mas também de solidariedade e de resistência.
Várias vezes no passado se fez sentir a necessidade absoluta de criar uma sociedade diferente. Os humanos sempre se empenharam em criar uma vida melhor. Esta história mostra que nós, a maioria, temos o poder de mudar o mundo.
Nas décadas que se seguiram ao fim da Segunda Guerra Mundial, a noção de que o mundo deve ser governado segundo o modelo ocidental da democracia liberal e do mercado livre foi amplamente aceite. Contudo, vários acontecimentos no dealbar do século XXI puseram em causa a ideia corrente de que não há outro caminho.Quem podia adivinhar que a China havia de se tornar uma defensora da globalização e liderar a batalha contra as alterações climáticas? Ou que a Rússia pós-soviética viria a representar uma ameaça mais séria à estabilidade mundial do que o Daesh? E à medida que os Estados Unidos se viram para dentro e que a Europa é assolada por políticas de austeridade e nacionalismos populistas, o consenso do pós-guerra parece ser cada vez mais precário.Mas será que vivemos mesmo no pior dos mundos? Numa análise estimulante do mundo contemporâneo, o aclamado historiador Michael Burleigh sugere que, não obstante estarmos talvez na iminência de mudanças ainda mais significativas, é possível que, a seu tempo, os riscos se transformem em mudanças com um carácter estritamente positivo.
Ao longo da história, os mapas têm sido fundamentais para moldar a nossa visão do mundo e o lugar que nele ocupamos. Longe de serem objetos puramente científicos, os mapas do mundo são inevitavelmente ideológicos e subjetivos, intimamente ligados aos sistemas de poder e à autoridade de determinados tempos e lugares. Os cartógrafos não representam simplesmente o mundo, também o constroem a partir das ideias da sua época. Neste livro brilhante, Jerry Brotton examina o significado de 12 mapas - desde as representações quase místicas da Antiguidade até as imagens provenientes de satélites muito recentes. O autor recria vividamente os ambientes e as circunstâncias em que cada um dos mapas foi feito, mostrando como cada um transmite uma visão altamente individual do mundo. Brotton mostra como cada um dos seus mapas influenciou e refletiu os eventos contemporâneos e como, considerando as suas subtilezas e omissões, podemos compreender melhor o mundo que os produziu.Embora a forma como mapeamos o nosso ambiente seja mais precisa do que nunca, Brotton argumenta que os mapas de hoje não são mais definitivos ou objetivos do que noutros tempos. Traduzido em mais de uma dezena de línguas e considerado um bestseller do New York Times, «História do Mundo em 12 Mapas» mudará, para sempre, a forma como o leitor olhará para um mapa.
Em "Governar o Mundo" Mark Mazower traça uma história da cooperação global, desde o império napoleónico no século XIX até ao século XX com a criação da ONU; Mazower entra ainda em questões da nova ordem económica no século XXI, perspetivando o percurso da história como uma espécie de conto de fadas: ao analisar as forças que determinaram o destino de instituições governamentais de todo o mundo na tentativa de encontrar a causa e a resolução comum para os piores problemas da humanidade, denuncia aqueles que supostamente governam o mundo em nome de interesses pessoais e aos olhos de uma maioria alienada. "Governar o Mundo" expõe o desenvolvimento da filosofia e da política de cooperação internacional desde a derrota de Napoleão. Numa altura em que as Nações Unidas são vítimas de algum descrédito, o poder norte-americano conhece uma transformação profunda e potências instáveis e forças de mercado ameaçam, mais uma vez, grande parte do mundo, este livro de Mark Mazower não poderia ser mais atual.