Todos os Dias
«Todos os dias acordo com o Fernando deixando o moço à guarda da minha Justina.»
Assim se inicia o primeiro romance de Jorge Reis-Sá, que aqui vê a sua terceira edição (depois de ter sido publicado na Dom Quixote e na Guerra & Paz). Publicado originalmente em 2006, foi considerado um dos livros do ano.
«O livro é escrito com o ânimo do desencanto, mas é isso que nos encanta a nós, leitores.» Maria Alzira Seixo, Visão
«Escrita superlativa num equilíbrio entre emoções e inteligência.» Susana Nogueira, Os Meus Livros
| Editora | Casa dos Ceifeiros |
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| Categorias | |
| Editora | Casa dos Ceifeiros |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Jorge Reis-Sá |
Jorge Reis-Sá nasceu em Vila Nova de Famalicão, em 1977, e viveu na casa dos avós, sobranceira ao cemitério, até aos quatro anos. Estudou Biologia, mas os livros falaram mais alto – é com eles que vive, enquanto editor e escritor. Para os mais novos, escreveu as séries O Avô e o Guia (oito títulos), David e Golias e As Aventuras do Fama (ambos com dois títulos cada), o livro Tomé e o Poema e uma biografia de António Lobo Antunes, O Amor das Coisas Belas.
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António Lobo Antunes: o amor das coisas belasAtravés de uma narrativa que estimula a investigação de respostas que não se encontram no livro, António Lobo Antunes: o amor das coisas belas (ou pelo menos das que eu considero belas), leva os leitores mais jovens a conhecer e a partilhar o mundo múltiplo do escritor que se tornou um dos autores mais lidos e traduzidos em todo o mundo.«O António nasceu para escrever, mas cresceu para ser médico. O pai do António era médico e o irmão João também. O irmão Nuno ainda é. Mas o António era um médico diferente – aos olhos do pai – porque não curava pessoas com gesso, antes a infelicidade com livros.» -
Bem Bom - Mau MariaHá quase dois anos o director da revista Ler fez um desafio ao autor: escrever a crónica mais improvável, aquela que em vez de uma opinião, desse duas e diametralmente opostas. O autor achou que sim e escreveu mais de vinte crónicas do bem e do mal. Sobre livros, sobre a vida, sobre blackberrys. Aqui está o Bem Bom, com prefácio do João Pereira Coutinho, e o Mau Maria, com prefácio de Joana Amaral Dias. Não se diz que a vida tem sempre dois lados? -
Quase Outros PoemasSe há um livro de poemas próximo da pele e do coração, é este. Não se fala de mais do que aquela, ou aquele, que se ama. E isso chega. Sempre. -
O Livro do Galo: o manual do verdadeiro portuguêsDiz-se que Portugal é o país da melancolia, do «quase», do «vai-se andando». O Livro do Galo mostra-nos a forma peculiar, e bem lusitana, de estarmos felizes – mesmo que o não saibamos, «porque o português é feliz estando triste. Porque o português é triste estando feliz». Do sol ao mar, da comida ao desenrascanço, da língua à maledicência, da seriedade da literatura à obsessão com a Selecção Nacional, este livro, está repleto de humor e perspectiva. Mas o Livro do Galo é também um guia, passo a passo, para encontrar a felicidade de ser português, ajudando o leitor a lidar com a melancolia, a ciclotimia ou até a histeria (no trânsito), porque, como diz o Galo, «ser feliz à portuguesa é perceber que tudo vai correr mal no fim. Mas que, no entretanto, nos vamos safar maravilhosamente bem». Porque a melhor definição de saudade, como escreve o autor, é arroz de cabidela -
Instituto de Antropologia"O Instituto de Antropologia colige, com as eliminações ou alterações necessárias, todos os poemas que publiquei até à presente data". JRS, Fevereiro 3013 -
Campo dos Bargos - O Futebol ou a Recuperação Semanal da InfânciaRegressar à infância: não é isso, afinal, o que mais se procura?Esquecer as preocupações e as responsabilidades e, de novo, jogar à baliza com os primos.A maior ânsia é não se ser batido pelo remate do mais velho. É isso que o futebol permite: regressar à infância a cada quinze dias, sempre que joga o clube de eleição.E esse jogo acontece no campo mais memorável: chame-se ele Luz, Alvalade, Antas, ou Bargos, o do Famalicão. O futebol é o maior criador de ídolos, como de vilões e heróis.Neste livro conta-se uma história muito pessoal, mas também daquelas onde qualquer adepto se pode rever, trazendo para agora aquilo que se viveu num relvado real, relembrado ou só sonhado. -
A Hipótese de GaiaFiccionista, poeta, cronista, Jorge Reis-Sá escreveu ao longo dos anos um enorme conjunto de contos que aqui se reúne. Movidos pela estranheza, onde Borges se toca em Kafka ou onde Vergílio Ferreira se junta a uma linguagem por vezes poética, são pequenas prosas com o azul, a terra e a rua como sustentáculo: Gaia e a sua Hipótese, portanto. -
O Sino da Minha AldeiaO sino da minha aldeia é um livro infantil, profusamente ilustrado, pensado para o primeiro ciclo de aprendizagem escolar.«Era costume: durante as tardes de trovoada, o David sentava-se com a avó na varanda, sobranceira ao cemitério – e a igreja ao fundo. E conversavam. Sobre tudo e sobre nada, que também é possível falar de nada.»E foi numa destas conversas que lembraram o avô que morrera fazia poucos meses. Entre o som do sino e a visão do cemitério, em frente à casa da avó, pensaram no Céu e em todos os significados possíveis para ele. Vem também conversar com o David e a avó. -
A Definição do Amor«Envelheci hoje a minha vida inteira.»É com estas palavras que Francisco Janela inicia o seu diário. Porque foi neste dia que a sua mulher, Susana, adoeceu gravemente e se viu relegada para uma cama de hospital onde apenas espera que o inevitável aconteça – morta mas ainda com o coração a bater.O esforço dos médicos é para que viva (mesmo que para sempre inconsciente) mais uns meses. Isto porque no seu útero está a incubar uma criança, descoberta depois de adoecer gravemente.Francisco escreve o luto para esquecer a morte. E tentar – pelo menos tentar – celebrar a vida que aí virá: a da sua filha por nascer e que mantém viva a sua mulher.
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NovidadeO Essencial Sobre José Saramago«Aquilo que neste livro se entende como essencial em José Saramago corresponde à sua específica identidade como escritor, com a singularidade e com as propriedades que o diferenciam, nos seus fundamentos e manifestações. Mas isso não é tudo. No autor de Memorial do Convento afirma-se também uma condição de cidadão e de homem político, pensando o seu tempo e os fenómenos sociais e culturais que o conformam. Para o que aqui importa, isso é igualmente essencial em Saramago, até porque aquela condição de cidadão não é estranha às obras literárias com as quais ela interage, em termos muito expressivos.» in Contracapa -
NovidadeConfissões de um Jovem EscritorUmberto Eco publicou seu primeiro romance, O Nome da Rosa, em 1980, quando tinha quase 50 anos. Nestas suas Confissões, escritas cerca de trinta anos depois da sua estreia na ficção, o brilhante intelectual italiano percorre a sua longa carreira como ensaísta dedicando especial atenção ao labor criativo que consagrou aos romances que o aclamaram. De forma simultaneamente divertida e séria, com o brilhantismo de sempre, Umberto Eco explora temas como a fronteira entre a ficção e a não-ficção, a ambiguidade que o escritor mantém para que seus leitores se sintam livres para seguir o seu próprio caminho interpre tativo, bem como a capacidade de gerar neles emoções. Composto por quatro conferências integradas no âmbito das palestras Richard Ellmann sobre Literatura Moderna que Eco proferiu na Universidade Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos, Confissões de um jovem escritor é uma viagem irresistível aos mundos imaginários do autor e ao modo como os transformou em histórias inesquecíveis para todos os leitores. O “jovem escritor” revela-se, afinal, um grande mestre e aqui partilha a sua sabedoria sobre a arte da imaginação e o poder das palavras. -
NovidadeSobre as MulheresSobre as Mulheres é uma amostra substancial da escrita de Susan Sontag em torno da questão da mulher. Ao longo dos sete ensaios e entrevistas (e de uma troca pública de argumentos), são abordados relevantes temas, como os desafios e a humilhação que as mulheres enfrentam à medida que envelhecem, a relação entre a luta pela libertação das mulheres e a luta de classes, a beleza, o feminismo, o fascismo, o cinema. Ao fim de cinquenta anos – datam dos primeiros anos da década de 1970 –, estes textos não envelheceram nem perderam pertinência. E, no seu conjunto, revelam a curiosidade incansável, a precisão histórica, a solidez política e o repúdio por categorizações fáceis – em suma, a inimitável inteligência de Sontag em pleno exercício.«É um deleite observar a agilidade da mente seccionando através da flacidez do pensamento preguiçoso.» The Washington Post«Uma nova compilação de primeiros textos de Sontag sobre género, sexualidade e feminismo.» Kirkus Reviews -
Para Tão Curtos Amores, Tão Longa VidaNuma época e num país como o nosso, em que se regista um número muito elevado de divórcios, e em que muitos casais preferem «viver juntos» a casar-se, dando origem nas estatísticas a muitas crianças nascidas «fora do casamento», nesta época e neste país a pergunta mais próxima da realidade não é por que duram tão pouco tantos casamentos, mas antes: Por que é que há casamentos que duram até à morte dos cônjuges? Qual é o segredo? Há um segredo nisso? Este novo livro de Daniel Sampaio, que traz o título tão evocativo: Para Tão Curtos Amores, Tão Longa Vida, discute as relações afetivas breves e as prolongadas, a monogamia e a infidelidade, a importância da relação precoce com os pais e as vicissitudes do amor. Combinando dois estilos, o ficcional e o ensaístico, que domina na perfeição, o autor traz perante os nossos olhos, de modo muito transparente e sem preconceitos, tão abundantes nestas matérias, os problemas e dificuldades dos casais no mundo de hoje, as suas vitórias e derrotas na luta permanente para manterem viva a sua união.Um livro para todos nós porque (quase) todos nós, mais tarde ou mais cedo, passamos por isso. -
NovidadeA Vida na SelvaHá quem nasça para o romance ou para a poesia e se torne conhecido pelo seu trabalho literário; e quem chegue a esse ponto depois de percorrer um longo caminho de vida, atravessando os escolhos e a complexidade de uma profissão, ou de uma passagem pela política, ou de um reconhecimento público que não está ligado à literatura. Foi o caso de Álvaro Laborinho Lúcio, que publicou o seu primeiro e inesperado romance (O Chamador) em 2014.Desde então, em leituras públicas, festivais, conferências e textos com destinos vários, tem feito uma viagem de que guarda memórias, opiniões, interesses, perguntas e respostas, perplexidades e reconhecimentos. Estes textos são o primeiro resumo de uma vida com a literatura – e o testemunho de um homem comprometido com as suas paixões e o diálogo com os outros. O resultado é comovente e tão inesperado como foi a publicação do primeiro romance. -
Almoço de DomingoUm romance, uma biografia, uma leitura de Portugal e das várias gerações portuguesas entre 1931 e 2021. Tudo olhado a partir de uma geografia e de uma família.Com este novo romance de José Luís Peixoto acompanhamos, entre 1931 e 2021, a biografia de um homem famoso que o leitor há de identificar — em paralelo com história do país durante esses anos. No Alentejo da raia, o contrabando é a resistência perante a pobreza, tal como é a metáfora das múltiplas e imprecisas fronteiras que rodeiam a existência e a literatura. Através dessa entrada, chega-se muito longe, sem nunca esquecer as origens. Num percurso de várias gerações, tocado pela Guerra Civil de Espanha, pelo 25 de abril, por figuras como Marcelo Caetano ou Mário Soares e Felipe González, este é também um romance sobre a idade, sobre a vida contra a morte, sobre o amor profundo e ancestral de uma família reunida, em torno do patriarca, no seu almoço de domingo.«O passado tem de provar constantemente que existiu. Aquilo que foi esquecido e o que não existiu ocupam o mesmo lugar. Há muita realidade a passear-se por aí, frágil, transportada apenas por uma única pessoa. Se esse indivíduo desaparecer, toda essa realidade desaparece sem apelo, não existe meio de recuperá-la, é como se não tivesse existido.» «Os motoristas estão à espera, o brado da multidão mistura-se com o rugido dos motores. Antes de entrarmos, o Mário Soares aproxima-se de mim, correu tudo tão bem, e abraça-me com um par estrondosas palmadas no centro das costas. A coluna de carros avança devagar pelas ruas da vila. Tenho a garganta apertada, não consigo falar. Como me orgulha que Campo Maior seja a capital da península durante este momento.»«Autobiografia é um romance que desafia o leitor ao diluir fronteiras entre o real e o ficcional, entre espaços e tempos, entre duas personagens de nome José, um jovem escritor e José Saramago. Este é o melhor romance de José Luís Peixoto.»José Riço Direitinho, Público «O principal risco de Autobiografia era esgotar-se no plano da mera homenagem engenhosa, mas Peixoto evitou essa armadilha, ao construir uma narrativa que se expande em várias direções, acumulando camadas de complexidade.»José Mário Silva, Expresso -
NovidadeElectra Nº 23A Atenção, tema de que se ocupa o dossier central do número 23 da revista Electra, é um recurso escasso e precioso e por isso objecto de uma guerra de concorrência sem tréguas para conseguir a sua captura. Nunca houve uma tão grande proliferação de informação, de produtos de consumo, de bens culturais, de acontecimentos que reclamam a atenção. Ela é a mercadoria da qual depende o valor de todas as mercadorias, sejam materiais ou imateriais, reais ou simbólicas. A Atenção é, pois, uma questão fundamental do nosso tempo e é um tópico crucial para o compreendermos. Sobre ela destacam-se neste dossier artigos e entrevistas de Yves Citton, Enrico Campo, Mark Wigley, Georg Franck e Claire Bishop. Nesta edição, na secção “Primeira Pessoa”, são publicadas entrevistas à escritora, professora e crítica norte-americana Svetlana Alpers (por Afonso Dias Ramos), cujo trabalho pioneiro redefiniu o campo da história da arte nas últimas décadas, e a Philippe Descola (por António Guerreiro), figura central da Antropologia, que nos fala de temas que vão desde a produção de imagens e das tradições e dos estilos iconográficos à questão da oposição entre natureza e cultura. A secção “Furo” apresenta um conjunto de desenhos e cartas inéditos da pintora Maria Helena Vieira da Silva. Em 1928, tinha vinte anos. Havia saído de Portugal para estudar arte em Paris e, de França, foi a Itália numa viagem de estudo. Durante esse percurso desenhou num caderno esboços rápidos do que via, e ao mesmo tempo, escrevia cartas à mãe para lhe contar as suas impressões e descobertas. Uma selecção destes desenhos e destas cartas, que estabelecem entre si um diálogo íntimo e consonante, é agora revelada. Na Electra 23, é publicada, na secção “Figura”, um retrato do grande poeta grego Konstandinos Kavafis, feito pelo professor e tradutor Nikos Pratsinis, a partir de oito perguntas capitais; é comentada, pelo escritor Christian Salmon, na secção “Passagens”, uma reflexão sobre a história trágica da Europa Central do consagrado romancista e ensaísta checo, Milan Kundera. Ainda neste número, o ensaísta e jornalista Sergio Molino dá-nos um mapa pessoal da cidade de Saragoça, em que a história e a geografia, a literatura e a arte se encontram; o jornalista e colunista brasileiro Marcelo Leite trata das investigações em curso desde os anos 90, com vista ao uso farmacológico e terapêutico dos psicadélicos; a escritora e veterinária María Sanchez constrói um diário que é atravessado por procuras e encontros, casas e viagens, livros e animais, terras e mulheres, amor e amizade; o arquitecto, investigador e curador chileno Francisco Díaz aborda a relação entre solo e terreno, a partir do projecto da Cidade da Cultura de Santiago de Compostela, da autoria de Peter Eisenman; o artista e ensaísta João Sousa Cardoso escreve sobre a obra do escultor Rui Chafes, revisitando três exposições e um livro apresentados durante o ano de 2023; e o dramaturgo Miguel Castro Caldas comenta a palavra “Confortável”.Vários -
NovidadeDiário SelvagemEste «Diário Selvagem», «até aqui quase integralmente inédito, é um livro mítico, listado e discutido em inúmeras cartas e cronologias do autor, a que só alguns biógrafos e estudiosos foram tendo acesso».