O Coração do Assunto é, contra tudo aquilo que seria esperável, um romance. Não porque congrace um folhetim, não porque consubstancie uma novela.
E nem sequer porque – num trocadilho que, não sendo voluntário, é um epítome do lapso freudiano – nos remete para os “assuntos do coração”. O Coração do Assunto é mesmo isso e isso: um romance.
Paulo Rangel, do Prefácio
“(...) suspensa entre escolhas e punições, mas também entregue a si própria e aos seus reflexos, ou à vontade de desaparecer, para melhor se procurar, como se assim pudesse desse modo contrariar a voracidade das paixões.”
Doutorado em Ciências da Comunicação (especialidade de Comunicação e Cultura) pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, e licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Escreve e investiga sobre artes plásticas, cinema, literatura, e análise dos media. Jornalista desde 1980, trabalhou para diversos órgãos de comunicação social, tendo-se especializado em questões culturais e artísticas. Foi o primeiro director do Teatro Nacional de São João (1992-1995). Tem comissariado diversas exposições e ciclos de colóquios e participado em inúmeras conferências em várias instituições, nomeadamente o Museu de Serralves e a Fundação Calouste Gulbenkian, onde também foi colaborar do Serviço de Bibliotecas e Apoio à Leitura (1996-2002). É comentador televisivo na RTPN e Professor de Estética e Ciências da Comunicação na Universidade Fernando Pessoa.
Concebido como manual para os estudantes das escolas de cinema, este livro responde também à curiosidade comum de saber como se faz um filme. É ainda uma introdução bastante acessível à linguagem do cinema, de grande utilidade para os técnicos e os profissionais pelo seu carácter acentuadamente prático.
Livro de referência sobre o Cinema Português, aqui se encontra repertoriada, para o período 1895-1961, a totalidade dos filmes de longa-metragem de ficção, bem como as principais curtas e médias metragens. O Dicionário comporta ainda entradas traçando a carreira dos mais destacados realizadores, atores, diretores de fotografia, produtores, compositores musicais, argumentistas e outros técnicos. Num trabalho que se quer factual e rigoroso, o autor não esqueceu um olhar crítico sobre os objetos em análise. Um livro imprescindível a todos quantos se interessam pelo cinema ou pelas artes do espetáculo em geral.
15 anos de conversas, 25 grandes entrevistados.
Ao longo de 30 anos de carreira na televisão, Mário Augusto realizou mais de duas mil entrevistas de cinema, sendo o jornalista português que mais estrelas entrevistou. Com algumas, a convivência e os reencontros enriqueceram as conversas, que foram muito para além do mais recente filme ou escândalo de Hollywood. Nos 15 anos do Janela Indiscreta, Mário Augusto selecionou as suas melhores entrevistas a 25 dos maiores nomes da indústria cinematográfica. Ilustrado com caricaturas certeiras de André Carrilho. Tal e qual!
Com prefácio de Daniela Ruah.
A figura de Werner Herzog emerge em toda a sua complexidade num estudo aprofundado das suas obras, acompanhado por uma entrevista longa e inédita com o cineasta alemão. A aura de realizador de extremos e aventuroso, capaz de defrontar todo o tipo de perigos para levar até ao fim os seus filmes, faz parte de um mito fascinante mas redutor. O próprio Herzog afirma aqui ser sobretudo um "contador de histórias". O seu olhar inconfundível sobre os cantos mais remotos e inóspitos do nosso planeta definem-no como um pesquisador de histórias, um explorador de visões apaixonado, guiado pela câmara em busca do momento de "verdade extática" escondida nos rostos, nos lugares e nas paisagens.
O aclamado realizador e argumentista Paul Schrader revisita e atualiza neste livro a sua abordagem ao «slow cinema» dos últimos cinquenta anos. Ao contrário do realismo psicológico que domina o cinema, o estilo transcendental expressa um estado espiritual por meio de um trabalho de câmara austero e de uma representação desprovida de autoconsciência.Este texto seminal analisa a obra de três grandes cineastas - Yasujiro Ozu, Robert Bresson e Carl Th. Dreyer - e propõe uma linguagem dramática comum usada por estes realizadores de culturas tão diversas.