Piratas e Imperadores, Velhos e Novos - O Terror Que Nos Vendem e o Mundo Real
A presente dissecação que Chomsky faz do terrorismo explora o papel dos EUA no Médio Oriente e revela como os órgãos de comunicação social estão habituados a manipular a opinião pública acerca do que se considera como "terrorismo". Abarcando o período que vai desde os tempos da administração Reagan, com a situação do Irão e o bombardeamento da Líbia, até à actual administração Bush, e à segunda Intimada — ou guerra das pedras — que começou em Outubro de 2000, este é também um relato detalhado do impacto que o 11 de Setembro de 2001 teve na política externa norte-americana para o Médio Oriente e uma desconstrução das descrições e percepções sobre o terrorismo desde esta data.
Um ensaio brilhante sobre a evolução do terrorismo de Estado, escrito pelo maior crítico mundial do imperialismo americano.
| Editora | Publicações Europa-América |
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| Coleção | Biblioteca das Ideias |
| Categorias | |
| Editora | Publicações Europa-América |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Noam Chomsky |
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Aspectos da Teoria da SintaxeTrata-se de uma tradução portuguesa desta obra muito importante de Chomsky, acompanhada de uma extensa tradução e notas explicativas. -
Quem Governa o Mundo?A PRESENÇA PUBLICA O MAIS RECENTE LIVRO DO PRESTIGIADO NOAM CHOMSKY. «O maior intelectual da esfera pública.» - Observer Noam Chomsky empreende uma incisiva e profunda análise à influência atual dos centros de poder. Focando-se em particular no papel dos Estados Unidos da América, bem como da China, Estados do Médio Oriente e da Europa, Chomsky mais do que limitar-se a analisar a conjuntura mundial desde o fim da Segunda Guerra Mundial, mostra como se distribuem os poderes no mundo, expondo-os do ponto de vista político, económico e militar. Impetuoso, claro, arrebatador e meticulosamente bem documentado, este livro proporciona um entendimento indispensável aos temas centrais do nosso tempo. -
Requiem para o Sonho Americano: os 10 princípios da concentração da riqueza e do poderComo funciona o mundo atual e os mecanismos das democracias.O sonho americano desvaneceu-se. O que antes era possível nos Estados Unidos - começar do nada e ascender na escala social graças ao trabalho, ao mérito, ao empenho, quaisquer que fossem as origens - já não o é hoje em dia. Porquê? Porque as desigualdades nunca foram tão profundas e as oportunidades nunca foram tão restritas. Nesta obra, Noam Chomsky analisa detalhadamente os dez princípios fundamentais da concentração da riqueza e do poder nas mãos das elites dominantes, e apela ao despertar das maiorias e aos pequenos atos das pessoas anónimas. São estas que poderão fazer pulsar o futuro. Uma obra essencial para compreender como funciona o mundo de hoje, os mecanismos da democracia e as ideias, através da História, que estão na origem dos sistemas democráticos. -
Os Senhores do MundoUm conjunto, conciso e representativo, de ensaios e palestras políticas de Noam Chomsky escritos entre 1969 e 2013. O tema unificador do livro é claro: quem são os Senhores do Mundo e como estabelecem e mantêm o seu domínio. Em grande parte, a resposta está na disseminação ativa da miopia intelectual e na distorção que é posta ao serviço da elite no poder. O regresso de uma das figuras mais influentes na reflexão política do nosso tempo num exame incisivo à natureza do poder do Estado e das ideologias reintroduzindo questões morais e legais que muitas vezes ignoramos e que vão do papel dos intelectuais até à sobrevivência da nossa civilização passando pela prática da democracia e pela conservação da natureza. Uma análise implacável que é feita aos mitos dos que protegem o poder e o privilégio de poucos contra os interesses e necessidades de muitos. Uma nova introdução escrita por Marcus Raskin contextualiza o lugar de Chomsky no pensamento da história moderna. -
Iraque - Assalto ao Médio OrienteChomsky é um dos mais conceituados intelectuais americanos e, para além do seu trabalho como linguista, tem vindo a publicar uma série de livros onde pensa a política americana e a sua implicação no mundo. Muito a propósito, surge este "Iraque - Assalto ao Médio Oriente", onde reúne uma série de conferências e entrevistas em que analisa a situação actual, que leva os americanos à guerra com o Iraque. Chomsky sempre achou Saddam um ditador detestável, mas pergunta-se por que o apoiaram os EU, fornecendo-lhe inclusivamente tecnologia militar para fabricar as armas que agora o obrigaram a destruir. Nessa altura, o Iraque era um parceiro de negócios dos EU, que "controlavam" o seu petróleo, mas hoje em dia são a França e a Rússia que têm esse domínio (daí também ser mais fácil perceber a posição que tomaram os dois países)."Uma enorme clareza de análise, uma incisiva argúcia e sobretudo uma presença constante da memória, quase sempre tão incómoda. (...) a 'rede de Chomsky é vasta, e muitas das informações que recebe, muitos dos contactos que fomenta, muitas das viagens que efectua, muito do balanço que daí resulta, escapam à informação mais 'generalizada'. Neste aspecto, constitui uma importante 'fonte' de conhecimentos." Pedro Caldeira Rodrigues, Público, Mil FOlhas, 15/03/03"Chomsky nunca colocou no banco dos réus o povo americano, mas sim a política belicista (bem explicitada em 'Piratas e Imperadores, Velhos e Novos' e 'Iraque - Assalto ao Médio Oriente') do cartel americano da alta finaça e das grandes companhias petrolíferas, por um lado, e dos estrategos serventuários do Pentágono e dos negócios obscuros do complexo industrial-militar, por outro, estruturas de poder que constituem o núcleo duro da actual política externa dos EUA..."Vitor Quelhas, Expresso, Actual, 8/03/03 -
OccupyOs protestos e a desobediência civil são actualmente o aspecto exterior em constante evolução de algo mais profundo e poderoso: uma sublevação pública em expansão que tem por principais armas a receptividade, a democracia e a acção directa pacífica.Desde o início do movimento Occupy, em 2011, Chomsky apoiou a crítica à corrupção empresarial e incentivou a participação cívica, em prol da igualdade económica, da democracia e da liberdade. Neste livro de protesto, um conjunto de intervenções e discursos dirigidos ao movimento Occupy, o autor apresenta as exigências e os temas que levam gerações a manifestar-se, reflecte sobre as actuais desigualdades económicas e aponta vias para superar as políticas neoliberais e de austeridade.Inclui um capítulo com informações sobre os direitos dos manifestantes, o modo de proceder em caso de detenção e outras indicações à luz da legislação portuguesa. -
O Terrorismo Ocidental: de Hiroxima à guerra dos dronesApós testemunhar e analisar múltiplos conflitos atrozes, invasões e guerras em todos os continentes, fiquei convencido de que a grande maioria era planeada ou provocada por interesses geopolíticos ou económicos do Ocidente. E que a «informação» sobre esses acontecimentos sangrentos e sobre o destino dos seres humanos que os impérios coloniais têm vindo a exterminar e a sacrificar levianamente era grotescamente limitada e distorcida. As pessoas que não habitam no território europeu, nos Estados Unidos e nuns poucos países asiáticos foram descritas por George Orwell como «impessoas», uma expressão que o Noam também gosta de usar sarcasticamente. Após um exame mais atento, torna- -se claro que os milhares de milhões de «impessoas» constituem, na realidade, a maior parte da raça humana. -
Otimismo e Não Desespero«Para Chomsky, ainda assim, o desespero não é opção. Por mais horrenda que nos pareça a atual situação global, os esforços de resistência à opressão e à exploração nunca deixaram de dar frutos, mesmo em épocas bem mais obscuras do que a nossa.» Observador atento e crítico da sociedade e da política internacional, Noam Chomsky, em exaustiva e inédita entrevista conduzida por C. J. Polychroniou, reputado analista político-económico na estação televisiva Al Jazeera, percorre e sintetiza as bases de todo o seu pensamento. O tom é de conversa informal, abarcando uma análise de todas as temáticas e questões relevantes da atualidade: da União Europeia à administração Trump, do papel da religião na política à crescente polarização das classes sociais e ao meio ambiente, apontando caminhos diferentes para a construção de um mundo mais justo. -
O Programa MinimalistaO Programa Minimalista é uma obra-prima de Noam Chomsky. O principiante poderá aí encontrar ideias de vasto alcance e soluções fascinantes para numerosos problemas técnicos; o linguista mais experiente, por sua vez, re-descobrirá vários tópicos já familiares. Ambos se deixarão cativar logo desde a primeira página e - é necessário dizê-lo - ficarão ao mesmo tempo entusiasmados e frustrados por este livro extremamente exigente e criativo. O texto aborda praticamente todos os assuntos que alguém jamais imaginou sobre a competência humana para a linguagem. Ao mesmo tempo, fá-lo frequentemente de maneira críptica, e de um modo demasiado rápido para tratar adequadamente o vasto leque de questões que são colocadas em cada página. Numa palavra, é uma obra de génio, com tudo o que isso implica. Neste seu trabalho, Eduardo Paiva Raposo não foi o usual tradutor-traidor; podemos mesmo dizer que a sua versão do texto vai em determinados pontos para além do original, dado o seu esforço em clarificar com coerência passagens extremamente difíceis do texto, e a quantidade de notas explicativas que inclui. Curiosamente, o trabalho crítico de Eduardo Paiva Raposo sobre o texto afectou bastante o modo como Chomsky escreveu a continuação do presente livro (o chamado «capítulo 5»). Este é certamente um facto raro ou mesmo novo na história da tradução. O público académico português pode portanto considerar-se afortunado por ser exposto a um texto tão brilhante pela mão cuidadosa e sábia de um dos seus linguistas mais conhecidos.» Juan Uriagereka Juan Uriagereka. -
Mudar o MundoMudar o Mundo reúne as conversas entre Noam Chomsky e David Barsamian sobre as grandes questões que se impõem no despontar do século XXI, ao nível político, social e do indivíduo como parte da sociedade, explorando as preocupações mais urgentes e imediatas: o futuro da democracia no mundo árabe, as implicações do desastre nuclear de Fukushima, a «luta de classes» entre os interesses económicos dos EUA e os trabalhadores e classes menos favorecidas, o desmoronamento das instituições políticas mais populares e o aumento de poder da extrema-direita. Um olhar lúcido e atento sobre o mundo, por uma das figuras de maior relevo do século XX.
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As Lições dos MestresO encontro pessoal entre mestre e discípulo é o tema de George Steiner neste livro absolutamente fascinante, uma sólida reflexão sobre a interacção infinitamente complexa e subtil de poder, confiança e paixão que marca as formas mais profundas de pedagogia. Baseado em conferências que o autor proferiu na Universidade de Harvard, As Lições dos Mestres evoca um grande número de figuras exemplares, nomeadamente, Sócrates e Platão, Jesus e os seus discípulos, Virgílio e Dante, Heloísa e Abelardo, Tycho Brahe e Johann Kepler, o Baal Shem Tov, sábios confucionistas e budistas, Edmund Husserl e Martin Heidegger, Nadia Boulanger e Knute Rockne. Escrito com erudição e paixão, o presente livro é em si mesmo uma lição magistral sobre a elevada vocação e os sérios riscos que o verdadeiro professor e o verdadeiro aluno assumem e partilham. -
A Construção Sonora de Moçambique - 1974-1994Nataniel Ngomane: «Um trabalho pioneiro e, desde logo, importantíssima ferramenta referencial para trabalhos futuros não somente na área musical e sonora…» O que nos é apresentado neste livro de Marco Roque de Freitas é, efetivamente, uma abordagem teórica sistematizada da experiência musical de Moçambique, abordagem assente na base sólida que cobre o período de transição, sobretudo política — de 1974 a 1994 —, e «identificando os principais processos que levaram à sua relação com a construção social». Essa experiência musical é acrescida da experiência sonora, no sentido já descrito, como elemento com função central na construção da nação moçambicana. Desse ponto de vista, mesmo considerando a existência de alguns trabalhos de natureza similar em Moçambique, não temos nenhuma dificuldade em considerar este, na sua profundidade e intensidade, como um trabalho pioneiro e, desde logo, importantíssima ferramenta referencial para trabalhos futuros não somente na área musical e sonora, mas também noutras áreas das artes e outras, como da história de Moçambique, da antropologia, ciências políticas, entre muitas outras. [Nataniel Ngomane] Nesta obra é robusta a evidência da importância dos media para a análise etnomusicológica. Os processos da radiodifusão e da produção discográfica fazem parte de uma narrativa que sublinha o papel da tecnologia e dos procedimentos industriais e comerciais na configuração da música — e não apenas na sua reprodução, bem como a sua relação com os territórios e as populações de Moçambique. De facto, a extensão e diversidade cultural e territorial de Moçambique coloca à investigação desafios de enorme dimensão. O presente trabalho, fruto de uma investigação etnomusicológica extensa, aprofundada e centrada em Maputo e na sua área de influência mais próxima, constitui um importante testemunho daquilo que falta compreender, e das limitações com que ainda nos deparamos no projeto de conhecer a música em Moçambique. [João Soeiro de Carvalho] -
Orofobias... Marias... E Outros Mistérios (Temas de Psicanálise)"Orofobias... Marias... e outros Mistérios" congrega uma serie de Temas de Psicanálise, onde a partir da prática se teorizam e desenvolvem algumas observações inovadoras. Isso acontece sobretudo na primeira parte do livro, que roda em torno do conceito de "Orofobia", quadro clinico introduzido pelo autor. O texto percorre depois várias "Marias..." que dalguma forma se completam, alongando se nas angustias contempladas nesse quadro. Analisam se também os " Sentimentos de Mistério: Secreto ...Sagrado... Sexual" e os "Sentimentos de Justiça: Socorro! que com elas se interligam. A segunda parte do livro assume carácter mais pedagógico. Desenvolve textos sobre a Psicanálise, as Psicoterapias, os seus exercícios práticos, focando a sua aplicação em quadros graves, nomeadamente psicóticos. Nela se tentam precisar definições e conceitos. Índice Prefácio (A. Coimbra de Matos) Introdução Primeira Parte Orofobia: uma digressão contra-fusional Maria Vazia ou a gravidez perpétua (orofobia no feminino) Maria Narcisa ou a erotização do narcisismo Maria Triste já sonha Mistérios (Secreto... Sagrado... Sexual) Sentimentos de Justiça... Socorro Angústias Identificação... Projecção... Identificação Projectiva Segunda Parte Psicanálise e Psicoterapias dinâmicas Psicoterapia: conceito e definição Sobre a Psicanálise nas Psicoses Psicoterapia Analítica na EsquizofreniaVários -
Antropologia e Filosofia - Ensaios em torno de Lévi-StraussEnsaios em torno de Lévi-Strauss Os ensaios aqui recolhidos inspiram-se diversamente em Claude Lévi-Strauss: ou porque lhe usam o método para analisar as narrativas que são alguns contos populares portugueses; ou porque se referem directamente aos conceitos elaborados por Lévi-Strauss a propósito da história, do pensamento selvagem ou do inconsciente; ou ainda porque se inspiram na sua atitude reflexiva para interrogar os temas do tempo, do silêncio e da dor. ÍNDICE 1. CONTOS POPULARES PORTUGUESES: UMA ANALISE ESTRUTURAL - I 2. CONTOS POPULARES PORTUGUESES: UMA ANÁLISE ESTRUTURAL - II 3. DO MITO COLECTIVO AO MITO INDIVIDUAL 4. O MÉTODO ESTRUTURAL 5. DO PENSAMENTO SELVAGEM 6. A NATUREZA E A HISTÓRIA 7. O INCONSCIENTE ESTRUTURAL 8. O SILÊNCIO NA COMUNICAÇÃO 9. A TÉCNICA E A EXPERIÊNCIA DA DOR 10. TEMPO E REPETIÇÃOVários -
No Labirinto - O Líbano entre guerras, política e religiãoEntre Maio de 2OO5 e Julho de 2OO6, Miguel Portas esteve por três vezes no Líbano, país que já conhecia de outras viagens. Na qualidade de jornalista ou de eurodeputado, o autor tem visitado ainda, com regularidade, a Síria, Israel e os territórios ocupados da Palestina. No Labirinto é um livro que nasce em Beirute, em plena guerra. Antigo e moderno, ocidental e oriental, democrático e tribal, tolerante e guerreiro, o Líbano escapa aos clichés e ideias feitas. Marcado por múltiplas ingerências, bizarros protagonistas e estranhos jogos de alianças, condensa, em si, todos os conflitos e contradições do Médio Oriente. No país dos cedros, nada é o que parece... Parte I O nascimento de uma nação Promessa Ilusão Loucura Jogo Renascimento Parte II Trinta e três dias de guerra Viagem Palestina Israel Hezbollah Islamismo Crime Castigo pós-Guerra Está disponível em pdf o capítulo «Promessa», da Parte I. -
Crime ou Castigo? - Da Perseguição contra as Mulheres até à Despenalização do AbortoCRIME OU CASTIGO?, apresenta uma discussão histórica detalhada do problema do aborto. Desde a Antiguidade até aos dias de hoje, as concepções religiosas e sociais sobre o aborto foram mudando e esse é o primeiro tema deste livro. A autora analisa igualmente a evolução da lei, desde a criminalização do aborto no século XIX até à sua despenalização no século XX, com a excepção de Portugal, um dos poucos países europeus onde se manteve a criminalização das mulheres. O livro apresenta ainda um estudo empírico com mulheres portuguesas acerca do impacto que a realização de um aborto teve na sua vida. Índice 1. Urna Perspectiva Histórica dos Conhecimentos sobre Contracepção e Aborto 2. O Controle Populacional na Antiguidade 3. Da Era Cristã à Reforma 4. Da Reforma ao NeoMalthusianismo 5. O Século XIX e o Neomalthusianismo 6. O Século XX 7. Diferentes Legislações sobre Aborto no Mundo 8. O Abono no Mundo Actual 9. A Situação em Portugal 10. Aborto, uma Questão Polémica; Porquê Gravidezes Indesejadas? 11. As Consequências da Interrupção da Gravidez na Vida da Mulher 12. Existirá uma Nova Ética sobre o Aborto? 13. Conclusão -
Betão - Arma de Construção Maciça do CapitalismoPartindo do episódio da queda da Ponte Morandi, em Génova, em 2018, como caso exemplar da obsolescência programada, Anselm Jappe desenvolve a premissa de que o betão — um dos materiais de construção mais utilizados no planeta, produzido em quantidades astronómicas e com irreversíveis consequências sanitárias e ambientais — encarna por excelência a lógica desmesurada, descartável e destrutiva do capitalismo. Ensaio que associa a crítica do valor à crítica da arquitectura e do urbanismo contemporâneos, rememorando o historial problemático deste material — das intenções dos seus entusiastas às reservas dos seus detractores, da sua expansão durante a Revolução Industrial ao declínio de técnicas sustentáveis e ancestrais —, Betão (2020) é um protesto contra a uniformização económica, social e estética do mundo, uma recusa da habitação como activo rentável e um alerta para as insidiosas leis da mercadoria e do crescimento infinito. -
Terrorismo e Crime OrganizadoO autor reúne nesta coletânea ou antologia de (20) textos, diversos trabalhos e apontamentos que produziu entre 1993 e 2021, ao longo de quase três décadas, sobre temas do terrorismo e do crime organizado. Os textos correspondem a artigos publicados em revistas técnicas (7), em proceedings ou livros de atas de congressos e outras reuniões em sede de cooperação internacional (4) e outros simplesmente apresentados em diversos certames e em vários países (7) - em Portugal, Luxemburgo, Grécia, Uzbequistão e Bélgica - mas que nunca foram publicados em letra de forma e finalmente dois apontamentos absolutamente inéditos (redigidos em 2007 e 2019). Sem prejuízo da abordagem de interfaces e zonas de penetração recíproca e instrumental entre o terrorismo e a criminalidade organizada – como são definitivamente os casos do narcotráfico, do crime económico-financeiro, da corrupção, do tráfico de armas, do tráfico de seres humanos e da extorsão, ao melhor e inconfundível estilo mafioso – abordam-se temáticas tão distintas ou umbilicalmente conexas como a radicalização ideológica, a identificação das ameaças, o financiamento, a cooperação e colaboração internacional. Mas também tópicos de insuspeito relevo e interesse acrescentado como a saúde mental, as motivações e identidade psicossocial, as migrações e os refugiados, ou a segurança área e de eventos internacionais. O critério (cronológico) seguido na sucessiva apresentação dos textos, documenta a gradual projeção do terrorismo puramente políticoideológico e etnonacionalista e separatista, para a esfera do terrorismo de 28 matriz ‘jihadista’. Uma involução pontuada pelo surgimento de organizações terroristas de escopo e espetro de ação global como a ‘Al-Qaeda’ e o ‘ISIL-ISIS-Da’esh’. No contexto do crime organizado, descortina-se outra estabilidade e permanência dos principais focos de atividade e das correspondentes ameaças. As alterações mais sensíveis de perfil, decorrem sobretudo da revolução tecnológica e do crescente peso e influência das novas tecnologias de comunicação e informação (algo que aliás é igualmente visível em todos os padrões ou domínios de ação terrorista ou do extremismo ideológico criminal).