Caro Michele
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Natalia Ginzburg conta-nos a história de um filho perdido, Michele, que deixou a família para se casar num país distante e que, após uma vida desordenada, haverá de morrer em circunstâncias pouco claras.
O leitor conhece a vida de Michele através das cartas que este recebe da sua mãe, da irmã Angelica e de alguns amigos.
O cenário da obra é a cidade de Roma no início dos tumultuosos anos 70.
Reatando com a narrativa epistolar, Natalia Ginzburg aborda a relação entre gerações e a proximidade e a distância do que é essencial em qualquer relação humana.
A clareza e a ambiguidade da escrita de Natalia Ginzburg afirmam-se em Caro Michele, publicado originalmente em 1973.
| Editora | Relógio d' Água |
|---|---|
| Coleção | Ficções |
| Categorias | |
| Editora | Relógio d' Água |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Natalia Ginzburg |
Natalia Ginzburg
Natalia Levi, que viria a adoptar o apelido Ginzburg do seu primeiro marido, nasceu em Palermo a 14 de Julho de 1916.
Passou grande parte da vida em Turim, para onde o pai, professor universitário de Anatomia, foi transferido em 1919. Tanto ele como os irmãos de origem judaica foram presos e acusados devido às suas ideias antifascistas.
Apesar de a sua mãe ser católica, Natalia teve como toda a família uma educação laica. Estudou no liceu Alfieri, e publicou o seu primeiro livro de contos, I bambini, aos dezassete anos. Cinco anos mais tarde casou com Leone Ginzburg, professor de Literatura Russa. O casal manteve relações de amizade com Cesare Pavese e Carlo Levi, entre outros escritores.
Em 1940, exilaram-se em Pizzoli. Sob o pseudónimo
Alessandra Tornimparte, Natalia publicou, em 1942, O Caminho da Cidade, que seria reeditado em 1945 já com autoria assumida.
O marido foi detido e torturado até à morte na Prisão de Regina Coeli em 1944. Depois de libertada, nesse mesmo ano, Natalia deslocou-se para Roma, começando a trabalhar na editora Einaudi, aí publicando os seus livros.
Em 1947, surgiu o seu segundo romance, Foi assim, que obteve o Prémio Tempo.
Em 1950, casa com Gabriele Baldini, especialista
em literatura inglesa, de quem terá dois filhos.
Em 1961, publica As Vozes da Noite, que será adaptado ao cinema. Dois anos depois, sai Léxico Familiar, uma novela autobiográfica. Interpreta o papel de Maria de Betânia em Evangelho segundo São Mateus, de Pier Paolo Pasolini.
A partir do final da década de sessenta, publica
vários livros, todos eles abordando relações familiares. Natalia Ginzburg foi também autora de várias comédias teatrais e tradutora de Proust, Flaubert e Maupassant.
Foi eleita para o parlamento italiano em 1983.
Morreu a 7 de Outubro de 1991.
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As Pequenas VirtudesEntre 1944 e 1962, Natalia Ginzburg escreveu um conjunto de onze ensaios de pendor autobiográfico. São textos essenciais, o legado de uma das mais importantes escritoras do século xx, que viveu retirada no campo com o marido durante o governo de Mussolini e nos anos 60 se deslocou para Londres.Por eles, passam as suas impressões sobre a juventude e a idade adulta, as consequências da guerra, o medo, a pobreza e a solidão, as recordações de Cesare Pavese e a experiência de ser mãe e mulher quando se é escritora.São páginas de uma perturbadora beleza, lúcidas, plenas de sabedoria, testemunho de uma escrita capaz de transformar objectos e experiências quotidianos em assuntos de grande significado sobre os quais o tempo parece não passar.A Introdução é de Rachel Cusk. -
Todos os Nossos OntensÀs vezes basta o ingénuo olhar de uma rapariga para iniciar uma história que vai alterar a vida de duas famílias e de muito mais gente.Anna vive numa povoação no norte de Itália, nos anos que antecedem a Segunda Guerra Mundial. Já adolescente, submete-se quase sem resistência à violência do sexo, casa-se com um homem trinta anos mais velho e vai viver com ele num local inóspito do sul de Itália.Anna permanecerá silenciosa enquanto à sua volta todos falam e gesticulam e vivem as suas alegrias e dramas, até que a guerra obriga a que se tomem decisões importantes e pratiquem gestos definitivos.«Para mim, Todos os Nossos Ontens é um romance perfeito, ou seja, é completamente o que tenta ser, e nada mais. […] Este feito torna-se possível devido à compreensão extraordinária da alma humana por parte da autora, ao seu brilhantismo enquanto estilista da prosa e, sobretudo, à sua incomparável lucidez moral. Todos os Nossos Ontens conta-se entre os grandes romances do século xx e Ginzburg entre os seus grandes romancistas. No que a mim diz respeito, enquanto leitora, escritora e ser humano, a sua obra tocou e transformou a minha vida. Espero que lhe deem a oportunidade de fazer o mesmo à vossa.» [Da Introdução de Sally Rooney] -
As Palavras da NoiteAs Palavras da Noite é um breve romance de 1961, escrito durante a estada londrina de Ginzburg e antes do seu regresso a Itália. Com o estilo despojado, rigoroso e próximo dos factos, a escritora exprime o sentido da história familiar, a presença dos velhos, o doloroso crescimento dos jovens e as transformações do amor e da amizade. Através da jovem que escreve na primeira pessoa, o leitor experimenta esperanças e ilusões, que não são acompanhadas de juízos de valor. -
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