Um Diálogo Ibérico no Contexto Europeu e Mundial
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| Editora | Temas e Debates |
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| Editora | Temas e Debates |
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| Autores | Mário Soares |
Mário Soares
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Em Luta Por Um Mundo Melhor“Devemos ter confiança e não nos deixar abater. A crise vai libertar novas energias. O mercado não morrerá se ficar sujeito a regras éticas e políticas. O mesmo sucederá com a globalização, desde que seja objecto de maior regulação. Novas energias e novas gerações aparecerão. É preciso regulamentar e supervisionar os mecanismos de mercado. Reforçar os Estados de Direito. E reformular o socialismo democrático - que em muitos casos se deixou "colonizar" pelo neoliberalismo - dignificando o trabalho, aprofundado as politicas sociais e lutando a sério em defesa do planeta, ameaçado, e pela solidariedade entre os humanos, em exclusões.” -
Um Político Assume-seUma vida de militância desinteressada, com uma linha de orientação coerente, embora com ajustes, ruturas e adaptações às realidades mutáveis da Europa e do Mundo. -
Crónica de um Tempo Difícil«Pobre país, dirão os portugueses mais atentos. O futuro que se lhes apresenta não será nada brilhante. É preciso que os portugueses tomem consciência disso e ajam em conformidade. Já que não podemos mudar o Mundo nem sequer a Europa, sejamos ao menos capazes de mudar Portugal.» «O livro que ora vos apresento representa a compilação de artigos diversos e outros escritos publicados nos anos de 2011 e 2012 em jornais e revistas portugueses e estrangeiras. Foram anos de aprofundamento da crise europeia e nacional, ainda não resolvida, bem pelo contrário. [ ] A democracia - no plano europeu e nacional , considerada um dos fundamentos essenciais do projeto europeu, bem como os Direitos do Homem e os Estados Sociais começaram a ser conceitos e valores cada vez menos seguidos e respeitados. Porque, como se sabe, a crise financeira, dando a prioridade aos mercados, pôs o dinheiro acima das pessoas, como supremo valor. [ ] A verdade é que Portugal - ao fim de um ano de governo - não parece estar nada bem. Tenho-o dito e repetido, com sentido de objetividade e independência. Está demonstrado que as políticas de austeridade, que têm vindo a ser impostas, só nos podem levar a um desastre. Como o aumento impressionante do desemprego, a recessão económica, a ruína da classe média, o empobrecimento geral do país e o rigor economicista do Governo, para o qual o que conta é a ideologia neoliberal. [ ] Tornou-se urgente não desanimar e saber lutar pelas causas nobres. Ora o projeto europeu é uma dessas causas. Estamos a precisar, como de pão para a boca, de uma revolução pacífica e de um salto em frente da União Europeia. É necessário que os europeus compreendam que têm de reagir coletiva, pacífica e solidariamente, para que a União Europeia se desenvolva e ultrapasse esta crise terrível do capitalismo de casino.». -
A Esperança É Necessária«A crise vai-se agravando. Sem remédio? Creio que não. Porque a esperança deve ser a última a perder-se. Sempre pensei assim e não me arrependo.» «Quem tem estado no poder são os partidários dos mercados usurários, das troikas e do dinheiro acima de todos os valores. Têm o sentido de que o que conta é a austeridade e a pobreza das pessoas. As próprias pessoas que se lixem, para usar o termo que hoje alguns usam. Os valores não contam. A ética e o humanismo, que permaneceram depois da Segunda Guerra Mundial, hoje são motivo de riso dos tecnocratas, que enchem os bolsos e nada mais. Pois bem, isso vai ter de mudar ou a Europa cai no abismo e nada nos vale. Não creio que sejamos tão estúpidos que caiamos nesse abismo. Por isso, tenhamos esperança. E acreditemos nos nossos valores.» -
Em Defesa do Futuro«Um político a sério é aquele que se preocupa com o seu país acima de tudo, aquele que é patriota e busca não o seu bem-estar pessoal, mas sim o do país a que pertence.»«O País está num impasse, sem saída. Não há qualquer estratégia. Tudo está parado e a incerteza quanto ao futuro é enorme.»Críticas de imprensa:«Mário Soares é, na opinião da enorme maioria dos portugueses, a figura política chave do País nas últimas décadas. Com os seus quase noventa anos, lança com regularidade as críticas mais duras que são dirigidas ao Governo e ao Presidente da República, porque ele, como meio Portugal, apela ao ressurgimento do espírito da Revolução de Abril.»Carlos Punzón, La Voz de Galici«Um político de relevo aparece com frequência nas crónicas de enredos quotidianos do seu partido; o que é raro é continuar a aparecer quando tem 89 anos. Mas é assim a singular vida pública de Mário Soares. Foi tudo em Portugal: ex-primeiro-ministro português, ex-Presidente da República e ex-secretário-geral do Partido Socialista português, entre outras coisas. Agora tornou-se uma espécie de consciência viva do País, de símbolo puro da social-democracia europeia e uma referência para toda a esquerda. Sim, é claro: mas como as grandes palavras não bastam para preencher o dia a dia, Soares, além disso, demarca-se nos artigos das agitações do seu partido, dirige uma ativa fundação que tem o seu nome, manifesta opinião nos jornais quanto a tudo que envolva polémica, desde Angela Merkel até à troika, aos mercados, ao Governo ou às praxes de caloiros universitários.»Antonio Jiménez Barca, El País -
Cartas e Intervenções Políticas no ExílioEste livro reúne um conjunto de documentos do Arquivo Fundação Mário Soares escritos e/ou publicados entre 1970 e 1974 e que retraçam a atividade política do autor durante o exílio em França e a forma como esta atividade se articulava com a de diversas figuras da oposição ao regime, tanto em Portugal como noutros destinos de exílio. Inclui: - Correspondência entre o autor e Raúl Rêgo, Piteira Santos, Pinto Balsemão, Medeiros Ferreira, Tito de Morais, Vitorino Magalhães Godinho, Victor da Cunha Rego, António Macedo e Jorge Campinos - Artigos publicados no República e no Portugal Socialista, Revue Politique International, L’Unité, Combat Socialiste e Le Monde (França); The Nation (EUA), Express Español (Espanha) e Weltwoche (Suíça) - Entrevistas publicadas na Veja (Brasil), L’Espresso (Itália) e Combat (França) - Outros documentos de grande interesse histórico. Com prefácio do historiador David Castaño. -
No Centro do FuracãoPortugal vive actualmente um dos mais delicados momentos da sua história recente, marcado por uma forte crise económica e financeira, um ambiente de descontentamento geral na sociedade e uma inevitável convulsão política. Uma crise, portanto, que se faz sentir a todos os níveis da vida nacional e que não pode ser dissociada de uma crise mais dilatada a nível europeu. Mas que pode constituir uma oportunidade para a criação de um novo rumo, recentrado em valores mais sólidos e mais humanistas. Mário Soares, ex-Presidente da República e ainda hoje uma das figuras mais influentes e respeitadas do panorama político nacional, reflecte neste livro sobre o percurso nacional desde a queda da ditadura até aos dias de hoje, ao mesmo tempo que analisa a evolução do espaço europeu desde a sua génese. Com estes dados na mesa, pondera sobre a situação presente, avaliando as suas causas, os seus riscos e as suas oportunidades. E sugere a criação de um novo paradigma para o futuro, que permita a Portugal e à Europa voltar a ser um espaço de bem-estar, prosperidade e justiça social para as suas populações. No centro do furacão é um útil e refrescante contributo para o necessário debate sobre o presente e o futuro de Portugal enquanto nação europeia. -
Portugal Tem SaídaVivemos hoje dias conturbados, assombrados pela crise, pela ajuda externa e, como se não bastasse, pela queda do Governo, que nos levou a eleições antecipadas. Na Europa, a sofrer ainda os efeitos da gravíssima crise que atingiu o coração americano do sistema financeiro, o clima é também de instabilidade. Teresa de Sousa e Mário Soares fazem deste cenário o mote para uma reflexão clara e discernida sobre o futuro e as saídas para Portugal, não esquecendo contexto mundial e, claro, o Europeu. Uma jornalista com sólida experiência política à conversa com um homem de percurso ímpar na cena política nacional, um homem de invulgar sabedoria e experiência única. Portugal Tem Saída é a conclusão que aqui se tira: uma nação coesa, plena de recursos, com quase nove séculos de história independente a fazer prova de que seremos capazes. Este livro é essencial para a análise do presente e projecção do futuro. -
Elogio da PolíticaO autor faz um panorama do conceito de política e de democracia de um ponto de vista histórico, internacional e nacional, orientado pela sua experiência e opiniões pessoais.
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Para Tão Curtos Amores, Tão Longa VidaNuma época e num país como o nosso, em que se regista um número muito elevado de divórcios, e em que muitos casais preferem «viver juntos» a casar-se, dando origem nas estatísticas a muitas crianças nascidas «fora do casamento», nesta época e neste país a pergunta mais próxima da realidade não é por que duram tão pouco tantos casamentos, mas antes: Por que é que há casamentos que duram até à morte dos cônjuges? Qual é o segredo? Há um segredo nisso? Este novo livro de Daniel Sampaio, que traz o título tão evocativo: Para Tão Curtos Amores, Tão Longa Vida, discute as relações afetivas breves e as prolongadas, a monogamia e a infidelidade, a importância da relação precoce com os pais e as vicissitudes do amor. Combinando dois estilos, o ficcional e o ensaístico, que domina na perfeição, o autor traz perante os nossos olhos, de modo muito transparente e sem preconceitos, tão abundantes nestas matérias, os problemas e dificuldades dos casais no mundo de hoje, as suas vitórias e derrotas na luta permanente para manterem viva a sua união.Um livro para todos nós porque (quase) todos nós, mais tarde ou mais cedo, passamos por isso. -
NovidadeSobre as MulheresSobre as Mulheres é uma amostra substancial da escrita de Susan Sontag em torno da questão da mulher. Ao longo dos sete ensaios e entrevistas (e de uma troca pública de argumentos), são abordados relevantes temas, como os desafios e a humilhação que as mulheres enfrentam à medida que envelhecem, a relação entre a luta pela libertação das mulheres e a luta de classes, a beleza, o feminismo, o fascismo, o cinema. Ao fim de cinquenta anos – datam dos primeiros anos da década de 1970 –, estes textos não envelheceram nem perderam pertinência. E, no seu conjunto, revelam a curiosidade incansável, a precisão histórica, a solidez política e o repúdio por categorizações fáceis – em suma, a inimitável inteligência de Sontag em pleno exercício.«É um deleite observar a agilidade da mente seccionando através da flacidez do pensamento preguiçoso.» The Washington Post«Uma nova compilação de primeiros textos de Sontag sobre género, sexualidade e feminismo.» Kirkus Reviews -
NovidadeA Vida na SelvaHá quem nasça para o romance ou para a poesia e se torne conhecido pelo seu trabalho literário; e quem chegue a esse ponto depois de percorrer um longo caminho de vida, atravessando os escolhos e a complexidade de uma profissão, ou de uma passagem pela política, ou de um reconhecimento público que não está ligado à literatura. Foi o caso de Álvaro Laborinho Lúcio, que publicou o seu primeiro e inesperado romance (O Chamador) em 2014.Desde então, em leituras públicas, festivais, conferências e textos com destinos vários, tem feito uma viagem de que guarda memórias, opiniões, interesses, perguntas e respostas, perplexidades e reconhecimentos. Estes textos são o primeiro resumo de uma vida com a literatura – e o testemunho de um homem comprometido com as suas paixões e o diálogo com os outros. O resultado é comovente e tão inesperado como foi a publicação do primeiro romance. -
O Infinito num JuncoA Invenção do livro na antiguidade e o nascer da sede dos livros.Este é um livro sobre a história dos livros. Uma narrativa desse artefacto fascinante que inventámos para que as palavras pudessem viajar no tempo e no espaço. É o relato do seu nascimento, da sua evolução e das suas muitas formas ao longo de mais de 30 séculos: livros de fumo, de pedra, de argila, de papiro, de seda, de pele, de árvore, de plástico e, agora, de plástico e luz.É também um livro de viagens, com escalas nos campos de batalha de Alexandre, o Grande, na Villa dos Papiros horas antes da erupção do Vesúvio, nos palácios de Cleópatra, na cena do homicídio de Hipátia, nas primeiras livrarias conhecidas, nas celas dos escribas, nas fogueiras onde arderam os livros proibidos, nos gulag, na biblioteca de Sarajevo e num labirinto subterrâneo em Oxford no ano 2000.Este livro é também uma história íntima entrelaçada com evocações literárias, experiências pessoais e histórias antigas que nunca perdem a relevância: Heródoto e os factos alternativos, Aristófanes e os processos judiciais contra humoristas, Tito Lívio e o fenómeno dos fãs, Sulpícia e a voz literária de mulheres.Mas acima de tudo, é uma entusiasmante aventura coletiva, protagonizada por milhares de personagens que, ao longo do tempo, tornaram o livro possível e o ajudaram a transformar-se e evoluir – contadores de histórias, escribas, ilustradores e iluminadores, tradutores, alfarrabistas, professores, sábios, espiões, freiras e monjes, rebeldes, escravos e aventureiros.É com fluência, curiosidade e um permanente sentido de assombro que Irene Vallejo relata as peripécias deste objeto inverosímil que mantém vivas as nossas ideias, descobertas e sonhos. E, ao fazê-lo, conta também a nossa história de leitores ávidos, de todo o mundo, que mantemos o livro vivo.Um dos melhores livros do ano segundo os jornais El Mundo,La Vanguardia e The New York Times(Espanha). -
O Anticrítico«O Anticrítico» é uma compilação dos ensaios de Diogo Vaz Pinto — textos de crítica literária, e não só —, escritos entre 2014 e 2023, incluindo alguns inéditos. «Não tenho conta para as vezes todas em que, para ir com a rábula insultuosa que me tecem, pegando uns onde outros deixaram, numa cooperativa de imbecis que, sinceramente, me comove, já me quiseram tirar a condição que vem de tudo o que faço. Mais difícil seria desmontar alguma coisa. Resta que, ou ignoram muito vermelhuscos, ou a ideia é revogar-me a carta, licença, prostrar-me na indigência de eu ser uma qualquer abominação, «Bicho», monstro que ligam com tudo o que é baixo, e mesmo assim paira sobre eles sem explicação. Um Chernobyl encarnado. Crítico não sou. Ou só pseudo. Videirinho e jornaleiro, pilha-galinhas e o mais que eu coso bem ao meu estuporado currículo. Pois seja, eu fico então gordo disso tudo. E viro-me do avesso. Sou o anticrítico, então! Roubando esta de Augusto de Campos sem pudor. Há muito que não me retiram do sentido a ideia de que o principal é cortar com a impostura disto tudo. A gloríola da mediocridade, o sentido gregário, essa ratada ficção ligando os «egozinhos de porta-aberta» do nosso meio literato.» -
Terra QueimadaEnsaio profético e demolidor, TERRA QUEIMADA (2022) expõe a forma como o complexo internético se tornou «motor implacável de vício, solidão, falsas esperanças, crueldade, psicose, endividamento, vida desbaratada, corrosão da memória e desintegração social». Nele, Jonathan Crary faz uma crítica radical da digitalização do mundo e denuncia realidades inegáveis: a incompatibilidade entre um planeta habitável e a economia consumista e técnica, a atomização provocada pelas redes sociais, a era digital como fase terminal do capitalismo planetário. «Se é possível um futuro habitável e comum no nosso planeta», conclui, «esse futuro será offline, dissociado dos sistemas e da actividade do capitalismo 24/7, que destroem o mundo». -
Mário Cesariny e Antonio Tabucchi - Cartas e outros TextosFernando Cabral Martins: «O surrealismo português já tinha atingido no final dos anos sessenta uma definição que tornava possível, de um ponto de vista exterior, descomprometido, fazer uma avaliação de conjunto.» Antonio Tabucchi veio a Portugal no rasto de um poeta: Fernando Pessoa, ou melhor Álvaro de Campos, de quem lera por acaso o poema «Tabacaria». Quis aprender a língua do autor do poema e para isso inscreveu-se na cadeira de Língua e Literatura Portuguesa na Universidade de Pisa, que então frequentava. O seu mestre foi uma professora especial, bela, inteligente e culta, Luciana Stegagno Picchio. Antonio quis conhecer o país onde se falava aquela língua e ao qual pertencia aquele poeta e, na Primavera de 1965, com o seu Fiat 500, chegou a Portugal. Aí conheceu uma portuguesa com quem falou de Pessoa, e com quem continuou a trocar correspondência até ao ano seguinte, quando se tornaram namorados, vindo depois a casar (1970). Mas até lá, veio amiúde a Portugal […] e começou a interessar-se pelo Surrealismo português, sobre o qual havia muito pouco material crítico, praticamente nada, em vista da sua futura tese de licenciatura. Conheceu então (1967) dois membros ilustres daquele movimento, dois grandes poetas, Alexandre O’Neill e Mário Cesariny de Vasconcelos, com quem passou muitas horas, primeiro para os entrevistar e depois, com sempre maior intimidade, já com laços de amizade, só pelo prazer de estarem juntos. [Maria José de Lancastre] Esta é a história de um desencontro. Cesariny, como o surrealismo, considerava a universidade um inimigo, e Tabucchi, para todos os efeitos, era em 1971 um universitário. Mesmo se, no caso dele, havia por parte do poeta o agrado de ver como a sua poesia e o seu lugar no surrealismo português eram reconhecidos — pela primeira vez — por um leitor com a distância crítica e a óbvia inteligência de Antonio Tabucchi. Aqui, nos textos que documentam o contacto directo entre ambos do final dos anos 60, pode ver-se uma ilustração do modo como a história do surrealismo foi sendo feita, com que ritmo e a partir de que posições. E que implica a consciência, por parte do poeta, da importância do sentido que a crítica atribui à História, capaz (ou não) de tornar o passado digno do presente, ou vice- -versa. E manifesta, por parte do jovem crítico italiano, a intuição da grandeza de um movimento que evoluía na sombra, num carceral jardim à beira-mar. [Fernando Cabral Martins]

