Nova História do Homem
Poderão as ciências humanas actuais ignorar os resultados da investigação sobre a evolução, em especial a humana?
Uma série de descobertas perturbantes sobre a origem da espécie humana e a sua ligação com os grandes macacos obrigou os investigadores a reflectir sobre o que se julgava definido. A ciência actual tem, mais uma vez, de repensar os conceitos, de redesenhar os territórios do pensamento. A viragem do mundo a que hoje assistimos impõe uma melhor compreensão das nossas origens, algo que a filosofia, religiosa ou ateia, não consegue explicar integralmente.
Baseado nas suas pesquisas nos domínios da paleoantropologia e da etologia, Pascal Picq evoca algumas etapas decisivas para o conhecimento da história do ser humano, como o congresso de Valhadolid no século XVI ou os processos de Giulio Vanini no século XVII e de John Scopes em 1925. Misturando uma curiosidade insaciável com grande rigor científico, Pascal Picq não recua perante questões incómodas e lança os alicerces de um novo humanismo determinante para o nosso futuro, que preconiza a reconciliação do Homem com a natureza.
| Editora | Temas e Debates |
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| Categorias | |
| Editora | Temas e Debates |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Pascal Picq |
Pascal Picq é paleoantropólogo. Depois de uma tese na Universidade de Paris VI e de estudos pós-doutorais na Universidade de Duke (Estados Unidos), foi responsável pela introdução da etologia no campo da antropologia evolucionista. É autor de inúmeros livros, entre os quais se destacam Le monde a-t-il été crée en sept jours? e Premiers hommes. É atualmente professor no Collège de France.
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Sapiens face a Sapiens - A Trágica e Esplêndida História da HumanidadeA humanidade está a entrar numa fase inédita da sua evolução. Nunca como agora o seu passado lhe foi tão acessível, e nunca como agora o seu futuro foi tão insondável. Esta dupla mudança de perspetiva, com origem no início do século xxi, resulta ao mesmo tempo das revelações da paleogenética, da descoberta de novos fósseis e da revolução digital, num cenário de degradação do planeta e urbanização massiva. Conseguirá o Homo Sapiens adaptar-se às consequências fulgurantes do seu sucesso com 40 000 anos de história e à ampliação sem precedentes desse sucesso de há meio século para cá? Quanto mais bem-sucedida é uma espécie, mais a sua sobrevivência depende da forma como se adapta às consequências do seu sucesso. Ainda não há muito, várias espécies humanas habitavam a Terra, divididas em três grandes impérios: os Neandertais na Europa, os Denisovanos na Ásia e os Sapiens em África. Partilhavam técnicas e genes ? hoje, a diversidade dos povos deve-se em parte aos genes perpetuados por múltiplas hibridações com espécies irmãs tão humanas como os Sapiens. Depois, populações de Sapiens mais recentes (a nossa espécie) partiram de África a pé e de barco à conquista do mundo, chegando à Austrália e às Américas, antes de expulsarem os Neandertais da Europa. É esta esplêndida aventura que é contada neste livro. Mas poderá a espantosa adaptabilidade dos homens valer-nos num mundo urbanizado, conectado, poluído e com os ecossistemas devastados? Eis a dimensão trágica desta história, porquanto o sucesso inigualável dos Sapiens tornou-o o único responsável pelo seu futuro: o Sapiens está só diante do Sapiens. -
Sapiens face a Sapiens - A Trágica e Esplêndida História da HumanidadeA humanidade está a entrar numa fase inédita da sua evolução. Nunca como agora o seu passado lhe foi tão acessível, e nunca como agora o seu futuro foi tão insondável. Esta dupla mudança de perspetiva, com origem no início do século xxi, resulta ao mesmo tempo das revelações da paleogenética, da descoberta de novos fósseis e da revolução digital, num cenário de degradação do planeta e urbanização massiva. Conseguirá o Homo Sapiens adaptar-se às consequências fulgurantes do seu sucesso com 40 000 anos de história e à ampliação sem precedentes desse sucesso de há meio século para cá? Quanto mais bem-sucedida é uma espécie, mais a sua sobrevivência depende da forma como se adapta às consequências do seu sucesso. Ainda não há muito, várias espécies humanas habitavam a Terra, divididas em três grandes impérios: os Neandertais na Europa, os Denisovanos na Ásia e os Sapiens em África. Partilhavam técnicas e genes ? hoje, a diversidade dos povos deve-se em parte aos genes perpetuados por múltiplas hibridações com espécies irmãs tão humanas como os Sapiens. Depois, populações de Sapiens mais recentes (a nossa espécie) partiram de África a pé e de barco à conquista do mundo, chegando à Austrália e às Américas, antes de expulsarem os Neandertais da Europa. É esta esplêndida aventura que é contada neste livro. Mas poderá a espantosa adaptabilidade dos homens valer-nos num mundo urbanizado, conectado, poluído e com os ecossistemas devastados? Eis a dimensão trágica desta história, porquanto o sucesso inigualável dos Sapiens tornou-o o único responsável pelo seu futuro: o Sapiens está só diante do Sapiens.
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A Ciência dos SímbolosAs primeiras tentativas de classificação coerente, de comparação sistemática e interpretação dos símbolos remontam ao séc. XVI. Após 50 anos, a evolução das ciências humanas permitiu estudar signos, símbolos e mitos nas suas relações com os métodos e os princípios das suas diversas interpretações. O leitor não deve esperar encontrar aqui um dicionário de símbolos que o ajudará a compreender uma língua obscura a partir de uma tradução dos seus signos, antes a exposição dos princípios, métodos e estruturas da simbólica geral, ou ciência dos símbolos. Nada está mais próximo desta língua dos símbolos do que a música: se se ignora o solfejo e as regras da harmonia, da mesma forma que se recusa a aprendizagem da gramática de uma língua, o melhor dicionário do mundo não permite entender realmente, e ainda menos falar. Penetrar no mundo dos símbolos, é tentar perceber as vibrações harmónicas, «adivinhar uma música do universo». -
Tudo do AmorA procura pelo amor continua mesmo perante as maiores improbabilidades. TUDO DO AMOR, ensaio marcadamente pessoal e uma das obras mais populares de bell hooks, indaga o significado do amor na cultura ocidental, empenhando-se em desconstruir lugares-comuns e representações que mascaram relações de poder e de dominação.Contrariando o pensamento corrente, que tantas vezes julga o amor como fraqueza ou atributo do que não é racional, bell hooks defende que, mais do que um sentimento, o amor é uma acção poderosa, capaz de transformar o cinismo, o materialismo e a ganância que norteiam as sociedades contemporâneas. Tudo do Amor propõe uma outra visão do mundo sob uma nova ética amorosa, determinada a edificar uma sociedade verdadeiramente igualitária, honesta e comprometida com o bem-estar colectivo. -
A Natureza da CulturaNesta obra, A. L. Kroeber reúne artigos seus publicados entre 1901 e 1951. São textos de cariz teórico, em que autor desenvolve a sua própria concepção sobre o lugar e o método da antropologia cultural. -
O SagradoDesde a sensação de terror que o sagrado inspirava aos primeiros homens até à teoria do sobrenatural ou do transcendente que atribuímos hoje a certos fenómenos misteriosos, o autor examina as diferentes formas de exprimir este sentimento através das múltiplas manifestações religiosas. -
«O Modo Português de Estar no Mundo» - O Luso-Tropicalismo e a Ideologia Colonial Portuguesa (1933-1961)Prémio de História Contemporânea da Universidade do Minho O livro fornece pistas para se compreender a persistência, mais de 20 anos após a independência das antigas colónias portuguesas, de um discurso transversal ao espectro político e ideológico nacional que acentua a imunidade dos portugueses ao racismo, a sua predisposição para o convívio com outros povos e culturas e a sua vocação ecuménica. -
Os Domínios do ParentescoOs domínios do parentesco situam-se na confluência de duas linguagens: a da etnologia, que se esforça por situar as regiões, os contornos e as fronteiras desses domínios, e a das sociedades que a etnologia observa e a que vai buscar as terminologias, as classificações e as regras. Esclarecer estas duas linguagens e relacioná-las é um dos objectivos deste livro, que se pretende uma iniciação à chamada antropologia do parentesco. Falar de parentesco é também e é já falar de outra coisa (numa e noutra linguagem); qual a natureza da relação entre o parentesco e os outros sectores de representação? Que significa a assimilação do parentesco a uma linguagem ou a sua definição como região dominante em certos tipos de sociedade? Que significam as regras de casamento? - são algumas das perguntas que esta obra tenta reformular e às quais procura por vezes responder. Uma análise do vocabulário técnico, um glossário inglês/português, uma importante documentação bibliográfica, reflexões sobre os autores, análises de textos e o balanço de uma investigação pontual: tais são os elementos de informação e de reflexão que aqui se propõem. -
Cultura e ComunicaçãoUma análise concisa das teorias estruturalistas dos fenómenos antropológicos, destinada a esclarecer os conceitos da «semiologia» com base no pressuposto de que os gestos, na comunicação não verbal, apenas adquirem significado como membros de conjuntos, à semelhança do que ocorre com os sons na linguagem falada. -
O Bode ExpiatórioEm O Bode Expiatório, René Girard, um dos críticos mais profundos e originais do nosso tempo, prossegue a sua reflexão sobre o «mecanismo sacrificial», ao qual devemos, do ponto de vista antropológico, a civilização e a religião, e, do ponto de vista histórico e psicológico, os fenómenos de violência coletiva de que o século XX foi a suprema testemunha e que mesmo hoje ameaçam a coabitação dos humanos sobre a Terra.Ao aplicar a sua abordagem a «textos persecutórios», documentos que relatam o fenómeno da violência coletiva da perspetiva do perseguidor tais como o Julgamento do Rei de Navarra, do poeta medieval Gillaume de Machaut, que culpa os judeus pela Peste Negra, Girard descobriu que estes apresentam surpreendentes semelhanças estruturais com os mitos, o que o leva a concluir que por trás de cada mito se esconde um episódio real de perseguição.A arrojada hipótese girardiana da reposição da harmonia social, interrompida por surtos de violência generalizada, através da expiação de um bode expiatório constitui uma poderosa e coerente teoria da história e da cultura.