Em Busca do Tempo Perdido IV - Sodoma e Gomorra
Uma das raparigas que eu conhecia sentou-se ao piano, e Andrée pediu a Albertine para valsar com ela. Feliz, naquele pequeno casino, por pensar que ficava com aquelas moças, observei a Cottard como elas dançavam bem. Mas ele, do ponto de vista especial do médico, e com uma má-criação que não levava em conta que eu conhecia aquelas raparigas, a quem, no entanto, me vira cumprimentar, respondeu-me: Sim, mas muito imprudentes são os pais que deixam as filhas ganhar esses hábitos. Olhe, veja, disse-me, mostrando-me Albertine e Andrée, que dançavam lentamente, apertadas uma contra a outra, certamente estão no cúmulo do gozo. As pessoas não sabem muito bem que é sobretudo através dos seios que as mulheres o sentem. E, veja, os delas tocam-se completamente. Com efeito, não havia cessado o contacto entre os de Andrée e os de Albertine.
| Editora | Clássica Editora |
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| Categorias | |
| Editora | Clássica Editora |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Marcel Proust |
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Os Prazeres e os DiasEnquadrados na sociedade de salão parisiense do final do século, estes ensaios e curtas histórias descrevem a vida, os amores, os comportamentos e as motivações de um grupo de personagens, todas elas consideradas sob um ponto de vista caracteristicamente conhecedor. Umas vezes cortantemente satíricas, outras comoventemente amargas, as descrições de Proust são repletas de fantasia e sentimento, sejam elas as dos ambiciosos Bouvard e Pécuchet, da iludida Madame de Breyves, ou de Baldassare Silvande, impregnada de tristeza, recordações e do entendimento derradeiro no final da sua vida. -
A Raça Maldita"[…] Coleccionadas, as mais célebres páginas de Proust fariam um livro tão cómodo como brilhante; saberiam poupar o leitor ao que pode ser a impaciência de percorrer uma torrente de duas mil páginas; fariam desfilar os seus "morceaux de bravure", as madalenas molhadas em chá de tília, Françoise planta rústica e simbiose dos seus patrões, a sonata de Vinteuil, o escabroso encontro entre Jupien e Charlus, a Ópera em glauca transparência de aquário de monstros marinhos, a morte de Bergotte…Tratando-se, porém, de um escritor que tanto esforço fez para demonstrar a existência de uma aventura contínua e só avaliável na sua totalidade, parece critério antológico menos lesivo surpreendê-lo através de textos autónomos que constituem as grandes linhas de força da sua personalidade; ou seja, oferecê-lo num exercício sobre a procura do tempo pela memória involuntária, numa dissertação sobre a diferença sexual, numa canção trágica de amor de filho, num momento de singular obsessão pela morte:Dias de Leitura, que começou por ser prefácio à sua tradução de Sésamo e os Lírios de Ruskin, mas foi depois apresentado como texto retirado a esse contexto em Pastiches et Mélanges; A Raça Maldita, que foi sacrificado com o projecto Contre Sainte-Beuve a favor de algumas páginas de Sodoma e Gomorra; Sentimentos Filiais de um Parricida, artigo que uma manhã espantou e escandalizou os leitores de Le Figaro, antes de figurar em Pastiches et Mélanges; [A Morte de Bergotte], único exemplo extraído do seu grande romance mas ainda assim com valor praticamente autónomo em A Prisioneira; talvez o seu momento literário mais interessante dedicado à morte e à duvidosa certeza do valor póstumo da perfeição artística.O conjunto talvez comece por cantar um poema à melancolia da vida, da arte, dos sentimentos; inevitável nesse tempo proustiano imobilizado sobre o outro, que é vivido de uma forma física e no presente. Mas virá depois um jogo que oculta a possibilidade de um singular prazer: o de friccionar a memória do presente na memória do passado… para o Génio aparecer."Aníbal Fernandes, na apresentação a este livro. -
O Prazer da Leitura«Não há talvez dias da nossa infância que tenhamos tão intensamente vivido como aqueles que julgámos passar sem tê-los vivido, aqueles que passámos com um livro preferido.» -
Sobre a LeituraSobre a Leitura obre a Leitura começou por ser o prefácio de Proust à sua tradução de Sésame et les Lys de John Ruskin, um dos mais influentes críticos de arte do princípio do século, cujas teorias estéticas muito impressionaram o romancista francês. Publicado em 1905 em revista, desde 1919 aparece integrado no livro Pastiches et Mélanges com o título «Journées de Lecture» («Dias de Leitura»). Neste texto, Proust reflecte intensamente sobre a sua experiência da leitura, prestando-se admiravelmente para o estudo da problemática da leitura, hoje tão oportuno como outrora. O estudo de apresentação de José Augusto Mourão, também o responsável por esta nova versão em língua portuguesa, é o melhor exemplo das virtualidades reflexivas e críticas deste ensaio. A nossa tradução baseia-se na edição estabelecida por Antoine Compagnon, um dos mais eminentes especialistas proustianos da actualidade (Paris, Éditions Complexe, 1987). -
Em Busca do Tempo Perdido I - Do Lado de SwannMarcel Proust nasceu em Auteuil, a 10 de Julho de 1871, para onde seus pais se haviam deslocado devido à Comuna de Paris a residência habitual dos Proust era o n.º 9 do Boulevard Malesherbes. O pai, Adrien, é professor de Medicina, a mãe, Jeanne Weil, herdeira de importante fortuna. Marcel Proust estuda no liceu Condorcet, lê os contemporâneos e tem uma paixão platónica por uma famosa cortesã. Cumpre o serviço militar e conhece Maupassant, Wilde e Barrès quando frequentava já o curso de Direito e Ciências Políticas. Aos 21 anos, participa na formação da revista Le Banquet onde publica os primeiros textos literários. Até aos 37 anos, teve uma vida intelectual e mundana. Escreveu .Les plaisirs et les jours, alguns pastiches de autores que admirava, crónicas sociais e críticas, e deixou inacabado o romance Jean Santeuil, em cujo final surge já a preocupação com o tempo. O desaparecimento da mãe em 1905 não fez sair Proust de uma certa indefinição literária, embora o tenha começado a afastar do mundo a partir de Setembro desse ano entra numa clínica, e depois num hotel de Versailles, de onde sai para se enclausurar num quarto do Boulevard Haussmann, entre fumigações e narcóticos. Em 1908, começa a escrever Contre Sainte-Beuve, uma obra hesitando entre o ensaio e o romance, amálgama de fragmentos de estética literária, cenas, diálogos e personagens, alguns deles retomados mais tarde. No entanto, alguma coisa do que faria a originalidade de Em Busca do Tempo Perdido, surge já na importância atribuída à recordação involuntária suscitada pelo pão mergulhado no chá, ou por um pátio irregular, arrancando ao esquecimento «essa pura substância de nós que é uma impressão passada». Mas entre a recusa do manuscrito de Contre Sainte-Beuve em meados de 1909 e a publicação de Do Lado de Swann quatro anos mais tarde, algo de fundamental se passa. Em finais de 1909, Proust retira-se da vida social, a sua caligrafia transforma-se, enovelando-se em correcções sucessivas, os cadernos acumulam-se, e ele próprio sente que está a criar um grande romance que vai disputar à morte, que chegaria em Novembro de 1922. O resultado são os sucessivos volumes de Em Busca do Tempo Perdido, agora em português numa tradução do poeta Pedro Tamen. -
Em Busca do Tempo Perdido II - À Sombra das raparigas em FlorMarcel Proust nasceu em Auteuil, a 10 de Julho de 1871, para onde seus pais se haviam deslocado devido à Comuna de Paris a residência habitual dos Proust era o n.º 9 do Boulevard Malesherbes. O pai, Adrien, é professor de Medicina, a mãe, Jeanne Weil, herdeira de importante fortuna. Marcel Proust estuda no liceu Condorcet, lê os contemporâneos e tem uma paixão platónica por uma famosa cortesã. Cumpre o serviço militar e conhece Maupassant, Wilde e Barrès quando frequentava já o curso de Direito e Ciências Políticas. Aos 21 anos, participa na formação da revista Le Banquet onde publica os primeiros textos literários. Até aos 37 anos, teve uma vida intelectual e mundana. Escreveu .Les plaisirs et les jours, alguns pastiches de autores que admirava, crónicas sociais e críticas, e deixou inacabado o romance Jean Santeuil, em cujo final surge já a preocupação com o tempo. O desaparecimento da mãe em 1905 não fez sair Proust de uma certa indefinição literária, embora o tenha começado a afastar do mundo a partir de Setembro desse ano entra numa clínica, e depois num hotel de Versailles, de onde sai para se enclausurar num quarto do Boulevard Haussmann, entre fumigações e narcóticos. Em 1908, começa a escrever Contre Sainte-Beuve, uma obra hesitando entre o ensaio e o romance, amálgama de fragmentos de estética literária, cenas, diálogos e personagens, alguns deles retomados mais tarde. No entanto, alguma coisa do que faria a originalidade de Em Busca do Tempo Perdido, surge já na importância atribuída à recordação involuntária suscitada pelo pão mergulhado no chá, ou por um pátio irregular, arrancando ao esquecimento «essa pura substância de nós que é uma impressão passada». Mas entre a recusa do manuscrito de Contre Sainte-Beuve em meados de 1909 e a publicação de Do Lado de Swann quatro anos mais tarde, algo de fundamental se passa. Em finais de 1909, Proust retira-se da vida social, a sua caligrafia transforma-se, enovelando-se em correcções sucessivas, os cadernos acumulam-se, e ele próprio sente que está a criar um grande romance que vai disputar à morte, que chegaria em Novembro de 1922. O resultado são os sucessivos volumes de Em Busca do Tempo Perdido, agora em português numa tradução do poeta Pedro Tamen. -
Em Busca do Tempo Perdido III - O Lado de GuermantesMarcel Proust nasceu em Auteuil, a 10 de Julho de 1871, para onde seus pais se haviam deslocado devido à Comuna de Paris a residência habitual dos Proust era o n.º 9 do Boulevard Malesherbes. O pai, Adrien, é professor de Medicina, a mãe, Jeanne Weil, herdeira de importante fortuna. Marcel Proust estuda no liceu Condorcet, lê os contemporâneos e tem uma paixão platónica por uma famosa cortesã. Cumpre o serviço militar e conhece Maupassant, Wilde e Barrès quando frequentava já o curso de Direito e Ciências Políticas. Aos 21 anos, participa na formação da revista Le Banquet onde publica os primeiros textos literários. Até aos 37 anos, teve uma vida intelectual e mundana. Escreveu .Les plaisirs et les jours, alguns pastiches de autores que admirava, crónicas sociais e críticas, e deixou inacabado o romance Jean Santeuil, em cujo final surge já a preocupação com o tempo. O desaparecimento da mãe em 1905 não fez sair Proust de uma certa indefinição literária, embora o tenha começado a afastar do mundo a partir de Setembro desse ano entra numa clínica, e depois num hotel de Versailles, de onde sai para se enclausurar num quarto do Boulevard Haussmann, entre fumigações e narcóticos. Em 1908, começa a escrever Contre Sainte-Beuve, uma obra hesitando entre o ensaio e o romance, amálgama de fragmentos de estética literária, cenas, diálogos e personagens, alguns deles retomados mais tarde. No entanto, alguma coisa do que faria a originalidade de Em Busca do Tempo Perdido, surge já na importância atribuída à recordação involuntária suscitada pelo pão mergulhado no chá, ou por um pátio irregular, arrancando ao esquecimento «essa pura substância de nós que é uma impressão passada». Mas entre a recusa do manuscrito de Contre Sainte-Beuve em meados de 1909 e a publicação de Do Lado de Swann quatro anos mais tarde, algo de fundamental se passa. Em finais de 1909, Proust retira-se da vida social, a sua caligrafia transforma-se, enovelando-se em correcções sucessivas, os cadernos acumulam-se, e ele próprio sente que está a criar um grande romance que vai disputar à morte, que chegaria em Novembro de 1922. O resultado são os sucessivos volumes de Em Busca do Tempo Perdido, agora em português numa tradução do poeta Pedro Tamen. -
Em Busca do Tempo Perdido IVMarcel Proust nasceu em Auteuil, a 10 de Julho de 1871, para onde seus pais se haviam deslocado devido à Comuna de Paris a residência habitual dos Proust era o n.º 9 do Boulevard Malesherbes. O pai, Adrien, é professor de Medicina, a mãe, Jeanne Weil, herdeira de importante fortuna. Marcel Proust estuda no liceu Condorcet, lê os contemporâneos e tem uma paixão platónica por uma famosa cortesã. Cumpre o serviço militar e conhece Maupassant, Wilde e Barrès quando frequentava já o curso de Direito e Ciências Políticas. Aos 21 anos, participa na formação da revista Le Banquet onde publica os primeiros textos literários. Até aos 37 anos, teve uma vida intelectual e mundana. Escreveu .Les plaisirs et les jours, alguns pastiches de autores que admirava, crónicas sociais e críticas, e deixou inacabado o romance Jean Santeuil, em cujo final surge já a preocupação com o tempo. O desaparecimento da mãe em 1905 não fez sair Proust de uma certa indefinição literária, embora o tenha começado a afastar do mundo a partir de Setembro desse ano entra numa clínica, e depois num hotel de Versailles, de onde sai para se enclausurar num quarto do Boulevard Haussmann, entre fumigações e narcóticos. Em 1908, começa a escrever Contre Sainte-Beuve, uma obra hesitando entre o ensaio e o romance, amálgama de fragmentos de estética literária, cenas, diálogos e personagens, alguns deles retomados mais tarde. No entanto, alguma coisa do que faria a originalidade de Em Busca do Tempo Perdido, surge já na importância atribuída à recordação involuntária suscitada pelo pão mergulhado no chá, ou por um pátio irregular, arrancando ao esquecimento «essa pura substância de nós que é uma impressão passada». Mas entre a recusa do manuscrito de Contre Sainte-Beuve em meados de 1909 e a publicação de Do Lado de Swann quatro anos mais tarde, algo de fundamental se passa. Em finais de 1909, Proust retira-se da vida social, a sua caligrafia transforma-se, enovelando-se em correcções sucessivas, os cadernos acumulam-se, e ele próprio sente que está a criar um grande romance que vai disputar à morte, que chegaria em Novembro de 1922. O resultado são os sucessivos volumes de Em Busca do Tempo Perdido, agora em português numa tradução do poeta Pedro Tamen. -
Em Busca do Tempo Perdido V - A PrisioneiraMarcel Proust nasceu em Auteuil, a 10 de Julho de 1871, para onde seus pais se haviam deslocado devido à Comuna de Paris a residência habitual dos Proust era o n.º 9 do Boulevard Malesherbes. O pai, Adrien, é professor de Medicina, a mãe, Jeanne Weil, herdeira de importante fortuna. Marcel Proust estuda no liceu Condorcet, lê os contemporâneos e tem uma paixão platónica por uma famosa cortesã. Cumpre o serviço militar e conhece Maupassant, Wilde e Barrès quando frequentava já o curso de Direito e Ciências Políticas. Aos 21 anos, participa na formação da revista Le Banquet onde publica os primeiros textos literários. Até aos 37 anos, teve uma vida intelectual e mundana. Escreveu .Les plaisirs et les jours, alguns pastiches de autores que admirava, crónicas sociais e críticas, e deixou inacabado o romance Jean Santeuil, em cujo final surge já a preocupação com o tempo. O desaparecimento da mãe em 1905 não fez sair Proust de uma certa indefinição literária, embora o tenha começado a afastar do mundo a partir de Setembro desse ano entra numa clínica, e depois num hotel de Versailles, de onde sai para se enclausurar num quarto do Boulevard Haussmann, entre fumigações e narcóticos. Em 1908, começa a escrever Contre Sainte-Beuve, uma obra hesitando entre o ensaio e o romance, amálgama de fragmentos de estética literária, cenas, diálogos e personagens, alguns deles retomados mais tarde. No entanto, alguma coisa do que faria a originalidade de Em Busca do Tempo Perdido, surge já na importância atribuída à recordação involuntária suscitada pelo pão mergulhado no chá, ou por um pátio irregular, arrancando ao esquecimento «essa pura substância de nós que é uma impressão passada». Mas entre a recusa do manuscrito de Contre Sainte-Beuve em meados de 1909 e a publicação de Do Lado de Swann quatro anos mais tarde, algo de fundamental se passa. Em finais de 1909, Proust retira-se da vida social, a sua caligrafia transforma-se, enovelando-se em correcções sucessivas, os cadernos acumulam-se, e ele próprio sente que está a criar um grande romance que vai disputar à morte, que chegaria em Novembro de 1922. O resultado são os sucessivos volumes de Em Busca do Tempo Perdido, agora em português numa tradução do poeta Pedro Tamen. -
Em Busca do Tempo Perdido VI - A FugitivaMarcel Proust nasceu em Auteuil, a 10 de Julho de 1871, para onde seus pais se haviam deslocado devido à Comuna de Paris a residência habitual dos Proust era o n.º 9 do Boulevard Malesherbes. O pai, Adrien, é professor de Medicina, a mãe, Jeanne Weil, herdeira de importante fortuna. Marcel Proust estuda no liceu Condorcet, lê os contemporâneos e tem uma paixão platónica por uma famosa cortesã. Cumpre o serviço militar e conhece Maupassant, Wilde e Barrès quando frequentava já o curso de Direito e Ciências Políticas. Aos 21 anos, participa na formação da revista Le Banquet onde publica os primeiros textos literários. Até aos 37 anos, teve uma vida intelectual e mundana. Escreveu .Les plaisirs et les jours, alguns pastiches de autores que admirava, crónicas sociais e críticas, e deixou inacabado o romance Jean Santeuil, em cujo final surge já a preocupação com o tempo. O desaparecimento da mãe em 1905 não fez sair Proust de uma certa indefinição literária, embora o tenha começado a afastar do mundo a partir de Setembro desse ano entra numa clínica, e depois num hotel de Versailles, de onde sai para se enclausurar num quarto do Boulevard Haussmann, entre fumigações e narcóticos. Em 1908, começa a escrever Contre Sainte-Beuve, uma obra hesitando entre o ensaio e o romance, amálgama de fragmentos de estética literária, cenas, diálogos e personagens, alguns deles retomados mais tarde. No entanto, alguma coisa do que faria a originalidade de Em Busca do Tempo Perdido, surge já na importância atribuída à recordação involuntária suscitada pelo pão mergulhado no chá, ou por um pátio irregular, arrancando ao esquecimento «essa pura substância de nós que é uma impressão passada». Mas entre a recusa do manuscrito de Contre Sainte-Beuve em meados de 1909 e a publicação de Do Lado de Swann quatro anos mais tarde, algo de fundamental se passa. Em finais de 1909, Proust retira-se da vida social, a sua caligrafia transforma-se, enovelando-se em correcções sucessivas, os cadernos acumulam-se, e ele próprio sente que está a criar um grande romance que vai disputar à morte, que chegaria em Novembro de 1922. O resultado são os sucessivos volumes de Em Busca do Tempo Perdido, agora em português numa tradução do poeta Pedro Tamen.
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Vemo-nos em AgostoTodos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva até à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo. Estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano.Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsa e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para o interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração.Escrito no estilo inconfundível e fascinante de García Márquez, Vemo-nos em Agosto é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino. Um presente inesperado de um dos melhores escritores que o mundo já conheceu. A tradução é de J. Teixeira de Aguilar. -
Deus na EscuridãoEste livro explora a ideia de que amar é sempre um sentimento que se exerce na escuridão. Uma aposta sem garantia que se pode tornar absoluta. A dúvida está em saber se os irmãos podem amar como as mães que, por sua vez, amam como Deus. -
O ColecionadorNo mais recente e trepidante thriller de Daniel Silva, autor n.º 1 da lista dos mais vendidos do The New York Times, Gabriel Allon embarca na busca de um quadro roubado de Vermeer e descobre uma conspiração que poderia levar o mundo à beira do Armagedão nuclear.Na manhã seguinte à gala anual da Venice Preservation Society, Gabriel Allon, restaurador de quadros e espião lendário, entra no seu bar preferido da ilha de Murano e aí encontra o general Cesare Ferrari, comandante da Brigada de Arte, que aguarda, ansioso, a sua chegada. Os carabinieri tinham feito uma descoberta assombrosa na villa amalfitana de um magnata sul-africano morto em circunstâncias suspeitas: uma câmara acouraçada secreta que continha uma moldura e um esticador vazios cujas dimensões coincidiam com as do quadro desaparecido mais valioso do mundo. O general Ferrari pede a Gabriel para encontrar discretamente a obra-prima antes que o seu rasto se volte a perder. - Esse não é o vosso trabalho?- Encontrar quadros roubados? Teoricamente, sim. Mas o Gabriel é muito melhor a fazê-lo do que nós.O quadro em questão é O concerto de Johannes Vermeer, uma das treze obras roubadas do Museu Isabella Stewart Gardner de Boston, em 1990. Com a ajuda de uma aliada inesperada, uma bela hacker e ladra profissional dinamarquesa, Gabriel não demora a descobrir que o roubo do quadro faz parte de uma tramoia ilegal de milhares de milhões de dólares na qual está implicado um indivíduo cujo nome de código é «o colecionador», um executivo da indústria energética estreitamente vinculado às altas esferas do poder na Rússia. O quadro desaparecido é o eixo de um complô que, caso seja bem-sucedido, poderia submeter o mundo a um conflito de proporções apocalípticas. Para o desmantelar, Gabriel terá de perpetrar um golpe de extrema audácia enquanto milhões de vidas estão presas por um fio. -
O EscritórioDawn Schiff é uma mulher estranha. Pelo menos, é o que toda a gente pensa na Vixed, a empresa de suplementos nutricionais onde trabalha como contabilista. Dawn nunca diz a coisa certa. Não tem amigos. E senta-se todos os dias à secretária, para trabalhar, precisamente às 8h45 da manhã.Talvez seja por isso que, certa manhã, quando Dawn não aparece para trabalhar, a sua colega Natalie Farrell – bonita, popular e a melhor vendedora da empresa há cinco anos consecutivos – se surpreenda. E mais ainda quando o telefone de Dawn toca e alguém do outro lado da linha diz apenas «Socorro».Aquele telefonema alterou tudo… afinal, nada liga tanto duas pessoas como partilhar um segredo. E agora Natalie está irrevogavelmente ligada a Dawn e vê-se envolvida num jogo do gato e do rato. Parece que Dawn não era simplesmente uma pessoa estranha, antissocial e desajeitada, mas estava a ser perseguida por alguém próximo.À medida que o mistério se adensa, Natalie não consegue deixar de se questionar: afinal, quem é a verdadeira vítima? Mas uma coisa é clara: alguém odiava Dawn Schiff. O suficiente para a matar.«NÃO COMECE UM LIVRO DE FREIDA McFADDEN A ALTAS HORAS DA NOITE.NÃO O VAI CONSEGUIR LARGAR!» AMAZON«O ESCRITÓRIO É UM THRILLER TENSO E VICIANTE DA AUTORA MAIS ADORADA DO MOMENTO.» GOODREADS -
Os Meus Dias na Livraria MorisakiEsta é uma história em que a magia dos livros, a paixão pelas coisas simples e belas e a elegância japonesa se unem para nos tocar a alma e o coração.Estamos em Jimbocho, o bairro das livrarias de Tóquio, um paraíso para leitores. Aqui, o tempo não se mede da mesma maneira e a tranquilidade contrasta com o bulício do metro, ali ao lado, e com os desmesurados prédios modernos que traçam linhas retas no céu.Mas há quem não conheça este bairro. Takako, uma rapariga de 25 anos, com uma existência um pouco cinzenta, sabe onde fica, mas raramente vem aqui. Porém, é em Jimbocho que fica a livraria Morisaki, que está na família há três gerações: um espaço pequenino, num antigo prédio de madeira. Estamos assim apresentados ao reino de Satoru, o excêntrico tio de Takako. Satoru é o oposto de Takako, que, desde que o rapaz por quem estava apaixonada lhe disse que iria casar com outra pessoa, não sai de casa.É então que o tio lhe oferece o primeiro andar da Morisaki para morar. Takako, que lê tão pouco, vê-se de repente a viver entre periclitantes pilhas de livros, a ter de falar com clientes que lhe fazem perguntas insólitas. Entre conversas cada vez mais apaixonadas sobre literatura, um encontro num café com um rapaz tão estranho quanto tímido e inesperadas revelações sobre a história de amor de Satoru, aos poucos, Takako descobre uma forma de falar e de estar com os outros que começa nos livros para chegar ao coração. Uma forma de viver mais pura, autêntica e profundamente íntima, que deixa para trás os medos do confronto e da desilusão. -
ManiacMANIAC é uma obra de ficção baseada em factos reais que tem como protagonista John von Neumann, matemático húngaro nacionalizado norte-americano que lançou as bases da computação. Von Neumann esteve ligado ao Projeto Manhattan e foi considerado um dos investigadores mais brilhantes do século XX, capaz de antecipar muitas das perguntas fundamentais do século XXI. MANIAC pode ser lido como um relato dos mitos fundadores da tecnologia moderna, mas escrito com o ritmo de um thriller. Labatut é um escritor para quem “a literatura é um trabalho do espírito e não do cérebro”. Por isso, em MANIAC convergem a irracionalidade do misticismo e a racionalidade própria da ciência -
Uma Noite na Livraria Morisaki - Os meus Dias na Livraria Morisaki 2Sim, devemos regressar onde fomos felizes. E à livraria Morisaki, lugar de histórias únicas, voltamos com Takako, para descobrir um dos romances japoneses mais mágicos do ano.Estamos novamente em Tóquio, mais concretamente em Jimbocho, o bairro das livrarias, onde os leitores encontram o paraíso. Entre elas está a livraria Morisaki, um negócio familiar cuja especialidade é literatura japonesa contemporânea, há anos gerida por Satoru, e mais recentemente com a ajuda da mulher, Momoko. Além do casal, a sobrinha Takako é presença regular na Morisaki, e é ela quem vai tomar conta da livraria quando os tios seguem numa viagem romântica oferecida pela jovem, por ocasião do aniversário de casamento.Como já tinha acontecido, Takako instala-se no primeiro andar da livraria e mergulha, instantaneamente, naquele ambiente mágico, onde os clientes são especiais e as pilhas de livros formam uma espécie de barreira contra as coisas menos boas do mundo. Takako está entusiasmada, como há muito não se sentia, mas… porque está o tio, Satoru, a agir de forma tão estranha? E quem é aquela mulher que continua a ver, repetidamente, no café ao lado da livraria?Regressemos à livraria Morisaki, onde a beleza, a simplicidade e as surpresas estão longe, bem longe de acabar. -
Uma Brancura LuminosaUm homem conduz sem destino. Ao acaso, vira à direita e à esquerda até que chega ao final da estrada na orla da floresta e o seu carro fica atolado. Pouco depois começa a escurecer e a nevar. O homem sai do carro e, em vez de ir à procura de alguém que o ajude, aventura-se insensatamente na floresta escura, debaixo de um céu negro e sem estrelas. Perde-se, quase morre de frio e de cansaço, envolto numa impenetrável escuridão. É então que surge, de repente, uma luz.Uma Brancura Luminosa é a mais recente obra de ficção de Jon Fosse, Prémio Nobel de Literatura de 2023. Uma história breve, estranhamente sublime e bela, sobre a existência, a memória e o divino, escrita numa forma literária única capaz de assombrar e comover.Tradução do norueguês de Liliete Martins.Os elogios da crítica:«Uma introdução perfeita à obra de Jon Fosse.» The Telegraph«Inquietante e lírico, este pequeno livro é uma introdução adequadamente enigmática à obra de Fosse e um bom ponto de partida para se enfrentar os seus romances mais vastos e experimentais.» Financial Times - Livro do Ano 2023«Uma Brancura Luminosa é, muito simplesmente, grande literatura.» Dagbladet