Cadernos da Viagem à China
Edições 70
2010
25,30 €
Envio previsto até
De 11 de Abril a 4 de Maio de 1974, uma delegação francesa composta por Philippe Sollers, Julia Kristeva, Marcelin Pleynet – bem como por François Wahl e Roland Barthes – visita a China. No regresso desse périplo que levou os viajantes de Pequim a Xangai, de Nanquim a Xian, Roland Barthes publica no Le Monde de 24 de Maio de 1974 o texto «Alors la Chine?». Este texto foi redigido a partir das impressões de viagem anotadas por Roland Barthes em três cadernos de bolso. Um último caderno foi utilizado para realizar o índice temático das cerca de 300 páginas deste diário de viagem.
| Editora | Edições 70 |
|---|---|
| Coleção | Obras de Roland Barthes |
| Categorias | |
| Editora | Edições 70 |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Roland Barthes |
Roland Barthes
Linguista, semiólogo e crítico, ROLAND BARTHES, figura destacada do movimento estruturalista, classifica o seu próprio trabalho como o de um «ser da linguagem»: É a linguagem, em todos os níveis (da frase ao discurso) e através das diversas formas (artes, literaturas, sistemas), que sempre me tem interessado, que eu sempre tenho desejado.
ROLAND BARTHES nasceu em 1915 em Cherburgo,mas foi em Paris que fez os seus estudos liceais e universitários. No final dos anos 30 termina a sua licenciatura em Clássicas, funda o Grupo de Teatro Antigo (com o qual viaja à Grécia) e obtém um diploma de Estudos Superiores sobre a tragédia grega. Em 1943 recebe o último certificado de licenciatura em Gramática e Filologia e, após 5 anos de permanente estadia em sanatórios devido a uma lesão pulmonar, estabelece-se como bibliotecário-adjunto e, depois como professor, no Instituto Francês de Bucareste e como leitor na Universidade desta cidade. De 1952 a 1962 foi sucessivamente leitor na Universidade de Alexandria, no Egipto; estagiário de investigação no CNRS, no campo da lexicologia; conselheiro literário nas Editions de lArche e agregado de investigação no CNRS, no campo da Sociologia. Já no início da década de 60, colaborou na VI Secção da École Pratique des Hautes Etudes como chefe de trabalhos, no âmbito das ciências económicas e sociais, e foi director de estudos, na mesma Escola, referentes à sociologia dos signos, símbolos e representações. Em 1974 é proferida a Lição de Abertura, da cadeira de Semiologia Literária, no Colégio de França (publicada sob o título de Lição).
Edições 70 já publicou grande parte da obra de Roland Barthes: O Grau Zero da Escrita, Elementos de Semiologia; Mitologias; Ensaios Críticos; Crítica e Verdade; Sistema da Moda; S/Z; Sade, Fourier Loiola; O Óbvio e o Obtuso; Roland Barthes por Roland Barthes; Fragmentos de um Discurso Amoroso; Lição; A Câmara Clara; O Prazer do Texto precedido de Variações sobre a Escrita; Diário de Luto; Cadernos da Viagem à China.
ROLAND BARTHES nasceu em 1915 em Cherburgo,mas foi em Paris que fez os seus estudos liceais e universitários. No final dos anos 30 termina a sua licenciatura em Clássicas, funda o Grupo de Teatro Antigo (com o qual viaja à Grécia) e obtém um diploma de Estudos Superiores sobre a tragédia grega. Em 1943 recebe o último certificado de licenciatura em Gramática e Filologia e, após 5 anos de permanente estadia em sanatórios devido a uma lesão pulmonar, estabelece-se como bibliotecário-adjunto e, depois como professor, no Instituto Francês de Bucareste e como leitor na Universidade desta cidade. De 1952 a 1962 foi sucessivamente leitor na Universidade de Alexandria, no Egipto; estagiário de investigação no CNRS, no campo da lexicologia; conselheiro literário nas Editions de lArche e agregado de investigação no CNRS, no campo da Sociologia. Já no início da década de 60, colaborou na VI Secção da École Pratique des Hautes Etudes como chefe de trabalhos, no âmbito das ciências económicas e sociais, e foi director de estudos, na mesma Escola, referentes à sociologia dos signos, símbolos e representações. Em 1974 é proferida a Lição de Abertura, da cadeira de Semiologia Literária, no Colégio de França (publicada sob o título de Lição).
Edições 70 já publicou grande parte da obra de Roland Barthes: O Grau Zero da Escrita, Elementos de Semiologia; Mitologias; Ensaios Críticos; Crítica e Verdade; Sistema da Moda; S/Z; Sade, Fourier Loiola; O Óbvio e o Obtuso; Roland Barthes por Roland Barthes; Fragmentos de um Discurso Amoroso; Lição; A Câmara Clara; O Prazer do Texto precedido de Variações sobre a Escrita; Diário de Luto; Cadernos da Viagem à China.
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Mitologias«O leitor encontrará aqui duas determinações: por um lado, uma crítica ideológica que incide sobre a linguagem da chamada cultura de massa; por outro, uma primeira desmontagem semiológica desta linguagem: eu acabava de ler Saussure e daí tirei a convicção de que tratando as “representações colectivas” como sistemas de signos era possível esperar sair da denúncia piedosa e dar conta nas suas minúcias da mistificação que transforma a cultura pequeno-burguesa numa natureza universal.» R. B. -
A Câmara ClaraObra derradeira do espírito criador de Roland Barthes, A Câmara Clara é uma reflexão sobre a imagem fotográfica ? expressa, aliás, no próprio subtítulo, «nota sobre a fotografia»; mas é, também, uma apaixonada e dramática meditação sobre a vida e a morte. -
Fragmentos de Um Discurso Amoroso«Dois poderosos mitos fizeram-nos acreditar que o amor podia, devia sublimar-se em criação estética: o mito socrático (amar serve para criar uma multidão de belos e magníficos discursos) e o mito romântico (produzirei uma obra imortal escrevendo a minha paixão).»R. B. -
Elementos de Semiologia«O único objectivo dos Elementos aqui apresentados é destacar a linguística dos conceitos analíticos que a priori julgamos suficientemente gerais para permitirem iniciar a investigação semiológica. Reunindo-os, não conjecturamos se continuarão intactos no decurso da investigação; nem se a semiologia deve seguir sempre à letra o modelo linguístico». R. B. -
Lição«Cheguei a uma altura em que, como que atacado por uma surdez progressiva, não ouço senão um som: o da língua e o do discurso misturados». R. B. -
S/ZAo analisar, até ao mais ínfimo pormenor, a novela Sarrasine, de Balzac, Barthes procede à dissecação de um texto literário como só ele é capaz de fazer. Fornece assim uma preciosa lição de interpretação textual. Este livro é resultado de um trabalho feito ao longo de um seminário de dois anos (1968 e 1969) realizado na École Pratique des Hautes Études. -
Sade, Fourier, LoiolaAtravés da análise destes três autores de temáticas tão diferentes, Roland Barthes identifica uma mesma escrita: «De Sade a Fourier o que se desvanece é o sadismo; de Loiola a Sade é a interlocução divina. Quanto ao resto, a mesma escrita; a mesma volúpia de classificar, a mesma paixão cortante, a mesma obsessão enumerativa, a mesma prática de imagem, a mesma junção do sistema social, erótico, fantasmático.» (R.B.) . -
Sistema da ModaA moda é uma realidade já largamente analisada sob uma perspectiva jornalística, estética, sociológica e psicológica. Faltava, porém, uma análise semântica do vestuário feminino, coisa que o autor nos proporciona com este livro. Partindo da descrição e da classificação da moda escrita, tal como se apresenta nas revistas da especialidade, Barthes elabora uma análise estrutural do vestuário feminino. Analisa o contributo do discurso verbal para o sistema da moda, o qual motiva as pessoas a consumi-la. Por outro lado, debruça-se também sobre a estrutura e o “jogo” de significados desse próprio discurso. O livro, redigido entre 1957 e 1963, constitui hoje um clássico da semiologia aplicada. -
O Grau Zero da Escrita«Sabemos que a língua é um corpo de prescrições e de hábitos, comum a todos os escritores de uma época. Isto quer dizer que a língua é como uma natureza que passa inteiramente através da fala do escritor, sem contudo lhe dar nenhuma forma, e sem mesmo a alimentar: é como um círculo abstracto de verdades, fora do qual começa a depositar-se a densidade de um verbo solitário.» R. B.
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Para Tão Curtos Amores, Tão Longa VidaNuma época e num país como o nosso, em que se regista um número muito elevado de divórcios, e em que muitos casais preferem «viver juntos» a casar-se, dando origem nas estatísticas a muitas crianças nascidas «fora do casamento», nesta época e neste país a pergunta mais próxima da realidade não é por que duram tão pouco tantos casamentos, mas antes: Por que é que há casamentos que duram até à morte dos cônjuges? Qual é o segredo? Há um segredo nisso? Este novo livro de Daniel Sampaio, que traz o título tão evocativo: Para Tão Curtos Amores, Tão Longa Vida, discute as relações afetivas breves e as prolongadas, a monogamia e a infidelidade, a importância da relação precoce com os pais e as vicissitudes do amor. Combinando dois estilos, o ficcional e o ensaístico, que domina na perfeição, o autor traz perante os nossos olhos, de modo muito transparente e sem preconceitos, tão abundantes nestas matérias, os problemas e dificuldades dos casais no mundo de hoje, as suas vitórias e derrotas na luta permanente para manterem viva a sua união.Um livro para todos nós porque (quase) todos nós, mais tarde ou mais cedo, passamos por isso. -
Sobre as MulheresSobre as Mulheres é uma amostra substancial da escrita de Susan Sontag em torno da questão da mulher. Ao longo dos sete ensaios e entrevistas (e de uma troca pública de argumentos), são abordados relevantes temas, como os desafios e a humilhação que as mulheres enfrentam à medida que envelhecem, a relação entre a luta pela libertação das mulheres e a luta de classes, a beleza, o feminismo, o fascismo, o cinema. Ao fim de cinquenta anos – datam dos primeiros anos da década de 1970 –, estes textos não envelheceram nem perderam pertinência. E, no seu conjunto, revelam a curiosidade incansável, a precisão histórica, a solidez política e o repúdio por categorizações fáceis – em suma, a inimitável inteligência de Sontag em pleno exercício.«É um deleite observar a agilidade da mente seccionando através da flacidez do pensamento preguiçoso.» The Washington Post«Uma nova compilação de primeiros textos de Sontag sobre género, sexualidade e feminismo.» Kirkus Reviews -
A Vida na SelvaHá quem nasça para o romance ou para a poesia e se torne conhecido pelo seu trabalho literário; e quem chegue a esse ponto depois de percorrer um longo caminho de vida, atravessando os escolhos e a complexidade de uma profissão, ou de uma passagem pela política, ou de um reconhecimento público que não está ligado à literatura. Foi o caso de Álvaro Laborinho Lúcio, que publicou o seu primeiro e inesperado romance (O Chamador) em 2014.Desde então, em leituras públicas, festivais, conferências e textos com destinos vários, tem feito uma viagem de que guarda memórias, opiniões, interesses, perguntas e respostas, perplexidades e reconhecimentos. Estes textos são o primeiro resumo de uma vida com a literatura – e o testemunho de um homem comprometido com as suas paixões e o diálogo com os outros. O resultado é comovente e tão inesperado como foi a publicação do primeiro romance. -
O Infinito num JuncoA Invenção do livro na antiguidade e o nascer da sede dos livros.Este é um livro sobre a história dos livros. Uma narrativa desse artefacto fascinante que inventámos para que as palavras pudessem viajar no tempo e no espaço. É o relato do seu nascimento, da sua evolução e das suas muitas formas ao longo de mais de 30 séculos: livros de fumo, de pedra, de argila, de papiro, de seda, de pele, de árvore, de plástico e, agora, de plástico e luz.É também um livro de viagens, com escalas nos campos de batalha de Alexandre, o Grande, na Villa dos Papiros horas antes da erupção do Vesúvio, nos palácios de Cleópatra, na cena do homicídio de Hipátia, nas primeiras livrarias conhecidas, nas celas dos escribas, nas fogueiras onde arderam os livros proibidos, nos gulag, na biblioteca de Sarajevo e num labirinto subterrâneo em Oxford no ano 2000.Este livro é também uma história íntima entrelaçada com evocações literárias, experiências pessoais e histórias antigas que nunca perdem a relevância: Heródoto e os factos alternativos, Aristófanes e os processos judiciais contra humoristas, Tito Lívio e o fenómeno dos fãs, Sulpícia e a voz literária de mulheres.Mas acima de tudo, é uma entusiasmante aventura coletiva, protagonizada por milhares de personagens que, ao longo do tempo, tornaram o livro possível e o ajudaram a transformar-se e evoluir – contadores de histórias, escribas, ilustradores e iluminadores, tradutores, alfarrabistas, professores, sábios, espiões, freiras e monjes, rebeldes, escravos e aventureiros.É com fluência, curiosidade e um permanente sentido de assombro que Irene Vallejo relata as peripécias deste objeto inverosímil que mantém vivas as nossas ideias, descobertas e sonhos. E, ao fazê-lo, conta também a nossa história de leitores ávidos, de todo o mundo, que mantemos o livro vivo.Um dos melhores livros do ano segundo os jornais El Mundo,La Vanguardia e The New York Times(Espanha). -
O Anticrítico«O Anticrítico» é uma compilação dos ensaios de Diogo Vaz Pinto — textos de crítica literária, e não só —, escritos entre 2014 e 2023, incluindo alguns inéditos. «Não tenho conta para as vezes todas em que, para ir com a rábula insultuosa que me tecem, pegando uns onde outros deixaram, numa cooperativa de imbecis que, sinceramente, me comove, já me quiseram tirar a condição que vem de tudo o que faço. Mais difícil seria desmontar alguma coisa. Resta que, ou ignoram muito vermelhuscos, ou a ideia é revogar-me a carta, licença, prostrar-me na indigência de eu ser uma qualquer abominação, «Bicho», monstro que ligam com tudo o que é baixo, e mesmo assim paira sobre eles sem explicação. Um Chernobyl encarnado. Crítico não sou. Ou só pseudo. Videirinho e jornaleiro, pilha-galinhas e o mais que eu coso bem ao meu estuporado currículo. Pois seja, eu fico então gordo disso tudo. E viro-me do avesso. Sou o anticrítico, então! Roubando esta de Augusto de Campos sem pudor. Há muito que não me retiram do sentido a ideia de que o principal é cortar com a impostura disto tudo. A gloríola da mediocridade, o sentido gregário, essa ratada ficção ligando os «egozinhos de porta-aberta» do nosso meio literato.» -
Terra QueimadaEnsaio profético e demolidor, TERRA QUEIMADA (2022) expõe a forma como o complexo internético se tornou «motor implacável de vício, solidão, falsas esperanças, crueldade, psicose, endividamento, vida desbaratada, corrosão da memória e desintegração social». Nele, Jonathan Crary faz uma crítica radical da digitalização do mundo e denuncia realidades inegáveis: a incompatibilidade entre um planeta habitável e a economia consumista e técnica, a atomização provocada pelas redes sociais, a era digital como fase terminal do capitalismo planetário. «Se é possível um futuro habitável e comum no nosso planeta», conclui, «esse futuro será offline, dissociado dos sistemas e da actividade do capitalismo 24/7, que destroem o mundo». -
Mário Cesariny e Antonio Tabucchi - Cartas e outros TextosFernando Cabral Martins: «O surrealismo português já tinha atingido no final dos anos sessenta uma definição que tornava possível, de um ponto de vista exterior, descomprometido, fazer uma avaliação de conjunto.» Antonio Tabucchi veio a Portugal no rasto de um poeta: Fernando Pessoa, ou melhor Álvaro de Campos, de quem lera por acaso o poema «Tabacaria». Quis aprender a língua do autor do poema e para isso inscreveu-se na cadeira de Língua e Literatura Portuguesa na Universidade de Pisa, que então frequentava. O seu mestre foi uma professora especial, bela, inteligente e culta, Luciana Stegagno Picchio. Antonio quis conhecer o país onde se falava aquela língua e ao qual pertencia aquele poeta e, na Primavera de 1965, com o seu Fiat 500, chegou a Portugal. Aí conheceu uma portuguesa com quem falou de Pessoa, e com quem continuou a trocar correspondência até ao ano seguinte, quando se tornaram namorados, vindo depois a casar (1970). Mas até lá, veio amiúde a Portugal […] e começou a interessar-se pelo Surrealismo português, sobre o qual havia muito pouco material crítico, praticamente nada, em vista da sua futura tese de licenciatura. Conheceu então (1967) dois membros ilustres daquele movimento, dois grandes poetas, Alexandre O’Neill e Mário Cesariny de Vasconcelos, com quem passou muitas horas, primeiro para os entrevistar e depois, com sempre maior intimidade, já com laços de amizade, só pelo prazer de estarem juntos. [Maria José de Lancastre] Esta é a história de um desencontro. Cesariny, como o surrealismo, considerava a universidade um inimigo, e Tabucchi, para todos os efeitos, era em 1971 um universitário. Mesmo se, no caso dele, havia por parte do poeta o agrado de ver como a sua poesia e o seu lugar no surrealismo português eram reconhecidos — pela primeira vez — por um leitor com a distância crítica e a óbvia inteligência de Antonio Tabucchi. Aqui, nos textos que documentam o contacto directo entre ambos do final dos anos 60, pode ver-se uma ilustração do modo como a história do surrealismo foi sendo feita, com que ritmo e a partir de que posições. E que implica a consciência, por parte do poeta, da importância do sentido que a crítica atribui à História, capaz (ou não) de tornar o passado digno do presente, ou vice- -versa. E manifesta, por parte do jovem crítico italiano, a intuição da grandeza de um movimento que evoluía na sombra, num carceral jardim à beira-mar. [Fernando Cabral Martins]

