Presidentes da República no Portugal Democrático. Eleições, Dinheiros e Vetos
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Um problema antigo decorrente da quebra de confiança. Daí o Regicídio. Por isso a instabilidade da Primeira República e o enclausuramento do Estado Novo.
A Constituição de 1976, depois de sete revisões, reconhece ao Presidente da República 27 alíneas de competências, mas os partidos concebem a figura presidencial na dupla faceta de regulador e participante. Os interesses em jogo ditam o papel.
O desempenho é entregue ao carisma. Que nem sempre existe. As vozes encantatórias escasseiam.
A função presidencial exige poder moderador. Neutro. Acima dos outros. O teto do edifício comum. O cimento da reconciliação.
| Editora | Almedina |
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| Editora | Almedina |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | José Filipe Pinto |
Vice-presidente da Academia Internacional da Cultura Portuguesa e Fellow of Social Science Research Council of Open Association of Research Society (EUA). Investigador-coordenador e professor catedrático na Universidade Lusófona, exerce o cargo de diretor da licenciatura em Sociologia nesta universidade, tendo sido também diretor dos seus mestrados em Ciência Política, Cidadania e Governação e em Diplomacia e Relações Internacionais e da licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor de dezasseis livros, mais de uma dezena de capítulos de livro, maioritariamente publicados nos Estados Unidos, cerca de quatro dezenas de artigos científicos em revistas nacionais e internacionais, com divulgação em mais de 100 países, e algumas centenas de artigos de opinião.
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Adriano Moreira - Uma Intervenção HumanistaO título deste livro constitui urna síntese do que têm sido os dezassete lustres da vida de Adriano Moreira. De facto, a simbiose entre o nome intervenção e o adjectivo humanista retrata fielmente um percurso trilhado pelas sendas da justiça e pelas vias do direito e percorrido no respeito pela dignidade de cada pessoa. O nome intervenção põe em evidência a acção de Adriano Moreira, pois, quando a vida lhe recusa circunstâncias favoráveis, longe de desistir ou de se refugiar no mundo teórico, continua atento à vida, às realidades de cada conjuntura e procura contornar os ventos contrários de forma a fazer bolinar a nau das suas ideias que, raras vezes se alguma, se revelam inexequíveis. O qualificativo humanista, na sua componente axiológica, serve para caracterizar uma vida que tem sido, como Manuel Patrício afirma no prefácio, um céu estrelado de actos as únicas acções humanas consentâneas com o estatuto ontológico deste Homem. SUMÁRIO Prefácio Introdução Capítulo I: Contextualização Capítulo II: O pensamento e a obra científica de Adriano Moreira Capítulo III: A Acção Legislativa Capítulo IV: Os Congressos das Comunidades de Cultura Portuguesa Capítulo V: A Acção Pós-exílio Nótula Final Anexos Bibliografia PREFÁCIO Uma Nação deve saber honrar os seus filhos maiores. Maiores são os filhos que, pela sua vida e obra, dignificaram e engrandeceram a Nação. Acima destes só os filhos magnos: aqueles que dignificaram, honraram e engrandeceram a Pátria. A Nação é uma entidade cujas raízes são, ainda, de ordem material. Acima se coloca a Pátria, entidade cuja substância é de ordem espiritual. A famosa definição de Pátria que nos deixou Fernando Pessoa coloca-nos de um golpe no hiper-mundo do espírito: "Minha Pátria é a Língua Portuguesa". Foi Fernando Pessoa, de toda a evidência, um português magno. Cabe-me a honra de prefaciar este livro que o Doutor José Pinto em boa hora pensou e escreveu sobre um português maior, que foi também, e é - e sobretudo é -, um português magno: Adriano Moreira. Tem este livro a objectividade própria da ciência. Mas tem ele também a subjectividade própria da axiologia. A ciência olha e mira o que é. A axiologia olha, mira e admira o que é valioso, o que vale. Tudo é mirável, nem tudo é admirável. A admiração exprime não apenas o acto de ver o que é como é, mas acima disso o acto-movimento de aproximação ao que é visto e se apresenta como digno de admiração. Este livro dá-nos a ver Adriano Moreira no que tem sido uma vida prodigiosamente rica, inteligente e benevolente. Precisamente por isso, este livro conduz-nos para a própria pessoa do mirado, que afinal é mirando, que afinal se impõe à nossa admiração. Queremos estar perto dele, junto dele. Nós o admiramos. Nascido dez anos depois do Professor Adriano Moreira, e sempre mais afastado do grande palco onde se foi representando o drama colectivo da Nação, pude ainda assim seguir com atenção o itinerário luminoso da sua vida. Nisso fui desde o início ajudado por conterrâneos transmontanos seus e colegas meus da Universidade de Lisboa, ao tempo em que foi Director do ISEU (Instituto Superior de Estudos Ultramarinos). Segui com ansiosa expectativa a sua passagem pelo Ministério do Ultramar, onde se jogava - como hoje é obsidiantemente evidente -o futuro de todos nós, os da CPLP. Fui ouvindo com crescente esperança e entusiasmo os seus discursos de Ministro, pêlos quais perpassava e nos quais latejava uma visão diferente do problema ultramarino e da organização política do Estado, no sentido do paradigma da sociedade aberta teorizada por Karl Popper. Foi sempre fraterno, generoso, descompri-mido e descompressor o pensamento de Adriano Moreira. E o discurso. E a prática. E a prática. Este homem nunca foi um homem de palavras. De palavras vãs, quero dizer. Este homem foi sempre, é-o quotidianamente, um homem de palavra. Ora a palavra não se opõe à acção. A palavra é, ao invés, a acção primordial, a raiz da acção. E é por isso que ele é - foi sempre - um homem de acção. Melhor dizendo, um homem de acto. Personalista medular, aplica-se a Adriano Moreira o entendimento que Max Scheler nos deixou da pessoa: A pessoa é centro de actos, ser pessoa é ser centro de actos. De facto - e na linha do que André Malraux deixou escrito em A Condição Humana - a acção humana verdadeiramente à altura do estatuto ontológico do homem é o acto. A vida de Adriano Moreira coloca à nossa frente um areal imenso de acções, mas essa areia é de ouro fino, essas acções são actos. Adriano Moreira é o centro - a fonte latente -de onde esses actos emanam. Os homens maiores podem ter uma vida recheada de acções. Só os homens magnos fazem da sua vida um céu estrelado de actos. Essa é a vida de Adriano Moreira. Político, académico, publicista, cidadão - cidadão português, cidadão lusófono, cidadão do mundo -, é o Professor Adriano Moreira para todos nós um exemplo, um estímulo, uma responsabilidade. Os exemplos são para seguir, não para citar. Os estímulos são para responder, não para pontuar o sono. As responsabilidades são para assumir, não para ornar moralitariamente os discursos. O autor deste livro segue o exemplo, responde ao estímulo, assume a responsabilidade representada por esta laudatio. A mesma é a postura das eminentes personalidades que douram a imagem já intrinsecamente áurea de Adriano Moreira. O que eu sinto, nesta hora histórica adversa à Pátria, e perigosa para a Humanidade, é que constitui sem dúvida um sinal de esperança e um incentivo para o futuro que ainda haja seres humanos, e portugueses, de tão alto quilate. A eles estamos, e ao apelo solene que a sua pessoa nos faz - escrevo-o com todo o peso das palavras -, inapelavelmente obrigados. PROF. DOUTOR MANUEL FERREIRA PATRÍCIO Professor Catedrático e Reitor Aposentado da Universidade de Évora -
O Ultramar Secreto e ConfidencialO ULTRAMAR SECRETO E CONFIDENCIAL assume-se como um estudo sobre a forma portuguesa de administrar um Império que sobreviveu quase três décadas ao disfuncionamento do sistema em que se inseria - o Euromundo. Verba volant, scripta manent - as palavras voam, os escritos ficam - talvez seja a frase apropriada para explicar o tipo de fontes que esta investigação privilegia - os telegramas trocados entre Salazar, os Ministros das Colónias ou do Ultramar e os Governadores do Império. Esses telegramas, para além de fontes directas, ou seja, da responsabilidade de intervenientes no processo, constituem, devido à circunstância de serem secretos e confidenciais, uma fonte inadvertida porque usada com finalidade diferente da originalmente reservada. Porém, como a obra apenas procura compreender o modelo de gestão do Império, recusa o sensacionalismo, dá a conhecer factos e, sem enjeitar a crítica ou a denúncia do passivo, reconhece o activo decorrente de algumas visões assertivas. -
Segredos do Império da Ilusitânia: a Censura na Metrópole e em AngolaA Ilusitânia, a aglutinação possível das palavras «Ilusão» e «Lusitânia», traduz por inteiro a falta de autenticidade do Estado Novo, um regime que cultivou as aparências e aprisionou a liberdade, encarando-a como uma ameaça e nunca como um bem social primário. Nesta luta sem tréguas pela ocultação da realidade, a Censura representou um instrumento que serviu os interesses do Salazarismo e do Marcelismo; e fez descer sobre Portugal e as suas possessões um manto: obscurantista que se traduziu num provincianismo retrógrado. A Comissão de Censura e o Conselho de Leitura foram os carcereiros das ideias oficialmente consideradas como subversivas ou dissolventes, num jogo que envolveu interesses políticos, económicos e culturais naquela que era vista, na fase do quase encerramento do ciclo colonial português, como a jóia do Império Angola. A dificuldade em convive com a realidade tem concedido pouco tempo a este assunto e escassos ventos nos têm trazido a aragem da descoberta. Este livro chega ao prelo para tentar afirmar-se como contributo no erguer desse véu sob o qual a realidade de ontem subsiste tão envergonhada, esquecida que a História de qualquer povo engloba um activo e um passivo que importam conhecer. -
Lisboa, os Açores e a AméricaHá mais de meio século que a Base das Lajes representa um elemento indispensável para a compreensão das relações entre Portugal e os Estados Unidos. Este livro conta os principais muitos até agora ignorados episódios desse relacionamento e mostra de que forma Salazar usou a presença norte-americana como moeda de troca para o apoio à política colonial portuguesa. A presente obra denuncia, ainda, o ultimato feito por Nixon, historia a questão dos voos de Guantánamo e reflete sobre a importância presente e futura das Lajes. Veja a entrevista do autor no programa "Ideias em Estante" do canal ETV: -
Os Políticos e a Crise - De Salazar a Passos CoelhoAo longo da sua História, Portugal tem contraído empréstimos estrangeiros com tal frequência que o ato de pedir deixou de ser exceção, para acorrer a necessidades pontuais de carência, e tornou-se uma regra da vida nacional. Numa conjuntura em que a palavra crise se colou aos lábios, aos ouvidos e aos bolsos dos portugueses, este livro ajuda a medir a distância que separa as certezas, sempre patenteadas pelos políticos, dos resultados efetivos das suas políticas. A leitura desta obra permitirá, assim, conhecer a forma como Oliveira Salazar usou a crise para chegar ao Poder, as razões que levaram Mário Soares e José Sócrates a pedir ajuda ao FMI e a estratégia de austeridade preconizada pela Troika e ampliada por Passos Coelho. -
O Poder em Portugal - Partidos e Cidadãos: Espaço Para Dois?Em Portugal, passados 40 anos sobre o fim do Estado Novo, os partidos parecem apenas apostados numa espécie de captura do Poder, pois continuam a considerar a Assembleia da República como um feudo ao qual os independentes apenas têm acesso se eleitos em listas partidárias. Este livro analisa a realidade do sistema político pós-25 de Abril, numa conjuntura marcada pela elevada taxa de abstenção e pela crescente afirmação dos grupos de cidadãos eleitores ao nível do Poder Local. Numa altura em que a qualidade da representação é questionada, a obra reflete sobre a pertinência de alterar o sistema eleitoral, um passo suscetível de impedir o passado de bater à porta do presente porque, como Adriano Moreira afirma, o imprevisto está à espera de uma oportunidade. -
Presidentes da República no Portugal Democrático. Eleições, Dinheiros e VetosNo Portugal de Abril, o sistema de governo ainda não encontrou solução para o relacionamento dos portugueses com o mais alto representante nacional. Um problema antigo decorrente da quebra de confiança. Daí o Regicídio. Por isso a instabilidade da Primeira República e o enclausuramento do Estado Novo. A Constituição de 1976, depois de sete revisões, reconhece ao Presidente da República 27 alíneas de competências, mas os partidos concebem a figura presidencial na dupla faceta de regulador e participante. Os interesses em jogo ditam o papel. O desempenho é entregue ao carisma. Que nem sempre existe. As vozes encantatórias escasseiam. A função presidencial exige poder moderador. Neutro. Acima dos outros. O teto do edifício comum. O cimento da reconciliação. -
Populismo e Democracia: dinâmicas populistas na União EuropeiaO queéo populismo? Seráuma ameaça para a democracia ou um corretivo para um sistema cujo desempenho não faz jusàsua designação? Este livro procura responder a estas duas questões.Analisando o estado da arte desta temática, o autor procedeàdesmontagem de mitos, avança com uma conceção própria do fenómeno e apresenta um estudo sobre a realidade populista nos vinte e oito países membros da União Europeia.Assunto pertinente numa conjuntura inquietante e em que partidos populistas jáocupam a cadeira do poder e lideram oposições em vários países da UE, a leitura deste livro interessaráa muitos e diversificados leitores. -
Do Império Colonial à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa: Continuidades e DescontinuidadesA forma traumática como foi encerrado o ciclo imperial português deixou marcas dolorosas que pareciam pôr em causa um relacionamento futuro de Portugal com as suas antigas possessões. No entanto, o tempo, ainda que necessariamente breve, parece mostrar que os povos lusófonos, eternos semeadores de sonhos, desejam que a queda do Império não implique o fim, mas o princípio, de um verdadeiro projecto lusófono e ecuménico. Urge, assim, vontade política para definir o rumo e o futuro da Lusofonia, pois, como o Professor Armando Marques Guedes afirma no prefácio "toda a produção institucional, e o grosso dos esforços de conceptualização prospectiva quanto à Lusofonia, têm sido marcados ora por falta ou excesso de ambição, ora por incertezas. Vive-se, antes do mais, num limbo de indefinição".
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Manual de Filosofia Política - 3ª EdiçãoEnquanto outros livros optam por uma visão histórica, este manual guia os leitores pelos meandros da Filosofia Política tal como ela é praticada nos dias de hoje.Esta é uma obra fundamental para professores, investigadores e estudantes, mas também para todos aqueles que se interessam por uma reflexão teoricamente alicerçada acerca das sociedades em que vivemos.Aborda muitas das grandes questões políticas do nosso tempo, como a pobreza global, as migrações internacionais, a crise da democracia, a crise ambiental, a nossa relação com os animais não humanos, a construção europeia, a multiculturalidade e o multiculturalismo, a guerra e o terrorismo. -
Por Uma Social-Democracia Portuguesa"30 anos depois da morte de Sá Carneiro, este livro comemora a sua vida e obra política. «Estamos perante um livro que vale a pena reeditar e ler ou reler. A trinta anos da morte de Francisco Sá Carneiro, é difícil saber o que mais nos impressiona no seu vertiginoso percurso político: Se o contraste entre a brevidade da duração e a perenidade do testemunho; Se o contributo decisivo que dá para a criação e idiossincrasia do PPD-PSD, um dos pilares essenciais da nossa Democracia; Se a antevisão que revela dos grandes riscos da deriva da Revolução em 1975; Se a aposta que formula quanto aos maiores desígnios decorrentes daquela deriva: civilizar a Democracia, reformular o regime económico, integrar a Europa e refazer a Lusofonia; Se o exemplo que deixa de uma maneira única de intervir na política: com sentido de Estado, mas alegria e prazer lúdico; com visão estrutural, mas sensibilidade táctica; com coragem e gosto da ruptura, mas sentido humano e dimensão afectiva; com rica conjugação de inteligência, cultura e preocupação com valores. Tudo impressiona, de uma forma ou de outra. » Marcelo Rebelo de Sousa"Ver por dentro: -
Manual de Geopolítica e GeoestratégiaNas páginas de «Manual de Geopolítica e Geoestratégia», agora numa nova edição revista e melhorada, a geopolítica é estudada numa perspetiva de inovação discursiva e analítica. À geopolítica clássica - assente em doutrinas sobre o poder nacional, sobre o poder mundial ou sobre a especificidade do poder nuclear - Pezarat Correia contrapõe a nova geopolítica com abordagens desafiantes, como as da ecopolítica, da demopolítica, da geoeconomia ou da biopolítica. E, muito significativamente, debruça-se sobre aquela que é afinal a única razão de ser da disciplina de Relações Internacionais: a Paz. Por outro lado, Pezarat Correia deixa também um desafio à sociedade portuguesa ao constituir um manual no qual se veiculam conceitos e formas de pensar que têm sido frequentemente ignorados pela generalidade das instituições. VER POR DENTRO Ver página inteira
