Professor Unrat ou o Fim de Um Tirano
Obra-prima da literatura alemã, o livro de Heinrich Mann é um épico premonitório dos tempos modernos.
Romance pioneiro sobre a decadência de um homem respeitável e a sua gradual corrupção no seio de uma sociedade que também se encontra em mutação.
Publicado originalmente em 1905, recebeu muitas críticas negativas e tornou-se um livro que não foi oficialmente banido, mas circulava apenas, de forma sub-reptícia, entre o meio intelectual não sendo aceite pela sociedade em geral. Mais tarde, depois de ser traduzido em dezenas de línguas e adaptado ao cinema por Joseph von Sternberg com o título O Anjo Azul, foi finalmente reconhecido como uma das grandes obras literárias alemãs do século XX.
Esta é a história de um professor reputado que cede a uma competição com um aluno e acaba por se apaixonar pela actriz que o rapaz venera, largando assim a sua posição e abandonando a família em troca de um mundo em que as paixões são a bitola da vida. Nesta narrativa o Autor procurou reflectir sobre os acontecimentos da sociedade alemã, antecipando a perda de valores e a decadência que se consumou, poucas décadas depois, com a ascensão do nazismo.
Provavelmente por esse motivo, o livro de Mann foi um dos mais perseguidos e destruídos pelos nazis.
«Heinrich Mann é um gigante da literatura universal cuja obra moralmente provocadora o levou a ser ultrapassado em popularidade pelo seu irmão Thomas.» Jean-Paul Grillot
«Heinrich Mann era detentor de um talento literário inigualável, mas a sua sensibilidade social levou-o a escolher sempre os caminhos mais difíceis e [...] a deixar constantes alertas quanto aos caminhos transviados que o seu país levava.» Nigel Hamilton
«Os romances de Mann são monumentos à linguagem: a utilização do baixo-alemão na alta literatura, a escolha de temas chocantes e provocadores, as imagens fortes, as paixões que corrompem a alma humana [...] forçam o leitor a tomar posição contra ou a favor da história que se desenrola perante os seus olhos, mas, ao mesmo tempo, agarram-no nesse movimento e não o largam durante muito tempo depois de ter concluído a leitura.» David Gross
| Editora | E-Primatur |
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| Categorias | |
| Editora | E-Primatur |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Heinrich Mann |
Heinrich Mann (1871-1950) é considerado um dos autores mais importantes da literatura alemã e um dos seus renovadores mais notáveis.
Primeiro filho de um comerciante rico, que era também senador da cidade de Lubeck, e de uma mãe oriunda de uma família abastada germano-brasileira, Heinrich foi também irmão do escritor Thomas Mann.
Teve uma educação diversificada e, apesar de várias complicações de saúde, viajou por quase toda a Europa, muitas vezes acompanhado pelo irmão ou por outros membros da família. Após a publicação do seu primeiro romance, Professor Unrat (1905), Henrich Mann passou a integrar o meio intelectual.
O ano de 1914 assiste ao seu primeiro casamento – curiosamente, para quem lera Professor Unrat, com uma actriz de quem veio mais tarde a ter a sua única filha. Nesse ano dá-se igualmente uma ruptura com o irmão Thomas, depois de este ter publicado um texto de cariz nacionalista. Heinrich Mann defendia essencialmente a causa social-democrática e era um activista do movimento pacifista ligado ao expressionismo. Só se reconciliaria com o irmão em 1922.
Depois da guerra, continuou a sua carreira literária com a publicação de mais romances e em 1931 assumiu a presidência da Academia Prussiana das Artes. Nesse mesmo ano, com Albert Einstein escreveu uma carta sob a forma de manifesto contra a morte do intelectual croata Milan Šufflay, que foi publicada pelo New York Times. Foi também signatário, com Einstein e Käthe Kollwitz, do «Apelo Urgente» contra o Nacional Socialismo que instava a acção concertada entre o Partido Comunista Alemão e o Partido Social-Democrata.
Em 1933, pouco tempo antes do incêndio do Reichstag, abandona o país e fixa-se em Nice, onde vive até 1940. A sua cidadania é revogada pelos nazis, que o incluem na primeira Lista Prioritária de Expatriação. No exílio continua a escrever e lidera diversos movimentos populares contra os nazis. É também editor de um jornal em língua alemã publicado fora da pátria. Em 1940, abandona França atravessando Espanha e fixando-se durante vários meses no Estoril, juntamente com diversos intelectuais como Alma Mahler, Alfred Döblin ou Franz Werfel, antes de conseguir passagem para os Estados Unidos onde se junta ao seu irmão Thomas.
Ao contrário do irmão, nunca se integrou na cultura e na sociedade americanas, pelo que teve de contar com o seu apoio financeiro até ao final da vida. Faleceu em Santa Monica em 1950, pouco tempo antes de ter planeado um regresso à Alemanha, onde tinha sido eleito Presidente da Academia Alemã das Artes.
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