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A Ilustre Casa de Ramires

Eça de Queirós

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Sinopse

A Compasso dos Ventos Editora lança A Ilustre Casa de Ramires, uma das grandes histórias de um dos maiores escritores português, Eça de Queirós, em uma edição requintada com capa cartonada, com cortes a cores, com texto integral e formato prático para o estudo e as horas de lazer.

A Ilustre Casa de Ramires, publicado em 1900, conta a história de Gonçalo Mendes Ramires, um fidalgo provinciano que vive numa casa ancestral na região de Trás-os-Montes, em Portugal. Gonçalo é um personagem idealista e romântico, fascinado pela história e pelo passado glorioso de sua família que busca restaurar a grandiosidade dos Ramires através da escrita de um livro sobre a história da casa e de suas memórias. No entanto, a trama se desenrola em torno dos desafios enfrentados por Gonçalo ao tentar conciliar suas ambições literárias com a realidade cotidiana, além de intrigas políticas e românticas.

A Ilustre Casa de Ramires é um livro que mescla elementos históricos, políticos e sociais com o estilo irônico e realista de Eça de Queirós. Através da história de Gonçalo, o autor retrata as contradições e a decadência da aristocracia rural portuguesa, questionando os valores tradicionais e expondo a hipocrisia e a inércia da classe dominante. Com sua prosa elegante e rica em detalhes, Eça de Queirós cria uma reflexão profunda sobre a identidade nacional portuguesa, a relação entre o passado e o presente, e as contradições que surgem quando a busca pelo status e a preservação da tradição colidem com a necessidade de se adaptar e evoluir.

A Ilustre Casa de Ramires é uma obra que retrata com maestria a complexidade da sociedade portuguesa do final do século XIX, revelando as fissuras e os desafios enfrentados por uma classe social em declínio. É uma leitura cativante e profunda, que nos convida a refletir sobre os valores que sustentam as estruturas sociais e o indivíduo em busca de sua identidade.


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Autor

Eça de Queirós

Eça de Queiroz nasceu a 25 de novembro de 1845 na Póvoa de Varzim e é considerado um dos maiores romancistas de toda a literatura portuguesa, o primeiro e principal escritor realista português, renovador profundo e perspicaz da nossa prosa literária. Entrou para o Curso de Direito em 1861, em Coimbra, onde conviveu com muitos dos futuros representantes da Geração de 70. Terminado o curso, fundou o jornal O Distrito de Évora, em 1866, órgão no qual iniciou a sua experiência jornalística. Em 1871, proferiu a conferência «O Realismo como nova expressão da Arte», integrada nas Conferências do Casino Lisbonense e produto da evolução estética que o encaminha no sentido do Realismo-Naturalismo de Flaubert e Zola. No mesmo ano iniciou, com Ramalho Ortigão, a publicação de As Farpas, crónicas satíricas de inquérito à vida portuguesa. Em 1872 iniciou a sua carreira diplomática, ao longo da qual ocupou o cargo de cônsul em Havana, Newcastle, Bristol e Paris. Foi, pois, com o distanciamento crítico que a experiência de vida no estrangeiro lhe permitiu que concebeu a maior parte da sua obra romanesca, consagrada à crítica da vida social portuguesa e de onde se destacam O Primo Bazilio, O Crime do Padre Amaro, A Relíquia e Os Maias, este último considerado a sua obra-prima. Morreu a 16 de agosto de 1900, em Paris.


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