Rua Das Roseiras
Lugar magoado pelos séculos e atravessado por sucessivas gerações de judeus, a Rua das Roseiras murmura nomes de mortos e emana um perfume cheio de vida.
Esta é a história da procura dos gémeos Rosenweig, duas crianças judias que se julga terem sobrevivido ao holocausto.
E é a história do impressionante polaco que escapou à ameaça nazi e guardou consigo os últimos desejos daqueles que viu morrer, pesada herança de rostos e promessas.
E é ainda a história de Noam, um jovem genial que inventa rosas, e de Charme, uma escritora atormentada que precisa de resolver o sufocante mistério do nº 2 da rua.
Mas será Noam, por uma inexplicável coincidência, filho de um dos gémeos desaparecidos?
Conseguirá Charme calar os gemidos das paredes que a rodeiam e apaziguar as vítimas do passado?
As personagens de Lanzmann não se deixam conter pelas páginas do livro: escondem-se e revelam-se, perturbam, comovem, ganham vida própria.
| Editora | Publicações Europa-América |
|---|---|
| Coleção | Contemporânea |
| Categorias | |
| Editora | Publicações Europa-América |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Jacques Lanzmann |
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O Rato da AméricaViagem ao fim de uma noite. Se quiseres encontrar-te, começa por te perder, escreveu um dia Jacques Lanzmann. O Rato da América, relato autobiográfico retocado pelas exigências formais e literárias da ficção, é desta fatalidade maior exemplo. Lanzmann […] fala-nos dos dias em que se perdeu noutro continente, desiludido numa esperança, vergado pelo destino do rato da América - entenda-se a expressão como ajustada ao emigrante ou ao autóctone sul-americano com dias rastejados por baixos expedientes e duras tarefas impostas à sua condição humana. […] O Rato da América pôs a segunda pedra no percurso de um escritor que chegaria ao fim da vida com o respeitável número de quarenta e seis romances e narrativas publicados. […] Os comunistas, jovens e velhos, fizeram do livro um triunfo. Era previsível; através de um herói deserdado eu ocupava-me da luta de classes. Não era, de facto, O Germinal, mas grande parte da sua história desenrolava-se numa mina. Orgulhoso com este apreço das massas trabalhadoras, deixei-me ir na onda de uns e outros, ao ponto de aderir ao Partido alguns dias depois de me casar [com uma fervorosa militante]. Sentiria eu necessidade de estar enquadrado? Talvez estivesse farto de me arrastar pelos cafés. […] palavras suas para uma canção de Dutronc tinham avisado: «De tanto bater, o meu coração parou.» O coração de Lanzmann parou de bater em Junho de 2006. Ele tinha acabado de publicar o romance Uma Vida de Família, a vida que a idade acabara por lhe apontar como inevitável e ele vivia calmamente ali, em Montparnasse, rodeado por memórias de uma imparável agitação vital. [Aníbal Fernandes] -
Casa de HorroresO meu nome é Leo, tenho doze anos. Desde que a mamã nos deixou, vivo com o meu pai, que é antiquário em Saint-Germades-Prés. Partilhamos o apartamento com Gérard, o amigo do papá. E é daí que vem a minha infelicidade, porque Gérard levou-me a casa de pessoas que não são boas. Como se tornaram cada vez mais ousados, decidi acabar com aquilo.Eles ficaram com medo de que eu os denunciasse e ameaçaram matar-me.As histórias de pedofilia são histórias de infâncias encurraladas onde se joga o fim da inocência, onde o mundo dos adultos não guarda nenhum segredo.É uma dessas histórias que o consagrado Jacques Lanzmann, autor de Rua das Roseiras e O Cântico da Viagem, num tom que é nele inesperado, nos conta agora. -
O Império do Silêncio«O deserto não se visita. Vive-se. Para uns, conta fábulas de areia. Para outros, é mudo, silencioso, indiferente aos estados de alma. Para uns ele é a alma. É o regresso às origens e fonte de inspiração. É escritor e poeta, inventor de quimeras, depósito de lendas. Para uns, o deserto é como um segundo nascimento. Recria-os. Para outros, o deserto é apenas um vasto cemitério.Enterra-os. Para outros, ainda, representa a pureza, o absoluto. Para outros, é sofrimento, pecado, inferno.Na verdade, o deserto é um excelente revelador do carácter humano.» Nos confins do deserto do Sahara, esconde-se um intrépido viajante. Victor Barski, escritor e aventureiro, escrevera O Império do Silêncio, criticado pelos estudiosos e tido por mera fábula por muitos especialistas, no qual dizia ter descoberto a cidade misteriosa, o oásis-fantasma de um remoto povo: os Garamantes. No entanto, não só omite a localização do oásis como o paradeiro do autor, após a publicação do livro, é desconhecido. Barski iniciara a tradução de um livro misterioso que trouxera para França: a bíblia dos Garamantes, um verdadeiro manual de conduta moral que durante séculos norteara a vida deste povo que se dizia ser ateu. Penderia uma maldição sobre Barski por ter retirado o livro ao povo garamante? Quando um editor parisiense encarrega uma das suas autoras, a jovem jornalista Claire Dumas, de localizar o aventureiro na imensidão do deserto e escrever a sua biografia, irão os seus destinos cruzar-se? Ou desaparecerá também ela na imensidão do oceano de areia… do império do silêncio? Jacques Lanzmann é um dos escritores franceses da actualidade mais conceituados. Não condescendendo na escrita nem nas suas referências culturais, escreve, no entanto, com tal elegância e paixão que consegue envolver todos os tipos de leitores. -
O Cântico da ViagemO Cântico da Viagem são cinquenta anos de deambulação, de descobertas, de andanças pelos cinco continentes. O Cântico da Viagem são cinquenta anos de encontros, de experiências, de perguntas de viagens na vida dos outros, de histórias engraçadas, curiosas ou patéticas. O Cântico da Viagem é um som de acordeão na noite, um acorde de banjo na selva, um golpe de vento na memória. O Cântico da Viagem é a voz do escritor-viajante, cinquenta anos de optimismo. Um murmúrio de humanidade. Imbuída de uma rara atmosfera de livro de memórias, de aventuras e de andanças por vários continentes, esta obra traduz o espírito do autor, tipicamente escritor-clochard, vagabundo, errante, a quem nada surpreende e com um sentido de humor refinado. Com este espírito, leva-nos ao Chile, Argentina, Jerusalém, Nepal, Peru, Pequim, Tanzânia, Los Angeles e muitos outros sítios de onde pôde tirar algum ensinamento, experiência ou inspiração para as suas baladas.
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NovidadeVemo-nos em AgostoTodos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva até à ilha onde a mãe está enterrada, para visitar o seu túmulo. Estas viagens acabam por ser um convite irresistível para se tornar uma pessoa diferente durante uma noite por ano.Ana é casada e feliz há vinte e sete anos e não tem motivos para abandonar a vida que construiu com o marido e os dois filhos. No entanto, sozinha na ilha, Ana Magdalena Bach contempla os homens no bar do hotel, e todos os anos arranja um novo amante. Através das sensuais noites caribenhas repletas de salsa e boleros, homens sedutores e vigaristas, a cada agosto que passa Ana viaja mais longe para o interior do seu desejo e do medo escondido no seu coração.Escrito no estilo inconfundível e fascinante de García Márquez, Vemo-nos em Agosto é um hino à vida, à resistência do prazer apesar da passagem do tempo e ao desejo feminino. Um presente inesperado de um dos melhores escritores que o mundo já conheceu. A tradução é de J. Teixeira de Aguilar. -
NovidadeDeus na EscuridãoEste livro explora a ideia de que amar é sempre um sentimento que se exerce na escuridão. Uma aposta sem garantia que se pode tornar absoluta. A dúvida está em saber se os irmãos podem amar como as mães que, por sua vez, amam como Deus. -
NovidadeO ColecionadorNo mais recente e trepidante thriller de Daniel Silva, autor n.º 1 da lista dos mais vendidos do The New York Times, Gabriel Allon embarca na busca de um quadro roubado de Vermeer e descobre uma conspiração que poderia levar o mundo à beira do Armagedão nuclear.Na manhã seguinte à gala anual da Venice Preservation Society, Gabriel Allon, restaurador de quadros e espião lendário, entra no seu bar preferido da ilha de Murano e aí encontra o general Cesare Ferrari, comandante da Brigada de Arte, que aguarda, ansioso, a sua chegada. Os carabinieri tinham feito uma descoberta assombrosa na villa amalfitana de um magnata sul-africano morto em circunstâncias suspeitas: uma câmara acouraçada secreta que continha uma moldura e um esticador vazios cujas dimensões coincidiam com as do quadro desaparecido mais valioso do mundo. O general Ferrari pede a Gabriel para encontrar discretamente a obra-prima antes que o seu rasto se volte a perder. - Esse não é o vosso trabalho?- Encontrar quadros roubados? Teoricamente, sim. Mas o Gabriel é muito melhor a fazê-lo do que nós.O quadro em questão é O concerto de Johannes Vermeer, uma das treze obras roubadas do Museu Isabella Stewart Gardner de Boston, em 1990. Com a ajuda de uma aliada inesperada, uma bela hacker e ladra profissional dinamarquesa, Gabriel não demora a descobrir que o roubo do quadro faz parte de uma tramoia ilegal de milhares de milhões de dólares na qual está implicado um indivíduo cujo nome de código é «o colecionador», um executivo da indústria energética estreitamente vinculado às altas esferas do poder na Rússia. O quadro desaparecido é o eixo de um complô que, caso seja bem-sucedido, poderia submeter o mundo a um conflito de proporções apocalípticas. Para o desmantelar, Gabriel terá de perpetrar um golpe de extrema audácia enquanto milhões de vidas estão presas por um fio. -
NovidadeO EscritórioDawn Schiff é uma mulher estranha. Pelo menos, é o que toda a gente pensa na Vixed, a empresa de suplementos nutricionais onde trabalha como contabilista. Dawn nunca diz a coisa certa. Não tem amigos. E senta-se todos os dias à secretária, para trabalhar, precisamente às 8h45 da manhã.Talvez seja por isso que, certa manhã, quando Dawn não aparece para trabalhar, a sua colega Natalie Farrell – bonita, popular e a melhor vendedora da empresa há cinco anos consecutivos – se surpreenda. E mais ainda quando o telefone de Dawn toca e alguém do outro lado da linha diz apenas «Socorro».Aquele telefonema alterou tudo… afinal, nada liga tanto duas pessoas como partilhar um segredo. E agora Natalie está irrevogavelmente ligada a Dawn e vê-se envolvida num jogo do gato e do rato. Parece que Dawn não era simplesmente uma pessoa estranha, antissocial e desajeitada, mas estava a ser perseguida por alguém próximo.À medida que o mistério se adensa, Natalie não consegue deixar de se questionar: afinal, quem é a verdadeira vítima? Mas uma coisa é clara: alguém odiava Dawn Schiff. O suficiente para a matar.«NÃO COMECE UM LIVRO DE FREIDA McFADDEN A ALTAS HORAS DA NOITE.NÃO O VAI CONSEGUIR LARGAR!» AMAZON«O ESCRITÓRIO É UM THRILLER TENSO E VICIANTE DA AUTORA MAIS ADORADA DO MOMENTO.» GOODREADS -
Os Meus Dias na Livraria MorisakiEsta é uma história em que a magia dos livros, a paixão pelas coisas simples e belas e a elegância japonesa se unem para nos tocar a alma e o coração.Estamos em Jimbocho, o bairro das livrarias de Tóquio, um paraíso para leitores. Aqui, o tempo não se mede da mesma maneira e a tranquilidade contrasta com o bulício do metro, ali ao lado, e com os desmesurados prédios modernos que traçam linhas retas no céu.Mas há quem não conheça este bairro. Takako, uma rapariga de 25 anos, com uma existência um pouco cinzenta, sabe onde fica, mas raramente vem aqui. Porém, é em Jimbocho que fica a livraria Morisaki, que está na família há três gerações: um espaço pequenino, num antigo prédio de madeira. Estamos assim apresentados ao reino de Satoru, o excêntrico tio de Takako. Satoru é o oposto de Takako, que, desde que o rapaz por quem estava apaixonada lhe disse que iria casar com outra pessoa, não sai de casa.É então que o tio lhe oferece o primeiro andar da Morisaki para morar. Takako, que lê tão pouco, vê-se de repente a viver entre periclitantes pilhas de livros, a ter de falar com clientes que lhe fazem perguntas insólitas. Entre conversas cada vez mais apaixonadas sobre literatura, um encontro num café com um rapaz tão estranho quanto tímido e inesperadas revelações sobre a história de amor de Satoru, aos poucos, Takako descobre uma forma de falar e de estar com os outros que começa nos livros para chegar ao coração. Uma forma de viver mais pura, autêntica e profundamente íntima, que deixa para trás os medos do confronto e da desilusão. -
NovidadeManiacMANIAC é uma obra de ficção baseada em factos reais que tem como protagonista John von Neumann, matemático húngaro nacionalizado norte-americano que lançou as bases da computação. Von Neumann esteve ligado ao Projeto Manhattan e foi considerado um dos investigadores mais brilhantes do século XX, capaz de antecipar muitas das perguntas fundamentais do século XXI. MANIAC pode ser lido como um relato dos mitos fundadores da tecnologia moderna, mas escrito com o ritmo de um thriller. Labatut é um escritor para quem “a literatura é um trabalho do espírito e não do cérebro”. Por isso, em MANIAC convergem a irracionalidade do misticismo e a racionalidade própria da ciência -
NovidadeUma Noite na Livraria Morisaki - Os meus Dias na Livraria Morisaki 2Sim, devemos regressar onde fomos felizes. E à livraria Morisaki, lugar de histórias únicas, voltamos com Takako, para descobrir um dos romances japoneses mais mágicos do ano.Estamos novamente em Tóquio, mais concretamente em Jimbocho, o bairro das livrarias, onde os leitores encontram o paraíso. Entre elas está a livraria Morisaki, um negócio familiar cuja especialidade é literatura japonesa contemporânea, há anos gerida por Satoru, e mais recentemente com a ajuda da mulher, Momoko. Além do casal, a sobrinha Takako é presença regular na Morisaki, e é ela quem vai tomar conta da livraria quando os tios seguem numa viagem romântica oferecida pela jovem, por ocasião do aniversário de casamento.Como já tinha acontecido, Takako instala-se no primeiro andar da livraria e mergulha, instantaneamente, naquele ambiente mágico, onde os clientes são especiais e as pilhas de livros formam uma espécie de barreira contra as coisas menos boas do mundo. Takako está entusiasmada, como há muito não se sentia, mas… porque está o tio, Satoru, a agir de forma tão estranha? E quem é aquela mulher que continua a ver, repetidamente, no café ao lado da livraria?Regressemos à livraria Morisaki, onde a beleza, a simplicidade e as surpresas estão longe, bem longe de acabar. -
NovidadeUma Brancura LuminosaUm homem conduz sem destino. Ao acaso, vira à direita e à esquerda até que chega ao final da estrada na orla da floresta e o seu carro fica atolado. Pouco depois começa a escurecer e a nevar. O homem sai do carro e, em vez de ir à procura de alguém que o ajude, aventura-se insensatamente na floresta escura, debaixo de um céu negro e sem estrelas. Perde-se, quase morre de frio e de cansaço, envolto numa impenetrável escuridão. É então que surge, de repente, uma luz.Uma Brancura Luminosa é a mais recente obra de ficção de Jon Fosse, Prémio Nobel de Literatura de 2023. Uma história breve, estranhamente sublime e bela, sobre a existência, a memória e o divino, escrita numa forma literária única capaz de assombrar e comover.Tradução do norueguês de Liliete Martins.Os elogios da crítica:«Uma introdução perfeita à obra de Jon Fosse.» The Telegraph«Inquietante e lírico, este pequeno livro é uma introdução adequadamente enigmática à obra de Fosse e um bom ponto de partida para se enfrentar os seus romances mais vastos e experimentais.» Financial Times - Livro do Ano 2023«Uma Brancura Luminosa é, muito simplesmente, grande literatura.» Dagbladet