A Definição do Amor
«Envelheci hoje a minha vida inteira.»
É com estas palavras que Francisco Janela inicia o seu diário. Porque foi neste dia que a sua mulher, Susana, adoeceu gravemente e se viu relegada para uma cama de hospital onde apenas espera que o inevitável aconteça – morta mas ainda com o coração a bater.
O esforço dos médicos é para que viva (mesmo que para sempre inconsciente) mais uns meses. Isto porque no seu útero está a incubar uma criança, descoberta depois de adoecer gravemente.
Francisco escreve o luto para esquecer a morte. E tentar – pelo menos tentar – celebrar a vida que aí virá: a da sua filha por nascer e que mantém viva a sua mulher.
| Editora | Casa dos Ceifeiros |
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| Editora | Casa dos Ceifeiros |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Jorge Reis-Sá |
Jorge Reis-Sá nasceu em Vila Nova de Famalicão, em 1977, e viveu na casa dos avós, sobranceira ao cemitério, até aos quatro anos. Estudou Biologia, mas os livros falaram mais alto – é com eles que vive, enquanto editor e escritor. Para os mais novos, escreveu as séries O Avô e o Guia (oito títulos), David e Golias e As Aventuras do Fama (ambos com dois títulos cada), o livro Tomé e o Poema e uma biografia de António Lobo Antunes, O Amor das Coisas Belas.
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António Lobo Antunes: o amor das coisas belasAtravés de uma narrativa que estimula a investigação de respostas que não se encontram no livro, António Lobo Antunes: o amor das coisas belas (ou pelo menos das que eu considero belas), leva os leitores mais jovens a conhecer e a partilhar o mundo múltiplo do escritor que se tornou um dos autores mais lidos e traduzidos em todo o mundo.«O António nasceu para escrever, mas cresceu para ser médico. O pai do António era médico e o irmão João também. O irmão Nuno ainda é. Mas o António era um médico diferente – aos olhos do pai – porque não curava pessoas com gesso, antes a infelicidade com livros.» -
Bem Bom - Mau MariaHá quase dois anos o director da revista Ler fez um desafio ao autor: escrever a crónica mais improvável, aquela que em vez de uma opinião, desse duas e diametralmente opostas. O autor achou que sim e escreveu mais de vinte crónicas do bem e do mal. Sobre livros, sobre a vida, sobre blackberrys. Aqui está o Bem Bom, com prefácio do João Pereira Coutinho, e o Mau Maria, com prefácio de Joana Amaral Dias. Não se diz que a vida tem sempre dois lados? -
Quase Outros PoemasSe há um livro de poemas próximo da pele e do coração, é este. Não se fala de mais do que aquela, ou aquele, que se ama. E isso chega. Sempre. -
O Livro do Galo: o manual do verdadeiro portuguêsDiz-se que Portugal é o país da melancolia, do «quase», do «vai-se andando». O Livro do Galo mostra-nos a forma peculiar, e bem lusitana, de estarmos felizes – mesmo que o não saibamos, «porque o português é feliz estando triste. Porque o português é triste estando feliz». Do sol ao mar, da comida ao desenrascanço, da língua à maledicência, da seriedade da literatura à obsessão com a Selecção Nacional, este livro, está repleto de humor e perspectiva. Mas o Livro do Galo é também um guia, passo a passo, para encontrar a felicidade de ser português, ajudando o leitor a lidar com a melancolia, a ciclotimia ou até a histeria (no trânsito), porque, como diz o Galo, «ser feliz à portuguesa é perceber que tudo vai correr mal no fim. Mas que, no entretanto, nos vamos safar maravilhosamente bem». Porque a melhor definição de saudade, como escreve o autor, é arroz de cabidela -
Instituto de Antropologia"O Instituto de Antropologia colige, com as eliminações ou alterações necessárias, todos os poemas que publiquei até à presente data". JRS, Fevereiro 3013 -
Campo dos Bargos - O Futebol ou a Recuperação Semanal da InfânciaRegressar à infância: não é isso, afinal, o que mais se procura?Esquecer as preocupações e as responsabilidades e, de novo, jogar à baliza com os primos.A maior ânsia é não se ser batido pelo remate do mais velho. É isso que o futebol permite: regressar à infância a cada quinze dias, sempre que joga o clube de eleição.E esse jogo acontece no campo mais memorável: chame-se ele Luz, Alvalade, Antas, ou Bargos, o do Famalicão. O futebol é o maior criador de ídolos, como de vilões e heróis.Neste livro conta-se uma história muito pessoal, mas também daquelas onde qualquer adepto se pode rever, trazendo para agora aquilo que se viveu num relvado real, relembrado ou só sonhado. -
A Hipótese de GaiaFiccionista, poeta, cronista, Jorge Reis-Sá escreveu ao longo dos anos um enorme conjunto de contos que aqui se reúne. Movidos pela estranheza, onde Borges se toca em Kafka ou onde Vergílio Ferreira se junta a uma linguagem por vezes poética, são pequenas prosas com o azul, a terra e a rua como sustentáculo: Gaia e a sua Hipótese, portanto. -
O Sino da Minha AldeiaO sino da minha aldeia é um livro infantil, profusamente ilustrado, pensado para o primeiro ciclo de aprendizagem escolar.«Era costume: durante as tardes de trovoada, o David sentava-se com a avó na varanda, sobranceira ao cemitério – e a igreja ao fundo. E conversavam. Sobre tudo e sobre nada, que também é possível falar de nada.»E foi numa destas conversas que lembraram o avô que morrera fazia poucos meses. Entre o som do sino e a visão do cemitério, em frente à casa da avó, pensaram no Céu e em todos os significados possíveis para ele. Vem também conversar com o David e a avó. -
Todos os Dias«Todos os dias acordo com o Fernando deixando o moço à guarda da minha Justina.»Assim se inicia o primeiro romance de Jorge Reis-Sá, que aqui vê a sua terceira edição (depois de ter sido publicado na Dom Quixote e na Guerra & Paz). Publicado originalmente em 2006, foi considerado um dos livros do ano. «O livro é escrito com o ânimo do desencanto, mas é isso que nos encanta a nós, leitores.» Maria Alzira Seixo, Visão «Escrita superlativa num equilíbrio entre emoções e inteligência.» Susana Nogueira, Os Meus Livros
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Vemo-nos em AgostoTodos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva até à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo. Estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano.Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsa e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para o interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração.Escrito no estilo inconfundível e fascinante de García Márquez, Vemo-nos em Agosto é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino. Um presente inesperado de um dos melhores escritores que o mundo já conheceu. A tradução é de J. Teixeira de Aguilar. -
Deus na EscuridãoEste livro explora a ideia de que amar é sempre um sentimento que se exerce na escuridão. Uma aposta sem garantia que se pode tornar absoluta. A dúvida está em saber se os irmãos podem amar como as mães que, por sua vez, amam como Deus. -
O ColecionadorNo mais recente e trepidante thriller de Daniel Silva, autor n.º 1 da lista dos mais vendidos do The New York Times, Gabriel Allon embarca na busca de um quadro roubado de Vermeer e descobre uma conspiração que poderia levar o mundo à beira do Armagedão nuclear.Na manhã seguinte à gala anual da Venice Preservation Society, Gabriel Allon, restaurador de quadros e espião lendário, entra no seu bar preferido da ilha de Murano e aí encontra o general Cesare Ferrari, comandante da Brigada de Arte, que aguarda, ansioso, a sua chegada. Os carabinieri tinham feito uma descoberta assombrosa na villa amalfitana de um magnata sul-africano morto em circunstâncias suspeitas: uma câmara acouraçada secreta que continha uma moldura e um esticador vazios cujas dimensões coincidiam com as do quadro desaparecido mais valioso do mundo. O general Ferrari pede a Gabriel para encontrar discretamente a obra-prima antes que o seu rasto se volte a perder. - Esse não é o vosso trabalho?- Encontrar quadros roubados? Teoricamente, sim. Mas o Gabriel é muito melhor a fazê-lo do que nós.O quadro em questão é O concerto de Johannes Vermeer, uma das treze obras roubadas do Museu Isabella Stewart Gardner de Boston, em 1990. Com a ajuda de uma aliada inesperada, uma bela hacker e ladra profissional dinamarquesa, Gabriel não demora a descobrir que o roubo do quadro faz parte de uma tramoia ilegal de milhares de milhões de dólares na qual está implicado um indivíduo cujo nome de código é «o colecionador», um executivo da indústria energética estreitamente vinculado às altas esferas do poder na Rússia. O quadro desaparecido é o eixo de um complô que, caso seja bem-sucedido, poderia submeter o mundo a um conflito de proporções apocalípticas. Para o desmantelar, Gabriel terá de perpetrar um golpe de extrema audácia enquanto milhões de vidas estão presas por um fio. -
O EscritórioDawn Schiff é uma mulher estranha. Pelo menos, é o que toda a gente pensa na Vixed, a empresa de suplementos nutricionais onde trabalha como contabilista. Dawn nunca diz a coisa certa. Não tem amigos. E senta-se todos os dias à secretária, para trabalhar, precisamente às 8h45 da manhã.Talvez seja por isso que, certa manhã, quando Dawn não aparece para trabalhar, a sua colega Natalie Farrell – bonita, popular e a melhor vendedora da empresa há cinco anos consecutivos – se surpreenda. E mais ainda quando o telefone de Dawn toca e alguém do outro lado da linha diz apenas «Socorro».Aquele telefonema alterou tudo… afinal, nada liga tanto duas pessoas como partilhar um segredo. E agora Natalie está irrevogavelmente ligada a Dawn e vê-se envolvida num jogo do gato e do rato. Parece que Dawn não era simplesmente uma pessoa estranha, antissocial e desajeitada, mas estava a ser perseguida por alguém próximo.À medida que o mistério se adensa, Natalie não consegue deixar de se questionar: afinal, quem é a verdadeira vítima? Mas uma coisa é clara: alguém odiava Dawn Schiff. O suficiente para a matar.«NÃO COMECE UM LIVRO DE FREIDA McFADDEN A ALTAS HORAS DA NOITE.NÃO O VAI CONSEGUIR LARGAR!» AMAZON«O ESCRITÓRIO É UM THRILLER TENSO E VICIANTE DA AUTORA MAIS ADORADA DO MOMENTO.» GOODREADS -
Os Meus Dias na Livraria MorisakiEsta é uma história em que a magia dos livros, a paixão pelas coisas simples e belas e a elegância japonesa se unem para nos tocar a alma e o coração.Estamos em Jimbocho, o bairro das livrarias de Tóquio, um paraíso para leitores. Aqui, o tempo não se mede da mesma maneira e a tranquilidade contrasta com o bulício do metro, ali ao lado, e com os desmesurados prédios modernos que traçam linhas retas no céu.Mas há quem não conheça este bairro. Takako, uma rapariga de 25 anos, com uma existência um pouco cinzenta, sabe onde fica, mas raramente vem aqui. Porém, é em Jimbocho que fica a livraria Morisaki, que está na família há três gerações: um espaço pequenino, num antigo prédio de madeira. Estamos assim apresentados ao reino de Satoru, o excêntrico tio de Takako. Satoru é o oposto de Takako, que, desde que o rapaz por quem estava apaixonada lhe disse que iria casar com outra pessoa, não sai de casa.É então que o tio lhe oferece o primeiro andar da Morisaki para morar. Takako, que lê tão pouco, vê-se de repente a viver entre periclitantes pilhas de livros, a ter de falar com clientes que lhe fazem perguntas insólitas. Entre conversas cada vez mais apaixonadas sobre literatura, um encontro num café com um rapaz tão estranho quanto tímido e inesperadas revelações sobre a história de amor de Satoru, aos poucos, Takako descobre uma forma de falar e de estar com os outros que começa nos livros para chegar ao coração. Uma forma de viver mais pura, autêntica e profundamente íntima, que deixa para trás os medos do confronto e da desilusão. -
ManiacMANIAC é uma obra de ficção baseada em factos reais que tem como protagonista John von Neumann, matemático húngaro nacionalizado norte-americano que lançou as bases da computação. Von Neumann esteve ligado ao Projeto Manhattan e foi considerado um dos investigadores mais brilhantes do século XX, capaz de antecipar muitas das perguntas fundamentais do século XXI. MANIAC pode ser lido como um relato dos mitos fundadores da tecnologia moderna, mas escrito com o ritmo de um thriller. Labatut é um escritor para quem “a literatura é um trabalho do espírito e não do cérebro”. Por isso, em MANIAC convergem a irracionalidade do misticismo e a racionalidade própria da ciência -
Uma Noite na Livraria Morisaki - Os meus Dias na Livraria Morisaki 2Sim, devemos regressar onde fomos felizes. E à livraria Morisaki, lugar de histórias únicas, voltamos com Takako, para descobrir um dos romances japoneses mais mágicos do ano.Estamos novamente em Tóquio, mais concretamente em Jimbocho, o bairro das livrarias, onde os leitores encontram o paraíso. Entre elas está a livraria Morisaki, um negócio familiar cuja especialidade é literatura japonesa contemporânea, há anos gerida por Satoru, e mais recentemente com a ajuda da mulher, Momoko. Além do casal, a sobrinha Takako é presença regular na Morisaki, e é ela quem vai tomar conta da livraria quando os tios seguem numa viagem romântica oferecida pela jovem, por ocasião do aniversário de casamento.Como já tinha acontecido, Takako instala-se no primeiro andar da livraria e mergulha, instantaneamente, naquele ambiente mágico, onde os clientes são especiais e as pilhas de livros formam uma espécie de barreira contra as coisas menos boas do mundo. Takako está entusiasmada, como há muito não se sentia, mas… porque está o tio, Satoru, a agir de forma tão estranha? E quem é aquela mulher que continua a ver, repetidamente, no café ao lado da livraria?Regressemos à livraria Morisaki, onde a beleza, a simplicidade e as surpresas estão longe, bem longe de acabar. -
Uma Brancura LuminosaUm homem conduz sem destino. Ao acaso, vira à direita e à esquerda até que chega ao final da estrada na orla da floresta e o seu carro fica atolado. Pouco depois começa a escurecer e a nevar. O homem sai do carro e, em vez de ir à procura de alguém que o ajude, aventura-se insensatamente na floresta escura, debaixo de um céu negro e sem estrelas. Perde-se, quase morre de frio e de cansaço, envolto numa impenetrável escuridão. É então que surge, de repente, uma luz.Uma Brancura Luminosa é a mais recente obra de ficção de Jon Fosse, Prémio Nobel de Literatura de 2023. Uma história breve, estranhamente sublime e bela, sobre a existência, a memória e o divino, escrita numa forma literária única capaz de assombrar e comover.Tradução do norueguês de Liliete Martins.Os elogios da crítica:«Uma introdução perfeita à obra de Jon Fosse.» The Telegraph«Inquietante e lírico, este pequeno livro é uma introdução adequadamente enigmática à obra de Fosse e um bom ponto de partida para se enfrentar os seus romances mais vastos e experimentais.» Financial Times - Livro do Ano 2023«Uma Brancura Luminosa é, muito simplesmente, grande literatura.» Dagbladet