Os Primos da América
Sinopse
Com as eleições presidenciais americanas à porta, a colecção de Carlos Vaz Marques sugere uma viagem à América dos portugueses. Gerações de famílias originárias de Portugal, que ajudaram a construir os Estados Unidos e que forjaram uma identidade própria, tornando-se nesse processo conquistado à custa de espírito de sacrifício e trabalho árduo os nossos primos da América.
«No Outono de 1990, viajei pelos Estados Unidos por puro prazer. Foi então que compreendi que ninguém podia visitar a América pela primeira vez. A todo o passo assaltou-me a memória de outras viagens, folheando livros, frequentando salas de cinema. Essa minha América, minha, foi o pano de fundo. [
]Em San Diego, o boné redondo e branco de um marujo, com palmeiras ao fundo; em Monterey, os cromados de um Chevrolet «Bel Air», 1958; uma flor de hibisco caída no solo negro do Havai; uns garotos a jogar basquete numa quadra de tijolos vermelhos, em Newark; a névoa saindo de um bueiro em Manhattan... Tudo reencontros com lugares onde nunca estivera.
Com esse meu lastro, persegui a América dos outros. A América dos luso-americanos.» Ferreira Fernandes
Críticas de imprensa
«Pessoal, rico, documentado, cheio de vida e saber, escrito num português esmerado melhor, esmerilado -, Os Primos da América reemerge do seu esquecimento [
] mais de duas décadas depois de chegar às livrarias pela primeira vez, para nos deixar com a estranha sensação de que lê-lo é um prazer raro [
].»
António Rodrigues, Público
| Editora | Tinta da China |
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| Categorias | |
| Editora | Tinta da China |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Ferreira Fernandes |
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NovidadeAs Eleições que Ninguém Queria GanharDurante o mês de agosto - todos os dias, respeitando o descanso de domingo, porque inventar também cansa - o jornal Diário de Noticias publicou um folhetim de verão contando o setembro que vinha a seguir: As Eleições que Ninguém Queria Ganhar. Como o seu nome indicava não era sobre os mistérios da estrada de Sintra. A trama era inventada, como costume nos folhetins, mas era sobre política. Tratou-se, pois, de uma ficção política. O autor começou por ser Anónimo, mas acabou revelado como Ferreira Fernandes. «É preciso um enorme sentido de responsabilidade do autor para fazer este exercício sem magoar ou ferir, sem manipular ou estragar, sem saturar, e mesmo assim conseguir ser acutilante o suficiente para chamar o leitor dia após dia. Prever é difícil, especialmente o futuro, mas eu diria que o folhetim veio para ficar no Diário de Notícias. Assim se fazem bons jornais. Quanto aos políticos retratados, que atire a primeira pedra aquele que não tenha a justa vaidade de achar que muito do que faz é digno de figurar na melhor literatura. O jornalista Ferreira Fernandes e o Diário de Notícias demonstraram que sim: o que não faltam são boas histórias com grandes e pequenos protagonistas, daí o sentido deste livro. O que é bom merece perdurar.» André Macedo, no Prefácio -
NovidadeFrases Que Fizeram a HistóriaObra inédita e surpreendente que traz à luz do dia esta espécie de senhas e contra-senhas da nossa identidade, lhes atribui um autor, quando possível, uma data e o contexto em que foram ditas. A matéria-prima é inesgotável. De Viriato a D. João II, passando pelas expressões populares, até chegar aos mais recentes fazedores de frases como Mário Soares e Cavaco Silva. "Só fui à Figueira para fazer a rodagem do meu Automóvel" Cavaco Silva "À grande e à francesa" Expressão popular nascida em 1807 "Sei muito bem o que quero e para onde vou" António de Oliveira Salazar "Voltará numa manhã de nevoeiro" Gonçalo Anes Bandarra -
NovidadeMadeirenses ErrantesChegado, em 1839, ao Funchal, o escocês Robert Kalley fez a primeira grande evangelização protestante em território português. Se nos primeiros anos a sua acção de médico o popularizou e o tornou bem visto pelas autoridades, o seu proselitismo religioso fez escândalo num país de religião de Estado e única. Foi preso e, no Verão de 1846, a repressão contra os seus seguidores ocasionou uma fuga em massa. Centenas de homens, mulheres crianças, madeirenses protestantes, foram obrigados a refugiar-se em barcos ingleses. Uma diáspora que correu vários mares e pradarias - da Madeira para a ilha da Trindade, das Caraíbas para o Ilinóis, e daí para o arquipélago do Havai. -
NovidadeMartim Moniz - Como o Desentalar e Passar a AdmirarA Praça Martim Moniz foi como que amaldiçoada ao longo da história, sujeita a remodelações, destruições e reconstruções. Do colorido das noras e laranjais a desejada melhor porta lisboeta para o norte, a atravancado urbanístico, por fim a praça derrubada e vazia. Agora que é retomada para discussão pública, renasce uma dúvida: o que fazer com esta vítima de sucessivos faz e desfaz? O presente retrato é uma viagem a esta praça confusa e fascinante, do ribeiro de Arroios a polo do fado e do cinema português, dos marialvas e artistas. Um relato de pérolas perdidas e trambolhos urbanos. Da população antiga e, sempre, de recém-chegados. Entre sucessivas mudanças e prudentes ambições, o Martim Moniz saberá, mais uma vez, reinventar-se. -
NovidadeCadernos do Arquivo - Volume 3Voltou aos lugares passados e andou por outros. Teve um hotel, Olofsson, um restaurante, La Belle Créole, uma homenagem à mulher, haitiana, em Israel, uma loja de tecidos exóticos na Praça de Espanha, em Roma. Roger Kahan - ou Coster - foi um trota-mundos por razões várias, mas foi em 1940 que a sua história se cruzou definitivamente com a História, quando, ainda apenas fotógrafo de cinema, francês, já refugiado, tirou as melhores fotografias de outros refugiados, sobretudo judeus, no porto de Lisboa. Esta é a história de um contador de tantas vidas dos outros - de que é epítome maior a velha senhora sentada numa mala num cais do Tejo -, que ao seu próprio destino baralhou-o, como que para se esconder.
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NovidadeO Essencial Sobre José Saramago«Aquilo que neste livro se entende como essencial em José Saramago corresponde à sua específica identidade como escritor, com a singularidade e com as propriedades que o diferenciam, nos seus fundamentos e manifestações. Mas isso não é tudo. No autor de Memorial do Convento afirma-se também uma condição de cidadão e de homem político, pensando o seu tempo e os fenómenos sociais e culturais que o conformam. Para o que aqui importa, isso é igualmente essencial em Saramago, até porque aquela condição de cidadão não é estranha às obras literárias com as quais ela interage, em termos muito expressivos.» in Contracapa -
NovidadeConfissões de um Jovem EscritorUmberto Eco publicou seu primeiro romance, O Nome da Rosa, em 1980, quando tinha quase 50 anos. Nestas suas Confissões, escritas cerca de trinta anos depois da sua estreia na ficção, o brilhante intelectual italiano percorre a sua longa carreira como ensaísta dedicando especial atenção ao labor criativo que consagrou aos romances que o aclamaram. De forma simultaneamente divertida e séria, com o brilhantismo de sempre, Umberto Eco explora temas como a fronteira entre a ficção e a não-ficção, a ambiguidade que o escritor mantém para que seus leitores se sintam livres para seguir o seu próprio caminho interpre tativo, bem como a capacidade de gerar neles emoções. Composto por quatro conferências integradas no âmbito das palestras Richard Ellmann sobre Literatura Moderna que Eco proferiu na Universidade Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos, Confissões de um jovem escritor é uma viagem irresistível aos mundos imaginários do autor e ao modo como os transformou em histórias inesquecíveis para todos os leitores. O “jovem escritor” revela-se, afinal, um grande mestre e aqui partilha a sua sabedoria sobre a arte da imaginação e o poder das palavras. -
NovidadeSobre as MulheresSobre as Mulheres é uma amostra substancial da escrita de Susan Sontag em torno da questão da mulher. Ao longo dos sete ensaios e entrevistas (e de uma troca pública de argumentos), são abordados relevantes temas, como os desafios e a humilhação que as mulheres enfrentam à medida que envelhecem, a relação entre a luta pela libertação das mulheres e a luta de classes, a beleza, o feminismo, o fascismo, o cinema. Ao fim de cinquenta anos – datam dos primeiros anos da década de 1970 –, estes textos não envelheceram nem perderam pertinência. E, no seu conjunto, revelam a curiosidade incansável, a precisão histórica, a solidez política e o repúdio por categorizações fáceis – em suma, a inimitável inteligência de Sontag em pleno exercício.«É um deleite observar a agilidade da mente seccionando através da flacidez do pensamento preguiçoso.» The Washington Post«Uma nova compilação de primeiros textos de Sontag sobre género, sexualidade e feminismo.» Kirkus Reviews -
NovidadePara Tão Curtos Amores, Tão Longa VidaNuma época e num país como o nosso, em que se regista um número muito elevado de divórcios, e em que muitos casais preferem «viver juntos» a casar-se, dando origem nas estatísticas a muitas crianças nascidas «fora do casamento», nesta época e neste país a pergunta mais próxima da realidade não é por que duram tão pouco tantos casamentos, mas antes: Por que é que há casamentos que duram até à morte dos cônjuges? Qual é o segredo? Há um segredo nisso? Este novo livro de Daniel Sampaio, que traz o título tão evocativo: Para Tão Curtos Amores, Tão Longa Vida, discute as relações afetivas breves e as prolongadas, a monogamia e a infidelidade, a importância da relação precoce com os pais e as vicissitudes do amor. Combinando dois estilos, o ficcional e o ensaístico, que domina na perfeição, o autor traz perante os nossos olhos, de modo muito transparente e sem preconceitos, tão abundantes nestas matérias, os problemas e dificuldades dos casais no mundo de hoje, as suas vitórias e derrotas na luta permanente para manterem viva a sua união.Um livro para todos nós porque (quase) todos nós, mais tarde ou mais cedo, passamos por isso. -
NovidadeA Vida na SelvaHá quem nasça para o romance ou para a poesia e se torne conhecido pelo seu trabalho literário; e quem chegue a esse ponto depois de percorrer um longo caminho de vida, atravessando os escolhos e a complexidade de uma profissão, ou de uma passagem pela política, ou de um reconhecimento público que não está ligado à literatura. Foi o caso de Álvaro Laborinho Lúcio, que publicou o seu primeiro e inesperado romance (O Chamador) em 2014.Desde então, em leituras públicas, festivais, conferências e textos com destinos vários, tem feito uma viagem de que guarda memórias, opiniões, interesses, perguntas e respostas, perplexidades e reconhecimentos. Estes textos são o primeiro resumo de uma vida com a literatura – e o testemunho de um homem comprometido com as suas paixões e o diálogo com os outros. O resultado é comovente e tão inesperado como foi a publicação do primeiro romance. -
NovidadeAlmoço de DomingoUm romance, uma biografia, uma leitura de Portugal e das várias gerações portuguesas entre 1931 e 2021. Tudo olhado a partir de uma geografia e de uma família.Com este novo romance de José Luís Peixoto acompanhamos, entre 1931 e 2021, a biografia de um homem famoso que o leitor há de identificar — em paralelo com história do país durante esses anos. No Alentejo da raia, o contrabando é a resistência perante a pobreza, tal como é a metáfora das múltiplas e imprecisas fronteiras que rodeiam a existência e a literatura. Através dessa entrada, chega-se muito longe, sem nunca esquecer as origens. Num percurso de várias gerações, tocado pela Guerra Civil de Espanha, pelo 25 de abril, por figuras como Marcelo Caetano ou Mário Soares e Felipe González, este é também um romance sobre a idade, sobre a vida contra a morte, sobre o amor profundo e ancestral de uma família reunida, em torno do patriarca, no seu almoço de domingo.«O passado tem de provar constantemente que existiu. Aquilo que foi esquecido e o que não existiu ocupam o mesmo lugar. Há muita realidade a passear-se por aí, frágil, transportada apenas por uma única pessoa. Se esse indivíduo desaparecer, toda essa realidade desaparece sem apelo, não existe meio de recuperá-la, é como se não tivesse existido.» «Os motoristas estão à espera, o brado da multidão mistura-se com o rugido dos motores. Antes de entrarmos, o Mário Soares aproxima-se de mim, correu tudo tão bem, e abraça-me com um par estrondosas palmadas no centro das costas. A coluna de carros avança devagar pelas ruas da vila. Tenho a garganta apertada, não consigo falar. Como me orgulha que Campo Maior seja a capital da península durante este momento.»«Autobiografia é um romance que desafia o leitor ao diluir fronteiras entre o real e o ficcional, entre espaços e tempos, entre duas personagens de nome José, um jovem escritor e José Saramago. Este é o melhor romance de José Luís Peixoto.»José Riço Direitinho, Público «O principal risco de Autobiografia era esgotar-se no plano da mera homenagem engenhosa, mas Peixoto evitou essa armadilha, ao construir uma narrativa que se expande em várias direções, acumulando camadas de complexidade.»José Mário Silva, Expresso -
NovidadeElectra Nº 23A Atenção, tema de que se ocupa o dossier central do número 23 da revista Electra, é um recurso escasso e precioso e por isso objecto de uma guerra de concorrência sem tréguas para conseguir a sua captura. Nunca houve uma tão grande proliferação de informação, de produtos de consumo, de bens culturais, de acontecimentos que reclamam a atenção. Ela é a mercadoria da qual depende o valor de todas as mercadorias, sejam materiais ou imateriais, reais ou simbólicas. A Atenção é, pois, uma questão fundamental do nosso tempo e é um tópico crucial para o compreendermos. Sobre ela destacam-se neste dossier artigos e entrevistas de Yves Citton, Enrico Campo, Mark Wigley, Georg Franck e Claire Bishop. Nesta edição, na secção “Primeira Pessoa”, são publicadas entrevistas à escritora, professora e crítica norte-americana Svetlana Alpers (por Afonso Dias Ramos), cujo trabalho pioneiro redefiniu o campo da história da arte nas últimas décadas, e a Philippe Descola (por António Guerreiro), figura central da Antropologia, que nos fala de temas que vão desde a produção de imagens e das tradições e dos estilos iconográficos à questão da oposição entre natureza e cultura. A secção “Furo” apresenta um conjunto de desenhos e cartas inéditos da pintora Maria Helena Vieira da Silva. Em 1928, tinha vinte anos. Havia saído de Portugal para estudar arte em Paris e, de França, foi a Itália numa viagem de estudo. Durante esse percurso desenhou num caderno esboços rápidos do que via, e ao mesmo tempo, escrevia cartas à mãe para lhe contar as suas impressões e descobertas. Uma selecção destes desenhos e destas cartas, que estabelecem entre si um diálogo íntimo e consonante, é agora revelada. Na Electra 23, é publicada, na secção “Figura”, um retrato do grande poeta grego Konstandinos Kavafis, feito pelo professor e tradutor Nikos Pratsinis, a partir de oito perguntas capitais; é comentada, pelo escritor Christian Salmon, na secção “Passagens”, uma reflexão sobre a história trágica da Europa Central do consagrado romancista e ensaísta checo, Milan Kundera. Ainda neste número, o ensaísta e jornalista Sergio Molino dá-nos um mapa pessoal da cidade de Saragoça, em que a história e a geografia, a literatura e a arte se encontram; o jornalista e colunista brasileiro Marcelo Leite trata das investigações em curso desde os anos 90, com vista ao uso farmacológico e terapêutico dos psicadélicos; a escritora e veterinária María Sanchez constrói um diário que é atravessado por procuras e encontros, casas e viagens, livros e animais, terras e mulheres, amor e amizade; o arquitecto, investigador e curador chileno Francisco Díaz aborda a relação entre solo e terreno, a partir do projecto da Cidade da Cultura de Santiago de Compostela, da autoria de Peter Eisenman; o artista e ensaísta João Sousa Cardoso escreve sobre a obra do escultor Rui Chafes, revisitando três exposições e um livro apresentados durante o ano de 2023; e o dramaturgo Miguel Castro Caldas comenta a palavra “Confortável”.Vários -
NovidadeDiário SelvagemEste «Diário Selvagem», «até aqui quase integralmente inédito, é um livro mítico, listado e discutido em inúmeras cartas e cronologias do autor, a que só alguns biógrafos e estudiosos foram tendo acesso».