A Encantatória Visualidade - Textos sobre Cinema
Neste livro estão reunidos alguns textos escritos ao longo de quase duas décadas, que têm em comum a reflexão sobre o cinema. Esta reflexão, sobretudo centrada em problemáticas da imagem, adquire diversas formas, nomeadamente, a relação do cinema com a história da arte e com alguns movimentos pictóricos relevantes, assim como com a arquitectura, com a política ou ainda com alguns movimentos sociais. Os textos, alguns um pouco encurtados relativamente aos originais, estão organizados por assunto, procurando-se, sempre que possível, estabelecer um encadeamento que confira fluidez à sua leitura.
| Editora | Húmus |
|---|---|
| Coleção | 12catorzebold |
| Categorias | |
| Editora | Húmus |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Isabel Nogueira |
Isabel Nogueira é Doutorada em Belas-Artes, área de especialização em Ciências e Teorias da Arte (Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa) e pós-doutorada em História e Teoria da Arte Contemporânea e Teoria da Imagem (Universidade de Coimbra e Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne). É historiadora de arte contemporânea, professora universitária, ensaísta e curadora independente. É investigadora integrada do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX/Universidade de Coimbra, onde coordena a linha de investigação: “Artes Visuais e Imagem em Campo Expandido”. Colabora regularmente nas publicações Estudos do Século XX e Recherches en Esthétique. No domínio do ensaio, publicou as seguintes monografias: Do pós-modernismo à exposição Alternativa Zero, Nova Vega, 2007; Alternativa Zero (1977): o reafirmar da possibilidade de criação, CEIS20/Universidade de Coimbra, 2008; A crítica nas artes: fundamentos, conceitos e funções (coord.), CEIS20/Universidade de Coimbra, 2011; Teoria da arte no século XX: modernismo, vanguarda, neovanguarda, pós-modernismo. Imprensa da Universidade de Coimbra, 2012, segunda edição em 2014; Théorie de l’art au XXe siècle: modernisme, avant-garde, néo-avant-garde, postmodernisme, Éditions L’Harmattan, 2013; Modernidade avulso: escritos sobre arte, Edições A Ronda da Noite, 2014.
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Teoria da Arte no Século XX: Modernismo, Vanguarda, Neovanguarda, Pós-ModernismoEste livro pretende operar uma proposta de compreensão da arte do século XX, a qual, naturalmente, tem os seus antecedentes imediatos ainda em Oitocentos. Mas esta perspectiva de análise e de reflexão organiza-se em torno dos conceitos que acreditamos serem determinantes para o seu entendimento: modernismo, vanguarda, neovanguarda e pós-modernismo. Trata-se de uma aceitação prévia de que os conceitos em questão são a base de compreensão da arte do período em análise – o século XX – e que se instituem como propósito conceptual que, por conseguinte, determina o modo de operar dos diversos movimentos artísticos ou tendências estéticas de fundo. Estabelece-se, pois, um entrosar da abstracção do conceito com a prática artística concreta, historicista e orgânica. -
Teorias da Arte - Do Modernismo à ActualidadeUm pequeno guia que traça a história e essência de cada movimento artístico da modernidade à pós-modernidade.Absolutamente fundamental para o investigador mas também para quem quer que queira perceber o mundo da arte contemporânea.Uma história das teorias da Arte do Modernismo até hoje. Um pequeno guia essencial para perceber as expressões artísticas.Com o advento do modernismo, e do movimento da arte moderna em geral, a arte conheceu uma transformação consideravelmente rápida e efectivamente avassaladora, que encontrou as suas origens em meados do século XIX, com o profundo questionar do racionalismo e da ordem social burguesa, na encruzilhada de um conjunto impressionante de inovações tecnológicas que se juntava à designada crise da representação - fortemente desencadeada pelo desenvolvimento da fotografia, nos anos 40 e, a partir de 1895, com a invenção do cinematógrafo -, assim como a um desejo profundo de descoberta e experimentação de novos códigos visuais, estéticos e artísticos. Ou seja, questionou-se o objecto a partir de dentro, portanto, a partir da componente conceptual que estaria na origem da sua forma.O objectivo deste livro é o de operar uma proposta de compreensão da arte desde o modernismo à actualidade, mediante uma perspectiva que cruza a história com a teoria e a crítica de arte, movimentando-se também, e sempre que oportuno, pelos territórios da filosofia e da estética.Inclui um extratexto de 24 páginas a cores. -
A Imagem no Enquadramento do Desejo: transitividade em pintura, fotografia e cinema«A visão seria um meio de sair do eu.»Maurice Merleau-Ponty Este ensaio debruça-se sobre a imagem artística, concretamente, sobre a imagem em pintura, fotografia e cinema. Por um lado, a imagem é pensada tanto na sua componente plástica e visual como na sua vertente comunicativa, eventualmente emotiva; por outro, a imagem é também contextualizada e analisada do ponto de vista dos domínios da estética e da história da arte, reportando-se ao contexto mais amplo da cultura visual. Pesamos sobretudo as relações entre os pressupostos estéticos e operantes dos suportes e linguagens em causa, mas sempre na problemática do desejo, do fascínio, da inquietação e, sobretudo, da transitividade. Trata-se de compreender a imagem na sua possibilidade de se expandir face à confinação formal do suporte a que pertence, evocando outros, apelando, ao mesmo tempo, ao entrosamento dos olhares de quem a produz e de quem a vê.Esta obra contém diversas ilustrações a cores e a preto e branco. -
Como Pode Isto Ser Arte? Breve Ensaio Sobre Crítica de Arte e Juízo de Gosto«Como pode isto ser arte?». A questão é-me recorrentemente endereçada, sobretudo da parte — legítima — dos meus alunos de história da arte contemporânea, a quem agradeço a pergunta e dedico este breve ensaio. De facto, e principalmente desde meados do século XX, e no contexto do movimento geral da neovanguarda internacional — que encontrou a sua origem no modernismo, iniciado, ainda no século XIX, com a pintura de Édouard Manet e dos impressionistas —, que o debate em torno da abstracção seria substituído pela complexa discussão em torno do próprio conceito, extensão e função do objecto artístico. Esta concepção de arte culminaria, entre outros posteriores experimentalismos, no nouveau réalisme, na pop art, ou na arte conceptual, que se afastaram definitivamente do processo estético dito convencional. -
Zona de RebentaçãoUma novela invulgar onde texto e imagem se aliam para narrar a cristalização do momento de mudança.Narrativa em torno de quatro personagens centrais, representantes de duas gerações, cujas vidas se vão cruzando numa história que traça um arco temporal entre 1968 e 2009, em lugares como Biarritz, Paris, Lisboa ou o Douro. A seu modo, todas as personagens se encontram em momentos de vida complexos, em algumas situações, até extremos. E, ao longo da narrativa, vão sendo desvendados ao leitor os diversos passados das personagens, as suas inquietações, os seus desejos, convocando-o para uma zona de rebentação, da qual todos anseiam, na verdade, poder sair. A obra junta vários capítulos cada qual acompanhado de uma fotografia, também da autora, que introduz cada capítulo e, em simultâneo, cria uma outra camada – visual – de leitura. -
Artes Plásticas e Crítica de Arte em Portugal nos Anos 70 e 80Este texto apresenta uma proposta de compreensão das artes plásticas e da crítica em Portugal nos anos setenta e oitenta, na sua relação com os conceitos de vanguarda e de pós-modernismo. Trata-se, num primeiro momento, de traçar uma perspetiva de caráter mais historicista e panorâmico, pautada pela fixação e cruzamento de informação, até à data apresentada de modo disperso ou monograficamente focado. E é precisamente a análise desta informação que nos leva a aceitar a hipótese de que estes conceitos nos permitem o entendimento deste panorama, conduzindo-nos, num segundo momento, a um exercício teórico e epistemológico de definição dos conceitos de vanguarda e de pós-modernismo, os quais, servem, portanto, de fios condutores deste estudo. Este trabalho culmina na análise da prática artística em Portugal no período em questão, concretamente nos eventos coletivos de artes plásticas que se propuseram, conceptual e objectualmente, interrogar e apropriar os conceitos de vanguarda e de pós-modernismo, procurando perceber se, não obstante os tempos e a intensidade da arte portuguesa maioritariamente não terem sido os mesmos dos centros artísticos mais eminentes, estas exposições - Alternativa Zero: Tendências Polémicas na Arte Portuguesa Contemporânea (1977), Depois do Modernismo (1983), Os Novos Primitivos: os Grandes Plásticos (1984), Atitudes Litorais (1984), Arquipélago (1985) e Continentes: V Exposição Homeostética (1986) - conseguem, a seu modo, enriquecer e transformar os conceitos em causa, permitindo uma redefinição da própria história da arte portuguesa deste período. -
Teorias da Arte - Do Modernismo à ActualidadeUm pequeno guia que traça a história e essência de cada movimento artístico da moderninade à pós-modernidade. Absolutamente fundamental para o investigador mas também para quem quer que queira perceber o mundo da arte contemporânea. Uma história das teorias da Arte do Modernismo até hoje. Um pequeno guia essencial para perceber as expressões artísticas. Com o advento do modernismo, e do movimento da arte moderna em geral, a arte conheceu uma transformação consideravelmente rápida e efectivamente avassaladora, que encontrou as suas origens em meados do século xix, com o profundo questionar do racionalismo e da ordem social burguesa, na encruzilhada de um conjunto impressionante de inovações tecnológicas que se juntava à designada crise da representação fortemente desencadeada pelo desenvolvimento da fotografia, nos anos 40 e, a partir de 1895, com a invenção do cinematógrafo , assim como a um desejo profundo de descoberta e experimentação de novos códigos visuais, estéticos e artísticos. Ou seja, questionou-se o objecto a partir de dentro, portanto, a partir da componente conceptual que estaria na origem da sua forma. O objectivo deste livro é o de operar uma proposta de compreensão da arte desde o modernismo à actualidade, mediante uma perspectiva que cruza a história com a teoria e a crítica de arte, movimentando-se também, e sempre que oportuno, pelos territórios da filosofia e da estética. Inclui um extratexto de 24 páginas a cores. *** Isabel Nogueira (n. 1974) é historiadora de arte contemporânea, professora universitária, ensaísta e crítica de arte. Doutorada em Belas-Artes, área de especialização em Ciências e Teorias da Arte (Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa) e pós-doutorada em História e Teoria da Arte Contemporânea e Teoria da Imagem (Universidade de Coimbra e Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne). É investigadora integrada do Centro de Investigação e de Estudos em Belas-Artes/Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e colaboradora do Institut Æsthetica: Art et Philosophie / Université Paris 1 Panthéon-Sorbonne. É membro da Associação Internacional de Críticos de Arte (AICA-Portugal). É autora correspondente da revista Recherches en Esthétique. No domínio do ensaio, publicou as seguintes monografias: Do pós-modernismo à exposição Alternativa Zero (Nova Vega, 2007); Alternativa Zero (1977): o reafirmar da possibilidade de criação (CEIS20 / Universidade de Coimbra, 2008); Teoria da arte no século xx: modernismo, vanguarda, neovanguarda, pós-modernismo (Imprensa da Universidade de Coimbra, 2012; 2.ª ed. 2014); Théorie de lart au xxe siècle: modernisme, avant-garde, néo-avant-garde, postmodernisme (Éditions LHarmattan, 2013); Artes plásticas e crítica em Portugal nos anos 70 e 80: vanguarda e pós-modenismo (Imprensa da Universidade de Coimbra, 2013; 2.ª ed. 2015); Modernidade avulso: escritos sobre arte (Edições A Ronda da Noite, 2014); A imagem no enquadramento do desejo: transitividade em pintura, fotografia e cinema (Book Builders, 2016); Limage dans le cadre du désir: transitivité dans la peinture, la photographie et le cinema (Éditions LHarmattan, 2018). -
História da Arte em Portugal: do Marcelismo ao Final do Século XXAs artes plásticas e o pensamento crítico em Portugal, entre o início do Marcelismo (1968) e o final do século XX (2000), constituem um território profícuo de estudo, que tem vindo a despertar um interesse crescente. Passado algum tempo, e com um certo distanciamento, já se crê ser possível concretizar uma proposta de compreensão deste panorama, por vezes complexo e até contraditório, inclusivamente pelas mutações políticas, sociais e culturais que nesta época se operaram na vida portuguesa, nomeadamente com a Revolução de Abril de 1974 e a consequente queda do regime ditatorial, com todas as suas implicações e desenvolvimentos, mas também com o próprio caminho da estabilização na democracia e da adesão à Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1986, designada União Europeia (UE) a partir de 1992. O objecto de estudo desta obra centra-se em acontecimentos – nomeadamente, algumas exposições colectivas implicativas, artistas, obras, políticas culturais de fundo, instituições, ensino artístico, publicações periódicas da especialidade, problematização teórica e crítica, bem como uma ligação ao pano de fundo internacional. É na análise crítica da encruzilhada destes elementos que esta história da arte em Portugal se posiciona. Não obstante os tempos e a intensidade da arte portuguesa não terem sido, muitas vezes, os mesmos da arte ocidental – especificamente dos centros artísticos mais eminentes, como os Estados Unidos da América, a França, a Alemanha, a Itália ou o Reino Unido –, as exposições em causa e certos percursos individuais conseguem ir além da crença, mais ou menos comum, numa certa roupagem de importação – nomeadamente quando se faz alusão aos anos 70 portugueses –, pondo a hipótese da necessária reavaliação da própria história da arte em Portugal do período em análise, tornando-a parte efectivamente constitutiva do movimento mais vasto da história da arte ocidental. -
Crítica de Arte ou o Espaço entre a Obra e o MundoPodemos entender a crítica de arte como uma disciplina que tem por objectivo a análise, comparação, interpretação e avaliação das obras de arte, em relação directa com o juízo de gosto. A actividade crítica tem ainda a função de informar e de promover e, no contexto das sociedades contemporâneas, face à complexidade e rapidez de movimentos, estéticas e discursos, procura inclusivamente discutir o que é ou não arte e o modo como esta se insere e se relaciona no sistema geral da cultura e da sociedade. Por outras palavras, procura-se a compreensão da obra de arte e do seu contexto de produção e de recepção. Na verdade, a crítica de arte estabelece uma relação única e complexa entre a Obra e o Mundo.
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A Realização CinematográficaConcebido como manual para os estudantes das escolas de cinema, este livro responde também à curiosidade comum de saber como se faz um filme. É ainda uma introdução bastante acessível à linguagem do cinema, de grande utilidade para os técnicos e os profissionais pelo seu carácter acentuadamente prático. -
Dicionário do Cinema Português 1895-1961Livro de referência sobre o Cinema Português, aqui se encontra repertoriada, para o período 1895-1961, a totalidade dos filmes de longa-metragem de ficção, bem como as principais curtas e médias metragens. O Dicionário comporta ainda entradas traçando a carreira dos mais destacados realizadores, atores, diretores de fotografia, produtores, compositores musicais, argumentistas e outros técnicos. Num trabalho que se quer factual e rigoroso, o autor não esqueceu um olhar crítico sobre os objetos em análise. Um livro imprescindível a todos quantos se interessam pelo cinema ou pelas artes do espetáculo em geral. -
Janela Indiscreta - O que Dizem as Estrelas15 anos de conversas, 25 grandes entrevistados. Ao longo de 30 anos de carreira na televisão, Mário Augusto realizou mais de duas mil entrevistas de cinema, sendo o jornalista português que mais estrelas entrevistou. Com algumas, a convivência e os reencontros enriqueceram as conversas, que foram muito para além do mais recente filme ou escândalo de Hollywood. Nos 15 anos do Janela Indiscreta, Mário Augusto selecionou as suas melhores entrevistas a 25 dos maiores nomes da indústria cinematográfica. Ilustrado com caricaturas certeiras de André Carrilho. Tal e qual! Com prefácio de Daniela Ruah. -
Sinais de Vida. Werner Herzog e o CinemaA figura de Werner Herzog emerge em toda a sua complexidade num estudo aprofundado das suas obras, acompanhado por uma entrevista longa e inédita com o cineasta alemão. A aura de realizador de extremos e aventuroso, capaz de defrontar todo o tipo de perigos para levar até ao fim os seus filmes, faz parte de um mito fascinante mas redutor. O próprio Herzog afirma aqui ser sobretudo um "contador de histórias". O seu olhar inconfundível sobre os cantos mais remotos e inóspitos do nosso planeta definem-no como um pesquisador de histórias, um explorador de visões apaixonado, guiado pela câmara em busca do momento de "verdade extática" escondida nos rostos, nos lugares e nas paisagens. -
O Estilo Transcendental no Cinema - Ozu, Bresson, DreyerO aclamado realizador e argumentista Paul Schrader revisita e atualiza neste livro a sua abordagem ao «slow cinema» dos últimos cinquenta anos. Ao contrário do realismo psicológico que domina o cinema, o estilo transcendental expressa um estado espiritual por meio de um trabalho de câmara austero e de uma representação desprovida de autoconsciência.Este texto seminal analisa a obra de três grandes cineastas - Yasujiro Ozu, Robert Bresson e Carl Th. Dreyer - e propõe uma linguagem dramática comum usada por estes realizadores de culturas tão diversas.