Ricardo Coração de Leão
Ricardo Coração de Leão não é «um romance histórico», como o seu título pode fazer supor: as amigas do herói assim lhe chamavam por gosto e proveito, mas, universitário e jornalista, Ricardo viveu, em Portugal, crises dos anos 60 e 70 e, em França, o Maio de 1968. Depois, entre amores e desamores, incógnita e ocasionalmente cruzados, instalou-se numa quinta que fora dos Templários, a escrever, mais ou menos, a história da família. É o primeiro volume do díptico «Duas Vidas Portuguesas», cujo segundo, intitulado João sem Terra, por compreensível sugestão, põe outro protagonista da mesma geração a emigrar para França, recusando a guerra colonial. Repensando os temas, não será, porém, errado achar que Ricardo Coração de Leão, como João sem Terra, são «romances históricos», por representarem duas vidas portuguesas dos anos 60 a 80, ou mais .
| Editora | Presença |
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| Coleção | Grandes Narrativas |
| Categorias | |
| Editora | Presença |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | José-Augusto França |
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Diálogo: Entre o Autor e o CríticoJosé-Augusto França, ao termo de uma obra que inclui cerca de vinte títulos de ficção, em romances e contos e o teatro de Azazel, publicados entre 1949 e 2011, compôs um longo Diálogo em que um Crítico imaginário analisa minuciosamente essa obra, a partir do que numerosos críticos sobre ela foram escrevendo ao longo do tempo (Jorge de Sena, Eduardo Lourenço, Luís Francisco Rebelo, Urbano Tavares Rodrigues, Manuel Ferreira, Alexandre Pinheiro Torres, Tomás Ribas, António Poppe, Álvaro Manuel Machado, Pedro Mexia, A. Campos Matos, Ernesto Rodrigues, Eugénio Lisboa, Margarida Calafate Ribeiro, Helder Macedo, Marie-Hélène Piwnick, Miguel Real e outros). Às observações e questões sempre exigentes do Crítico, responde o Autor como sabe e pode nisso avançando algumas opiniões próprias sobre criação literária do romance, e referindo-se a variadíssimos autores clássicos e modernos. Trata-se de uma obra original e insólita que é, finalmente, de crítica literária e de auto-crítica, necessariamente oferecendo «chaves» de leitura. A ela, um prefácio de Helder Macedo, professor de Literatura, além de romancista e poeta, acrescenta polemicamente uma segunda e preciosa dimensão crítica. -
O Essencial Sobre Pablo Picasso«Pablo Picasso é o pintor mais célebre do século XX, que preencheu com uma obra começada cerca de 1900, em Paris, e ali terminada só ao falecer, em 1974. Criador (com Braque) do cubismo, em 1909-1910, o seu processo estético, contínuo e extremo, de construção-desconstrução formal, determinou toda a arte do século, pontuada, em 1937, pela obra-prima da pintura da História do nosso tempo, Guernica - ícone do século XX. Porque, para Picasso, a pintura é um instrumento de guerra ofensiva e defensiva contra o inimigo (1945). Disse-se que, depois de Picasso e de Chaplin (1889-1977), não havia já ninguém para significativamente morrer na cultura ocidental. Picasso amando intensamente e matando o que ama - Paul Éluard.» -
Charles Chaplin, O Self-Made-MythCharles Chaplin, Self-Made-Myth é um ensaio sobre o fenómeno chapliniano e a sua importância moral e mítica. O burlesco de imaginação poética, a liberdade da personagem para além do tempo físico e da projeção da película são reflexões que José-Augusto França vai tecendo ao longo do livro.Escreve o autor «Da sua infância miserável, Chaplin traz necessariamente um duplo desejo: de se isolar dos que o maltratam e de viver num meio amável. Traz o desejo de amar e de ser feliz, mas traz também a fatalidade de não crer na felicidade. Ao propor o “sonho” a Charlot, Chaplin sabe que é apenas um sonho que propõe, perecível ao despertar.» Publicado originalmente em francês, em 1954, mereceu na altura um acolhimento muito favorável da crítica internacional. Este volume compreende ainda os textos “O último gag de Charles Chaplin”, e “Hitchock Há 100 Anos”. -
Cem Cenas, Quadros e Contos - Volume I... Contos são todos, mais história menos história que uns contam e outros não, ou a deixam em suspenso, como na vida nos acontece muitíssimas vezes; e, se houver morte de homem, ruína ou casamento, nem por isso a vida pára ou se resolve. Há gente por aí, em Lisboa, ou pela Geografia fora, vista ou suposta, observada ou inventada, sentada em casa ou passeando na rua, fornicando algures, sofrendo medos, manias ou solidões, amores e desamores, morrendo aos poucos ou fazendo vidinhas humildes ou mesmo ilustres e proveitosas, que dão sempre temas ou ideias. -
Outras Cenas, Quadros e Contos - Volume II... Contos são todos, mais história menos história que uns contam e outros não, ou a deixam em suspenso, como na vida nos acontece muitíssimas vezes; e, se houver morte de homem, ruína ou casamento, nem por isso a vida pára ou se resolve. Há gente por aí, em Lisboa, ou pela Geografia fora, vista ou suposta, observada ou inventada, sentada em casa ou passeando na rua, fornicando algures, sofrendo medos, manias ou solidões, amores e desamores, morrendo aos poucos ou fazendo vidinhas humildes ou mesmo ilustres e proveitosas, que dão sempre temas ou ideias. -
Garrett e Outros ContosEste terceiro volume de "Cem Cenas, Quadros e Contos" de José-Augusto França intitula-se propositadamente "Garrett e Outros Contos" por incluir uma dezena de textos provocados pela demolição danosa, em 2006, da casa em que Almeida Garrett viveu os últimos tempos da sua vida, ali morrendo em 5 de Dezembro de 1854. Uma placa evocava o facto na fachada do bonito palacete romântico, raríssimo em Lisboa, dando para o muro do jardim do cemitério inglês, à Estrela - e que a Municipalidade não quis acautelar de uma especulação imobiliária poderosa, apesar de um movimento importante de protesto cívico e institucional. -
O «Ano XX» Lisboa 1946 - Estudos de Factos SocioculturaisQuando um país encontra, como Portugal, uma linha conveniente de pensamento e de acção política, assente em segura experiência, é desassisado trocá-la, dando atenção a vozes, aliás dissonantes, que se erguem das ruínas e das divisões da Europa a apregoar sistemas salvadores. SALAZAR, 10 de Novembro de 1946.Ver por dentro: -
Arte de Portugal 1911-1961Esta é a quarta edição, revista e aumentada do primeiro estudo sistemático da Arte Portuguesa no século XX, com início nas primeiras propostas modernistas dos anos 10, esta obra, publicada em 1974 e com três edições até 1991. Uma publicação há muito esgotada, que cobre as décadas sucessivas até aos anos 60, terminados com a composiçãoComeçarde Almada Negreiros.Outras obras de José-Augusto França, mais resumidas, levaram a análise dos anos 1900 até ao seu termo, mas A Arte em Portugal no Século XX continua a ser indispensável, como informação original e como reflexão crítica aos estudiosos da arte e da cultura portuguesa do nosso tempo.Nesta edição o Quadro Cronológico da Arte Portuguesa foi completado até 2000 -
Rafael Bordalo PinheiroEste é um livro sobre a vida e obra de Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905): um valioso estudo biográfico de um grande desenhador, caricaturista, ceramista, jornalista e pensador. Mas é também uma peça fundamental para a compreensão da História política e social de Portugal (e mais especialmente Lisboa) do final do século XIX - sobre o estado das coisas no fim do período monárquico. O livro contém mais de 70 páginas de trabalhos - reflexões em desenho -, feitas com o humor mordaz de Bordalo Pinheiro, sobre a ética e a política que em muitos aspectos talvez não tenham perdido actualidade…
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Vemo-nos em AgostoTodos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva até à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo. Estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano.Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsa e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para o interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração.Escrito no estilo inconfundível e fascinante de García Márquez, Vemo-nos em Agosto é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino. Um presente inesperado de um dos melhores escritores que o mundo já conheceu. A tradução é de J. Teixeira de Aguilar. -
Deus na EscuridãoEste livro explora a ideia de que amar é sempre um sentimento que se exerce na escuridão. Uma aposta sem garantia que se pode tornar absoluta. A dúvida está em saber se os irmãos podem amar como as mães que, por sua vez, amam como Deus. -
O ColecionadorNo mais recente e trepidante thriller de Daniel Silva, autor n.º 1 da lista dos mais vendidos do The New York Times, Gabriel Allon embarca na busca de um quadro roubado de Vermeer e descobre uma conspiração que poderia levar o mundo à beira do Armagedão nuclear.Na manhã seguinte à gala anual da Venice Preservation Society, Gabriel Allon, restaurador de quadros e espião lendário, entra no seu bar preferido da ilha de Murano e aí encontra o general Cesare Ferrari, comandante da Brigada de Arte, que aguarda, ansioso, a sua chegada. Os carabinieri tinham feito uma descoberta assombrosa na villa amalfitana de um magnata sul-africano morto em circunstâncias suspeitas: uma câmara acouraçada secreta que continha uma moldura e um esticador vazios cujas dimensões coincidiam com as do quadro desaparecido mais valioso do mundo. O general Ferrari pede a Gabriel para encontrar discretamente a obra-prima antes que o seu rasto se volte a perder. - Esse não é o vosso trabalho?- Encontrar quadros roubados? Teoricamente, sim. Mas o Gabriel é muito melhor a fazê-lo do que nós.O quadro em questão é O concerto de Johannes Vermeer, uma das treze obras roubadas do Museu Isabella Stewart Gardner de Boston, em 1990. Com a ajuda de uma aliada inesperada, uma bela hacker e ladra profissional dinamarquesa, Gabriel não demora a descobrir que o roubo do quadro faz parte de uma tramoia ilegal de milhares de milhões de dólares na qual está implicado um indivíduo cujo nome de código é «o colecionador», um executivo da indústria energética estreitamente vinculado às altas esferas do poder na Rússia. O quadro desaparecido é o eixo de um complô que, caso seja bem-sucedido, poderia submeter o mundo a um conflito de proporções apocalípticas. Para o desmantelar, Gabriel terá de perpetrar um golpe de extrema audácia enquanto milhões de vidas estão presas por um fio. -
O EscritórioDawn Schiff é uma mulher estranha. Pelo menos, é o que toda a gente pensa na Vixed, a empresa de suplementos nutricionais onde trabalha como contabilista. Dawn nunca diz a coisa certa. Não tem amigos. E senta-se todos os dias à secretária, para trabalhar, precisamente às 8h45 da manhã.Talvez seja por isso que, certa manhã, quando Dawn não aparece para trabalhar, a sua colega Natalie Farrell – bonita, popular e a melhor vendedora da empresa há cinco anos consecutivos – se surpreenda. E mais ainda quando o telefone de Dawn toca e alguém do outro lado da linha diz apenas «Socorro».Aquele telefonema alterou tudo… afinal, nada liga tanto duas pessoas como partilhar um segredo. E agora Natalie está irrevogavelmente ligada a Dawn e vê-se envolvida num jogo do gato e do rato. Parece que Dawn não era simplesmente uma pessoa estranha, antissocial e desajeitada, mas estava a ser perseguida por alguém próximo.À medida que o mistério se adensa, Natalie não consegue deixar de se questionar: afinal, quem é a verdadeira vítima? Mas uma coisa é clara: alguém odiava Dawn Schiff. O suficiente para a matar.«NÃO COMECE UM LIVRO DE FREIDA McFADDEN A ALTAS HORAS DA NOITE.NÃO O VAI CONSEGUIR LARGAR!» AMAZON«O ESCRITÓRIO É UM THRILLER TENSO E VICIANTE DA AUTORA MAIS ADORADA DO MOMENTO.» GOODREADS -
Os Meus Dias na Livraria MorisakiEsta é uma história em que a magia dos livros, a paixão pelas coisas simples e belas e a elegância japonesa se unem para nos tocar a alma e o coração.Estamos em Jimbocho, o bairro das livrarias de Tóquio, um paraíso para leitores. Aqui, o tempo não se mede da mesma maneira e a tranquilidade contrasta com o bulício do metro, ali ao lado, e com os desmesurados prédios modernos que traçam linhas retas no céu.Mas há quem não conheça este bairro. Takako, uma rapariga de 25 anos, com uma existência um pouco cinzenta, sabe onde fica, mas raramente vem aqui. Porém, é em Jimbocho que fica a livraria Morisaki, que está na família há três gerações: um espaço pequenino, num antigo prédio de madeira. Estamos assim apresentados ao reino de Satoru, o excêntrico tio de Takako. Satoru é o oposto de Takako, que, desde que o rapaz por quem estava apaixonada lhe disse que iria casar com outra pessoa, não sai de casa.É então que o tio lhe oferece o primeiro andar da Morisaki para morar. Takako, que lê tão pouco, vê-se de repente a viver entre periclitantes pilhas de livros, a ter de falar com clientes que lhe fazem perguntas insólitas. Entre conversas cada vez mais apaixonadas sobre literatura, um encontro num café com um rapaz tão estranho quanto tímido e inesperadas revelações sobre a história de amor de Satoru, aos poucos, Takako descobre uma forma de falar e de estar com os outros que começa nos livros para chegar ao coração. Uma forma de viver mais pura, autêntica e profundamente íntima, que deixa para trás os medos do confronto e da desilusão. -
ManiacMANIAC é uma obra de ficção baseada em factos reais que tem como protagonista John von Neumann, matemático húngaro nacionalizado norte-americano que lançou as bases da computação. Von Neumann esteve ligado ao Projeto Manhattan e foi considerado um dos investigadores mais brilhantes do século XX, capaz de antecipar muitas das perguntas fundamentais do século XXI. MANIAC pode ser lido como um relato dos mitos fundadores da tecnologia moderna, mas escrito com o ritmo de um thriller. Labatut é um escritor para quem “a literatura é um trabalho do espírito e não do cérebro”. Por isso, em MANIAC convergem a irracionalidade do misticismo e a racionalidade própria da ciência -
Uma Noite na Livraria Morisaki - Os meus Dias na Livraria Morisaki 2Sim, devemos regressar onde fomos felizes. E à livraria Morisaki, lugar de histórias únicas, voltamos com Takako, para descobrir um dos romances japoneses mais mágicos do ano.Estamos novamente em Tóquio, mais concretamente em Jimbocho, o bairro das livrarias, onde os leitores encontram o paraíso. Entre elas está a livraria Morisaki, um negócio familiar cuja especialidade é literatura japonesa contemporânea, há anos gerida por Satoru, e mais recentemente com a ajuda da mulher, Momoko. Além do casal, a sobrinha Takako é presença regular na Morisaki, e é ela quem vai tomar conta da livraria quando os tios seguem numa viagem romântica oferecida pela jovem, por ocasião do aniversário de casamento.Como já tinha acontecido, Takako instala-se no primeiro andar da livraria e mergulha, instantaneamente, naquele ambiente mágico, onde os clientes são especiais e as pilhas de livros formam uma espécie de barreira contra as coisas menos boas do mundo. Takako está entusiasmada, como há muito não se sentia, mas… porque está o tio, Satoru, a agir de forma tão estranha? E quem é aquela mulher que continua a ver, repetidamente, no café ao lado da livraria?Regressemos à livraria Morisaki, onde a beleza, a simplicidade e as surpresas estão longe, bem longe de acabar. -
Uma Brancura LuminosaUm homem conduz sem destino. Ao acaso, vira à direita e à esquerda até que chega ao final da estrada na orla da floresta e o seu carro fica atolado. Pouco depois começa a escurecer e a nevar. O homem sai do carro e, em vez de ir à procura de alguém que o ajude, aventura-se insensatamente na floresta escura, debaixo de um céu negro e sem estrelas. Perde-se, quase morre de frio e de cansaço, envolto numa impenetrável escuridão. É então que surge, de repente, uma luz.Uma Brancura Luminosa é a mais recente obra de ficção de Jon Fosse, Prémio Nobel de Literatura de 2023. Uma história breve, estranhamente sublime e bela, sobre a existência, a memória e o divino, escrita numa forma literária única capaz de assombrar e comover.Tradução do norueguês de Liliete Martins.Os elogios da crítica:«Uma introdução perfeita à obra de Jon Fosse.» The Telegraph«Inquietante e lírico, este pequeno livro é uma introdução adequadamente enigmática à obra de Fosse e um bom ponto de partida para se enfrentar os seus romances mais vastos e experimentais.» Financial Times - Livro do Ano 2023«Uma Brancura Luminosa é, muito simplesmente, grande literatura.» Dagbladet
