Como se Faz Uma Tese em Ciências Humanas
Presença
2015
15,90 €
Envio previsto até
«... fazer uma tese é como exercitar a memória. Temos uma boa memória em velhos se a mantivemos em exercício desde muito jovens.»
Dirigindo-se a todos os estudantes, do secundário ao universitário, que têm de apresentar e defender uma tese, Umberto Eco neste livro expõe, passo a passo, todos os procedimentos que devem ser seguidos para fazer uma tese em Ciências Humanas: a escolha do tema, a organização do tempo de trabalho, como conduzir uma investigação bibliográfica, o material selecionado e, por fim, a redação do trabalho. Um livro indispensável e sempre atual.
Umberto Eco
UMBERTO ECO (1932-2016), nasceu em Alessandria, perto de Turim. Pressionado pelo pai, entrou para Direito na Universidade de Turim, mas depois mudou de curso para Filosofia e Literatura Medieval. Doutorou-se em Filosofia em 1954. Tornou-se depois jornalista e escreveu o seu primeiro livro em 1956: Il problema estetico in San Tommaso. Desde então escreveu diversos livros, de ensaio e de ficção, que o consagraram como um dos maiores escritores e estudiosos do nosso tempo.
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A Definição da ArteEscritos entre 1955 e 1963, estes ensaios revelam a evolução temática que conduziu o autor às suas formulações posteriores, à noção de «obra aberta», à investigação sobre os problemas da comunicação, que se encontravam no centro dos seus interesses. -
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Idade Média: Catedrais, Cavaleiros e Cidades - Vol. IINeste segundo volume, intitulado Catedrais, Cavaleiros e Cidades,Umberto Eco, com a colaboração de medievalistas de diversasdisciplinas, continua a relatar a surpreendente viagem através daIdade Média, explorando a sociedade, arte, história, literatura, música,filosofia e ciência de um dos períodos mais complexos e fascinantesda civilização europeia. -
Idade Média: castelos, mercadores e poetas - Vol. IIIDe 1200 a 1400: no período que é definido por Baixa Idade Média, um novo impulso expansivo, juntamente com a ideologia das cruzadas, conduz o Ocidente à conquista do Oriente. A cidade cresce; a arquitectura, a arte e a literatura experimentam uma intensa vontade de renovação e abertura. A esta época de progresso segue-se um período de guerra e carestia: a Guerra dos Cem Anos, a peste, as revoltas dos camponeses, reprimidas em sangue. Apesar disto, encontramos aqui as sementes do Renascimento, que vai atingir toda a sua expressão na Europa de Quatrocentos. -
Idade Média: explorações, comércio e utopias - Vol. IVÉ o cair do pano da época a que chamamos Idade Média, longa de quase mil anos. É uma época iluminada de vitrais e manuscritos, resplandecente de iluminuras, das texturas e as cores dos tecidos italianos e da Flandres que viajam por mar e por terra, pondo em contacto o Norte e o Sul da Europa, e que atravessam também novos mundos, proporcionando toda a sua variada multiplicidade.Novas visões habitam a cidade, mas também a intimidade dos estúdios dos homens e mulheres mais brilhantes da época, inspirando as suas investigações e alimentando-as com a promessa de conseguirem novos possíveis; e graças à poderosa imaginação e habilidade dos artistas, arquitetos das artes e do pensamento, prontos para definirem as utopias do presente, traçam-se cúpulas e palácios, novas construções públicas, os modelos administrativos e económicos vão-se renovando e delineando. -
O SignoO que é um signo; quais e quantos tipos de signos existem; quais as implicações filosóficas decorrentes do conceito de signo? Este livro parte do princípio de que o conceito de signo não diz respeito apenas à linguística ou à semiótica em particular, mas atravessa toda a história do pensamento filosófico. Trata-se de uma vasta síntese que apresenta as grandes teorias do signo. Umberto Eco, um dos grandes mestres da semiótica contemporânea, expõe aqui todos os elementos necessários à compreensão da investigação realizada no campo da linguística e das questões associadas à comunicação e à linguagem. Uma obra de referência, brilhante e incontornável, que se tornou um clássico na área das Ciências Humanas pelo seu profundo significado cultural. -
Confissões de Um Jovem EscritorO brilhante escritor italiano leva-nos numa viagem aos bastidores do seu método criativo e recorda como arquitetou os seus mundos imaginários: partindo de imagens específicas, fez sucessivas escolhas ao nível da época, da localização e da caracterização do narrador - o resultado foram histórias inesquecíveis para todos os leitores. De forma alternadamente divertida e séria, mas brilhante como sempre, Umberto Eco explora a fronteira entre a ficção e a não-ficção, afirmando que a primeira deve assentar num intricado enredo que requer ao escritor a construção, através da observação e da pesquisa, de todo um universo até ao mais ínfimo pormenor. Por fim, revela ao leitor um precioso trunfo que permite vislumbrar o infinito e alcançar o impossível. Umberto Eco tinha quase 50 anos de idade quando a sua primeira obra de ficção, O Nome da Rosa, o catapultou para a fama mundial e se tornou um clássico moderno. Nestas "confissões", o agora octogenário faz uma retrospetiva da sua carreira, cruzando o seu percurso como teórico da linguagem com a veia romancista que descobriu mais tarde na vida. Este "jovem escritor" é, afinal, um grande mestre e aqui partilha a sua sabedoria sobre a arte da imaginação e o poder das palavras. -
Semiótica e Filosofia da LinguagemComo se orientar no labirinto secular, o da Biblioteca de Babel? A reflexão organiza-se em torno de uma série de termos clássicos (como signo, metáfora, símbolo, código, significado) que foram estudados quer pela filosofia da linguagem quer pela semiótica. A unidade do propósito é assegurada por duas teses principais: uma semiótica geral representa a forma contemporânea de uma filosofia das linguagens (e poderemos defender que muitos filósofos, de Aristóteles aos estóicos, de Santo Agostinho a Locke, de Leibniz a Husserl, fizeram semiótica, e da melhor); a actual crise deste campo teórico pode ser compreendida e ultrapassada através de uma reconstrução histórica. Um tema fundamental sustem todas as investigações: as teorias em forma de «dicionário» devem ser reconsideradas por uma semiótica em forma de «enciclopédia» e a noção de signo como equivalência pode ser substituída por uma representação do signo como inferência e sistema de instruções contextuais. -
O Cemitério de PragaDurante o século XIX, entre Turim, Palermo e Paris, encontramos uma satanista histérica, um abade que morre duas vezes, alguns cadáveres num esgoto parisiense, um garibaldino que se chamava Ippolito Nievo, desaparecido no mar nas proximidades do Stromboli, o falso bordereau de Dreyfus para a embaixada alemã, a disseminação gradual daquela falsificação conhecida como Os Protocolos dos Sábios de Sião (que inspirará a Hitler os campos de extermínio), jesuítas que tramam contra maçons, maçons, carbonários e mazzinianos que estrangulam padres com as suas próprias tripas, um Garibaldi artrítico com as pernas tortas, os planos dos serviços secretos piemonteses, franceses, prussianos e russos, os massacres numa Paris da Comuna em que se comem os ratos, golpes de punhal, horrendas e fétidas reuniões por parte de criminosos que entre os vapores do absinto planeiam explosões e revoltas de rua, barbas falsas, falsos notários, testamentos enganosos, irmandades diabólicas e missas negras. Óptimo material para um romance-folhetim de estilo oitocentista, para mais, ilustrado com os feuilletons daquela época. Há aqui do que contentar o pior dos leitores. Salvo um pormenor. Excepto o protagonista, todos os outros personagens deste romance existiram realmente e fizeram aquilo que fizeram. E até o protagonista faz coisas que foram verdadeiramente feitas, salvo que faz muitas que provavelmente tiveram autores diferentes. Mas quando alguém se movimenta entre serviços secretos, agentes duplos, oficiais traidores e eclesiásticos pecadores, tudo pode acontecer. Até o único personagem inventado desta história ser o mais verdadeiro de todos, e se assemelhar muitíssimo a outros que estão ainda entre nós. Um romance fantástico, de um autor que uma vez mais mostra saber como nenhum outro combinar erudição, humor e reflexão. -
Construir o Inimigo e Outros Escritos OcasionaisO título desta recolha deveria ter sido o seu subtítulo, ou seja, «Escritos Ocasionais». Mas a justa preocupação do editor de que um título tão ostensivamente modesto pudesse não atrair a atenção do leitor levou à escolha do título do primeiro dos ensaios que a constituem.
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As Lições dos MestresO encontro pessoal entre mestre e discípulo é o tema de George Steiner neste livro absolutamente fascinante, uma sólida reflexão sobre a interacção infinitamente complexa e subtil de poder, confiança e paixão que marca as formas mais profundas de pedagogia. Baseado em conferências que o autor proferiu na Universidade de Harvard, As Lições dos Mestres evoca um grande número de figuras exemplares, nomeadamente, Sócrates e Platão, Jesus e os seus discípulos, Virgílio e Dante, Heloísa e Abelardo, Tycho Brahe e Johann Kepler, o Baal Shem Tov, sábios confucionistas e budistas, Edmund Husserl e Martin Heidegger, Nadia Boulanger e Knute Rockne. Escrito com erudição e paixão, o presente livro é em si mesmo uma lição magistral sobre a elevada vocação e os sérios riscos que o verdadeiro professor e o verdadeiro aluno assumem e partilham. -
Novo Iluminismo RadicalNovo Iluminismo Radical propõe um olhar crítico e uma atitude combativa face à credulidade do nosso tempo. Perante os discursos catastrofistas e solucionistas que dominam as narrativas e uniformizam as linguagens, Marina Garcés interpela-nos: «E se nos atrevêssemos a pensar, novamente, na relação entre saber e emancipação?» Ao defender a capacidade de nos auto‑educarmos, relança a confiança na natureza humana para afirmar a sua liberdade e construir, em conjunto, um mundo mais habitável e mais justo. Uma aposta crítica na emancipação, que precisa de ser novamente explorada. -
Um Dedo Borrado de Tinta - Histórias de Quem Não Pôde Aprender a LerCasteleiro, no distrito da Guarda, é uma das freguesias nacionais com maior taxa de analfabetismo. Este livro retrata a vida e o quotidiano de habitantes desta aldeia que não tiveram oportunidade de aprender a ler e a escrever. É o caso de Horácio: sabe como se chama cada uma das letras do alfabeto, até é capaz de as escrever uma a uma, mas, na sua cabeça, elas estão como que desligadas; quando recebe uma carta tem de «ir à Beatriz», funcionária do posto dos correios e juntadora de letras. Na sua ronda, o carteiro Rui nunca se pode esquecer da almofada de tinta, para os que só conseguem «assinar» com o indicador direito. Em Portugal, onde, em 2021, persistiam 3,1% de analfabetos, estas histórias são quase arqueologia social, testemunhos de um mundo prestes a desaparecer. -
Sobre a Ganância, o Amor e Outros Materiais de ConstruçãoTextos de Francisco Keil do Amaral sobre o problema da habitação 1945-1973. Francisco Keil do Amaral (1910-1975), arquitecto português, com obra construída em Portugal e no estrangeiro, destacou-se com os grandes projectos para a cidade de Lisboa de parques e equipamentos públicos, dos quais se destacam o Parque de Monsanto e o Parque Eduardo VII. Foi também autor de diversos artigos que escreveu para a imprensa, obras de divulgação sobre a Arquitectura e o Urbanismo - "A arquitectura e a vida" (1942), "A moderna arquitectura holandesa" (1943) ou "Lisboa, uma cidade em transformação" (1969) - e livros de opinião e memórias - "Histórias à margem de um século de história" (1970) e "Quero entender o mundo" (1974). Apesar da obra pública projectada e construída durante o Estado Novo, Keil do Amaral foi um crítico do regime. Alguns dos textos mais críticos que escreveu e proferiu em público foram dedicados ao Problema da Habitação, título do opúsculo publicado em 1945 que reproduz o texto de uma palestra dada em 1943, e que surge novamente no título da comunicação que faz no 3º Congresso da Oposição Democrática em 1973. São dois dos textos reproduzidos nesta pequena publicação que reúne textos (e uma entrevista) de diferentes períodos da vida de Keil do Amaral. Apesar da distância que medeia os vários textos e aquela que os separa do presente, o problema da habitação de que fala Keil do Amaral parece ser constante, e visível não apenas em Lisboa, seu principal objecto de estudo, como noutras zonas do país e globalmente. -
Problemas de GéneroVinte e sete anos após a sua publicação original, Gender Trouble está finalmente disponível em Portugal. Trata-se de um dos textos mais importantes da teoria feminista, dos estudos de género e da teoria queer. Ao definir o conceito de género como performatividade – isto é, como algo que se constrói e que é, em última análise uma performance – Problemas de Género repensou conceitos do feminismo e lançou os alicerces para a teoria queer, revolucionando a linguagem dos activismos. -
Redes Sociais - Ilusão, Obsessão e ManipulaçãoAs redes sociais tornaram-se salas de convívio global. A amizade subjugou-se a relações algorítmicas e a vida em sociedade passou a ser mediada pela tecnologia. O corpo mercantilizou-se. O Instagram é uma montra de corpos perfeitos e esculpidos, sem espaço para rugas ou estrias. Os influencers tornaram-se arautos da propagação do consumo e da felicidade. Nas redes sociais, não há espaço para a tristeza. Os bancos do jardim, outrora espaços privilegiados para as relações amorosas, foram substituídos pelo Tinder. Os sites de encontros são o expoente de uma banalização e superficialidade de valores essenciais às relações humanas. As nudes são um sinal da promoção do corpo e da vulgarização do espaço privado. Este livro convida o leitor para uma viagem pelas transformações nas relações de sociabilidade provocadas pela penetração das redes sociais nas nossas vidas. O autor analisa e foca-se nos novos padrões de comportamento que daí emergem: a ilusão da felicidade, a obsessão por estar ligado e a ligeireza como somos manipulados pelos gigantes tecnológicos. Nas páginas do livro que tem nas mãos é-lhe apresentada uma visão crítica sobre a ilusão, obsessão e manipulação que ocorre no mundo das redes sociais. -
Manual de Investigação em Ciências SociaisApós quase trinta anos de sucesso, muitas traduções e centenas de milhares de utilizadores em todo o mundo, a presente edição foi profundamente reformulada e complementada para responder ainda melhor às necessidades dos estudantes e professores de hoje.• Como começar uma investigação em ciências sociais de forma eficiente e formular o seu projecto? • Como proceder durante o trabalho exploratório para se pôr no bom caminho?• Quais os princípios metodológicos essenciais que deve respeitar?• Que métodos de investigação escolher para recolher e analisar as informações úteis e como aplicá-las?• Como progredir passo a passo sem se perder pelo caminho?• Por fim, como concluir uma investigação e apresentar os contributos para o conhecimento que esta originou?Estas são perguntas feitas por todos os estudantes de ciências sociais, ciências políticas, comunicação e serviço social que se iniciam na metodologia da investigação e que nela têm de se lançar sozinhos.Esta edição ampliada responde ainda melhor às actuais necessidades académicas: • Os exemplos e as aplicações concretas incidem sobre questões relacionadas com os problemas da actualidade.• A recolha e a análise das informações abrangem tanto os métodos quantitativos como os métodos qualitativos.• São expostos procedimentos indutivos e dedutivos. -
Gramsci - A Cultura, os Subalternos e a EducaçãoGramsci, já universalmente considerado como um autor clássico, foi um homem e um pensador livre. Livre e lúcido, conduzido por uma racionalidade fria e implacável, por um rigor e uma disciplina intelectual verdadeiramente extraordinários. Toda a história da sua vida, a sua prisão nos cárceres fascistas, onde ficou por mais de dez anos, as terríveis provações físicas e morais que suportou até à morte, os confrontos duríssimos com os companheiros de partido, na Itália e na Rússia, o cruel afastamento da mulher e dos filhos, tudo isso é um testemunho da sua extraordinária personalidade e, ao mesmo tempo, da agitada e dramática página da história italiana, que vai do primeiro pós-guerra até à consolidação do fascismo de Mussolini. Gramsci foi libertado em 1937, após um calvário de prisões e graves doenças, que o levaram a morrer em Roma, no dia seguinte ao da sua libertação. Só anos mais tarde, no fim da segunda guerra e com o regresso da Itália à democracia, a sua obra começou a ser trabalhada e publicada.