Mulheres e Eleições
| Editora | Almedina |
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| Coleção | Fora de Coleção |
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| Editora | Almedina |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Ana Paula Pires, Fátima Mariano, Ivo Veiga |
Ana Paula Pires é doutorada em História, especialidade de História Económica e Social Contemporânea, pela NOVA-FCSH. Realiza atualmente um pós-doutoramento na Universidade de Stanford e na Universidade Nova de Lisboa. Tem como principais áreas de investigação a história contemporânea de Portugal e os impactos da Primeira Guerra Mundial no mundo lusófono. É investigadora do Instituto de História Contemporânea, onde atualmente coordena o grupo «Economia, Sociedade, Património e Inovação». Venceu os prémios da Associação Portuguesa de História Económica e Social, Alberto Sampaio e da Defesa Nacional.
Fátima Mariano é jornalista desde 1997 e investigadora integrada do Instituto de História Contemporânea da NOVA-FCSH desde 2011. É licenciada em Ciências da Comunicação (variante de Jornalismo), mestre em História dos Séculos XIX e XX - Secção do Século XX e doutorada em História Contemporânea. Como jornalista, trabalhou no Diário de Notícias e no Jornal de Notícias. É colaboradora das revistas + Vida e Notícias Magazine e diretora do jornal digital Os Bichos. Como investigadora, especializou-se na área dos estudos sobre as mulheres e dos prisioneiros portugueses da Grande Guerra.
Ivo Veiga obteve o grau de doutor em Ciência Política pelo University College Londres, em em 2012. No âmbito da transição democrática portuguesa escreveu diversos artigos e livros (A 5.ª Divisão e o Boletim do MFA no Processo Revolucionário Português e, em coautoria, Os Constituintes), estando de momento a acabar uma obra que aborda o tema numa perspetiva comparada. Coorganizou o livro A Constituição de 1976. Os seus interesses de investigação incidem sobre os processos de democratização, história económica e processos de inovação, análise de redes sociais e história computacional.
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Portugal e a I Guerra Mundial. A República e a Economia de GuerraA Primeira Guerra Mundial envolveu todos os países europeus,com excepção da Espanha, os Países Baixos, a Escandinávia e a Suíça.Portugal mobilizou mais de cem mil homens; destes, cerca de oito mil perderam avida nas trincheiras da Flandres ou nos campos de batalha de África. Mas é dosque ficaram, sofrendo os efeitos tenebrosos da fome e de uma miséria entrecortadapelos apelos governamentais à unidade e ao patriotismo, que nos propusemosescrever. O objecto deste trabalho é o estudo da frente interna portuguesa durante aGrande Guerra, em concreto a República e a economia de guerra.Abriu-se então um novo ciclo, marcado pela consolidação da economia como umafrente de combate das mais importantes. Novo ciclo que deve ser entendido,também, pelo que significou, em termos de debate, nomeadamente em relação àredefinição do papel e das funções do Estado em matéria de direcção, organizaçãoe gestão da actividade económica. -
Às Urnas - A reivindicação do voto feminino na Península Ibérica (1821-1934)A discussão em torno dos direitos políticos das mulheres surgiu com a emergência dos primeiros regimes democráticos no século XVIII. Embora o Liberalismo considerasse que todos aqueles que estivessem submetidos às leis do Estado tinham direito a votar e a serem eleitos para os órgãos do poder político, na prática, a capacidade censitária era uma prerrogativa de um grupo restrito de cidadãos. O sufragismo nasce, assim, nesse movimento mais alargado de defesa do sufrágio universal, questionando, ao mesmo tempo, o papel reservado às mulheres na sociedade e na família. Neste livro analisa-se o contexto histórico em que o feminismo político surgiu em Portugal e Espanha e o caminho percorrido até as mulheres terem sido autorizadas a votar em eleições nacionais, na década de 1930. O livro assenta sobretudo na análise discursiva de uma variedade de fontes impressas, tendo a preocupação de assinalar as sintonias e as diferenças entre o sufragismo português e o espanhol e entre estes e os movimentos de reivindicação do voto feminino de outros países ocidentais. -
Grandes Figuras Excêntricas da História de PortugalNeste novo livro de Fátima Mariano, ficamos a conhecer algumas das figuras mais excêntricas e bizarras do nosso país. Aliando o grande rigor histórico ao ritmo de uma narrativa que quase se assemelha a uma ficção, esta obra centra-se nas histórias de vida de personagens extraordinárias da História de Portugal desconhecidas do público, como o homem-macaco de Aveloso, em quem Edgar Rice Burroughs se terá alegadamente inspirado para criar o Tarzan; o Rei do lixo, a quem se deve a construção da enigmática Torre do Inferno, em Coina; ou ainda Luciano Moreira, que salvou um número indeterminado de vidas durante a epidemia de peste bubónica que assolou a Lisboa de finais do século XIX/início do século XX graças ao seu exímio talento… como caçador de ratos. Aberrações, empreendedores, loucos e heróis: neste livro, apresentam-se algumas das Grandes Figuras Excêntricas da História de Portugal. -
Os Constituintes - Percursos Biográficos e Intervenções Parlamentares (1975-1976)Este livro apresenta o retrato coletivo dos atores responsáveis pela elaboração e conclusão de um dos pilares do nosso sistema democrático: a Constituição da República.As biografias de todos os deputados que exerceram funções na Assembleia Constituinte são apresentadas, pela primeira vez, neste livro. Os percursos políticos e profissionais dos constituintes, combinando diversos tipos de fontes e trazendo muitas informações inéditas, foram estudados por uma equipa de investigadores de diferentes formações disciplinares e oriundos de diversas instituições. -
Grandes Mistérios da História de PortugalEpisódios Controversos, Lendas E Histórias Reais DesconhecidasHá inúmeros factos da História de Portugal que toda a gente conhece, mas há também muitos acontecimentos desconhecidos e envoltos em mistério.Pouca gente ouviu falar de uma rainha de Portugal chamada Mecía Lopes de Haro e muito menos do facto de ela ter casado com um primo, perdido os seus direitos reais e ter sido raptada. Quantos sabem que existiu, até ao século XIX, um microestado entre a Galiza e Trás-os-Montes, equiparável a Andorra? Ou que tivemos um rei incestuoso e bígamo, que por isso foi excomungado? E quem conhece a história dos cinco falsos D. Sebastião? Misteriosíssima foi também a chegada a Portugal de uma fera nunca vista, uma ganda, que o rei D. Manuel I juntou em duelo com um dos seus elefantes, antes de «a bicha monstruosa» acabar afogada em França e empalhada em Itália.Na História de Portugal, há também, e poucos o sabem, espaço para um marinheiro valente, soldado destemido, cavaleiro terrível… que era uma mulher. Quem sabe que foi um português que criou o primeiro código de conduta para piratas? Que nos anos 1970 um navio português foi encontrado ao largo da costa de Moçambique sem nenhum dos seus 24 tripulantes? E que o fuzilamento do último português condenado à morte não foi noticiado pela imprensa? Ou ainda que um mercenário português conseguiu fundar o seu próprio reino na Ásia?Episódios controversos, lendas e histórias reais: estes são alguns dos Grandes Mistérios da História de Portugal.
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?