Adriano Moreira - Uma Intervenção Humanista
O título deste livro constitui urna síntese do que têm sido os dezassete lustres da vida de Adriano Moreira. De facto, a simbiose entre o nome intervenção e o adjectivo humanista retrata fielmente um percurso trilhado pelas sendas da justiça e pelas vias do direito e percorrido no respeito pela dignidade de cada pessoa. O nome intervenção põe em evidência a acção de Adriano Moreira, pois, quando a vida lhe recusa circunstâncias favoráveis, longe de desistir ou de se refugiar no mundo teórico, continua atento à vida, às realidades de cada conjuntura e procura contornar os ventos contrários de forma a fazer bolinar a nau das suas ideias que, raras vezes se alguma, se revelam inexequíveis.
O qualificativo humanista, na sua componente axiológica, serve para caracterizar uma vida que tem sido, como Manuel Patrício afirma no prefácio, um céu estrelado de actos as únicas acções humanas consentâneas com o estatuto ontológico deste Homem.
SUMÁRIO
Prefácio
Introdução
Capítulo I: Contextualização
Capítulo II: O pensamento e a obra científica de Adriano Moreira
Capítulo III: A Acção Legislativa
Capítulo IV: Os Congressos das Comunidades de Cultura Portuguesa
Capítulo V: A Acção Pós-exílio
Nótula Final
Anexos
Bibliografia
PREFÁCIO
Uma Nação deve saber honrar os seus filhos maiores. Maiores são os filhos que, pela sua vida e obra, dignificaram e engrandeceram a Nação. Acima destes só os filhos magnos: aqueles que dignificaram, honraram e engrandeceram a Pátria. A Nação é uma entidade cujas raízes são, ainda, de ordem material. Acima se coloca a Pátria, entidade cuja substância é de ordem espiritual. A famosa definição de Pátria que nos deixou Fernando Pessoa coloca-nos de um golpe no hiper-mundo do espírito: "Minha Pátria é a Língua Portuguesa". Foi Fernando Pessoa, de toda a evidência, um português magno.
Cabe-me a honra de prefaciar este livro que o Doutor José Pinto em boa hora pensou e escreveu sobre um português maior, que foi também, e é - e sobretudo é -, um português magno: Adriano Moreira. Tem este livro a objectividade própria da ciência. Mas tem ele também a subjectividade própria da axiologia. A ciência olha e mira o que é. A axiologia olha, mira e admira o que é valioso, o que vale. Tudo é mirável, nem tudo é admirável. A admiração exprime não apenas o acto de ver o que é como é, mas acima disso o acto-movimento de aproximação ao que é visto e se apresenta como digno de admiração. Este livro dá-nos a ver Adriano Moreira no que tem sido uma vida prodigiosamente rica, inteligente e benevolente. Precisamente por isso, este livro conduz-nos para a própria pessoa do mirado, que afinal é mirando, que afinal se impõe à nossa admiração. Queremos estar perto dele, junto dele. Nós o admiramos.
Nascido dez anos depois do Professor Adriano Moreira, e sempre mais afastado do grande palco onde se foi representando o drama colectivo da Nação, pude ainda assim seguir com atenção o itinerário luminoso da sua vida. Nisso fui desde o início ajudado por conterrâneos transmontanos seus e colegas meus da Universidade de Lisboa, ao tempo em que foi Director do ISEU (Instituto Superior de Estudos Ultramarinos). Segui com ansiosa expectativa a sua passagem pelo Ministério do Ultramar, onde se jogava - como hoje é obsidiantemente evidente -o futuro de todos nós, os da CPLP. Fui ouvindo com crescente esperança e entusiasmo os seus discursos de Ministro, pêlos quais perpassava e nos quais latejava uma visão diferente do problema ultramarino e da organização política do Estado, no sentido do paradigma da sociedade aberta teorizada por Karl Popper. Foi sempre fraterno, generoso, descompri-mido e descompressor o pensamento de Adriano Moreira. E o discurso. E a prática.
E a prática. Este homem nunca foi um homem de palavras. De palavras vãs, quero dizer. Este homem foi sempre, é-o quotidianamente, um homem de palavra. Ora a palavra não se opõe à acção. A palavra é, ao invés, a acção primordial, a raiz da acção. E é por isso que ele é - foi sempre - um homem de acção. Melhor dizendo, um homem de acto. Personalista medular, aplica-se a Adriano Moreira o entendimento que Max Scheler nos deixou da pessoa: A pessoa é centro de actos, ser pessoa é ser centro de actos. De facto - e na linha do que André Malraux deixou escrito em A Condição Humana - a acção humana verdadeiramente à altura do estatuto ontológico do homem é o acto. A vida de Adriano Moreira coloca à nossa frente um areal imenso de acções, mas essa areia é de ouro fino, essas acções são actos. Adriano Moreira é o centro - a fonte latente -de onde esses actos emanam. Os homens maiores podem ter uma vida recheada de acções. Só os homens magnos fazem da sua vida um céu estrelado de actos. Essa é a vida de Adriano Moreira.
Político, académico, publicista, cidadão - cidadão português, cidadão lusófono, cidadão do mundo -, é o Professor Adriano Moreira para todos nós um exemplo, um estímulo, uma responsabilidade. Os exemplos são para seguir, não para citar. Os estímulos são para responder, não para pontuar o sono. As responsabilidades são para assumir, não para ornar moralitariamente os discursos. O autor deste livro segue o exemplo, responde ao estímulo, assume a responsabilidade representada por esta laudatio. A mesma é a postura das eminentes personalidades que douram a imagem já intrinsecamente áurea de Adriano Moreira.
O que eu sinto, nesta hora histórica adversa à Pátria, e perigosa para a Humanidade, é que constitui sem dúvida um sinal de esperança e um incentivo para o futuro que ainda haja seres humanos, e portugueses, de tão alto quilate. A eles estamos, e ao apelo solene que a sua pessoa nos faz - escrevo-o com todo o peso das palavras -, inapelavelmente obrigados.
PROF. DOUTOR MANUEL FERREIRA PATRÍCIO
Professor Catedrático e Reitor Aposentado da Universidade de Évora
| Editora | Almedina |
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| Coleção | Fora de Coleção |
| Categorias | |
| Editora | Almedina |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | José Filipe Pinto |
Vice-presidente da Academia Internacional da Cultura Portuguesa e Fellow of Social Science Research Council of Open Association of Research Society (EUA). Investigador-coordenador e professor catedrático na Universidade Lusófona, exerce o cargo de diretor da licenciatura em Sociologia nesta universidade, tendo sido também diretor dos seus mestrados em Ciência Política, Cidadania e Governação e em Diplomacia e Relações Internacionais e da licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor de dezasseis livros, mais de uma dezena de capítulos de livro, maioritariamente publicados nos Estados Unidos, cerca de quatro dezenas de artigos científicos em revistas nacionais e internacionais, com divulgação em mais de 100 países, e algumas centenas de artigos de opinião.
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O Ultramar Secreto e ConfidencialO ULTRAMAR SECRETO E CONFIDENCIAL assume-se como um estudo sobre a forma portuguesa de administrar um Império que sobreviveu quase três décadas ao disfuncionamento do sistema em que se inseria - o Euromundo. Verba volant, scripta manent - as palavras voam, os escritos ficam - talvez seja a frase apropriada para explicar o tipo de fontes que esta investigação privilegia - os telegramas trocados entre Salazar, os Ministros das Colónias ou do Ultramar e os Governadores do Império. Esses telegramas, para além de fontes directas, ou seja, da responsabilidade de intervenientes no processo, constituem, devido à circunstância de serem secretos e confidenciais, uma fonte inadvertida porque usada com finalidade diferente da originalmente reservada. Porém, como a obra apenas procura compreender o modelo de gestão do Império, recusa o sensacionalismo, dá a conhecer factos e, sem enjeitar a crítica ou a denúncia do passivo, reconhece o activo decorrente de algumas visões assertivas. -
Segredos do Império da Ilusitânia: a Censura na Metrópole e em AngolaA Ilusitânia, a aglutinação possível das palavras «Ilusão» e «Lusitânia», traduz por inteiro a falta de autenticidade do Estado Novo, um regime que cultivou as aparências e aprisionou a liberdade, encarando-a como uma ameaça e nunca como um bem social primário. Nesta luta sem tréguas pela ocultação da realidade, a Censura representou um instrumento que serviu os interesses do Salazarismo e do Marcelismo; e fez descer sobre Portugal e as suas possessões um manto: obscurantista que se traduziu num provincianismo retrógrado. A Comissão de Censura e o Conselho de Leitura foram os carcereiros das ideias oficialmente consideradas como subversivas ou dissolventes, num jogo que envolveu interesses políticos, económicos e culturais naquela que era vista, na fase do quase encerramento do ciclo colonial português, como a jóia do Império Angola. A dificuldade em convive com a realidade tem concedido pouco tempo a este assunto e escassos ventos nos têm trazido a aragem da descoberta. Este livro chega ao prelo para tentar afirmar-se como contributo no erguer desse véu sob o qual a realidade de ontem subsiste tão envergonhada, esquecida que a História de qualquer povo engloba um activo e um passivo que importam conhecer. -
Lisboa, os Açores e a AméricaHá mais de meio século que a Base das Lajes representa um elemento indispensável para a compreensão das relações entre Portugal e os Estados Unidos. Este livro conta os principais muitos até agora ignorados episódios desse relacionamento e mostra de que forma Salazar usou a presença norte-americana como moeda de troca para o apoio à política colonial portuguesa. A presente obra denuncia, ainda, o ultimato feito por Nixon, historia a questão dos voos de Guantánamo e reflete sobre a importância presente e futura das Lajes. Veja a entrevista do autor no programa "Ideias em Estante" do canal ETV: -
Os Políticos e a Crise - De Salazar a Passos CoelhoAo longo da sua História, Portugal tem contraído empréstimos estrangeiros com tal frequência que o ato de pedir deixou de ser exceção, para acorrer a necessidades pontuais de carência, e tornou-se uma regra da vida nacional. Numa conjuntura em que a palavra crise se colou aos lábios, aos ouvidos e aos bolsos dos portugueses, este livro ajuda a medir a distância que separa as certezas, sempre patenteadas pelos políticos, dos resultados efetivos das suas políticas. A leitura desta obra permitirá, assim, conhecer a forma como Oliveira Salazar usou a crise para chegar ao Poder, as razões que levaram Mário Soares e José Sócrates a pedir ajuda ao FMI e a estratégia de austeridade preconizada pela Troika e ampliada por Passos Coelho. -
O Poder em Portugal - Partidos e Cidadãos: Espaço Para Dois?Em Portugal, passados 40 anos sobre o fim do Estado Novo, os partidos parecem apenas apostados numa espécie de captura do Poder, pois continuam a considerar a Assembleia da República como um feudo ao qual os independentes apenas têm acesso se eleitos em listas partidárias. Este livro analisa a realidade do sistema político pós-25 de Abril, numa conjuntura marcada pela elevada taxa de abstenção e pela crescente afirmação dos grupos de cidadãos eleitores ao nível do Poder Local. Numa altura em que a qualidade da representação é questionada, a obra reflete sobre a pertinência de alterar o sistema eleitoral, um passo suscetível de impedir o passado de bater à porta do presente porque, como Adriano Moreira afirma, o imprevisto está à espera de uma oportunidade. -
Presidentes da República no Portugal Democrático. Eleições, Dinheiros e VetosNo Portugal de Abril, o sistema de governo ainda não encontrou solução para o relacionamento dos portugueses com o mais alto representante nacional. Um problema antigo decorrente da quebra de confiança. Daí o Regicídio. Por isso a instabilidade da Primeira República e o enclausuramento do Estado Novo. A Constituição de 1976, depois de sete revisões, reconhece ao Presidente da República 27 alíneas de competências, mas os partidos concebem a figura presidencial na dupla faceta de regulador e participante. Os interesses em jogo ditam o papel. O desempenho é entregue ao carisma. Que nem sempre existe. As vozes encantatórias escasseiam. A função presidencial exige poder moderador. Neutro. Acima dos outros. O teto do edifício comum. O cimento da reconciliação. -
Populismo e Democracia: dinâmicas populistas na União EuropeiaO queéo populismo? Seráuma ameaça para a democracia ou um corretivo para um sistema cujo desempenho não faz jusàsua designação? Este livro procura responder a estas duas questões.Analisando o estado da arte desta temática, o autor procedeàdesmontagem de mitos, avança com uma conceção própria do fenómeno e apresenta um estudo sobre a realidade populista nos vinte e oito países membros da União Europeia.Assunto pertinente numa conjuntura inquietante e em que partidos populistas jáocupam a cadeira do poder e lideram oposições em vários países da UE, a leitura deste livro interessaráa muitos e diversificados leitores. -
Do Império Colonial à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa: Continuidades e DescontinuidadesA forma traumática como foi encerrado o ciclo imperial português deixou marcas dolorosas que pareciam pôr em causa um relacionamento futuro de Portugal com as suas antigas possessões. No entanto, o tempo, ainda que necessariamente breve, parece mostrar que os povos lusófonos, eternos semeadores de sonhos, desejam que a queda do Império não implique o fim, mas o princípio, de um verdadeiro projecto lusófono e ecuménico. Urge, assim, vontade política para definir o rumo e o futuro da Lusofonia, pois, como o Professor Armando Marques Guedes afirma no prefácio "toda a produção institucional, e o grosso dos esforços de conceptualização prospectiva quanto à Lusofonia, têm sido marcados ora por falta ou excesso de ambição, ora por incertezas. Vive-se, antes do mais, num limbo de indefinição". -
Vidas ao Deus DaráArredores de Lisboa. Uma floresta de betão. Poiso quase só para pernoitar. Uma viagem sociopsicológica. Um rascunho de saudades. Histórias de gente arrancada às origens. Vidas amontoadas em apertamentos. Em todos os sentidos. O olhar inquisidor da porteira. A guardiã da ordem. E não só. As doenças da sociedade. Lista extensa. Pedofilia. Violência doméstica. Desemprego. Divórcio. Alcoolismo. Solidão. Os animais como família. A próxima. Ou a única. Pessoas quase sem tempo para a vida. Menos ainda para a felicidade. Uma miragem. Fugidia como o tempo. Tal como o ordenado. Personagens reais. De carne e osso. Recriadas ao gosto do narrador. Uma pitada de intuição. Imaginação quanto baste.
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As 100 Melhores Tascas de PortugalAntónio Catarino, autor da famosa rubrica radiofónica TSF à Mesa, junta-se a Rui Cardoso, responsável por muitos Guias Boa Cama e Boa Mesa do Expresso, para percorrer o país de norte a sul em busca das 100 MELHORES TASCAS DE PORTUGAL. Do Minho ao Algarve, passando por Trás os Montes, Grande Porto, Beiras, Oeste, Ribatejo, Grande Lisboa e Algarve, eis um guia essencial para quem quer comer bom e barato na melhor tradição portuguesa. -
Auditoria Interna - Função e ProcessoA Auditoria Interna é hoje uma função com responsabilidade social, confrontada com um permanente desafio provocado pela constante mudança na envolvente das entidades, pelo rápido desenvolvimento de novas tecnologias, novas áreas de atuação, novos eventos, novas oportunidades, atuais e futuras, com uma atitude proativa e criativa. O principal objetivo é acrescentar valor como parte integrante de um modelo de Corporate Governance e Gestão de Risco em qualquer entidade. O sucesso da atividade de Auditoria Interna depende sempre da competência dos seus recursos, adequado posicionamento, transparência e cultura da entidade, envolvendo uma adequada mentalização e divulgação a todos os seus intervenientes. O objetivo deste livro é sensibilizar e auxiliar os profissionais, principalmente os que irão iniciar a função, para um adequado desempenho. Além disso, pretende alertar e divulgar no meio académico a importância crescente desta função para as organizações. O livro está estruturado em quatro capítulos: no primeiro e segundo evidencia o enquadramento e a função de Auditoria Interna; no terceiro e quarto aborda a Auditoria Interna numa vertente mais prática, sendo este último uma aplicação às áreas mais representativas numa média empresa, um guia básico para o exercício da profissão. Esta quarta edição foi ampliada e atualizada, nomeadamente as normas de auditoria interna (IPPF para 2013), os exemplos práticos, quadros, mapas e programas de auditoria interna.Vários -
Grande Manual dos GatosOrgulhosamente felino? Durante muitos séculos, os gatos foram considerados criaturas independentes, esguias e pouco sociáveis. Os antigos egípcios divinizaram-nos, mas, ao longo dos tempos, o desconhecimento dos humanos fez com que eles fossem maltratados e chacinados. Amados e depois odiados — foi esta a sina dos gatos ao longo dos séculos. Hoje, por todo o mundo, os gatos lideram o topo da lista de preferências dos animais de estimação. Sem recorrerem a nenhuma agência de marketing, os gatos batem sem qualquer dificuldade os ditos melhores amigos do Homem. Justiça seja feita: os gatos são seres adoráveis e divertidos. Eles são ouvintes atenciosos e perfeitas mantinhas de pêlo quente, mas também são tenazes, molengões e exímios alpinistas. Mas tudo isto faz parte do seu charme! O Grande Manual dos Gatos - Encontre Todas as Respostas para o Comportamento do seu Gato: Informações práticas e soluções testadas é um guia, elaborado segundo a estrutura de perguntas-respostas, de forma a facilitar ao leitor o seu manuseamento, e um manual que certamente responderá a muitas das questões e dúvidas que assolam o seu quotidiano felino. Quem é que nunca se interrogou sobre esta e aquela atitude do seu gato? Quem nunca temeu pela sua saúde e duvidou dos seus cuidados? Neste livro, os amantes dos felinos não só acederão a uma série de informações sobre gatos, quer sejam de raça pura, quer sejam vadios e selvagens, como poderão desvendar muitos dos mistérios que estão por detrás de como os gatos pensam e agem. Além do mais, as questões aqui apresentadas foram feitas pelo público, pelos amantes e donos de animais de estimação, ao longo de vários programas de rádio e de televisão, bem como aquando das palestras em que a autora participou. -
O Comportamento do Cavalo - A Solução dos ProblemasDa maior especialista em comportamento de cavalos.Os cavalos têm uma linguagem e uma lógica próprias, mas os humanos podem aprender a compreender os seus significados. Utilizando um formato de perguntas e respostas e tendo como ponto de partida estudos de casos reais, a especialista de comportamento equídeo, a Dr.ª Jessica Jahiel, explica como um cavalo pensa e aprende, porque é que age como age e como cada um de nós lhe deve responder.Uma obra para quem tem cavalos ou lida com eles, sejam eles castrados, fêmeas ou garanhões, potros ou cavalos velhos, selvagens ou domesticados, mas que sejam cavalos tímidos, revoltados, nervosos e ansiosos, barulhentos, excitados, anti-sociais, distraídos, assustadiços, melancólicos, preguiçosos, comilões, sexualmente desinteressados, possessivos, avessos à sela, a pessoas ou a riachos, receosos do veterinário ou do ferrador; que adoram morder, roer, escoicear, escavar, dar pinotes, etc., etc. -
Cartas da Guerra: d'este viver aqui neste papel descripto"As cartas deste livro foram escritas por um homem de 28 anos na privacidade da sua relação com a mulher, isolado de tudo e de todos durante dois anos de guerra colonial em Angola, sem pensar que algum dia viriam a ser lidas por mais alguém. Não vamos aqui descrever o que são essas cartas: cada pessoa irá lê-las de forma diferente, seguramente distinta da nossa. Mas qualquer que seja a abordagem, literária, biográfica, documento de guerra ou história de amor, sabemos que é extraordinária em todos esses aspectos (...) Este é o livro do amor dos nossos pais, de onde nascemos e do qual nos orgulhamos. Nascemos de duas pessoas invulgares em tudo, que em parte vos damos a conhecer nestas cartas. O resto é nosso." Maria José Lobo Antunes; Joana Lobo Antunes Do Prefácio -
Kafka à Beira-MarKafka à Beira-Mar narra as aventuras (e desventuras) de duas estranhas personagens, cujas vidas, correndo lado a lado ao longo do romance, acabarão por revelar-se repletas de enigmas e carregadas de mistério. São elas Kafka Tamura, que foge de casa aos 15 anos, perseguido pela sombra da negra profecia que um dia lhe foi lançada pelo pai, e de Nakata, um homem já idoso que nunca recupera de um estranho acidente de que foi vítima quando jovem, que tem dedicado boa parte da sua vida a uma causa - procurar gatos desaparecidos.Neste romance os gatos conversam com pessoas, do céu cai peixe, um chulo faz-se acompanhar de uma prostituta que cita Hegel e uma floresta abriga soldados que não sabem o que é envelhecer desde os dias da Segunda Guerra Mundial. Assiste-se, ainda, a uma morte brutal, só que tanto a identidade da vítima como a do assassino permanecerão um mistério.Trata-se, no caso, de uma clássica (e extravagante) história de demanda e, simultaneamente, de uma arrojada exploração de tabus, só possível graças ao enorme talento de um dos maiores contadores de histórias do nosso tempo. -
O Codex 632A mensagem enigmática foi encontrada por entre os papéis que um velho historiador deixara no Rio de Janeiro antes de morrer. MOLOC NINUNDIA OMASTOOS Tomás Noronha, professor de História da Universidade Nova de Lisboa e perito em criptanálise e línguas antigas, foi contratado para descodificar esta estranha cifra. Mas o mistério que ela encerrava revelou-se para além da sua imaginação, lançando-o inesperadamente na pista do mais bem guardado segredo dos Descobrimentos: a verdadeira identidade e missão de Cristóvão Colombo. Baseado em documentos históricos genuínos, O Codex 632 transporta-nos numa surpreendente viagem pelo tempo, uma aventura repleta de enigmas e mitos, segredos encobertos e pistas misteriosas, aparências enganadoras e factos silenciados, um autêntico jogo de espelhos onde a ilusão disfarça o real para dissimular a verdade. «Tomás apercebeu-se de uma folha solta, duas linhas firmes, quatro palavras redigidas com inusitado cuidado, as letras rabiscadas em maiúsculas, pareciam rasgar o papel, a caligrafia revelando contornos obscuros, insinuantes, como se encerrasse uma arcaica fórmula mágica, criada por antigos druidas e esquecida na névoa dos séculos. Quase irreflectidamente, sem saber bem porquê, como se obedecesse a um velho instinto de historiador, aquele sexto sentido de rato de biblioteca habituado ao mofo poeirento dos velhos manuscritos, inclinou-se sobre a folha e cheirou-a; sentiu emergir dali um odor arcano, um aroma secreto, uma fragrância transportada por um mensageiro do tempo. Como um encantamento esotérico, que nada revela e tudo sugere, aquelas palavras indecifráveis exalavam o enigmático perfume do mistério.»Vários -
Etiqueta ModernaUm atualizar de ideias que não dispensa a melhor tradição .Smartphone à mesa: sim ou não? A mulher pode ou não pagar o jantar? Devemos saber estar nas redes sociais? Que roupa vestir para uma entrevista de emprego? Com se faz networking? E como se constrói uma imagem profissional? O mundo e a sociedade estão a mudar. Todos os dias, as novas gerações operam transformações nos comportamentos face às gerações anteriores. Porém, conceitos como civismo, bom senso, saber-estar, cortesia, boa educação, urbanidade, tradição ou boas maneiras não perderam atualidade. Por isso, a etiqueta é hoje mais importante do que nunca, ainda que numa versão transformada e modernizada. Foi com o intuito de dar corpo a um novo paradigma da etiqueta e das boas maneiras que Vasco Ribeiro, professor universitário na área do turismo e da hotelaria e especialista em etiqueta, desenvolveu este pertinente manual. Etiqueta Moderna é um livro prático que, adaptando e atualizando as regras clássicas, apresenta uma versão renovada da etiqueta.Em tempos de grande sofisticação tecnológica, este livro dá a conhecer os preceitos e os comportamentos corretos em ocasiões e contextos aos quais a etiqueta clássica não sabia dar resposta. Dos princípios gerais da etiqueta moderna, passando pelos eventos, pelo emprego, pelo estar à mesa, por receções em casa ou por viagens para outros países, este livro é o melhor aliado de quem pretende apresentar sempre a melhor versão de si mesmo. Com prefácio de Ricardo Carriço .Numa época em que se tende a desvalorizar os valores essenciais do saber estar e da boa educação, este livro é imprescindível.Tânia Ribas de Oliveira "Etiqueta Moderna" ajuda a perceber a importância de que uma sociedade, para progredir com civilidade, precisa de gerações que continuem a cultivar os valores sociais que se defendem como corretos e justos. Mónica Jardim Há regras de etiqueta para se viver em sociedade (não confundir com educação, porque essa vem de berço e não se aprende). Eu tive a sorte de ter educação e lições de boas maneiras desde que nasci e isso faz de mim uma pessoa apaziguadora, de bem com a vida e mais feliz. Lili Caneças Este livro trata a etiqueta numa nova perspetiva, toda ela bastante pertinente, e expõe as temáticas com a necessária atualização. Não deixe de o ler. José Figueiras Um livro essencial e oportuno de um autor com uma sólida formação académica, ética e cívica. Jorge Rio Cardoso Uma excelente leitura e perfeitamente adaptável à PSP. Faz a ponte entre a força policial e as boas maneiras na ótica da etiqueta moderna, o que é imprescindível, tendo em conta o número de eventos protocolados a que prestamos segurança. João Moura Porque ser e estar na moda com etiqueta moderna oferece outro élan e um enorme carisma, este é um livro fundamental. Gio Rodrigues
