Em Nome de Meu Pai
Existem várias obras sobre o Estado Novo focando o funcionamento da ditadura bem como a violência que a PIDE exerceu durante décadas sobre os opositores. A Revolução de 1974 acabou com o regime e também com a acção da polícia política. Alguns agentes foram detidos e mais tarde julgados. Mas a Revolução não acabou com as recordações do sofrimento de quase 29 mil prisioneiros que se foram revezando nas masmorras do regime, tal como não cortou com as memórias dos descendentes quer das vítimas, quer dos 3000 torcionários, assim como de cerca de 20 mil informadores.
Em Nome de Meu Pai é uma obra de ficção, embora apoiada em factos respeitantes à ditadura que estão bem documentados e que abordam diversos temas. Tamareira é um apelido raro. Foi escolhido porque o tema ficcional é um assunto restrito, fala dos descendentes de ambos os lados e daquilo que eles poderiam ter sentido ao longo das décadas já decorridas. Duas gerações passaram sobre o colapso do Estado Novo. Para os recém-chegados, o passado irá aos poucos perder o seu significado, sobretudo para os nascidos no presente século. Têm legitimamente outras preocupações, vivendo num país que tem pouco a ver com o Portugal da ditadura. Se, por um lado, essas preocupações são pertinentes, por outro, a nossa memória colectiva, enquanto povo, deverá chegar até elas, pois o conhecimento do que sucedeu é essencial para que os momentos mais sombrios não se repitam.
| Editora | Althum |
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| Categorias | |
| Editora | Althum |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Rui Sobral de Campos |
Rui Sobral de Campos é médico anestesista com competência em medicina da dor.
Trabalhou em hospitais públicos e privados da área da Grande Lisboa.
A Família Fariica em São Domingos é o segundo livro de Rui Sobral de Campos.
Em julho de 2017 foi editado, pela Althum.com, O Mágico da Lua.
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A Família Farrica Em São DomingosQuando, em 1854, o piemontês Nicolau Biava, vindo de Espanha, onde se dedicava à exploração mineira, inspecionou a Serra de São Domingos, encontrou uma terra de cor avermelhada, mais tarde denominada chapéu de ferro, denunciadora da existência de minérios, facto que era do conhecimento dos romanos, que 2000 anos antes já tinham explorado a mina.) Nas visitas que efetuei às ruínas da mina de São Domingos impressionou-me, desde sempre, o grau de abandono e desolação do montão de pedras que em tempos constituíram partes de construções com fim útil para quem trabalhava na mina. Ao falar de São Domingos estamos a referir aquela que foi a maior exploração de pirites e cobre em Portugal e uma das maiores da Península Ibérica durante grande parte do século XX, não esquecendo o seu início, na segunda metade do século XIX. Germinou no meu espírito a ideia de escrever sobre a mina. O ofício de mineiro foi uma profi ssão com tendência de passar de pais para filhos, pelo que criei a ficção de uma família de trabalhadores, iniciada pouco depois de Nicolau Biava fazer renascer a mina que estava silenciosa há 2000 anos. O nome da família foi recuperado de um conto que há mais de 50 anos publiquei no Suplemento Juvenil do Diário de Lisboa. Mas 150 anos de história mineira, mesmo fi ccionada, não existem desligados da verdadeira História da mina nem do País. São Domingos iniciou-se no tempo de D. Pedro V, viu as últimas décadas da monarquia, inseriu-se na conturbada Primeira República, sofreu com a Grande Guerra, viveu e morreu no Estado Novo. -
Em Nome de Meu PaiExistem várias obras sobre o Estado Novo focando o funcionamento da ditadura bem como a violência que a PIDE exerceu durante décadas sobre os opositores. A Revolução de 1974 acabou com o regime e também com a acção da polícia política. Alguns agentes foram detidos e mais tarde julgados. Mas a Revolução não acabou com as recordações do sofrimento de quase 29 mil prisioneiros que se foram revezando nas masmorras do regime, tal como não cortou com as memórias dos descendentes quer das vítimas, quer dos 3000 torcionários, assim como de cerca de 20 mil informadores.Em Nome de Meu Pai é uma obra de ficção, embora apoiada em factos respeitantes à ditadura que estão bem documentados e que abordam diversos temas. Tamareira é um apelido raro. Foi escolhido porque o tema ficcional é um assunto restrito, fala dos descendentes de ambos os lados e daquilo que eles poderiam ter sentido ao longo das décadas já decorridas. Duas gerações passaram sobre o colapso do Estado Novo. Para os recém-chegados, o passado irá aos poucos perder o seu significado, sobretudo para os nascidos no presente século. Têm legitimamente outras preocupações, vivendo num país que tem pouco a ver com o Portugal da ditadura. Se, por um lado, essas preocupações são pertinentes, por outro, a nossa memória colectiva, enquanto povo, deverá chegar até elas, pois o conhecimento do que sucedeu é essencial para que os momentos mais sombrios não se repitam. -
A Informadora - Crónica de Anos SombriosCrónicas de anos sombrios é um romance histórico que narra a vida da ambiciosa Ivone em pleno Estado Novo, regime político cruel e ditatorial que vigorou em Portugal durante 48 anos, desde o golpe militar de 28 de maio de 1926, conhecido como Ditadura Militar, passando pelo repressor Estado Novo, que surgiu com aprovação da constituição de 1933, até a Revolução de 25 de Abril de 1974, que restabeleceu a democracia. Ivone , filha de pais merceeiros, era a mais nova de três irmãs. As duas mais velhas, sem grandes ambições, tinham instrução primária. Ivone, que estudara até o quinto ano do liceu, mantinha o sares de superioridade e julgava-se merecedora de uma ocupação melhor do que a tender os clientes na mercearia dos pais. Com a cabeça cheia de sonhos, fruto das suas leituras triviais,imaginava-se noiva e esposa de um famoso advogado comum belo automóvel e vivenda no Estoril. Assim era a onírica Ivone quando foi contratada como secretária num escritório de advogados. A partir daí, o objetivo dela passou a ser conquistar o jovem advogado Eduardo ,casado e com dois filhos. Repleta de ambições e expetativas, em meio às investidas, cada vez mais audaciosas, no Eduardo, Ivone começou a cooperar como Estado Novo como informadora, relatando tudo o que se passava no escritório. -
A Herdade do MochoA Herdade do Mocho é uma obra de ficção, mas que retrata de forma realista o nascimento e a expansão de uma Herdade situada numa das zonas mais pobres e secas do Alentejo. A Herdade do Mocho vai crescendo ao longo das gerações de uma família, sobrevivendo aos infortúnios quer das personagens, quer do tempo ou dos regimes políticos. A obra está repleta de personagens fortes, cativantes, bem construídas, que vão passando o legado da Herdade ao longo das gerações; todas acabam por ter um papel importante nas decisões que levam ao crescimento da Herdade e da sua manutenção na família.O autor não se limita a contar a edificação da Herdade do Mocho, nem tão pouco as aventuras e desventuras dos vários familiares dos proprietários da Herdade, faz também uma reflexão sobre várias temáticas importantes, tais como o racismo, a homossexualidade, relações incestuosas, a mulher forte e determinada, a comunidade cigana existente no Alentejo e toda a população pobre, sem recursos e analfabeta, do Alentejo. Ao mergulhar nestas páginas, o leitor irá conhecer as várias gerações da família que habitaram a Herdade do Mocho e fará uma viagem pela História de Portugal (social, económica e política). No final, ficará tentado a percorrer o Alentejo em busca desta Herdade, querendo entrar dentro das suas portas ansiando encontrar alguma das suas personagens.
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Vemo-nos em AgostoTodos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva até à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo. Estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano.Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsa e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para o interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração.Escrito no estilo inconfundível e fascinante de García Márquez, Vemo-nos em Agosto é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino. Um presente inesperado de um dos melhores escritores que o mundo já conheceu. A tradução é de J. Teixeira de Aguilar. -
Deus na EscuridãoEste livro explora a ideia de que amar é sempre um sentimento que se exerce na escuridão. Uma aposta sem garantia que se pode tornar absoluta. A dúvida está em saber se os irmãos podem amar como as mães que, por sua vez, amam como Deus. -
O ColecionadorNo mais recente e trepidante thriller de Daniel Silva, autor n.º 1 da lista dos mais vendidos do The New York Times, Gabriel Allon embarca na busca de um quadro roubado de Vermeer e descobre uma conspiração que poderia levar o mundo à beira do Armagedão nuclear.Na manhã seguinte à gala anual da Venice Preservation Society, Gabriel Allon, restaurador de quadros e espião lendário, entra no seu bar preferido da ilha de Murano e aí encontra o general Cesare Ferrari, comandante da Brigada de Arte, que aguarda, ansioso, a sua chegada. Os carabinieri tinham feito uma descoberta assombrosa na villa amalfitana de um magnata sul-africano morto em circunstâncias suspeitas: uma câmara acouraçada secreta que continha uma moldura e um esticador vazios cujas dimensões coincidiam com as do quadro desaparecido mais valioso do mundo. O general Ferrari pede a Gabriel para encontrar discretamente a obra-prima antes que o seu rasto se volte a perder. - Esse não é o vosso trabalho?- Encontrar quadros roubados? Teoricamente, sim. Mas o Gabriel é muito melhor a fazê-lo do que nós.O quadro em questão é O concerto de Johannes Vermeer, uma das treze obras roubadas do Museu Isabella Stewart Gardner de Boston, em 1990. Com a ajuda de uma aliada inesperada, uma bela hacker e ladra profissional dinamarquesa, Gabriel não demora a descobrir que o roubo do quadro faz parte de uma tramoia ilegal de milhares de milhões de dólares na qual está implicado um indivíduo cujo nome de código é «o colecionador», um executivo da indústria energética estreitamente vinculado às altas esferas do poder na Rússia. O quadro desaparecido é o eixo de um complô que, caso seja bem-sucedido, poderia submeter o mundo a um conflito de proporções apocalípticas. Para o desmantelar, Gabriel terá de perpetrar um golpe de extrema audácia enquanto milhões de vidas estão presas por um fio. -
O EscritórioDawn Schiff é uma mulher estranha. Pelo menos, é o que toda a gente pensa na Vixed, a empresa de suplementos nutricionais onde trabalha como contabilista. Dawn nunca diz a coisa certa. Não tem amigos. E senta-se todos os dias à secretária, para trabalhar, precisamente às 8h45 da manhã.Talvez seja por isso que, certa manhã, quando Dawn não aparece para trabalhar, a sua colega Natalie Farrell – bonita, popular e a melhor vendedora da empresa há cinco anos consecutivos – se surpreenda. E mais ainda quando o telefone de Dawn toca e alguém do outro lado da linha diz apenas «Socorro».Aquele telefonema alterou tudo… afinal, nada liga tanto duas pessoas como partilhar um segredo. E agora Natalie está irrevogavelmente ligada a Dawn e vê-se envolvida num jogo do gato e do rato. Parece que Dawn não era simplesmente uma pessoa estranha, antissocial e desajeitada, mas estava a ser perseguida por alguém próximo.À medida que o mistério se adensa, Natalie não consegue deixar de se questionar: afinal, quem é a verdadeira vítima? Mas uma coisa é clara: alguém odiava Dawn Schiff. O suficiente para a matar.«NÃO COMECE UM LIVRO DE FREIDA McFADDEN A ALTAS HORAS DA NOITE.NÃO O VAI CONSEGUIR LARGAR!» AMAZON«O ESCRITÓRIO É UM THRILLER TENSO E VICIANTE DA AUTORA MAIS ADORADA DO MOMENTO.» GOODREADS -
Os Meus Dias na Livraria MorisakiEsta é uma história em que a magia dos livros, a paixão pelas coisas simples e belas e a elegância japonesa se unem para nos tocar a alma e o coração.Estamos em Jimbocho, o bairro das livrarias de Tóquio, um paraíso para leitores. Aqui, o tempo não se mede da mesma maneira e a tranquilidade contrasta com o bulício do metro, ali ao lado, e com os desmesurados prédios modernos que traçam linhas retas no céu.Mas há quem não conheça este bairro. Takako, uma rapariga de 25 anos, com uma existência um pouco cinzenta, sabe onde fica, mas raramente vem aqui. Porém, é em Jimbocho que fica a livraria Morisaki, que está na família há três gerações: um espaço pequenino, num antigo prédio de madeira. Estamos assim apresentados ao reino de Satoru, o excêntrico tio de Takako. Satoru é o oposto de Takako, que, desde que o rapaz por quem estava apaixonada lhe disse que iria casar com outra pessoa, não sai de casa.É então que o tio lhe oferece o primeiro andar da Morisaki para morar. Takako, que lê tão pouco, vê-se de repente a viver entre periclitantes pilhas de livros, a ter de falar com clientes que lhe fazem perguntas insólitas. Entre conversas cada vez mais apaixonadas sobre literatura, um encontro num café com um rapaz tão estranho quanto tímido e inesperadas revelações sobre a história de amor de Satoru, aos poucos, Takako descobre uma forma de falar e de estar com os outros que começa nos livros para chegar ao coração. Uma forma de viver mais pura, autêntica e profundamente íntima, que deixa para trás os medos do confronto e da desilusão. -
ManiacMANIAC é uma obra de ficção baseada em factos reais que tem como protagonista John von Neumann, matemático húngaro nacionalizado norte-americano que lançou as bases da computação. Von Neumann esteve ligado ao Projeto Manhattan e foi considerado um dos investigadores mais brilhantes do século XX, capaz de antecipar muitas das perguntas fundamentais do século XXI. MANIAC pode ser lido como um relato dos mitos fundadores da tecnologia moderna, mas escrito com o ritmo de um thriller. Labatut é um escritor para quem “a literatura é um trabalho do espírito e não do cérebro”. Por isso, em MANIAC convergem a irracionalidade do misticismo e a racionalidade própria da ciência -
Uma Noite na Livraria Morisaki - Os meus Dias na Livraria Morisaki 2Sim, devemos regressar onde fomos felizes. E à livraria Morisaki, lugar de histórias únicas, voltamos com Takako, para descobrir um dos romances japoneses mais mágicos do ano.Estamos novamente em Tóquio, mais concretamente em Jimbocho, o bairro das livrarias, onde os leitores encontram o paraíso. Entre elas está a livraria Morisaki, um negócio familiar cuja especialidade é literatura japonesa contemporânea, há anos gerida por Satoru, e mais recentemente com a ajuda da mulher, Momoko. Além do casal, a sobrinha Takako é presença regular na Morisaki, e é ela quem vai tomar conta da livraria quando os tios seguem numa viagem romântica oferecida pela jovem, por ocasião do aniversário de casamento.Como já tinha acontecido, Takako instala-se no primeiro andar da livraria e mergulha, instantaneamente, naquele ambiente mágico, onde os clientes são especiais e as pilhas de livros formam uma espécie de barreira contra as coisas menos boas do mundo. Takako está entusiasmada, como há muito não se sentia, mas… porque está o tio, Satoru, a agir de forma tão estranha? E quem é aquela mulher que continua a ver, repetidamente, no café ao lado da livraria?Regressemos à livraria Morisaki, onde a beleza, a simplicidade e as surpresas estão longe, bem longe de acabar. -
Uma Brancura LuminosaUm homem conduz sem destino. Ao acaso, vira à direita e à esquerda até que chega ao final da estrada na orla da floresta e o seu carro fica atolado. Pouco depois começa a escurecer e a nevar. O homem sai do carro e, em vez de ir à procura de alguém que o ajude, aventura-se insensatamente na floresta escura, debaixo de um céu negro e sem estrelas. Perde-se, quase morre de frio e de cansaço, envolto numa impenetrável escuridão. É então que surge, de repente, uma luz.Uma Brancura Luminosa é a mais recente obra de ficção de Jon Fosse, Prémio Nobel de Literatura de 2023. Uma história breve, estranhamente sublime e bela, sobre a existência, a memória e o divino, escrita numa forma literária única capaz de assombrar e comover.Tradução do norueguês de Liliete Martins.Os elogios da crítica:«Uma introdução perfeita à obra de Jon Fosse.» The Telegraph«Inquietante e lírico, este pequeno livro é uma introdução adequadamente enigmática à obra de Fosse e um bom ponto de partida para se enfrentar os seus romances mais vastos e experimentais.» Financial Times - Livro do Ano 2023«Uma Brancura Luminosa é, muito simplesmente, grande literatura.» Dagbladet