Instruções para Voar
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Instruções de funcionamento
Instruções para Voar é o mais recente texto de Lídia Jorge para teatro. Foi escrito a convite d?A Companhia de Teatro do Algarve (ACTA), no âmbito do Programa Pegada Cultural ? Artes e Educação/Cultural Footprint Program. Encenado por Juni Dahr, actriz e encenadora da companhia norueguesa Visjoner Teater, e com cenografia de Jean-Guy Lecat, o espectáculo viria a contar com as interpretações dos actores Luís Vicente e Elisabete Martins, e a colaboração do coro dos alunos do Curso de Artes do Espectáculo da Escola Secundária Tomás Cabreira.
Ver por dentro:
| Editora | Dom Quixote |
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| Categorias | |
| Editora | Dom Quixote |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Lídia Jorge |
Romancista e contista portuguesa. Nasceu em 1946, no Algarve. Viveu os anos mais conturbados da Guerra Colonial em África. Foi membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social. É professora do ensino secundário e publica regularmente artigos na imprensa. O tema da mulher e da sua solidão é uma preocupação central da obra de Lídia Jorge, como, por exemplo, em Notícia da Cidade Silvestre (1984) e A Costa dos Murmúrios (1988). O Dia dos Prodigíos (1979), outro romance de relevo, encerra uma grande capacidade inventiva, retratando o marasmo e a desadaptação de uma pequena aldeia algarvia. O Vento Assobiando nas Gruas (2002) é mais um romance da autora e aborda a relação entre uma mulher branca com um homem africano e o seu comportamento perante uma sociedade de contrastes. Este seu livro venceu o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores em 2003.
Venceu o Prémio FIL de Literatura em Línguas Românicas 2020.
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O Grande Voo do Pardal"Henrique Gaspar possuía a casa mais linda das redondezas. Ninguém sabia onde ele ia buscar aquilo - árvores com flores cheirosas, relva lisa como carpete, uma piscina que parecia um espelho. [...] Ora certo dia de Primavera, estava ele precisamente a podar uns arbustos, quando reparou num pequeno molho de penas que se movia. Era um molhinho cinzento pousado no chão, que parecia respirar, ali mesmo junto a uma aba de roseira. [...]" Esta é uma história, simples e bela, onde a escrita elegante e poderosa se manifesta desde as primeiras linhas. Uma pequena jóia literária com alusão a alguns dos temas que se encontram nos grandes clássicos: a amizade, a compaixão e a liberdade. -
O Romance do Grande GatãoRomance do Grande Gatão conta a história de um gato irreverente, listado, dividido entre o afecto de duas famílias, diferentes, e da sua busca de felicidade e afirmação. É uma história de aventuras pelas noites de luar, de lutas até ao amanhecer e de feridas curadas pela amizade das crianças. Às palavras poéticas de Lídia Jorge juntam-se as ilustrações de Danuta Wojciechowska. Um livro para guardarmos na memória e relermos vezes sem conta. O triunfo da tolerância entre pessoas, oferecido pela figura de um pequeno animal, que assim se transformou num ser grande. -
O Dia dos ProdígiosPlano Nacional de LeituraLivro recomendado para o Ensino Secundário como sugestão de leitura.O Dia dos Prodígios (1980), o primeiro romance de Lídia Jorge, foi um importante acontecimento literário, inaugurando uma nova fase, de grande qualidade, na literatura portuguesa.Ocupando um lugar especial na ficção do pós 25 de Abril, este livro único conta-nos a história da coincidência da misteriosa morte de uma cobra numa pequena localidade com a revolução - a comunidade, incapaz de reconhecer a realidade política, adapta a chegada de soldados com cravos nos canos das armas ao seu mundo imaginário mágico-mítico. -
A Noite das Mulheres CantorasAté onde estamos dispostos a ir para ser famosos?Há uma pergunta que percorre este romance de Lídia Jorge, da primeira à última página: Quantas vítimas se deixa pelo caminho para se perseguir um objectivo? A acção do romance decorre no final dos anos 80 do século XX e invoca um tema de inesperada audácia - o da força da idolatria e a construção do êxito - visto a partir do interior de um grupo, narrado 21 anos mais tarde, na forma de um monólogo. Como é habitual na obra da autora, a questão social é relevante - a força do todo e a aniquilação do indivíduo perante o colectivo são temas presentes neste livro. Mas aqui, tratando-se de um grupo fechado e dominado pela música, a parábola social submerge perante a descrição de um ambiente de grande envolvimento humano e de densidade poética. Servido por uma narrativa ao mesmo tempo rude e mágica, A Noite das Mulheres Cantoras propõe a quem o lê a história de seis figuras que passam a viver para sempre no nosso imaginário. A história de amor comovente que une as duas personagens principais, Solange de Matos e João de Lucena, é, por certo, um daqueles episódios que iluminam a realidade e tornam indispensáveis a grande literatura sobre a vida de hoje, com os ingredientes próprios da cultura dos nossos dias. -
Os MemoráveisEm 2004, Ana Maria Machado, repórter portuguesa em Washington, é convidada a fazer um documentário sobre a Revolução de 1974, considerada pelo embaixador americano à época em Lisboa como um raro momento da História. Aceitado o trabalho, regressa, contrata dois antigos colegas, e os três jovens visitam e entrevistam vários intervenientes e testemunhas do golpe de Estado, revisitando os mitos da Revolução. Um percurso que permite surpreender o efeito da passagem do tempo não só sobre esses "heróis", como também sobre a sociedade portuguesa, na sua grandeza e nas suas misérias. Transfiguradas, como se fossem figuras sobreviventes de um tempo já inalcançável, as personagens de Os Memoráveis tentam recriar o que foi a ilusão revolucionária, a desilusão de muitos dos participantes e o árduo caminho para uma Democracia. Paralela a esta acção decorre uma outra, pessoal e íntima: a história do pai da protagonista, António Machado, que retrata em privado o destino que se abate sobre todos os outros. Todos vivem na Democracia, uma espécie de lugar de exílio. Mas um dia, todas as misérias serão esquecidas, quando se relatar o tempo dos memoráveis. -
O Organista - Edição bilingueAinda antes do princípio, ao vazio chegou um órgão. E, com ele, o vazio encheu-se de música, chamando a atenção do Criador, que resolve tocar o extraordinário instrumento. A música passa a ser invenção e revelação, e a cada sopro do órgão aparecem o cosmos, o tempo, os primeiros seres vivos, o homem e a mulher.Uma prodigiosa fábula sobre a criação do Universo e a relação dos homens com Deus, pela mão de uma escritora que dispensa apresentações. -
A InstrumentalinaA infância tem sido, para inúmeros escritores, uma espécie de arca doirada da qual retiram muita da inspiração que alimenta as suas obras. A Instrumentalina é um desses casos de maravilhada referência às emoções dos anos de juventude. Trata-se de uma narrativa particularmente depurada, escrita de um único fôlego, e onde, de forma comovedora, se patenteiam a ternura e a inocência de uma primeira paixão. Foi esse carácter muito especial, que tão claramente distingue a presente narrativa da restante obra ficcional de Lídia Jorge, que tornou imperativa a sua edição como peça autónoma; que originou a tradução para línguas como inglês, francês, italiano, húngaro, búlgaro e alemão, e levou a que, na Alemanha, fosse considerada uma obra-prima do conto. Uma obra dotada de um fascínio que o leitor não esquecerá. -
O Amor em Lobito BayTodos os contos reunidos neste livro têm vários elementos em comum: a acção decorre num espaço longínquo, a narrativa desenvolve-se em torno de uma revelação demolidora, a memória funciona como uma catarse que o tempo se encarrega de prolongar de modo a não poder ser esquecida. Como no primeiro conto, «O Amor em Lobito Bay», que dá título ao volume, em todos existe uma história de amor, no sentido mais amplo do termo, que entrecruza a experiência da confiança na vida com o desconcerto do mundo. E à imagem da criança que deseja comer o coração de uma andorinha, em todos os outros contos ocorre a experiência de uma decepção inaugural transformada em sabedoria. São contos de persistência, memória de momentos, breves momentos de relâmpago, durante os quais a luz ilumina demais, e algo se esclarece para sempre, ainda que a sombra nunca se esgote. É sob essa luz transfiguradora que as crianças expõem os limites da sua inocência, jovens lutam contra a desordem do mundo para além do improvável, mulheres e homens perto da velhice recriam sonhos audazes, poetas descobrem, a meio da noite, os limites frágeis da humanidade. São contos sobre a marcha humana que não pára de reiniciar continuamente os seus primeiros passos. -
Os Memoráveis - Livros RTP Nº 22Uma revisitação literária aos mitos fundadores da Revolução e da Democracia. Em 2004, Ana Maria Machado, repórter portuguesa em Washington, é convidada a fazer um documentário sobre a Revolução de 1974, considerada pelo embaixador americano à época em Lisboa como um raro momento da História. Aceitado o trabalho, regressa, contrata dois antigos colegas, e os três jovens visitam e entrevistam vários intervenientes e testemunhas do golpe de Estado, revisitando os mitos da Revolução. Um percurso que permite surpreender o efeito da passagem do tempo não só sobre esses “heróis”, como também sobre a sociedade portuguesa, na sua grandeza e nas suas misérias. Transfiguradas, como se fossem figuras sobreviventes de um tempo já inalcançável, as personagens de Os Memoráveis tentam recriar o que foi a ilusão revolucionária, a desilusão de muitos dos participantes e o árduo caminho para uma Democracia. Paralela a esta acção decorre uma outra, pessoal e íntima: a história do pai da protagonista, António Machado, que retrata em privado o destino que se abate sobre todos os outros. Todos vivem na Democracia, uma espécie de lugar de exílio. Mas um dia, todas as misérias serão esquecidas, quando se relatar o tempo dos memoráveis. Estamos perante um romance que ultrapassa em muito a invocação de um acontecimento histórico, a revolução democrática portuguesa de 1974, já que se trata de uma reflexão atual sobre a liberdade, a resistência e a esperança. Guilherme d'Oliveira Martins in «Prefácio» -
EstuárioQuatro anos depois de Os Memoráveis, o novo romance de uma enorme escritora. Estuário é um livro sobre a vulnerabilidade de um homem, de uma família, de uma sociedade e do próprio equilíbrio da Terra, relatados pelo olhar de um jovem sonhador que se interroga sobre a fragilidade da condição humana. Edmundo Galeano andou pelo mundo, esteve numa missão humanitária e regressou à casa do pai sem parte da mão direita. Regressou com uma experiência para contar e uma recomendação a fazer por escrito, e a elaboração desse testemunho passou a ocupar por completo os seus dias. Porém, ao encontro deste irmão mais novo da família, vêm ter sem remédio as vicissitudes diárias que desequilibram a grande casa do Largo do Corpo Santo. Edmundo vai-se, então, apercebendo que as atribulações longínquas mantêm uma relação directa com as batalhas privadas travadas ao seu lado. E a sua mão direita, desfigurada, transforma-se numa defesa da invenção literária perante a crueza da realidade. Em outros livros seus costuma a autora dar o rosto à modernidade para dela desocultar os seus efeitos escondidos. Mas neste caso ambiciona mais. Estuário pertence à categoria dos livros de premonição, através do enlace entre o desenho do futuro e a Literatura.