Gaivotas em Terra
«Comigo, tinha-se dado, ao mesmo tempo, o surgimento do amor; com ela, não. Porquê? Aqui é que está o grande mistério.»
Quatro novelas lisboetas, quatro histórias em tempos e ambientes diversos da cidade. Gaivotas em Terra (1959) foi a primeira obra de ficção de David Mourão-Ferreira, que se revelou exímio na arte da narrativa curta, logo galardoada com o Prémio Ricardo Malheiros. Estes textos, imediatamente aplaudidos — Urbano Tavares Rodrigues saudou um mestre da técnica novelesca —, comunicam entre si, com personagens reencontradas em várias novelas, e desenvolvem-se como um grande romance sobre a capital. Gaivotas em Terra continua a prender-nos nas suas histórias de amor e desamor, numa certa percepção da realidade portuguesa e da História com maiúscula (Maria Lúcia Lepecki) e a deixar-nos, nas palavras de Bruno Vieira Amaral, posfaciador desta edição, súbditos do império do desejo.
| Editora | Assírio & Alvim |
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| Categorias | |
| Editora | Assírio & Alvim |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | David Mourão-Ferreira |
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Nos Passos de PessoaFernando Pessoa e o Amor. Fernando Pessoa e as suas tácticas de publicação. Fernando Pessoa e a despersonalizante tradição portuguesa do bucolismo. Fernando Pessoa, o Labirinto e o mito de Dédalo. A criação heteronímica de Fernando Pessoa em confronto com a de Valery Larbaud. A possibilidade de se ler Camões à luz do caso de Fernando Pessoa. Estes, alguns dos temas dos nove ensaios aqui reunidos e escritos ao longo de quatro décadas por David Mourão-Ferreira, professor da Faculdade de Letras de Lisboa e director da revista Colóquio/Letras, cujas obras - o romance Um Amor Feliz e os poemas de O Corpo Iluminado (com desenhos de Francisco Simões) - também constituíram lançamentos da Editorial Presença. -
Sob o Mesmo TectoCesário Verde, M. Teixeira-Gomes, António Patrício, António Sérgio, Jaime Cortesão, Aquilino Ribeiro, José de Almada Negreiros, Gilberto Freyre, José Rodrigues Miguéis, Vitorino Nemésio: estes os dez autores de língua portuguesa que - sob o mesmo tecto de uma unidade linguística, temporal e afectiva - diferentemente aparecem iluminados ao longo dos dezasseis estudos do presente livro de David Mourão-Ferreira, onde se encontram, mais amadurecidamente representadas do que nunca, as diversas faces do seu autor como scholar e ensaísta. -
Um Amor Feliz«...a maravilha que deve ser escrever um livro: a invenção dentro da memória; a memória dentro da invenção; e toda essa cavalgada de uma grande fuga, todo esse prodígio de umas poligâmicas núpcias, secretas e arrebatadas, com a feminina multidão das palavras (...)». David Mourão-Ferreira é um dos nomes de referência ao longo das mutações literárias do século XX, e exprime-se assim no seu romance, que continua a ser, ele também, um caso de «amor feliz» entre a escrita e o público como o provam as muitas reedições que nos trazem uma voz que se perpetua num continuado presente. -
Os Amantes e Outros ContosUm livro fascinante onde amor e morte perturbantemente se cruzam, intimamente se confundem; e onde a denúncia da violência ou de arreigados tabus serve de pano de fundo aos mais livres voos da imaginação. Uma linguagem de extrema sugestão poética e simultaneamente muito precisa e despojada, de um como que incandescente rigor. Um clima onírico e ao mesmo tempo uma realidade historicamente referenciada. Os Amantes e Outros Contos, além do mais que se possa encontrar nele ou dizer dele, permanecerá como referência emblemática, inovadora na aventura literária do século XX português, onde David Mourão-Ferreira criou o seu próprio espaço como poeta, ficcionista e ensaísta, como teórico e crítico da literatura. Com um elucidativo Prefácio do autor sobre as duas primeiras edições (1968 e 1974) e com Posfácio de Eduardo Prado Coelho. -
Jogo de EspelhosEis, num só, dois livros. Mas ambos magros, quase reduzidos ao osso: como convém ao actual regime dietético em matéria de leituras. Melhor vê-los como dois espelhos, por acaso reunidos na mesma sala: o primeiro todo voltado para fora; o segundo, em contrapartida, mais esquinado para o interior. O que não quer dizer que os dois espelhos se encontrem de costas um para o outro. Daí o jogo. O Jogo de Espelhos. -
As Quatro EstaçõesQuatro contos, quatro figuras de mulher: o amor como ressaibo de frustração, como descobrimento e expectativa, como recíproco ludíbrio, finalmente como destino.Quatro miniaturas em subtil contraste com o largo painel de «Um Amor Feliz». Mas também quatro trechos de música de câmara executados pelo autor de «Música de Cama». -
Obra Poética 1948 - 1988Nos seus livros mais recentes, a poesia de David Mourão-Ferreira parece organizar-se em forma de incursões no seus ciclos anteriores. Mas cada vez mais, no apuro e mestria de uma arte das palavras, ela é a celebração da própria poesia como a síntese impossível (lugar de contrários,conjugação da água e do fogo, simbiose da terra e do ar, convocação de todas as memórias). Ou da poesia como aproximação da música, não uma viagem em busca do sentido anterior e da mátria perdida, nem viagem de exploração e saque, mas viagem em torno de si própria, comemoração nupcial do indiviso. -
Obra Poética (1948-1995)Desta edição de Obra Poética, organizada e revista por Luis Manuel Gaspar com a colaboração de David Ferreira, fazem parte todos os livros e conjuntos de poemas organizados e publicados pelo autor, nomeadamente Obra Poética 1948-1988, com introdução de Eduardo Prado Coelho, e a sua obra posterior: Lisboa – Luzes e Sombras (1992), Música de Cama (1994), e Rime Petrose, cinco sonetos publicados na revista Colóquio/Letras em janeiro de 1995. Inclui ainda o Cancioneiro de Natal, iniciado em 1960 e que o autor considerava uma «obra "aberta" ou "em suspenso"», e agora concluído com um poema de 1995, «Som de Natal». Segunda edição revista e aumentada nos textos de apoio, nomeadamente na Cronologia. -
Um Amor Feliz«Abandonar-me, enquanto o não faço, a este sonolento exercício de ir alinhando miragens, propósitos, sonhos, projectos, devaneios, desejos contraditórios.» O único romance publicado (em 1986) por David Mourão-Ferreira recebeu o aplauso geral da crítica, tendo acumulado o Grande Prémio de Romance da Associação Portuguesa de Escritores, o Prémio de Narrativa do Pen Clube Português, o Prémio D. Dinis e o Prémio de Ficção do Município de Lisboa. Essa quase unanimidade foi confirmada por um amplíssimo número de leitores de consecutivas edições. Talvez pela ambiguidade do título, o livro abre-se a uma sedutora pluralidade de interpretações, todas elas deixadas em suspenso: o Amor Feliz será o que se concretiza na relação entre Fernão e Y? Entre o autor e a narratária? Ou antes com essa matéria mais carnalmente incorpórea, a feminina multidão das palavras, as que se entregam e as que se esquivam?
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Vemo-nos em AgostoTodos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva até à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo. Estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano.Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsa e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para o interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração.Escrito no estilo inconfundível e fascinante de García Márquez, Vemo-nos em Agosto é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino. Um presente inesperado de um dos melhores escritores que o mundo já conheceu. A tradução é de J. Teixeira de Aguilar. -
Deus na EscuridãoEste livro explora a ideia de que amar é sempre um sentimento que se exerce na escuridão. Uma aposta sem garantia que se pode tornar absoluta. A dúvida está em saber se os irmãos podem amar como as mães que, por sua vez, amam como Deus. -
O ColecionadorNo mais recente e trepidante thriller de Daniel Silva, autor n.º 1 da lista dos mais vendidos do The New York Times, Gabriel Allon embarca na busca de um quadro roubado de Vermeer e descobre uma conspiração que poderia levar o mundo à beira do Armagedão nuclear.Na manhã seguinte à gala anual da Venice Preservation Society, Gabriel Allon, restaurador de quadros e espião lendário, entra no seu bar preferido da ilha de Murano e aí encontra o general Cesare Ferrari, comandante da Brigada de Arte, que aguarda, ansioso, a sua chegada. Os carabinieri tinham feito uma descoberta assombrosa na villa amalfitana de um magnata sul-africano morto em circunstâncias suspeitas: uma câmara acouraçada secreta que continha uma moldura e um esticador vazios cujas dimensões coincidiam com as do quadro desaparecido mais valioso do mundo. O general Ferrari pede a Gabriel para encontrar discretamente a obra-prima antes que o seu rasto se volte a perder. - Esse não é o vosso trabalho?- Encontrar quadros roubados? Teoricamente, sim. Mas o Gabriel é muito melhor a fazê-lo do que nós.O quadro em questão é O concerto de Johannes Vermeer, uma das treze obras roubadas do Museu Isabella Stewart Gardner de Boston, em 1990. Com a ajuda de uma aliada inesperada, uma bela hacker e ladra profissional dinamarquesa, Gabriel não demora a descobrir que o roubo do quadro faz parte de uma tramoia ilegal de milhares de milhões de dólares na qual está implicado um indivíduo cujo nome de código é «o colecionador», um executivo da indústria energética estreitamente vinculado às altas esferas do poder na Rússia. O quadro desaparecido é o eixo de um complô que, caso seja bem-sucedido, poderia submeter o mundo a um conflito de proporções apocalípticas. Para o desmantelar, Gabriel terá de perpetrar um golpe de extrema audácia enquanto milhões de vidas estão presas por um fio. -
O EscritórioDawn Schiff é uma mulher estranha. Pelo menos, é o que toda a gente pensa na Vixed, a empresa de suplementos nutricionais onde trabalha como contabilista. Dawn nunca diz a coisa certa. Não tem amigos. E senta-se todos os dias à secretária, para trabalhar, precisamente às 8h45 da manhã.Talvez seja por isso que, certa manhã, quando Dawn não aparece para trabalhar, a sua colega Natalie Farrell – bonita, popular e a melhor vendedora da empresa há cinco anos consecutivos – se surpreenda. E mais ainda quando o telefone de Dawn toca e alguém do outro lado da linha diz apenas «Socorro».Aquele telefonema alterou tudo… afinal, nada liga tanto duas pessoas como partilhar um segredo. E agora Natalie está irrevogavelmente ligada a Dawn e vê-se envolvida num jogo do gato e do rato. Parece que Dawn não era simplesmente uma pessoa estranha, antissocial e desajeitada, mas estava a ser perseguida por alguém próximo.À medida que o mistério se adensa, Natalie não consegue deixar de se questionar: afinal, quem é a verdadeira vítima? Mas uma coisa é clara: alguém odiava Dawn Schiff. O suficiente para a matar.«NÃO COMECE UM LIVRO DE FREIDA McFADDEN A ALTAS HORAS DA NOITE.NÃO O VAI CONSEGUIR LARGAR!» AMAZON«O ESCRITÓRIO É UM THRILLER TENSO E VICIANTE DA AUTORA MAIS ADORADA DO MOMENTO.» GOODREADS -
Os Meus Dias na Livraria MorisakiEsta é uma história em que a magia dos livros, a paixão pelas coisas simples e belas e a elegância japonesa se unem para nos tocar a alma e o coração.Estamos em Jimbocho, o bairro das livrarias de Tóquio, um paraíso para leitores. Aqui, o tempo não se mede da mesma maneira e a tranquilidade contrasta com o bulício do metro, ali ao lado, e com os desmesurados prédios modernos que traçam linhas retas no céu.Mas há quem não conheça este bairro. Takako, uma rapariga de 25 anos, com uma existência um pouco cinzenta, sabe onde fica, mas raramente vem aqui. Porém, é em Jimbocho que fica a livraria Morisaki, que está na família há três gerações: um espaço pequenino, num antigo prédio de madeira. Estamos assim apresentados ao reino de Satoru, o excêntrico tio de Takako. Satoru é o oposto de Takako, que, desde que o rapaz por quem estava apaixonada lhe disse que iria casar com outra pessoa, não sai de casa.É então que o tio lhe oferece o primeiro andar da Morisaki para morar. Takako, que lê tão pouco, vê-se de repente a viver entre periclitantes pilhas de livros, a ter de falar com clientes que lhe fazem perguntas insólitas. Entre conversas cada vez mais apaixonadas sobre literatura, um encontro num café com um rapaz tão estranho quanto tímido e inesperadas revelações sobre a história de amor de Satoru, aos poucos, Takako descobre uma forma de falar e de estar com os outros que começa nos livros para chegar ao coração. Uma forma de viver mais pura, autêntica e profundamente íntima, que deixa para trás os medos do confronto e da desilusão. -
ManiacMANIAC é uma obra de ficção baseada em factos reais que tem como protagonista John von Neumann, matemático húngaro nacionalizado norte-americano que lançou as bases da computação. Von Neumann esteve ligado ao Projeto Manhattan e foi considerado um dos investigadores mais brilhantes do século XX, capaz de antecipar muitas das perguntas fundamentais do século XXI. MANIAC pode ser lido como um relato dos mitos fundadores da tecnologia moderna, mas escrito com o ritmo de um thriller. Labatut é um escritor para quem “a literatura é um trabalho do espírito e não do cérebro”. Por isso, em MANIAC convergem a irracionalidade do misticismo e a racionalidade própria da ciência -
Uma Noite na Livraria Morisaki - Os meus Dias na Livraria Morisaki 2Sim, devemos regressar onde fomos felizes. E à livraria Morisaki, lugar de histórias únicas, voltamos com Takako, para descobrir um dos romances japoneses mais mágicos do ano.Estamos novamente em Tóquio, mais concretamente em Jimbocho, o bairro das livrarias, onde os leitores encontram o paraíso. Entre elas está a livraria Morisaki, um negócio familiar cuja especialidade é literatura japonesa contemporânea, há anos gerida por Satoru, e mais recentemente com a ajuda da mulher, Momoko. Além do casal, a sobrinha Takako é presença regular na Morisaki, e é ela quem vai tomar conta da livraria quando os tios seguem numa viagem romântica oferecida pela jovem, por ocasião do aniversário de casamento.Como já tinha acontecido, Takako instala-se no primeiro andar da livraria e mergulha, instantaneamente, naquele ambiente mágico, onde os clientes são especiais e as pilhas de livros formam uma espécie de barreira contra as coisas menos boas do mundo. Takako está entusiasmada, como há muito não se sentia, mas… porque está o tio, Satoru, a agir de forma tão estranha? E quem é aquela mulher que continua a ver, repetidamente, no café ao lado da livraria?Regressemos à livraria Morisaki, onde a beleza, a simplicidade e as surpresas estão longe, bem longe de acabar. -
Uma Brancura LuminosaUm homem conduz sem destino. Ao acaso, vira à direita e à esquerda até que chega ao final da estrada na orla da floresta e o seu carro fica atolado. Pouco depois começa a escurecer e a nevar. O homem sai do carro e, em vez de ir à procura de alguém que o ajude, aventura-se insensatamente na floresta escura, debaixo de um céu negro e sem estrelas. Perde-se, quase morre de frio e de cansaço, envolto numa impenetrável escuridão. É então que surge, de repente, uma luz.Uma Brancura Luminosa é a mais recente obra de ficção de Jon Fosse, Prémio Nobel de Literatura de 2023. Uma história breve, estranhamente sublime e bela, sobre a existência, a memória e o divino, escrita numa forma literária única capaz de assombrar e comover.Tradução do norueguês de Liliete Martins.Os elogios da crítica:«Uma introdução perfeita à obra de Jon Fosse.» The Telegraph«Inquietante e lírico, este pequeno livro é uma introdução adequadamente enigmática à obra de Fosse e um bom ponto de partida para se enfrentar os seus romances mais vastos e experimentais.» Financial Times - Livro do Ano 2023«Uma Brancura Luminosa é, muito simplesmente, grande literatura.» Dagbladet