Fátima no Mundo

O brilho dos seus olhos tinha-a marcado para sempre. Cecília era casada com um homem que não amava, era herdeira do império financeiro Mendes Silva que se estendia até Angola e, sabia que a agitação política que se vivia em Portugal, depois da revolução do 25 de Abril de 1974, ameaçava fazer ruir o mundo em que vivia. Manuel Arouca traz-nos a história dos Exilados, dos muitos portugueses que se viram obrigados a abandonar Portugal, com destino ao Brasil, depois de verem nacionalizados os seus negócios, as suas contas bancárias congeladas e as suas casas ocupadas, com a Revolução dos Cravos. Ali encontraram um porto de abrigo, um país novo, com costumes diferentes, onde, do zero, tiveram de reconstruir as suas vidas. Quando desembarcou no Rio de Janeiro Cecília sabia que o futuro dos Mendes Silva estava nas suas mãos. Era ela que teria de recomeçar do nada. Mas entre a tentadora praia de Ipanema, o conhecido restaurante do Copacabana Palace, ou a imagem apaziguadora do Cristo Redentor Cecília não conseguia esquecer a imagem daqueles olhos marcados pela tragédia. Tinha de descobrir José, resgatá-lo da sua dor, estender-lhe a mão e, quem sabe, libertar-se das regras sociais que a estrangulavam, de um marido que a traía e a desrespeitava e aprender, de uma vez por todas, a ser feliz.

Filhos da Costa do Sol é uma história de amor e morte, passada nos dias agitados da revolução de Abril. Fala-nos da vida despreocupada e doce da Costa do Estoril, mas também da recusa de uma sociedade fechada e dos seus preconceitos. Filhos da Costa do Sol é o retrato impiedoso de uma geração inquieta mas cheia de romantismo e ideais. Será que tudo se perdeu?Ver por dentro:

Jacinta tem sete anos, e pastora como o irm?o, Francisco, e a prima Lucia. Dos tres, e a mais nova, a mais irrequieta, a mais feliz, doce e tambem caprichosa. Danca para alegrar os dias, os dela e os dos que a rodeiam. Entre o forte carater e a alegria contagiante, esconde-se uma forca maior do que ela. Mas que ainda e segredo. Naquele dia 13, ao sair para o pastoreio, como era habitual, a crianca estava longe de saber o que iria acontecer. Ali, na Cova da Iria, onde tantas vezes brincava, ve, pela primeira vez, Nossa Senhora. A vida desta crianca sera, a partir daquele momento, diferente, tocada pelo transcendente. A menina dos olhos doces ve os seus sentidos apurarem, sente que aquela senhora, t?o bonita, lhe vai mostrar um novo caminho. O da fe e do amor a Deus. Jacinta - A Profecia n?o e so a biografia de um dos tres videntes de Fatima, indo alem dos factos contados ao longo dos tempos. Reconstroi os ambientes, devolve-nos a memoria a vida num pais rural, leva-nos numa viagem atraves da capacidade humana de resistir, sobreviver em nome da fe. Jacinta Marto ofereceu o seu sofrimento pela salvac?o dos pecadores e deixou-nos um exemplo de bondade, humildade e amor. Manuel Arouca reconstroi esta historia, de uma forma profundamente humana, para que nunca nos esquecamos disso.Ver por dentro:

A Irmã Lúcia foi mensageira de Nossa Senhora, que lhe revelou profecias que se vieram a cumprir na totalidade. A última delas mostra de forma apocalíptica as consequências das alterações climatéricas, tão em voga na nossa preocupação nos dias de hoje. Manuel Arouca desenvolveu uma aturada pesquisa e chegou a importantes conclusões, pouco ou nada conhecidas da quase totalidade das pessoas, que transmite de forma ficcionada neste livro.   Uma nova e criativa forma de abordar as aparições de Fátima e os seus segredos e profecias.  

Filhos da Costa do Sol é uma história de amor e morte, passada nos dias agitados da revolução de Abril. Fala-nos da vida despreocupada e doce da Costa do Estoril, mas também da recusa de uma sociedade fechada e dos seus preconceitos. Filhos da Costa do Sol é o retrato impiedoso de uma geração inquieta mas cheia de romantismo e ideais. Será que tudo se perdeu?

Aos 60 anos, Ricardina olha-se ao espelho e sente que deixou a vida passar ao lado. Decidida a aproveitar ao máximo os anos que ainda tem pela frente, junta todo o seu dinheiro numa saca de serapilheira e deixa Fornos de Algodre em direcção a Lisboa. Aos 20 anos, Maria do Carmo está cansada da vida e da forma como esta tem sido madrasta para si. Deseja mudar mas não têm ânimo nem o apoio de ninguém para o fazer. No bairro lisboeta de Alfama, Ricardina e Maria do Carmo vão-se conhecer. Tudo o que desejam é uma oportunidade de começar de novo. Quando a família Rossi entra nas suas vidas, acreditam que isso será possível. Mas será mesmo?

Uma família normal em que o pai, um liberal dos anos sessenta, resolve dar haxe ao filho e fumar com ele, convencido de que assim o "solta" mais porque o filho é um marrão muito atado com as raparigas. O resultado é que, a partir daí, a vida do filho vai por água abaixo, arrastando com ele toda a família. No livro fica a perceber-se que o haxe contém hoje em dia substâncias muito mais viciantes do que antigamente, ou seja, já não é apenas uma droga recreativa. Haxe, cujos capítulos parecem dividir-se em sequências, foi escrito com o realismo e a rapidez de acção próprias do cinema; as personagens parecem saltar do papel e encarnar ao nosso lado, conseguimos sentir-lhes tanto o cheiro como o desespero. Ao ler o livro, o leitor poderá respirar fundo nalguns momentos de humor e de ternura, mas a vertiginosa metamorfose dos heróis em anti-heróis deixá-lo-á sem fôlego. No entanto, esta é acima de tudo uma história para dar que pensar: por ser baseada em factos verídicos, por fazer vacilar os alicerces de algumas crenças liberalizantes e por denunciar as posturas geracionais que não resistem aos dias de hoje.

Após ter sido agraciado com a visão do Manto de Nossa Senhora, quando rezava em Fátima, o padre Paulo nunca mais será o mesmo. Uma história explosiva; uma empolgante caminhada de fé e devoção que tem a oposição dos grandes poderes económicos, políticos e religiosos. Uma conspiração das mais altas esferas da sociedade, reunidas para abafarem uma revelação que poderá mudar a história da humanidade. Manuel Arouca cria a que será, talvez, a sua melhor galeria de personagens. E revela-nos, também, o imenso amor que há nos nossos corações. É um grito de esperança!  Quem sabe, estará neste romance a pista para o terceiro segredo de Fátima.

O 25 de Abril de 1974 foi a época dos primeiros Filhos da Costa do Sol. Quarenta anos depois, Manuel Arouca dá continuidade às personagens dessa louca geração dos anos 70. Onde estão elas agora? Quem são, como vivem, o que sonham os seus filhos? Um livro que traça um retrato em sangue e alma de uma sociedade que voltou a ser poderosa e influente, a par do confronto de gerações e de uma grande história de amor. Um grande, grande livro, com uma autenticidade, uma força narrativa incomum, uma verdade impiedosamente revelada, que toca profunda e inesquecivelmente o leitor.

Tiago tem 18 anos e quer ser executivo. A Rita tem cara de actriz de cinema. O Joaquim usa óculos com aros redondos e é muito inteligente. A Filipa é loira e tem olhos atrevidos. O Eduardo curte a Joana e a Mónica gosta do Eduardo.Entre o Estoril e o Algarve, restaurantes e boîtes da moda, cocaína, charros e copos, Tiago e os amigos vivem a vida num fôlego.