Contos Completos
Ler os contos de Katherine Mansfield é caminhar entre crianças que recusam a asfixia da educação tradicional, adolescentes de sonhos impossíveis, soldados de fardas ridículas, mulheres que esboçam gestos de revolta e velhos nos confins do tempo. É sobre estes seres sem outra história além da vida que Katherine Mansfield escreve, revelando o drama oculto na aparência dos gestos usuais. E todo o seu condão está nessa capacidade de iluminar recantos obscuros, com ironia, emoção e imprevisibilidade.
Nascida em 1888, amiga de Virginia Woolf e D. H. Lawrence, e leitora atenta de Tchékhov, que morreu quando ela começava a escrever, Katherine Mansfield participou na renovação da arte do conto, ajudando-o a libertar-se da moral vitoriana e dissolvendo o clássico enredo em sensações e recordações em subtil relação com a realidade exterior.
| Editora | Relógio d' Água |
|---|---|
| Coleção | Ficções |
| Categorias | |
| Editora | Relógio d' Água |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Katherine Mansfield |
Katherine Mansfield nasceu em Wellington, na Nova Zelândia, em 1888. Mansfield teve uma infância próspera, terminando os seus estudos em Londres, em 1903. É neste período marcante que Mansfield decide tornar-se escritora. Quando regressa a casa, três anos depois, vê-se incapaz de se readaptar à sociedade oca e sufocante de Wellington e, em 1908, volta para Londres, não mais regressando à sua terra natal. Em 1910 torna-se colaboradora da revista New Agee, no ano seguinte, publica a sua primeira coleção de contos: In a German Pension (1911). Em 1912 começa a escrever para a revista Rhythm, depois renomeada como The Blue Review. Aí trabalha com o editor John Middleton Murray, com quem casaria em 1918. Porém, em 1915, a morte do seu irmão Leslie num incidente militar choca Mansfield. A autora começa a refletir sobre a sua infância na Nova Zelândia, época que inspiraria vários dos seus contos mais reconhecidos, como Prelude (1916). Em 1917, é-lhe diagnosticada tuberculose, doença que se revelaria fatal. Apesar de viver os seus últimos anos consumida pela busca de uma cura, estes são também os anos mais literariamente frutuosos. Em 1921 publica Bliss e Outros Contos, e no ano seguinte Festa do Jardim e Outros Contos (1922), que cristalizam a sua evolução como escritora, tanto na maturidade do pensamento como na habilidade estilística. Mansfield morre em 1923, em Fontainbleau, França. O Ninho da Pomba e Outras Histórias (1923), Algo Infantil e Outros Contos (1924), excertos de diários e cartas são publicados postumamente por Murray, que recorda a qualidade «essencial» da escritora como «um tipo de pureza», uma clareza de voz cujas imagens delicadas realçam a visão cortante que deixa da sua era. Katherine Mansfield continua a ser internacionalmente celebrada como uma das figuras definitivas do modernismo.
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O Garden PartyAs histórias reunidas no presente volume demonstram o talento de ma escritora que foi comparada a Tchekov. Não se trata de contos sobre ocorrências violentas nem se tecem aqui hábeis enredos. Trata-se, tão-só, de revelações sensíveis acerca do comportamento humano em situações absolutamente comuns.Os homens, as mulheres e, sobretudo as crianças que Katherine Mansfield retrata não aparecem envolvidos em episódios sensacionais, embora sejam impressionantemente fiéis à vida. -
Festa no Jardim e Outros ContosUma miniaturista do quotidiano, a modernista Katherine Mansfield marcou a cena literária inglesa do início do século XX com Festa no jardim, uma coletânea de contos em que se evidencia um humor subtil aplicada à crítica social inequívoca.Nesta coleção de contos, a última que publicou em vida, a neozelandesa Katherine Mansfield aplica o seu talento literário em subtis retratos dos pequenos dramas mundanos: a delicada ingenuidade com que a colisão de classes é vivida no conto titular, Festa no Jardim; o vulto do patriarca e o choque da sua ausência em As Filhas do Falecido Coronel, a exaustão da busca por afeto e privacidade, na história A Vida de Ma Parker. Pioneira do conto modernista, Mansfield encontra na natureza sintética dessa forma uma ambiguidade libertadora. Além da superfície do mundo que representa, a autora encontrou, nas hesitações e dúvidas de uma personagem, nas omissões e implicações de um texto, as realidades inarticuláveis, mas profundamente humanas, que dão vida aos seus contos. É por esta capacidade, de escutar além do que imaginar é dito, além do que fica impresso, que continua a ser uma das vozes mais celebradas do Modernismo. -
O Garden-PartyEstá um dia quente e sem vento quando a família Sheridan se prepara para fazer uma festa no seu jardim. Mas enquanto Laura, uma das filhas, se ocupa da organização do evento, notícias sobre a morte de um vizinho ameaçam a celebração. -
JournalKatherine Mansfield’s Journal is one of the great classics of twentieth century literature; it is a uniquely truthful record of a great writer at work, of the spirit of a genius in the last ten years of her life, and of the development of the modern mind during the early years of the last century. Her husband John Middleton Murry compiled the Journal soon after she died and it was published in 1927. It consists of fragments of diary entries, unposted letters, scraps of writing, in other words anything that was dated or could have a date attributed to it and that could be woven into a volume called a ‘journal’. Katherine Mansfield’s Journal is far more than an intermittent record of twelve years of a writer’s life: it is intensely observant, self-critical, self-chastising, confessional, atmospheric, agonised and funny, an essential document for anyone interested in women’s writing of the 20th century and in one of its greatest writers.
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Vemo-nos em AgostoTodos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva até à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo. Estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano.Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsa e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para o interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração.Escrito no estilo inconfundível e fascinante de García Márquez, Vemo-nos em Agosto é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino. Um presente inesperado de um dos melhores escritores que o mundo já conheceu. A tradução é de J. Teixeira de Aguilar. -
Deus na EscuridãoEste livro explora a ideia de que amar é sempre um sentimento que se exerce na escuridão. Uma aposta sem garantia que se pode tornar absoluta. A dúvida está em saber se os irmãos podem amar como as mães que, por sua vez, amam como Deus. -
O ColecionadorNo mais recente e trepidante thriller de Daniel Silva, autor n.º 1 da lista dos mais vendidos do The New York Times, Gabriel Allon embarca na busca de um quadro roubado de Vermeer e descobre uma conspiração que poderia levar o mundo à beira do Armagedão nuclear.Na manhã seguinte à gala anual da Venice Preservation Society, Gabriel Allon, restaurador de quadros e espião lendário, entra no seu bar preferido da ilha de Murano e aí encontra o general Cesare Ferrari, comandante da Brigada de Arte, que aguarda, ansioso, a sua chegada. Os carabinieri tinham feito uma descoberta assombrosa na villa amalfitana de um magnata sul-africano morto em circunstâncias suspeitas: uma câmara acouraçada secreta que continha uma moldura e um esticador vazios cujas dimensões coincidiam com as do quadro desaparecido mais valioso do mundo. O general Ferrari pede a Gabriel para encontrar discretamente a obra-prima antes que o seu rasto se volte a perder. - Esse não é o vosso trabalho?- Encontrar quadros roubados? Teoricamente, sim. Mas o Gabriel é muito melhor a fazê-lo do que nós.O quadro em questão é O concerto de Johannes Vermeer, uma das treze obras roubadas do Museu Isabella Stewart Gardner de Boston, em 1990. Com a ajuda de uma aliada inesperada, uma bela hacker e ladra profissional dinamarquesa, Gabriel não demora a descobrir que o roubo do quadro faz parte de uma tramoia ilegal de milhares de milhões de dólares na qual está implicado um indivíduo cujo nome de código é «o colecionador», um executivo da indústria energética estreitamente vinculado às altas esferas do poder na Rússia. O quadro desaparecido é o eixo de um complô que, caso seja bem-sucedido, poderia submeter o mundo a um conflito de proporções apocalípticas. Para o desmantelar, Gabriel terá de perpetrar um golpe de extrema audácia enquanto milhões de vidas estão presas por um fio. -
O EscritórioDawn Schiff é uma mulher estranha. Pelo menos, é o que toda a gente pensa na Vixed, a empresa de suplementos nutricionais onde trabalha como contabilista. Dawn nunca diz a coisa certa. Não tem amigos. E senta-se todos os dias à secretária, para trabalhar, precisamente às 8h45 da manhã.Talvez seja por isso que, certa manhã, quando Dawn não aparece para trabalhar, a sua colega Natalie Farrell – bonita, popular e a melhor vendedora da empresa há cinco anos consecutivos – se surpreenda. E mais ainda quando o telefone de Dawn toca e alguém do outro lado da linha diz apenas «Socorro».Aquele telefonema alterou tudo… afinal, nada liga tanto duas pessoas como partilhar um segredo. E agora Natalie está irrevogavelmente ligada a Dawn e vê-se envolvida num jogo do gato e do rato. Parece que Dawn não era simplesmente uma pessoa estranha, antissocial e desajeitada, mas estava a ser perseguida por alguém próximo.À medida que o mistério se adensa, Natalie não consegue deixar de se questionar: afinal, quem é a verdadeira vítima? Mas uma coisa é clara: alguém odiava Dawn Schiff. O suficiente para a matar.«NÃO COMECE UM LIVRO DE FREIDA McFADDEN A ALTAS HORAS DA NOITE.NÃO O VAI CONSEGUIR LARGAR!» AMAZON«O ESCRITÓRIO É UM THRILLER TENSO E VICIANTE DA AUTORA MAIS ADORADA DO MOMENTO.» GOODREADS -
Os Meus Dias na Livraria MorisakiEsta é uma história em que a magia dos livros, a paixão pelas coisas simples e belas e a elegância japonesa se unem para nos tocar a alma e o coração.Estamos em Jimbocho, o bairro das livrarias de Tóquio, um paraíso para leitores. Aqui, o tempo não se mede da mesma maneira e a tranquilidade contrasta com o bulício do metro, ali ao lado, e com os desmesurados prédios modernos que traçam linhas retas no céu.Mas há quem não conheça este bairro. Takako, uma rapariga de 25 anos, com uma existência um pouco cinzenta, sabe onde fica, mas raramente vem aqui. Porém, é em Jimbocho que fica a livraria Morisaki, que está na família há três gerações: um espaço pequenino, num antigo prédio de madeira. Estamos assim apresentados ao reino de Satoru, o excêntrico tio de Takako. Satoru é o oposto de Takako, que, desde que o rapaz por quem estava apaixonada lhe disse que iria casar com outra pessoa, não sai de casa.É então que o tio lhe oferece o primeiro andar da Morisaki para morar. Takako, que lê tão pouco, vê-se de repente a viver entre periclitantes pilhas de livros, a ter de falar com clientes que lhe fazem perguntas insólitas. Entre conversas cada vez mais apaixonadas sobre literatura, um encontro num café com um rapaz tão estranho quanto tímido e inesperadas revelações sobre a história de amor de Satoru, aos poucos, Takako descobre uma forma de falar e de estar com os outros que começa nos livros para chegar ao coração. Uma forma de viver mais pura, autêntica e profundamente íntima, que deixa para trás os medos do confronto e da desilusão. -
ManiacMANIAC é uma obra de ficção baseada em factos reais que tem como protagonista John von Neumann, matemático húngaro nacionalizado norte-americano que lançou as bases da computação. Von Neumann esteve ligado ao Projeto Manhattan e foi considerado um dos investigadores mais brilhantes do século XX, capaz de antecipar muitas das perguntas fundamentais do século XXI. MANIAC pode ser lido como um relato dos mitos fundadores da tecnologia moderna, mas escrito com o ritmo de um thriller. Labatut é um escritor para quem “a literatura é um trabalho do espírito e não do cérebro”. Por isso, em MANIAC convergem a irracionalidade do misticismo e a racionalidade própria da ciência -
Uma Noite na Livraria Morisaki - Os meus Dias na Livraria Morisaki 2Sim, devemos regressar onde fomos felizes. E à livraria Morisaki, lugar de histórias únicas, voltamos com Takako, para descobrir um dos romances japoneses mais mágicos do ano.Estamos novamente em Tóquio, mais concretamente em Jimbocho, o bairro das livrarias, onde os leitores encontram o paraíso. Entre elas está a livraria Morisaki, um negócio familiar cuja especialidade é literatura japonesa contemporânea, há anos gerida por Satoru, e mais recentemente com a ajuda da mulher, Momoko. Além do casal, a sobrinha Takako é presença regular na Morisaki, e é ela quem vai tomar conta da livraria quando os tios seguem numa viagem romântica oferecida pela jovem, por ocasião do aniversário de casamento.Como já tinha acontecido, Takako instala-se no primeiro andar da livraria e mergulha, instantaneamente, naquele ambiente mágico, onde os clientes são especiais e as pilhas de livros formam uma espécie de barreira contra as coisas menos boas do mundo. Takako está entusiasmada, como há muito não se sentia, mas… porque está o tio, Satoru, a agir de forma tão estranha? E quem é aquela mulher que continua a ver, repetidamente, no café ao lado da livraria?Regressemos à livraria Morisaki, onde a beleza, a simplicidade e as surpresas estão longe, bem longe de acabar. -
Uma Brancura LuminosaUm homem conduz sem destino. Ao acaso, vira à direita e à esquerda até que chega ao final da estrada na orla da floresta e o seu carro fica atolado. Pouco depois começa a escurecer e a nevar. O homem sai do carro e, em vez de ir à procura de alguém que o ajude, aventura-se insensatamente na floresta escura, debaixo de um céu negro e sem estrelas. Perde-se, quase morre de frio e de cansaço, envolto numa impenetrável escuridão. É então que surge, de repente, uma luz.Uma Brancura Luminosa é a mais recente obra de ficção de Jon Fosse, Prémio Nobel de Literatura de 2023. Uma história breve, estranhamente sublime e bela, sobre a existência, a memória e o divino, escrita numa forma literária única capaz de assombrar e comover.Tradução do norueguês de Liliete Martins.Os elogios da crítica:«Uma introdução perfeita à obra de Jon Fosse.» The Telegraph«Inquietante e lírico, este pequeno livro é uma introdução adequadamente enigmática à obra de Fosse e um bom ponto de partida para se enfrentar os seus romances mais vastos e experimentais.» Financial Times - Livro do Ano 2023«Uma Brancura Luminosa é, muito simplesmente, grande literatura.» Dagbladet