As Palavras e as Coisas
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As ciências humanas são mais do que um saber: são uma prática, são instituições. Ao analisar a génese e a filosofia das ciências, Michel Foucault mostra como é recente o aparecimento do «homem» na história do saber.
Estuda a mudança interior da nossa cultura, do século XVIII ao século XIX, através da gramática geral, que se tornou filologia, da análise de riquezas, que se tornou economia política, e da história natural, que se tornou biologia. Nós acompanhamo-lo num subsolo onde ele, como arqueólogo do pensamento, nos mostra aquilo que faz que as ciências humanas, hoje, se tornem cada vez mais imprescindíveis.
Esta edição portuguesa inclui dois textos introdutórios, o primeiro de Eduardo Lourenço («Michel Foucault ou o Fim do Humanismo»), o segundo de Vergílio Ferreira («Questionação a Foucault e a algum Estruturalismo»).
Estuda a mudança interior da nossa cultura, do século XVIII ao século XIX, através da gramática geral, que se tornou filologia, da análise de riquezas, que se tornou economia política, e da história natural, que se tornou biologia. Nós acompanhamo-lo num subsolo onde ele, como arqueólogo do pensamento, nos mostra aquilo que faz que as ciências humanas, hoje, se tornem cada vez mais imprescindíveis.
Esta edição portuguesa inclui dois textos introdutórios, o primeiro de Eduardo Lourenço («Michel Foucault ou o Fim do Humanismo»), o segundo de Vergílio Ferreira («Questionação a Foucault e a algum Estruturalismo»).
| Editora | Edições 70 |
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| Categorias | |
| Editora | Edições 70 |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Michel Foucault |
Michel Foucault
MICHEL FOUCAULT (1926-1984) é um dos grandes nomes das ciências sociais e humanas das últimas décadas. A sua produção científica cobre diversas áreas, com trabalhos pioneiros em sociologia, história e filosofia. Tendo-se dedicado ao estudo crítico das instituições sociais, mas não só, publicou obras sobre domínios tão diversos como a psiquiatria, a loucura (História da Loucura na Idade Clássica), o sistema prisional (Vigiar e Punir) a sexualidade humana (História da Sexualidade), o poder e as ciências sociais (As Palavras e as Coisas. Uma Arqueologia das Ciências Humanas, por Edições 70, e Arqueologia do Saber, Almedina, 2006). Exerceu ainda funções como professor em várias universidades, em especial no Collège de France de onde resultaram os seus célebres Cours , em Clermont-Ferrand, em Tunis, na Universidade de Buffalo e na Universidade da Califórnia.
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Nascimento da BiopolíticaEste curso de Michel Foucault no Collège de France, de Janeiro a Abril de 1979, inscreve-se na sequência do que ele havia proferido no ano anterior, Securité, Territoire, Population. Depois de ter mostrado como a economia política no século XVIII assinala o nascimento de uma nova razão governamental – governar menos, para uma eficácia máxima –, Michel Foucault passa à análise das formas deste governo liberal. Trata-se agora de descrever a racionalidade política no seio da qual se colocaram os problemas específicos da vida e da população: «Estudar o liberalismo como quadro geral da biopolítica».Esta análise realça o papel paradoxal que a «sociedade» desempenha em relação ao governo, princípio em nome do qual este tende a autolimitar-se, mas objecto, também, de uma intervenção governamental permanente, para produzir, multiplicar e garantir as liberdades necessárias ao liberalismo económico. A sociedade civil, longe de se opor ao Estado, é o correlativo da tecnologia liberal do governo. -
Vigiar e Punir«Hoje, talvez tenhamos vergonha das nossas prisões. No entanto, o século XIX tinha orgulho nas fortalezas que construía nos limites e, por vezes, no centro das cidades. Esses muros, esses ferrolhos, essas células representavam todo um trabalho de ortopedia social. Quem rouba vai para a prisão; quem viola vai para a prisão; quem mata, a mesma coisa. De onde vem esta estranha prática e o curioso projeto de encarcerar para adestrar, que estão incluídos nos Códigos Penais da época moderna? Uma velha herança das masmorras da Idade Média? Ao invés, uma nova tecnologia: o aperfeiçoamento, do século XVI ao século XIX, de todo um conjunto de processos para policiar, controlar, avaliar, adestrar os indivíduos, torná-los “dóceis e úteis”. Vigilância, exercícios, manobras, notas, níveis e lugares, classificações, exames, registos, toda uma forma de submeter os corpos, de dominar as multiplicidades humanas e de manipular as suas forças se desenvolveu durante os séculos clássicos, nos hospitais, no exército, nas escolas, nos colégios ou nas oficinas: a disciplina. A prisão deve ser substituída na formação desta sociedade de vigilância. O sistema penal moderno já não ousa dizer que pune crimes; pretende readaptar delinquentes. Será possível fazer a genealogia da moral moderna a partir de uma história política dos corpos?» -
A Arqueologia do Saber«A geração de Foucault (1926-1984) é aquela que, no imediato pós-guerra, assiste à proeminência da fenomenologia e do existencialismo nos meios filosóficos e culturais franceses, mas também à omnipresente influência da geração anterior que viveu a resistência, com Jean-Paul Sartre à cabeça. Com os da idade de Foucault, a época é já a da transição entre os últimos anos da reconstrução e os anos brilhantes de quantos, discípulos desobedientes daqueles mestres, lhes escapam rumo a um mundo de que o Maio de 68 constituía a grande promessa. Sem esta alusão, sumaríssima, não poderíamos começar a compreender como foi possível à geração de Foucault o desassombro, a obstinação, a alegre ferocidade com que ela dá os primeiros passos na senda de vários “pós”: pós-estruturalismo, pós-marxismo, pós-modernidade.» António Fernando Cascais, Nota de Apresentação -
Vigiar e PunirÉ um estudo científico, fartamente documentado, sobre a evolução histórica da legislação penal e respectivos métodos coercitivos e punitivos adotados pelo poder público na repressão da delinqüência. Métodos que vão da violência física até instituições correcionais. -
História da Sexualidade: a vontade de saber - Vol. I«Trata-se, em suma, de interrogar o caso de uma sociedade que há mais de um século se fustiga ruidosamente pela sua hipocrisia, fala prolixamente do seu próprio silêncio, se obstina em pormenorizar o que não diz, denuncia os poderes que exerce e promete libertar-se das leis que a fizeram funcionar. Gostaria de inventariar não apenas esses discursos mas a vontade que os impele e a intenção estratégica que os sustenta. A questão que gostaria de pôr não é a de saber porque é que somos reprimidos, mas porque é que dizemos, com tanta paixão, com tanto rancor contra o nosso passado mais próximo, contra o nosso presente e contra nós próprios, que somos reprimidos. Por que espiral chegámos ao ponto de afirmar que o sexo é negado, de mostrar ostensivamente que o escondemos, de dizer que o calamos – e isto formulando-o em palavras explícitas, procurando mostrá-lo na sua realidade mais nua, afirmando-o na positividade do seu poder e dos seus efeitos?» -
História da Sexualidade: o uso dos prazeres - Vol. IIAtravés do estudo da moral sexual da Grécia Antiga e da Roma dos séculos I e II, Foucault acrescenta à sua obra, até então principalmente epistemológica e política, uma dimensão ética. A liberdade do sujeito afirma-se.«Que fique bem claro que não faço uma história dos costumes, dos comportamentos, uma história social da prática sexual, mas uma história do modo como o prazer, os desejos, os comportamentos sexuais foram problematizados, reflectidos e pensados na Antiguidade em relação com uma certa arte de viver.»(Foucault, em entrevista a François Ewald). -
História da Sexualidade: o cuidado de si - Vol. III«Está-se ainda longe de uma experiência dos prazeres sexuais em que estes serão associados ao mal, onde o comportamento deverá submeter-se à forma universal da lei e onde a decifração do desejo será condição indispensável de acesso a uma existência purificada. Contudo, pode já ver-se como a questão do mal começa a influenciar o antigo tema da força, como a questão da lei começa a inflectir o tema da arte e da techne, como a questão da verdade e o princípio do conhecimento de si se desenvolvem nas práticas de ascese. Mas convém, previamente, procurar saber qual o contexto e porque razões a cultura de si se desenvolveu desse modo, e precisamente na forma que acabámos de ver.» -
História da Sexualidade: as confissões da carne - Vol. IVO volume completa os três livros da História da Sexualidade. É uma obra redigida entre 1981 e 1982, que permaneceu inédita até há pouco. Os temas vão de "A formação de uma experiência nova" até "A libidinização do sexo", passando pelo que é "Ser virgem". -
O que é a Crítica? Seguido de A Cultura de SiEm 27 de Maio de 1978 Michel Foucault proferiu na Société française de Philosophie uma conferência em que, na perspetiva aberta pelo artigo de Kant O que é o Iluminismo? (1784), define a crítica como uma atitude ético-política que consiste na arte de não se ser governado de determinada maneira. O presente volume oferece pela primeira vez a edição crítica dessa conferência. Apresenta ainda outra conferência: A Cultura de si, proferida na Universidade da Califórnia, em Berkeley, a 12 de abril de 1983. Na vasta obra de Foucault, é o único momento em que estabelece a ligação entre as suas reflexões sobre o Iluminismo e análises sobre a Antiguidade greco-romana. Durante a mesma passagem pela Califórnia, Foucault participa em três debates públicos em que é levado a evocar vários aspetos do seu percurso filosófico; os textos desses debates encontram-se a seguir aos das conferências. -
Doença Mental e PsicologiaPublicado em 1954, este ensaio de Michel Foucault tem sido lido desde então por sucessivas gerações em todo o mundo. Revolucionário, este texto fundador, prenúncio da genialidade que caracteriza a obra do Autor, observa, com espantosa argúcia, que a «psicologia só foi possível quando se aprendeu a dominar a loucura». Esta obra destina-se a todos os que estão envolvidos com as matérias da Psicologia, Psiquiatria, Filosofia, e a todos o que se interessam por estes temas e apreciam a obra de Michel Foucault.