Contos Escolhidos
"(...) Caro Leitor, valerá a pena que, ao lado da minha Recolha Poética te ofereça agora os meus Contos Escolhidos, dois livros marcantes da minha caminhada literária que as circunstâncias não permitiram que fosse mais fecunda. Espero, contudo, que juntamente com as outras obras – romance, ensaio e intervenção cívica – deem testemunho, embora modesto, de um escritor comprometido com o seu tempo por considerar que a literatura deve ser «a expressão da sua própria humanidade e da Humanidade toda».
| Editora | Imprensa da Universidade de Coimbra |
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| Editora | Imprensa da Universidade de Coimbra |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | António Arnaut |
António Arnaut (1936 - 2018) advogado, político e escritor. Ativista contra a ditadura, foi membro da Ação Socialista e candidato a deputado pela Oposição Democrática (1969). Fundador e atual presidente honorário do Partido Socialista, foi deputado e ministro dos Assuntos Sociais do II Governo de Mário Soares. É autor da lei que criou o Serviço Nacional de Saúde, em cuja defesa se tem empenhado, o que lhe valeu várias distinções e prémios. A Universidade de Coimbra conferiu-lhe o título de Doutor Honoris Causa, pela sua ação cívica em defesa do SNS, e o Presidente da República atribuiu-lhe a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, em 25 de abril de 2016. Tem mais de 30 títulos publicados, de poesia, ficção, ensaio e intervenção cívica (especialmente em defesa do SNS e do Estado social).
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Estatuto da Ordem dos Advogados - AnotadoLEI N.º 15/2005, DE 26 DE JANEIRO (Aprova o Estatuto da Ordem dos Advogados e revoga o Decreto-Lei n.º 84/84, de 16 de Março, com as alterações subsequentes) Inclui: Regulamento Disciplinar Código de Deontologia dos Advogados Europeus Sociedade de Advogados Actos próprios dos Advogados Regulamento de Inscrição de Advogados e Advogados Estagiários Regulamento de Registo e Inscrição dos Advogados Provenientes de Outros Estados Membros da União Europeia Regulamento dos Laudos de Honorários Regulamento da Comissão Nacional de Avaliação Regulamento Nacional de Estágio Regulamento da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores Regulamento Geral das Especialidades Regulamento da Comissão dos Direitos Humanos da Ordem dos Advogados Princípios Básicos Relativos à Função dos Advogados Regulamento de Dispensa do Segredo Profissional -
Era Um Rio e Chorava - 80 Poemas Para 80 AnosNa poesia de António Arnaut, que comemorou 80 anos no dia 28 de janeiro, em Penela, sua terra natal, e que publicou mais de 30 livros de diferentes géneros literários, o rio "surge frequentemente como metáfora", disse hoje o autor à agência Lusa. "O rio é uma imagem recorrente na minha obra poética. Mas este meu rio normalmente não desagua e regressa sempre à pureza da nascente", acrescentou o amigo de Miguel Torga, que em 2007 publicou o romance "Rio de sombras", em cumprimento de uma promessa que fizera ao autor de "Os Bichos", com quem conviveu durante décadas, tanto em Coimbra, como na praia do Pedrógão, na zona de Leiria, onde passavam férias juntos com as famílias. O principal impulsionador do Serviço Nacional de Saúde (SNS), antigo grão-mestre do Grande Oriente Lusitano (GOL) -- Maçonaria Portuguesa, assume que este novo livro de poesia simboliza o desejo de ver atuais e futuras gerações a "darem continuidade" à sua obra estética, cívica e política, aprofundando a liberdade, a "fraternidade universal", outros valores e direitos humanos defendidos pelos maçons, em Portugal e no mundo. "Para que o rio incessante que me corre / leve a metáfora até ao cume / do Sol em devir sempre nos meus olhos", acentua, reproduzindo a última estrofe de "Memória", primeiro poema da obra que motivará a intervenção de Delfim Leão na apresentação. Além dos 80 poemas que integram "Era um rio e chorava", António Arnaut, quando uma primeira versão do trabalho já estava acabada nas oficinas da "Coimbra Editora", decidiu ainda juntar um derradeiro "Poema inacabado (fragmento)", escrito pelo seu punho e assim reproduzido na contracapa. Significa este gesto, assumido quando Arnaut já tinha celebrado 80 anos, no âmbito de uma homenagem promovida pela Câmara Municipal de Penela, que "alguém há de continuar a obra", explica o autor à Lusa, que se considera "um pacifista revoltado e um poeta da revolução humanista". Chegar aos 80 anos de idade, completando 62 de vida literária, "é como que dobrar o Cabo Adamastor", sublinha o antigo ministro dos Assuntos Sociais, um dos fundadores do PS e seu militante número 4, afastado da política ativa há quase 40 anos. "Escrevo todos os dias poesia, que aproveito ou não", tudo dependendo das "horas amargas e doces", do "amor e mágoa" que impulsionam o trabalho criativo, "sempre à procura de um verso que nunca se encontra", refere. -
Recolha Poética (1954-2017)Antologia de 12 livros (8 de poesia, 3 de poesia e prosa e um inédito). O traço mais definidor da escrita de Arnaut, segundo Maria Lúcia Lepecki, “é o sentimento cósmico, sentimento de uma totalidade última e abrangente (…), onde tudo se liga por íntimas conexões, como se o princípio primeiro da vida (e da morte) fosse, e efectivamente é, o dos vasos comunicantes (…). Esta é uma poesia tão lúcida quanto emocionada, que brota do mais fundo do ser, do lugar onde cada pessoa aprende a ser ela mesma para poder ser no outro e com o outro”. Para Delfim Leão, vislumbra-se “sempre, em pano de fundo, a eterna sedução de quem encontra na poesia uma forma ideal de criação artística. O papel fecundante do logos, ordenador do caos estéril, aparece muitas vezes combinado com o telurismo orgânico e estrutural do autor”. Para José Carlos Seabra Pereira, “a dicção de António Arnaut (…) tende pendularmente para a dominante moderna da forma breve, contida, inovadora e trabalhada, num quadro global de sístole e diástole entre pendor de derrame eloquente e de condensação aforismática”. Com 30 títulos publicados (poesia, ficção e ensaio), A. Arnaut assume-se como escritor civicamente comprometido, que considera a literatura como “a expressão da sua própria humanidade e da Humanidade toda”. -
Introdução à MaçonariaUm livro indispensável para quem deseje conhecer o essencial da Maçonaria: princípio e valores fundamentais, origens e evolução, ritual e iniciação, esoterismo e segredo maçónico, bem como o papel da organização ao longo dos séculos na defesa dos grandes valores do Homem, traduzidos na clássica trilogia — Liberdade, Igualdade, Fraternidade. O autor revela-nos ainda algumas figuras da Maçonaria portuguesa e estrangeira, que são, simultaneamente, grandes vultos na História Universal, traça o quadro maçónico português de 1727 à actualidade, dá-nos um esboço da “Opus Dei”, que considera uma anti-maçonaria, e aborda as relações com a Igreja Católica. Publica, finalmente, vários documentos históricos, dos quais se destaca um artigo de Fernando Pessoa em defesa da Ordem Maçónica. Livro oportuno e necessário para desfazer mitos e preconceitos, pois, como escreve o autor, a Maçonaria “continua envolta na névoa do mistério e na verrina da maledicência. Há no inconsciente colectivo um lastro de veniaga deixado pelos verdugos da Inquisição e dos regimes totalitários que, de quando em vez, ainda aflora no espírito dos incautos”. Que organização é esta, que cultiva a tolerância e o livre pensamento, que fez a independência dos Estados Unidos e a Revolução Francesa, liderou as revoluções liberais e republicana em Portugal, que teve e tem no seu seio, monarcas e presidentes da República bispos e leigos operários e intelectuais, crentes de todas as religiões e agnósticos de todas as sensibilidades? Introdução à Maçonaria vem responder a muitas destas interrogações. -
Serviço Nacional de Saúde SNS - 30 Anos de ResistênciaOs homens e as instituições andam sempre à procura do tempo perdido.Por mim, dói-me o tempo que fizeram perder ao SNS, mas quero agora olhar para o futuro com optimismo e confiança. Confio na força das ideias justas e generosas. Confio na Democracia e nas suas regras de funcionamento: o Presidente da República cumprirá e fará cumprir a Constituição. Os deputados e os governantes saberão respeitar a vontade do Povo, única fonte da sua legitimidade. Se todos tiverem em vista o bem comum, a justiça e a coesão social, e, nesta lógica humanista, considerarem a saúde como um direito de todos e não um privilégio de quem a pode pagar, o SNS será um cravo de Abril que nunca murchará. -
Serviço Nacional de Saúde. SNS - 30 Anos de ResistênciaOs homens e as instituições andam sempre à procura do tempo perdido. Por mim, dói-me o tempo que fizeram perder ao SNS, mas quero agora olhar para o futuro com otimismo e confiança. Confio na força das ideias justas e generosas. Confio na Democracia e nas suas regras de funcionamento: o Presidente da República cumprirá e fará cumprir a Constituição. Os Deputados e os Governantes saberão respeitar a vontade do Povo, única fonte da sua legitimidade. Se todos tiverem em vista o bem comum, a justiça e a coesão social, e, nesta lógica humanista, considerarem a saúde como um direito de todos e não um privilégio de quem a pode pagar, o SNS será um cravo de Abril que nunca murchará. -
O Étimo Perdido - O SNS, O Estado Social e Outras IntervençõesNunca os pobres foram tão desgraçadamente pobres, nem os ricos tão despudoradamente ricos. Nunca os trabalhadores foram tão mal tratados, nem os desempregados tão denegridos. Vivemos uma situação de absoluta precariedade social, cívica e laboral. Não há pudor nem vergonha nem um assomo de solidariedade por parte dos que têm obrigação de governar com justiça e prover aos mais carenciados. Querem desmantelar o Estado Social, destruir o Serviço Nacional de Saúde e apagar os direitos fundamentais (...) Cabe aos políticos sérios que ainda resistem aos interesses instalados e às seduções da vanglória, especialmente à esquerda, mas também aos que sobrevivem nos partidos da direita democrática, derrubar o muro que encobre o Sol e deixar que ele ilumine de novo a palavra-chave que abre as portas do futuro e fecunda os direitos fundamentais e a Constituição da República: a Solidariedade (...)
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O Essencial Sobre José Saramago«Aquilo que neste livro se entende como essencial em José Saramago corresponde à sua específica identidade como escritor, com a singularidade e com as propriedades que o diferenciam, nos seus fundamentos e manifestações. Mas isso não é tudo. No autor de Memorial do Convento afirma-se também uma condição de cidadão e de homem político, pensando o seu tempo e os fenómenos sociais e culturais que o conformam. Para o que aqui importa, isso é igualmente essencial em Saramago, até porque aquela condição de cidadão não é estranha às obras literárias com as quais ela interage, em termos muito expressivos.» in Contracapa -
Confissões de um Jovem EscritorUmberto Eco publicou seu primeiro romance, O Nome da Rosa, em 1980, quando tinha quase 50 anos. Nestas suas Confissões, escritas cerca de trinta anos depois da sua estreia na ficção, o brilhante intelectual italiano percorre a sua longa carreira como ensaísta dedicando especial atenção ao labor criativo que consagrou aos romances que o aclamaram. De forma simultaneamente divertida e séria, com o brilhantismo de sempre, Umberto Eco explora temas como a fronteira entre a ficção e a não-ficção, a ambiguidade que o escritor mantém para que seus leitores se sintam livres para seguir o seu próprio caminho interpre tativo, bem como a capacidade de gerar neles emoções. Composto por quatro conferências integradas no âmbito das palestras Richard Ellmann sobre Literatura Moderna que Eco proferiu na Universidade Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos, Confissões de um jovem escritor é uma viagem irresistível aos mundos imaginários do autor e ao modo como os transformou em histórias inesquecíveis para todos os leitores. O “jovem escritor” revela-se, afinal, um grande mestre e aqui partilha a sua sabedoria sobre a arte da imaginação e o poder das palavras. -
Sobre as MulheresSobre as Mulheres é uma amostra substancial da escrita de Susan Sontag em torno da questão da mulher. Ao longo dos sete ensaios e entrevistas (e de uma troca pública de argumentos), são abordados relevantes temas, como os desafios e a humilhação que as mulheres enfrentam à medida que envelhecem, a relação entre a luta pela libertação das mulheres e a luta de classes, a beleza, o feminismo, o fascismo, o cinema. Ao fim de cinquenta anos – datam dos primeiros anos da década de 1970 –, estes textos não envelheceram nem perderam pertinência. E, no seu conjunto, revelam a curiosidade incansável, a precisão histórica, a solidez política e o repúdio por categorizações fáceis – em suma, a inimitável inteligência de Sontag em pleno exercício.«É um deleite observar a agilidade da mente seccionando através da flacidez do pensamento preguiçoso.» The Washington Post«Uma nova compilação de primeiros textos de Sontag sobre género, sexualidade e feminismo.» Kirkus Reviews -
Para Tão Curtos Amores, Tão Longa VidaNuma época e num país como o nosso, em que se regista um número muito elevado de divórcios, e em que muitos casais preferem «viver juntos» a casar-se, dando origem nas estatísticas a muitas crianças nascidas «fora do casamento», nesta época e neste país a pergunta mais próxima da realidade não é por que duram tão pouco tantos casamentos, mas antes: Por que é que há casamentos que duram até à morte dos cônjuges? Qual é o segredo? Há um segredo nisso? Este novo livro de Daniel Sampaio, que traz o título tão evocativo: Para Tão Curtos Amores, Tão Longa Vida, discute as relações afetivas breves e as prolongadas, a monogamia e a infidelidade, a importância da relação precoce com os pais e as vicissitudes do amor. Combinando dois estilos, o ficcional e o ensaístico, que domina na perfeição, o autor traz perante os nossos olhos, de modo muito transparente e sem preconceitos, tão abundantes nestas matérias, os problemas e dificuldades dos casais no mundo de hoje, as suas vitórias e derrotas na luta permanente para manterem viva a sua união.Um livro para todos nós porque (quase) todos nós, mais tarde ou mais cedo, passamos por isso. -
A Vida na SelvaHá quem nasça para o romance ou para a poesia e se torne conhecido pelo seu trabalho literário; e quem chegue a esse ponto depois de percorrer um longo caminho de vida, atravessando os escolhos e a complexidade de uma profissão, ou de uma passagem pela política, ou de um reconhecimento público que não está ligado à literatura. Foi o caso de Álvaro Laborinho Lúcio, que publicou o seu primeiro e inesperado romance (O Chamador) em 2014.Desde então, em leituras públicas, festivais, conferências e textos com destinos vários, tem feito uma viagem de que guarda memórias, opiniões, interesses, perguntas e respostas, perplexidades e reconhecimentos. Estes textos são o primeiro resumo de uma vida com a literatura – e o testemunho de um homem comprometido com as suas paixões e o diálogo com os outros. O resultado é comovente e tão inesperado como foi a publicação do primeiro romance. -
Almoço de DomingoUm romance, uma biografia, uma leitura de Portugal e das várias gerações portuguesas entre 1931 e 2021. Tudo olhado a partir de uma geografia e de uma família.Com este novo romance de José Luís Peixoto acompanhamos, entre 1931 e 2021, a biografia de um homem famoso que o leitor há de identificar — em paralelo com história do país durante esses anos. No Alentejo da raia, o contrabando é a resistência perante a pobreza, tal como é a metáfora das múltiplas e imprecisas fronteiras que rodeiam a existência e a literatura. Através dessa entrada, chega-se muito longe, sem nunca esquecer as origens. Num percurso de várias gerações, tocado pela Guerra Civil de Espanha, pelo 25 de abril, por figuras como Marcelo Caetano ou Mário Soares e Felipe González, este é também um romance sobre a idade, sobre a vida contra a morte, sobre o amor profundo e ancestral de uma família reunida, em torno do patriarca, no seu almoço de domingo.«O passado tem de provar constantemente que existiu. Aquilo que foi esquecido e o que não existiu ocupam o mesmo lugar. Há muita realidade a passear-se por aí, frágil, transportada apenas por uma única pessoa. Se esse indivíduo desaparecer, toda essa realidade desaparece sem apelo, não existe meio de recuperá-la, é como se não tivesse existido.» «Os motoristas estão à espera, o brado da multidão mistura-se com o rugido dos motores. Antes de entrarmos, o Mário Soares aproxima-se de mim, correu tudo tão bem, e abraça-me com um par estrondosas palmadas no centro das costas. A coluna de carros avança devagar pelas ruas da vila. Tenho a garganta apertada, não consigo falar. Como me orgulha que Campo Maior seja a capital da península durante este momento.»«Autobiografia é um romance que desafia o leitor ao diluir fronteiras entre o real e o ficcional, entre espaços e tempos, entre duas personagens de nome José, um jovem escritor e José Saramago. Este é o melhor romance de José Luís Peixoto.»José Riço Direitinho, Público «O principal risco de Autobiografia era esgotar-se no plano da mera homenagem engenhosa, mas Peixoto evitou essa armadilha, ao construir uma narrativa que se expande em várias direções, acumulando camadas de complexidade.»José Mário Silva, Expresso -
Electra Nº 23A Atenção, tema de que se ocupa o dossier central do número 23 da revista Electra, é um recurso escasso e precioso e por isso objecto de uma guerra de concorrência sem tréguas para conseguir a sua captura. Nunca houve uma tão grande proliferação de informação, de produtos de consumo, de bens culturais, de acontecimentos que reclamam a atenção. Ela é a mercadoria da qual depende o valor de todas as mercadorias, sejam materiais ou imateriais, reais ou simbólicas. A Atenção é, pois, uma questão fundamental do nosso tempo e é um tópico crucial para o compreendermos. Sobre ela destacam-se neste dossier artigos e entrevistas de Yves Citton, Enrico Campo, Mark Wigley, Georg Franck e Claire Bishop. Nesta edição, na secção “Primeira Pessoa”, são publicadas entrevistas à escritora, professora e crítica norte-americana Svetlana Alpers (por Afonso Dias Ramos), cujo trabalho pioneiro redefiniu o campo da história da arte nas últimas décadas, e a Philippe Descola (por António Guerreiro), figura central da Antropologia, que nos fala de temas que vão desde a produção de imagens e das tradições e dos estilos iconográficos à questão da oposição entre natureza e cultura. A secção “Furo” apresenta um conjunto de desenhos e cartas inéditos da pintora Maria Helena Vieira da Silva. Em 1928, tinha vinte anos. Havia saído de Portugal para estudar arte em Paris e, de França, foi a Itália numa viagem de estudo. Durante esse percurso desenhou num caderno esboços rápidos do que via, e ao mesmo tempo, escrevia cartas à mãe para lhe contar as suas impressões e descobertas. Uma selecção destes desenhos e destas cartas, que estabelecem entre si um diálogo íntimo e consonante, é agora revelada. Na Electra 23, é publicada, na secção “Figura”, um retrato do grande poeta grego Konstandinos Kavafis, feito pelo professor e tradutor Nikos Pratsinis, a partir de oito perguntas capitais; é comentada, pelo escritor Christian Salmon, na secção “Passagens”, uma reflexão sobre a história trágica da Europa Central do consagrado romancista e ensaísta checo, Milan Kundera. Ainda neste número, o ensaísta e jornalista Sergio Molino dá-nos um mapa pessoal da cidade de Saragoça, em que a história e a geografia, a literatura e a arte se encontram; o jornalista e colunista brasileiro Marcelo Leite trata das investigações em curso desde os anos 90, com vista ao uso farmacológico e terapêutico dos psicadélicos; a escritora e veterinária María Sanchez constrói um diário que é atravessado por procuras e encontros, casas e viagens, livros e animais, terras e mulheres, amor e amizade; o arquitecto, investigador e curador chileno Francisco Díaz aborda a relação entre solo e terreno, a partir do projecto da Cidade da Cultura de Santiago de Compostela, da autoria de Peter Eisenman; o artista e ensaísta João Sousa Cardoso escreve sobre a obra do escultor Rui Chafes, revisitando três exposições e um livro apresentados durante o ano de 2023; e o dramaturgo Miguel Castro Caldas comenta a palavra “Confortável”.Vários -
Diário SelvagemEste «Diário Selvagem», «até aqui quase integralmente inédito, é um livro mítico, listado e discutido em inúmeras cartas e cronologias do autor, a que só alguns biógrafos e estudiosos foram tendo acesso».