O Que é Mudança Climática?
No século XIX, no O Capital, numa secção intitulada “Indústria moderna e agricultura”, Karl Marx escreveu que o progresso na agricultura capitalista significava não apenas o despojamento do trabalhador, mas também o despojamento do solo.
O autor não foi um ambientalista, mas o que observou e independentemente do tipo de modo de produção a ter em conta, é importante para analisarmos, no geral e no particular, a “fractura metabólica” da relação ser humano/natureza, para analisarmos a mudança climática. Fractura que vai para além do despojamento do solo.
O tema-pergunta deste 35.º livro da coleção Cadernos de Ciências Sociais da Escolar Editora é justamente este: o que é mudança climática?
Quatro cientistas aceitaram o desafio da resposta, a geógrafa portuguesa Ana Monteiro, o cientista social brasileiro Thales Haddad Novaes de Andrade e os moçambicanos Mohsin Mahomed Sidat (médico) e Carlos Manuel Serra ( jurista e activista ambiental).
Pela ordem de entrada dos autores no livro: Ana Monteiro historiou e analisou o que chamou culpas e desculpas no estudo da mudança climática. Por sua vez, Thales de Andrade ocupou-se das controvérsias, dos consensos e das hierarquias do fenómeno. No terceiro texto, Mohsin Sidat estabeleceu a relação entre mudanças climáticas e saúde pública. Finalmente, Carlos Manuel Serra debruçou-se sobre o papel dos ecossistemas de mangal em Moçambique.
Um excelente conjunto de textos cuja leitura é fundamental.
| Editora | Escolar Editora |
|---|---|
| Coleção | Cadernos de Ciências Sociais |
| Categorias | |
| Editora | Escolar Editora |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Mohsin Mahomed Sidat, Carlos Manuel Serra, Thales Haddad Novaes de Andrade, Ana Monteiro |
É nutricionista com veia de atleta, amante de animais, dedicada ao vegetarianismo e, na altura em que este livro chegar às tuas mãos, recém-mamã. Trabalha atualmente no pelouro da Juventude da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão e, paralelamente, mantém o seu projeto Laranja-Lima, que iniciou em 2015. É no blogue e nas redes sociais que partilha regularmente artigos informativos sobre nutrição, alimentação vegetariana e também as suas receitas, sempre simples e muito saborosas.
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Vegetariano nas Quatro EstaçõesQuando criou o blogue Laranja-Lima, em 2015, a nutricionista Ana Isabel Monteiro queria provar ao mundo que a alimentação saudável também podia ser deliciosa. Mais tarde, ao tornar-se vegetariana, abraçou o novo desafio de mostrar que a alimentação de base vegetal tem tudo para ser igualmente saudável, saborosa e muito fácil de preparar! Da blogosfera para as redes sociais, hoje mais de 100 mil pessoas seguem afincadamente as receitas da nutricionista que sabe (mesmo!) como nos deixar com água na boca.E a magia culinária continua, agora em livro. Vegetariano nas Quatro Estações apresenta-nos 80 pratos saborosos e nutritivos, divididos pelas quatro estações do ano - porque atender aos produtos da época faz toda a diferença no sabor e propriedades dos alimentos. A par disso, a autora descomplica ainda o tema do vegetarianismo num guia completo onde responde a todas as dúvidas, questões e dilemas de quem tem este regime alimentar ou quer começar a comer de forma mais verde.E para quem não se sente pronto para deixar os produtos de origem animal, não há problema. Para Ana Isabel Monteiro, todos os passos contam: introduzir ocasionalmente refeições de base vegetal na ementa já é maravilhoso. Para a saúde e para o planeta! -
Estado, Pluralismo Jurídico e Recursos Naturais - Avanços e Recuos na Contrução do Direito Moçambicano“O texto apoia-se numa investigação profunda e exaustiva, recolhendo uma enorme quantidade de materiais, muitos deles inéditos, mas que se assumem como plenamente relevantes para o tema em causa. Foi um trabalho árduo e de muitos anos, mas que plenamente satisfaz o leitor, em que se deve salientar a capacidade de os mesmos serem agradavelmente apresentados ao longo de uma narrativa segura.O discurso por que opta o Doutor Carlos Serra é crítico, assinalando as contradições entre os princípios propalados e os resultados da prática vivida, muitas vezes aí se misturando as inépcias próprias das más decisões políticas com soluções mais ou menos conspirativas, sempre em rota de colisão com a mais elementar e óbvia interpretação do interesse nacional. É um texto muito agradável de se ler, no qual se avança com conclusões originais, ainda que ali e acolá se possa dizer que o discurso se radicaliza. Como quer que seja, o autor, corajosamente, sempre se afoita a dar a sua opinião sobre as coisas, mesmo com o risco de isso não agradar às “vozes comuns”, o que é muito bom para o discurso universitário, marcado que deve ser pela liberdade científica e pela problematização das soluções pretensamente adquiridas.”In PrefácioJorge Bacelar GouveiaProfessor Catedrático da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa
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As Lições dos MestresO encontro pessoal entre mestre e discípulo é o tema de George Steiner neste livro absolutamente fascinante, uma sólida reflexão sobre a interacção infinitamente complexa e subtil de poder, confiança e paixão que marca as formas mais profundas de pedagogia. Baseado em conferências que o autor proferiu na Universidade de Harvard, As Lições dos Mestres evoca um grande número de figuras exemplares, nomeadamente, Sócrates e Platão, Jesus e os seus discípulos, Virgílio e Dante, Heloísa e Abelardo, Tycho Brahe e Johann Kepler, o Baal Shem Tov, sábios confucionistas e budistas, Edmund Husserl e Martin Heidegger, Nadia Boulanger e Knute Rockne. Escrito com erudição e paixão, o presente livro é em si mesmo uma lição magistral sobre a elevada vocação e os sérios riscos que o verdadeiro professor e o verdadeiro aluno assumem e partilham. -
Novo Iluminismo RadicalNovo Iluminismo Radical propõe um olhar crítico e uma atitude combativa face à credulidade do nosso tempo. Perante os discursos catastrofistas e solucionistas que dominam as narrativas e uniformizam as linguagens, Marina Garcés interpela-nos: «E se nos atrevêssemos a pensar, novamente, na relação entre saber e emancipação?» Ao defender a capacidade de nos auto‑educarmos, relança a confiança na natureza humana para afirmar a sua liberdade e construir, em conjunto, um mundo mais habitável e mais justo. Uma aposta crítica na emancipação, que precisa de ser novamente explorada. -
Um Dedo Borrado de Tinta - Histórias de Quem Não Pôde Aprender a LerCasteleiro, no distrito da Guarda, é uma das freguesias nacionais com maior taxa de analfabetismo. Este livro retrata a vida e o quotidiano de habitantes desta aldeia que não tiveram oportunidade de aprender a ler e a escrever. É o caso de Horácio: sabe como se chama cada uma das letras do alfabeto, até é capaz de as escrever uma a uma, mas, na sua cabeça, elas estão como que desligadas; quando recebe uma carta tem de «ir à Beatriz», funcionária do posto dos correios e juntadora de letras. Na sua ronda, o carteiro Rui nunca se pode esquecer da almofada de tinta, para os que só conseguem «assinar» com o indicador direito. Em Portugal, onde, em 2021, persistiam 3,1% de analfabetos, estas histórias são quase arqueologia social, testemunhos de um mundo prestes a desaparecer. -
Sobre a Ganância, o Amor e Outros Materiais de ConstruçãoTextos de Francisco Keil do Amaral sobre o problema da habitação 1945-1973. Francisco Keil do Amaral (1910-1975), arquitecto português, com obra construída em Portugal e no estrangeiro, destacou-se com os grandes projectos para a cidade de Lisboa de parques e equipamentos públicos, dos quais se destacam o Parque de Monsanto e o Parque Eduardo VII. Foi também autor de diversos artigos que escreveu para a imprensa, obras de divulgação sobre a Arquitectura e o Urbanismo - "A arquitectura e a vida" (1942), "A moderna arquitectura holandesa" (1943) ou "Lisboa, uma cidade em transformação" (1969) - e livros de opinião e memórias - "Histórias à margem de um século de história" (1970) e "Quero entender o mundo" (1974). Apesar da obra pública projectada e construída durante o Estado Novo, Keil do Amaral foi um crítico do regime. Alguns dos textos mais críticos que escreveu e proferiu em público foram dedicados ao Problema da Habitação, título do opúsculo publicado em 1945 que reproduz o texto de uma palestra dada em 1943, e que surge novamente no título da comunicação que faz no 3º Congresso da Oposição Democrática em 1973. São dois dos textos reproduzidos nesta pequena publicação que reúne textos (e uma entrevista) de diferentes períodos da vida de Keil do Amaral. Apesar da distância que medeia os vários textos e aquela que os separa do presente, o problema da habitação de que fala Keil do Amaral parece ser constante, e visível não apenas em Lisboa, seu principal objecto de estudo, como noutras zonas do país e globalmente. -
Problemas de GéneroVinte e sete anos após a sua publicação original, Gender Trouble está finalmente disponível em Portugal. Trata-se de um dos textos mais importantes da teoria feminista, dos estudos de género e da teoria queer. Ao definir o conceito de género como performatividade – isto é, como algo que se constrói e que é, em última análise uma performance – Problemas de Género repensou conceitos do feminismo e lançou os alicerces para a teoria queer, revolucionando a linguagem dos activismos. -
Redes Sociais - Ilusão, Obsessão e ManipulaçãoAs redes sociais tornaram-se salas de convívio global. A amizade subjugou-se a relações algorítmicas e a vida em sociedade passou a ser mediada pela tecnologia. O corpo mercantilizou-se. O Instagram é uma montra de corpos perfeitos e esculpidos, sem espaço para rugas ou estrias. Os influencers tornaram-se arautos da propagação do consumo e da felicidade. Nas redes sociais, não há espaço para a tristeza. Os bancos do jardim, outrora espaços privilegiados para as relações amorosas, foram substituídos pelo Tinder. Os sites de encontros são o expoente de uma banalização e superficialidade de valores essenciais às relações humanas. As nudes são um sinal da promoção do corpo e da vulgarização do espaço privado. Este livro convida o leitor para uma viagem pelas transformações nas relações de sociabilidade provocadas pela penetração das redes sociais nas nossas vidas. O autor analisa e foca-se nos novos padrões de comportamento que daí emergem: a ilusão da felicidade, a obsessão por estar ligado e a ligeireza como somos manipulados pelos gigantes tecnológicos. Nas páginas do livro que tem nas mãos é-lhe apresentada uma visão crítica sobre a ilusão, obsessão e manipulação que ocorre no mundo das redes sociais. -
Manual de Investigação em Ciências SociaisApós quase trinta anos de sucesso, muitas traduções e centenas de milhares de utilizadores em todo o mundo, a presente edição foi profundamente reformulada e complementada para responder ainda melhor às necessidades dos estudantes e professores de hoje.• Como começar uma investigação em ciências sociais de forma eficiente e formular o seu projecto? • Como proceder durante o trabalho exploratório para se pôr no bom caminho?• Quais os princípios metodológicos essenciais que deve respeitar?• Que métodos de investigação escolher para recolher e analisar as informações úteis e como aplicá-las?• Como progredir passo a passo sem se perder pelo caminho?• Por fim, como concluir uma investigação e apresentar os contributos para o conhecimento que esta originou?Estas são perguntas feitas por todos os estudantes de ciências sociais, ciências políticas, comunicação e serviço social que se iniciam na metodologia da investigação e que nela têm de se lançar sozinhos.Esta edição ampliada responde ainda melhor às actuais necessidades académicas: • Os exemplos e as aplicações concretas incidem sobre questões relacionadas com os problemas da actualidade.• A recolha e a análise das informações abrangem tanto os métodos quantitativos como os métodos qualitativos.• São expostos procedimentos indutivos e dedutivos. -
Gramsci - A Cultura, os Subalternos e a EducaçãoGramsci, já universalmente considerado como um autor clássico, foi um homem e um pensador livre. Livre e lúcido, conduzido por uma racionalidade fria e implacável, por um rigor e uma disciplina intelectual verdadeiramente extraordinários. Toda a história da sua vida, a sua prisão nos cárceres fascistas, onde ficou por mais de dez anos, as terríveis provações físicas e morais que suportou até à morte, os confrontos duríssimos com os companheiros de partido, na Itália e na Rússia, o cruel afastamento da mulher e dos filhos, tudo isso é um testemunho da sua extraordinária personalidade e, ao mesmo tempo, da agitada e dramática página da história italiana, que vai do primeiro pós-guerra até à consolidação do fascismo de Mussolini. Gramsci foi libertado em 1937, após um calvário de prisões e graves doenças, que o levaram a morrer em Roma, no dia seguinte ao da sua libertação. Só anos mais tarde, no fim da segunda guerra e com o regresso da Itália à democracia, a sua obra começou a ser trabalhada e publicada.