Voltar a Ler: alguma crítica reunida (sobre poesia, educação e outros ensaios)
Porque a literatura é um compósito complexo de signos que nega a ditadura do banal em que estamos imersos e, na sua expressão máxima, a poesia, se insurge contra as palavras gastas dum quotidiano asfixiante, eis porque ela é incompreendida, ou rechaçada para territórios periféricos ao debate político.
Agitar as águas do real, essa é a suprema função da arte. Como a História comprova, a arte semeia a dúvida necessária em torno de novos absolutos, é ela o espinho que se crava fundo na certeza dos moralistas. É a dúvida e o princípio do incerto que mobiliza também este voltar a ler, pois foi sempre no gesto da releitura que se perceberam melhor certas ideias e caíram por terra certos preconceitos. Voltar a ler é abertura, compreensão, partilha.
Num livro sobre poesia portuguesa moderna e contemporânea, sobre ensaístas portugueses e temas relativos à educação e à cultura, António Carlos Cortez dirige-se a professores e pais, quer convocar alunos e investigadores, todos quantos não querem e não cedem aos tempos dos burrocratas.
Um livro para voltar a ler.
| Editora | Gradiva |
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| Editora | Gradiva |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | António Carlos Cortez |
António Carlos Cortez nasceu em Lisboa, em 1976.
Poeta, ensaísta e crítico literário, é professor de Português e de Literatura Portuguesa e investigador do CEHUM (Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho).
Publicou o seu primeiro livro de poesia em 1999. Recebeu em 2011, com Depois de Dezembro (Licorne), o Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores para melhor livro de poesia publicado em Portugal em 2010. Na sua obra destacam-se os seguintes livros: O Nome Negro (2013), Animais Feridos (2016), a antologia A Dor Concreta (2016) – vencedora do Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes da Associação Portuguesa de Escritores em 2018 –, e Jaguar (2019) – galardoado em 2020 com o Prémio Literário Ruy Belo e o Prémio de Poesia António Gedeão/FENPROF.
É ainda autor de livros de ensaio e de crítica literária.
Tem obras publicadas no México e no Brasil e está incluído em várias antologias de poesia em Portugal e no estrangeiro.
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Animais FeridosDepois de O Nome Negro (2013), António Carlos Cortez publica Animais Feridos , conjunto de setenta poemas sobre este «tempo tétrico», como se lê num dos seus textos. Animais feridos como a epígrafe de Mário Quintana afirma: «Um poema sem outra angústia que a sua misteriosa / condição de poema //Triste. / Solitário. / Único. / Ferido de mortal beleza.» Livro onde, em três andamentos, o leitor acompanha o olhar de um sujeito que vê no napalm a «energia deste tempo» e pressente Lisboa e o mundo próximos de um apocalipse, Animais Feridos é ainda a inquirição da palavra de poesia e as suas possibilidades de sentido em espaços (o corpo, a casa, a cidade) onde a ameaça da morte e do desencontro são a única certeza. Daí as três secções, três modos de declinar a época que nos é dada viver. António Carlos Cortez concebe o poema como exercício extremado de subtis jogos sonoros, unindo tom coloquial à frase labiríntica, sugerindo quanto para si a poesia é um modo de observação felina e a escrita um estilete com que se perfura, de forma precisa, o corpo dos animais feridos: os poemas, a memória, a carne viva do tempo, nós. -
JaguarJaguar é o novo livro de António Carlos Cortez constituído por 48 poemas em prosa.O jaguar é o animal que interpreta a História e confronta Humatan, o inventor da gramática. O fim da linguagem, a música de Philip Glass, a poesia de Jim Morrison, e o sangue de Ian Curtis e de Zodiac. A guerra, teatro do mundo, o Vietname, David Bowie, Curtis LeMay, Jaguar é também uma homenagem à literatura, a Fiama e às visões de Rimbaud. O cristal e a chama da poesia, eis o que António Carlos Cortez procura edificar com este novo livro. -
O Nome NegroProfessor de Literatura Portuguesa e de Português no Colégio Moderno, em Lisboa. Poeta, crítico de poesia e ensaísta. «Em António Carlos Cortez a poesia é sempre em tom maior [...]. Diria que entre a nova poesia portuguesa só Daniel Faria triunfou neste modo de expressão. [...] Em todos os sonetos Cortez se apresenta denso e enigmático, apostado menos no quotidiano do que na transfiguração verbal, essa que tantos tentam e na qual quase todos fracassam.» Pedro Mexia, in Diário de Notícias, 4/6/2004 -
A Dor Concreta« Todo o labor de Cortez vai no sentido de nos mostrar que o poema acontece na linguagem. A poesia é o lugar onde a linguagem se sonha, ganha consciência de si, definindo, em acto, o território, sempre inacabado, sempre incompleto, da subjectividade. António Carlos Cortez faz da linguagem uma arte da memória» - Luís Quintais, Posfácio. -
Corvos, Cobras, ChacaisProvavelmente não voltaremos a falar. É outro tempo, hoje. Se falarmos de novo, seja em silêncio ou atirando a boca a lâminas ou escarpas, de que nos valerá? Não temos os mesmos signos.A Editora Gato Bravo e o poeta António Carlos Cortez apresentam o livro Corvos Cobras Chacais, sequência alargada de poemas em prosa e capítulo participante da antologia "A Dor Concreta" (ed. Tinta da China).Figura ilustre da poesia portuguesa contemporânea, Cortez desdobra-se em três vozes, com visões do mundo conflituosas, que tornam a obra um importante marco do tom elevado e ao mesmo tempo realista que distingue o autor, como aponta o poeta Pedro Mexia. São três personagens que se desafiam e complementam, tendo como pano de fundo um texto que explora a estrutura de fingimento do poeta, mas que escorre pelas fendas do concreto. -
EbookAnimais FeridosDepois de O Nome Negro (2013), Antonio Carlos Cortez publica Animais Feridos, conjunto de setenta poemas sobre este , como se le num dos seus textos. Animais feridos como a epigrafe de Mario Quintana afirma: Livro onde, em tres andamentos, o leitor acompanha o olhar de um sujeito que ve no napalm a e pressente Lisboa e o mundo proximos de um apocalipse, Animais Feridos e ainda a inquiric?o da palavra de poesia e as suas possibilidades de sentido em espacos (o corpo, a casa, a cidade) onde a ameaca da morte e do desencontro s?o a unica certeza. Dai as tres secc?es, tres modos de declinar a epoca que nos e dada viver. Antonio Carlos Cortez concebe o poema como exercicio extremado de subtis jogos sonoros, unindo tom coloquial a frase labirintica, sugerindo quanto para si a poesia e um modo de observac?o felina e a escrita um estilete com que se perfura, de forma precisa, o corpo dos animais feridos: os poemas, a memoria, a carne viva do tempo, nos.Ver por dentro: -
Poética Com DicçãoO escritor e crítico de poesia António Carlos Cortez fez o livro "Poética com dicção", em celebração ao encontro, que está a se estreitar nos últimos anos, entre a poesia portuguesa e a brasileira.“Há (como direi?) uma leveza e uma ironia intrínsecas ao português do Brasil que a tradição lusíada não tem. Uma doçura e simultaneamente uma certa dicção arrastada, mais lenta, que permite o sublinhar de determinados jogos sintáticos, de determinados saltos de sentido. Isso tempera a poesia brasileira de uma musicalidade e surpresa que, mesmo quando mais literal, renova o idioma de Camões. Quando lemos em voz alta um poema de Drummond, ou de Simone Brantes, quando paramos numa imagem de Sérgio Nazar ou num encavalgamento de Alexandra Maia ou no estilo diarístico de Ana Cristina Cesar, quando lemos Chico Buarque ou penetramos no mundo poético de Eucanaã Ferraz ou Antonio Cicero, qualquer coisa brilha nessa poesia que é escrita «naquela língua» de que nos fala uma antologia sobre a qual também escrevi.""Lisboa, fevereiro de 2020 - Poética com dicção – 16 poetas brasileiros para ler hoje é um encontro sublime entre Portugal e Brasil, regido pelo poeta, crítico literário, professor e ensaísta português António Carlos Cortez, já anteriormente publicado pela Jaguatirica no Brasil, com a antologia O Tempo Exacto e o livro de poesia Corvos, Cobras, Chacais, semifinalista do Prêmio Oceanos.Neste livro de ensaios, Cortez se debruça, tal maestro, sobre uma sinfonia de autores brasileiros contemporâneos e sua dicção poética açucarada, que faz questão de mencionar como específica quando comparada à lusitana.Esta é uma obra de ensaios e recensões feitos com sabedoria e delicadeza, mas é também um mergulho privilegiado em um universo poético que é olhado e sentido com afeto – um poeta português que elogia poetas brasileiros e sobre eles revela um conhecimento invejável, uma admiração sincera e um intercâmbio que enriquece os dois lados do Atlântico e da Língua Portuguesa.Alexandra Maia, Ana Cristina Cesar, Antonio Cicero, Carlos Drummond de Andrade, Carlos Nejar, Chico Buarque, Eucanaã Ferraz, José Paulo Paes, Lêdo Ivo, Luís Maffei, Manoel de Barros, Paulo Henriques Britto, Renato Russo, Sérgio Nazar David, Simone Brantes e Vinicius de Moraes são os dezesseis nomes escolhidos que servem de roteiro para este livro com as brilhantes imposturas de António Carlos Cortez, além da parte especialmente reservada à obra de Clarice Lispector. -
Crítica CrónicaCrítica Crónica reúne os textos que António Carlos Cortez escreveu no jornal Público desde 2011, abrangendo quase uma década de intervenção em nome da cultura e de uma educação ilustrada. Crónicas que nascem da crónica inclinação para pensar, criticar, partilhar inquietações. Neste livro a crónica é exame, análise, ponderação. Textos sobre o ensino do português, sobre a alienação que o digital promove, mas também textos sobre a escrita como coisa viva, gesto que procura pensar a polis. A Crítica Crónica marca a entrada do autor na difícil arte de fazer a crónica dos dias em tempo adverso à crítica como fazer de um pensamento. -
DiamantePaul Verlaine referiu-se um dia à prosa diamantina de Rimbaud, sublinhando a dimensão pura, misteriosa e arquitectural dos poemas de Jean-Arthur. Os 64 poemas de Diamante, um livro com três secções, dialogam com essa tradição do cristal da poesia moderna. Dos sonetos iniciais, de frase labiríntica, aos poemas em prosa, flashes da recordação, e que se vão multiplicando, até ao poema que fecha este livro, ""Vários fins"", António Carlos Cortez reafirma a sua noção da poesia - exercício tensional sobre as imagens da linguagem. Livro onde comparecem várias vozes, Diamante é ambíguo, ou melhor, anfíbio: mergulhamos na memória de outros textos (Gastão Cruz, Philippe Jacouttet, Ruy Belo, Alfonso Costafreda, Ida Vitale, Eduardo Guerra Carneiro, Edouard Glissant, José Paulo Paes), nas músicas que dão a atmosfera exacta para estes poemas se lerem em voz alta (Fleetwood Mac, Depeche Mode, Nick Cave, Rádio Macau, Roxy Music, José Mário Branco), buscando unir o cristal com essa ""chama altíssima"" duma palavra construída, meditada. Poesia também sobre lugares perigosos e fascinantes de um outro tempo, Diamante procura eternizar corpos, verões antigos, cidades, a própria escrita. ""A poesia é o eco do vivido"", escreve o autor de Jaguar. -
Um Dia Lusíada«Um livro era escrito, UM DIA LUSÍADA escrito como quem reinicia a vida e vê, do mais alto cume da Europa, os versos virem, ondas antiquíssimas, vocálica expressão já em desuso [...] e algo mais se passa que ninguém vê, era um dia lusíada como qualquer outro e esse dia era hoje, o dia em que me despeço, em que enlouqueço com a memória de Elias Moura [...] eu olhando agora o livro.»
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NovidadeO Essencial Sobre José Saramago«Aquilo que neste livro se entende como essencial em José Saramago corresponde à sua específica identidade como escritor, com a singularidade e com as propriedades que o diferenciam, nos seus fundamentos e manifestações. Mas isso não é tudo. No autor de Memorial do Convento afirma-se também uma condição de cidadão e de homem político, pensando o seu tempo e os fenómenos sociais e culturais que o conformam. Para o que aqui importa, isso é igualmente essencial em Saramago, até porque aquela condição de cidadão não é estranha às obras literárias com as quais ela interage, em termos muito expressivos.» in Contracapa -
Novas Cartas Portuguesas«Reescrevendo, pois, as conhecidas cartas seiscentistas da freira portuguesa, Novas Cartas Portuguesas afirma-se como um libelo contra a ideologia vigente no período pré-25 de Abril (denunciando a guerra colonial, o sistema judicial, a emigração, a violência, a situação das mulheres), revestindo-se de uma invulgar originalidade e actualidade, do ponto de vista literário e social. Comprova-o o facto de poder ser hoje lido à luz das mais recentes teorias feministas (ou emergentes dos Estudos Feministas, como a teoria queer), uma vez que resiste à catalogação ao desmantelar as fronteiras entre os géneros narrativo, poético e epistolar, empurrando os limites até pontos de fusão.»Ana Luísa Amaral in «Breve Introdução» -
NovidadeConfissões de um Jovem EscritorUmberto Eco publicou seu primeiro romance, O Nome da Rosa, em 1980, quando tinha quase 50 anos. Nestas suas Confissões, escritas cerca de trinta anos depois da sua estreia na ficção, o brilhante intelectual italiano percorre a sua longa carreira como ensaísta dedicando especial atenção ao labor criativo que consagrou aos romances que o aclamaram. De forma simultaneamente divertida e séria, com o brilhantismo de sempre, Umberto Eco explora temas como a fronteira entre a ficção e a não-ficção, a ambiguidade que o escritor mantém para que seus leitores se sintam livres para seguir o seu próprio caminho interpre tativo, bem como a capacidade de gerar neles emoções. Composto por quatro conferências integradas no âmbito das palestras Richard Ellmann sobre Literatura Moderna que Eco proferiu na Universidade Emory, em Atlanta, nos Estados Unidos, Confissões de um jovem escritor é uma viagem irresistível aos mundos imaginários do autor e ao modo como os transformou em histórias inesquecíveis para todos os leitores. O “jovem escritor” revela-se, afinal, um grande mestre e aqui partilha a sua sabedoria sobre a arte da imaginação e o poder das palavras. -
Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXIO que são, afinal, a esquerda e a direita políticas? Trata-se de conceitos estanques, flutuantes, ou relativos? Quando foi que começámos a usar estes termos para designar enquadramentos políticos? Esquerda e Direita: guia histórico para o século XXI é um ensaio historiográfico, político e filosófico no qual Rui Tavares responde a estas questões e explica por que razão a terminologia «esquerda / direita» não só continua a ser relevante, como poderá fazer hoje mais sentido do que nunca. -
Para Tão Curtos Amores, Tão Longa VidaNuma época e num país como o nosso, em que se regista um número muito elevado de divórcios, e em que muitos casais preferem «viver juntos» a casar-se, dando origem nas estatísticas a muitas crianças nascidas «fora do casamento», nesta época e neste país a pergunta mais próxima da realidade não é por que duram tão pouco tantos casamentos, mas antes: Por que é que há casamentos que duram até à morte dos cônjuges? Qual é o segredo? Há um segredo nisso? Este novo livro de Daniel Sampaio, que traz o título tão evocativo: Para Tão Curtos Amores, Tão Longa Vida, discute as relações afetivas breves e as prolongadas, a monogamia e a infidelidade, a importância da relação precoce com os pais e as vicissitudes do amor. Combinando dois estilos, o ficcional e o ensaístico, que domina na perfeição, o autor traz perante os nossos olhos, de modo muito transparente e sem preconceitos, tão abundantes nestas matérias, os problemas e dificuldades dos casais no mundo de hoje, as suas vitórias e derrotas na luta permanente para manterem viva a sua união.Um livro para todos nós porque (quase) todos nós, mais tarde ou mais cedo, passamos por isso. -
NovidadeSobre as MulheresSobre as Mulheres é uma amostra substancial da escrita de Susan Sontag em torno da questão da mulher. Ao longo dos sete ensaios e entrevistas (e de uma troca pública de argumentos), são abordados relevantes temas, como os desafios e a humilhação que as mulheres enfrentam à medida que envelhecem, a relação entre a luta pela libertação das mulheres e a luta de classes, a beleza, o feminismo, o fascismo, o cinema. Ao fim de cinquenta anos – datam dos primeiros anos da década de 1970 –, estes textos não envelheceram nem perderam pertinência. E, no seu conjunto, revelam a curiosidade incansável, a precisão histórica, a solidez política e o repúdio por categorizações fáceis – em suma, a inimitável inteligência de Sontag em pleno exercício.«É um deleite observar a agilidade da mente seccionando através da flacidez do pensamento preguiçoso.» The Washington Post«Uma nova compilação de primeiros textos de Sontag sobre género, sexualidade e feminismo.» Kirkus Reviews -
O PríncipeUm tratado clássico sobre a política ou a arte de bem governar que, embora tenha sido escrito no século XVI, mantém toda a sua atualidade, podendo facilmente transpor-se para os dias de hoje. Inspirado na figura de César Bórgia e na admiração desmedida que manifestava por ele, Maquiavel faz uma abordagem racional para aconselhar os aspirantes a líderes, desenvolvendo argumentos lógicos e alternativas para uma série de potenciais problemas, a forma de lidar com os domínios adquiridos e o tratamento a dar aos povos conquistados, de modo consolidar o poder. Obra de referência e de um pragmatismo radical e implacável. -
NovidadeA Vida na SelvaHá quem nasça para o romance ou para a poesia e se torne conhecido pelo seu trabalho literário; e quem chegue a esse ponto depois de percorrer um longo caminho de vida, atravessando os escolhos e a complexidade de uma profissão, ou de uma passagem pela política, ou de um reconhecimento público que não está ligado à literatura. Foi o caso de Álvaro Laborinho Lúcio, que publicou o seu primeiro e inesperado romance (O Chamador) em 2014.Desde então, em leituras públicas, festivais, conferências e textos com destinos vários, tem feito uma viagem de que guarda memórias, opiniões, interesses, perguntas e respostas, perplexidades e reconhecimentos. Estes textos são o primeiro resumo de uma vida com a literatura – e o testemunho de um homem comprometido com as suas paixões e o diálogo com os outros. O resultado é comovente e tão inesperado como foi a publicação do primeiro romance.