O Triunfo do Ovo e Outras Histórias
Romancista e contista norte-americano, colaborou em diversos jornais e revistas, tendo influenciado autores como Ernest Hemingway e William Faulkner.
Mestre do conto, retratou como nenhum outro autor da sua geração a realidade das comunidades sulistas norte-americanas, obtendo o merecido reconhecimento com a publicação do brilhante livro de contos, intitulado Winesburg, Ohio, publicado em Maio de 1919.
A sua escrita vai muito além de meras descrições da paisagem, das casas decrépitas do sul dos EUA e das suas estradas poeirentas.
É a estranheza das suas personagens que nos comove, a forma como as suas vidas, neuroses e inquietações, rapidamente se transformam num sussurro, numa espécie de segunda voz interior, segunda consciência, que nos sorve e nos possui como um canto fantasmagórico.
Estes “grotescos”, como Sherwood Anderson (1876-1941) os apelidava, são indivíduos arraigados na sua própria terra, assaltados pela dúvida e pelo medo, sentimentos bastante comuns nesse habitual hermetismo que caracteriza as comunidades rurais do sul profundo dos EUA. Homens e mulheres violentados pela vida, párias reprimidos e alienados, náufragos neuróticos fechados dentro de si mesmos, necrófagos da vida vagueando na escuridão tentando compreender os seus próprios impulsos, a sua própria condição.
As suas personagens, ainda que rudes e atormentadas, são poéticas e absurdas, delirantes e febris. Evocam um outro tempo. Um tempo de céu presente e estrelas brilhantes. Um tempo de noites verdadeiramente escuras e de dias insuportavelmente luminosos, onde vozes ecoam nos prados desolados e tenebrosos segredos exsudam dos telhados dos alpendres no silêncio da noite.
Sherwood Anderson aponta o dedo às questões raciais, à perversão e repressão sexuais, à industrialização feroz, à opressão e exploração das gentes do sul por parte dos ricos e poderosos, partindo quase sempre da sua própria experiência, das suas próprias vivências.
Sherwood Anderson é o autor de obras como Winesburg, Ohio (1919), Many Marriages (1923), Death In The Woods And Other Stories (1933), e este O Triunfo Do Ovo e Outras Histórias, publicado em 1921.
William Faulkner mencionou no seu discurso de agradecimento, após atribuição do Prémio Nobel da Literatura, em 1949, que “somos todos filhos de Sherwood Anderson”, numa clara alusão a si próprio e a autores como Hemingway, Dos Passos e Wolfe.
| Editora | Cutelo |
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| Editora | Cutelo |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Sherwood Anderson |
Sherwood Anderson nasceu em 1876 na pequena cidade de Camden, no Ohio.
Filho de Irwin McClain e Emma Jane Smith, passou a juventude em Clyde, localidade que serviu de inspiração para o seu livro mais famoso, Winesburg, Ohio (1919), mudando-se para Chicago após a morte da mãe, em 1895.
Depois de ter servido o Exército em Cuba durante a Guerra Hispano-Americana, retorna a Clyde, fixando-se depois em Springfield, onde conclui o último ano na Wittenburg Academy.
Em 1906, muda-se para Cleveland com a primeira esposa e os três filhos, assumindo a presidência da United Factories Company, uma empresa de serviços de entregas por correio. No ano seguinte, abandona a empresa e leva a família para Elyria, onde constitui a Anderson Manufacturing Co., outra empresa de serviços de entregas por correio.
Por volta de 1909, tensões começam a brotar no interior de Anderson. Insatisfeito com a carreira profissional e acometido por preocupações financeiras crescentes e problemas conjugais, sofre um colapso nervoso em Novembro de 1912.
É no decorrer deste episódio que decide dedicar-se inteiramente à escrita, tendo publicado oito romances, quatro colecções de contos, duas colecções de poesia, uma colecção de peças de teatro e doze obras de não-ficção.
Morre solitário em 1941, na cidade de Colón, no Panamá, na sequência de uma peritonite provocada por um palito que terá ingerido ao degustar um Martini.
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Winesburg, OhioWinesburg, Ohio, relata as vidas secretas e escondidas dos habitantes de uma pequena vila, numa forma que dilui as linhas do romance e do conto. -
Morte na Floresta e Outras HistóriasMorte na Floresta e Outras Histórias é um livro de contos do americano Sherwood Anderson, publicado originalmente em 1933. É o segundo livro do autor na Cutelo. A tradução é de Paulo Faria.
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Vemo-nos em AgostoTodos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva até à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo. Estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano.Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsa e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para o interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração.Escrito no estilo inconfundível e fascinante de García Márquez, Vemo-nos em Agosto é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino. Um presente inesperado de um dos melhores escritores que o mundo já conheceu. A tradução é de J. Teixeira de Aguilar. -
Deus na EscuridãoEste livro explora a ideia de que amar é sempre um sentimento que se exerce na escuridão. Uma aposta sem garantia que se pode tornar absoluta. A dúvida está em saber se os irmãos podem amar como as mães que, por sua vez, amam como Deus. -
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Os Meus Dias na Livraria MorisakiEsta é uma história em que a magia dos livros, a paixão pelas coisas simples e belas e a elegância japonesa se unem para nos tocar a alma e o coração.Estamos em Jimbocho, o bairro das livrarias de Tóquio, um paraíso para leitores. Aqui, o tempo não se mede da mesma maneira e a tranquilidade contrasta com o bulício do metro, ali ao lado, e com os desmesurados prédios modernos que traçam linhas retas no céu.Mas há quem não conheça este bairro. Takako, uma rapariga de 25 anos, com uma existência um pouco cinzenta, sabe onde fica, mas raramente vem aqui. Porém, é em Jimbocho que fica a livraria Morisaki, que está na família há três gerações: um espaço pequenino, num antigo prédio de madeira. Estamos assim apresentados ao reino de Satoru, o excêntrico tio de Takako. Satoru é o oposto de Takako, que, desde que o rapaz por quem estava apaixonada lhe disse que iria casar com outra pessoa, não sai de casa.É então que o tio lhe oferece o primeiro andar da Morisaki para morar. Takako, que lê tão pouco, vê-se de repente a viver entre periclitantes pilhas de livros, a ter de falar com clientes que lhe fazem perguntas insólitas. Entre conversas cada vez mais apaixonadas sobre literatura, um encontro num café com um rapaz tão estranho quanto tímido e inesperadas revelações sobre a história de amor de Satoru, aos poucos, Takako descobre uma forma de falar e de estar com os outros que começa nos livros para chegar ao coração. Uma forma de viver mais pura, autêntica e profundamente íntima, que deixa para trás os medos do confronto e da desilusão. -
ManiacMANIAC é uma obra de ficção baseada em factos reais que tem como protagonista John von Neumann, matemático húngaro nacionalizado norte-americano que lançou as bases da computação. Von Neumann esteve ligado ao Projeto Manhattan e foi considerado um dos investigadores mais brilhantes do século XX, capaz de antecipar muitas das perguntas fundamentais do século XXI. MANIAC pode ser lido como um relato dos mitos fundadores da tecnologia moderna, mas escrito com o ritmo de um thriller. Labatut é um escritor para quem “a literatura é um trabalho do espírito e não do cérebro”. Por isso, em MANIAC convergem a irracionalidade do misticismo e a racionalidade própria da ciência -
Uma Noite na Livraria Morisaki - Os meus Dias na Livraria Morisaki 2Sim, devemos regressar onde fomos felizes. E à livraria Morisaki, lugar de histórias únicas, voltamos com Takako, para descobrir um dos romances japoneses mais mágicos do ano.Estamos novamente em Tóquio, mais concretamente em Jimbocho, o bairro das livrarias, onde os leitores encontram o paraíso. Entre elas está a livraria Morisaki, um negócio familiar cuja especialidade é literatura japonesa contemporânea, há anos gerida por Satoru, e mais recentemente com a ajuda da mulher, Momoko. Além do casal, a sobrinha Takako é presença regular na Morisaki, e é ela quem vai tomar conta da livraria quando os tios seguem numa viagem romântica oferecida pela jovem, por ocasião do aniversário de casamento.Como já tinha acontecido, Takako instala-se no primeiro andar da livraria e mergulha, instantaneamente, naquele ambiente mágico, onde os clientes são especiais e as pilhas de livros formam uma espécie de barreira contra as coisas menos boas do mundo. Takako está entusiasmada, como há muito não se sentia, mas… porque está o tio, Satoru, a agir de forma tão estranha? E quem é aquela mulher que continua a ver, repetidamente, no café ao lado da livraria?Regressemos à livraria Morisaki, onde a beleza, a simplicidade e as surpresas estão longe, bem longe de acabar. -
Uma Brancura LuminosaUm homem conduz sem destino. Ao acaso, vira à direita e à esquerda até que chega ao final da estrada na orla da floresta e o seu carro fica atolado. Pouco depois começa a escurecer e a nevar. O homem sai do carro e, em vez de ir à procura de alguém que o ajude, aventura-se insensatamente na floresta escura, debaixo de um céu negro e sem estrelas. Perde-se, quase morre de frio e de cansaço, envolto numa impenetrável escuridão. É então que surge, de repente, uma luz.Uma Brancura Luminosa é a mais recente obra de ficção de Jon Fosse, Prémio Nobel de Literatura de 2023. Uma história breve, estranhamente sublime e bela, sobre a existência, a memória e o divino, escrita numa forma literária única capaz de assombrar e comover.Tradução do norueguês de Liliete Martins.Os elogios da crítica:«Uma introdução perfeita à obra de Jon Fosse.» The Telegraph«Inquietante e lírico, este pequeno livro é uma introdução adequadamente enigmática à obra de Fosse e um bom ponto de partida para se enfrentar os seus romances mais vastos e experimentais.» Financial Times - Livro do Ano 2023«Uma Brancura Luminosa é, muito simplesmente, grande literatura.» Dagbladet