14,5 Ensaios de História e Arquitectura
Esta colectânea reúne catorze ensaios acabados e um ensaio incompleto de história e história da arquitectura, escritos quase todos nos últimos dez anos. Uns são mais aprofundados e problemáticos, outros mais ligeiros e mais directos. Alguns nunca foram publicados e a maioria não é de acesso fácil. Os assuntos principais são três: a arquitectura na cultura portuguesa, a cultura visual dos portugueses na Índia, a arquitectura dos conventos de freiras. A época em causa são os séculos XVI, XVII e XVIII.
ÍNDICE
I - NA EUROPA
1. 1998, "'Obra crespa e relevante', os interiores das igrejas lisboetas na segunda metade do século XVII, alguns problemas", catálogo Bento Coelho (1620-1708) e a cultura do seu tempo, IPPAR, 1998
2. 2001, "Damnnatio Memórias. A arquitectura dos marqueses de Castelo Rodrigo", actas do colóquio Arte y Diplomacia de la Monarquia Hispânica en el siglo XVII, Casa de Velazquez, Madrid, Maio de 2001, pub. ed. José Luis Colomer, Fernando Villaverde Ediciones, Madrid, 2003
3. 2001, "Ordem abreviada e molduras de faixas na arquitectura italiana, espanhola e portuguesa do Renascimento", actas do V Congresso Luso--Brasileiro de História da Arte, Faro, Outubro de 2001, pub. Universidade do Algarve, Faro, 2002
4. 2003, "A tradição clássica na arquitectura luso-brasileira", Anais do VI Congresso Luso-Brasileiro de História da Arte, Rio de Janeiro, l, 2 e 3 de Outubro de 2003, pub. Rio de Janeiro, 2004
5. 2006, "Guarini and Portugal", colectânea / catálogo Guarino Guarini, Centro Andrea Palladio, Vicenza, 2006-2007. Texto em curso de publicação.
II -
NA ÁSIA
6. 1996, "'Ovídio Malabar', Manuel de Faria e Sousa, a índia e a arquitectura portuguesa", Mare Liberum, Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, n° 11-12 (1996)
7. 2004, "Portuguese settlements and trading centres", catálogo Encounters between Asia and Europe, Victoria & Albert Museum, Londres, 2004
8. 2004, "Dans les Villes de L'Asie Portugaise: frontières réligieuses", actas do colóquio Frontières Réligieuses. Rejets et Passages, dissimulation et contrebande spirituelle, organizado pelo Centre Culturel Calouste Gulbenkian em parceria com o IRCOM e o Centre Roland Mousnier da Université de Paris IV (Sorbonne), Paris, 18-19 de Junho de 2004. Texto em curso de publicação
III -
ENTRE MULHERES
9. 1999, "Arquitectura de mulheres, mundo de homens: intervenções da DGEMN em mosteiros femininos extintos, 1930-50", catálogo Caminhos do Património: DGEMN, 1929-1999, Lisboa, 1999
10. 2000, "A fachada pseudo-frontal na arquitectura das igrejas de freiras no mundo português", actas do colóquio Conversas à volta dos Conventos, Montemor-o-Novo, Novembro de 2000, pub. Montemor-o-Novo, 2002
11. 2001, "As igrejas conventuais de freiras carmelitas descalças em Portugal", Museu, 4a série, n° 9 (2001)
IV - DEPOIMENTOS (QUE SÃO QUASE ENSAIOS)
12. 2001, "Arquitectura não-alinhada", Jornal Arquitectos n° 200 (2001)
13. 2003, "O palácio que não houve", Jornal Arquitectos n° 212 (2003)
14. 2003, 'Se não me engano'. O Oriente e a arquitectura portuguesa
antiga, conferência pronunciada no Instituto Cultural de Macau, Lisboa, em 19 de Março de 2003. Texto inédito
V - E MEIO ENSAIO, PARA (POR) ACABAR
14.5 2003, 'Gazas de taipa pintadas ao fresco têm somente a vista. A construção de uma identidade para a arquitectura portuguesa no período filipino, conferência nos IIIOS Encontros de Investigação em Curso, DARQ, FCTUC, 2004, previamente apresentada noutra versão na Associação dos Professores de História, Lisboa, em Julho de 2003. Texto inédito.
| Editora | Almedina |
|---|---|
| Coleção | Fora de Coleção |
| Categorias | |
| Editora | Almedina |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Paulo Varela Gomes |
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O Verão de 2012Durante o Verão de 2012, um psiquiatra e o seu paciente conversam e trocam correspondência acerca do confronto entre a vida e a morte.Para este diálogo são trazidas mais personagens William Beckford e outros autores setecentistas que escreveram sobre Portugal, a escritora Frances Brooke, Lenine, Curzio Malaparte. Nele intervêm igualmente o céu e a terra, os bichos e as plantas, a história e a situação de Portugal, o corpo humano e a sua degenerescência.À medida que o Verão se desvanece no Outono e se aproxima o fatídico dia 21 de Dezembro de 2012, em que o mundo podia ter acabado, o paciente toma uma decisão cujos efeitos estão à altura da catástrofe que pressente avolumar-se em si e à sua volta. -
HotelNeste romance os leitores poderão ler a história de um estranho hoteleiro, do seu enigmático hotel, de uma passagem secreta e em tempos obstruída, do vício pouco ortodoxo de que o hoteleiro é vítima e cúmplice, das duas mulheres com as quais mantém relações ambíguas, da perplexidade ou inocência dos hóspedes.Mas a vida de Joaquim Heliodoro não é linear, a sua história cruza-se com arquitectura, curiosidade e pornografia, bem como com os problemas que daí derivam ou aí conduzem. -
O Verão de 2012Durante o Verão de 2012, um psiquiatra e o seu paciente conversam e trocam correspondência acerca do confronto entre a vida e a morte.Para este diálogo são trazidas mais personagens William Beckford e outros autores setecentistas que escreveram sobre Portugal, a escritora Frances Brooke, Lenine, Curzio Malaparte. Nele intervêm igualmente o céu e a terra, os bichos e as plantas, a história e a situação de Portugal, o corpo humano e a sua degenerescência.À medida que o Verão se desvanece no Outono e se aproxima o fatídico dia 21 de Dezembro de 2012, em que o mundo podia ter acabado, o paciente toma uma decisão cujos efeitos estão à altura da catástrofe que pressente avolumar-se em si e à sua volta.Críticas de imprensa:«Pode um livro escrito com o cuidado que um pássaro põe na construção do ninho, feito de frases e palavras justas e procedimentos metaliterários, ganhar a força de um panfleto? Pode. A prova chama-se O Verão de 2012.». Ana Cristina Leonardo, Expresso«Um livro escrito em tom maior, cujas palavras fortes enchem o peito.»Luís Januário -
Era Uma Vez Em GoaEstamos em 1963, dois anos volvidos sobre a expulsão dos portugueses da Índia. Os territórios de Goa, Damão e Diu encontram-se sob o domínio ainda ambíguo do governo indiano, mas, nas ruas, o concacim e o inglês convivem a toda a hora com um sub-reptício português, os letreiros das lojas ainda mal apagados, a religião ecléctica com as marcas de Cristo, os edifícios e a cultura no limbo de um colonialismo defunto. Graham é um cidadão britânico que chega a Goa com escassos recursos e por meios pouco ortodoxos, antecipando-se às ondas hippies que encontrarão na Índia o reduto místico por excelência. Sistematicamente confundido com um perigoso infiltrado português, Graham terá de sofrer rocambolescos encontros, desencontros e aventuras até vislumbrar os sentidos possíveis da complexa cultura goesa. De caminho, cruza-se com personagens de origens contrastantes, desde o inusitado «hoteleiro» da praia de Anjuna até ao grande escritor e outrora espião britânico, o seu homónimo Graham Greene. -
Passos PerdidosPassos Perdidos visita lugares e tempos diferentes: a ilha de Santa Helena (último exílio de Napoleão Bonaparte) e uma aldeia marroquina no início do século XXI, Paris, Antuérpia, Bruxelas, Munique e Milão na década de 1970, Bijapur, Bombaim e a ilha de Diu no final da década de 1980. Neste percurso conta-se a história de Anna W. nas suas várias idades: aos dezasseis anos, aos vinte, aos trinta e três, e aos quarenta e cinco. A protagonista é descrita com a exasperação que as mulheres impenetráveis, misteriosas, talvez desinteressantes, costumam suscitar: «Não há surpresa, susto, brutalidade ou carícia que pareçam poder alterar o seu sossego. É como se não houvesse ali a vida que nós conhecemos e que suscita tanto alarido. Não compreendemos o que se passa atrás dos olhos destas mulheres, e isso inquieta-nos.» O sentido de umor, o cosmopolitismo invulgar das personagens, a riqueza das referências culturais, as extravagâncias narrativas e a elegância de estilo colocam Paulo Varela Gomes num lugar único da literatura portuguesa contemporânea. -
A Guerra de SamuelLIVRO PÓSTUMO DE PAULO VARELA GOMES.A Guerra de Samuel e Outros Contos colige as narrativas que Paulo Varela Gomes deixou antes de morrer, em Abril de 2016. -
Ouro e CinzaPlano Nacional de Leitura Livro recomendado para a Formação de Adultos como sugestão de leitura. Literárias, inteligentes, viscerais, as crónicas de Paulo Varela Gomes versam sobre Bichos | Estética | Este país | Índia | O campo | O tempo «São acerca de quê, estas páginas? Não sei como responder a esta questão. Sentimentos, sítios, ideias, objectos, imagens, climas, bichos, plantas. Escrevi crónicas regulares para jornais e revistas durante trinta anos, desde 1984. Foram milhares e milhares de páginas. Habituei-me ao formato limitado, entre quinhentas e mil palavras por texto, mais coisa, menos coisa, e reparo hoje que, desde as primeiras crónicas, no "Blitz" e no "Jornal de Letras", encontrei uma certa facilidade nesse formato. O facto de serem poucas as palavras nunca evitou que dissesse asneiras, mas teve a grande vantagem de impedir que fossem muito graves. Por outro lado, poucas palavras implicam palavras certas. Aprendi a escolhê-las com cuidado. Colaborei com o "Público" desde que este jornal apareceu, em 1990. Escrevi textos de variados géneros e, entre 2007 e 2013, crónicas regulares que se distribuíram por três séries: "Cartas de Cá" (mais de oitenta), "Cartas do Interior" (mais de cem) e "Cartas de Ver" (cerca de cinquenta). Foram muitas semanas e muita vida, muito ouro e muita cinza. Seleccionei para este livro algumas crónicas das duas primeiras séries, aquelas que ainda hoje me parecem bem, conjuntamente com alguns artigos mais longos, que saíram tanto no "Público" como em outras publicações. Espero que os leitores, tanto os que já conhecem estes textos como aqueles que nunca os leram, gostem da variedade do mundo observada em poucas palavras.» —PVG EXCERTOS «É azar meu ter vivido o fim do tempo antigo em Portugal e ter vindo para a Índia viver tudo isso outra vez. Nasci tarde ou cedo demais. Entrei na adolescência em 1970, quando a vila onde passei a infância começava a ser levada pelo progresso. A obliteração da minha terra levou vinte anos. Em Goa, só neste último ano e meio, foi completamente transformado o caminho entre a minha casa e o sítio onde trabalho. Tudo muda de maneira muito mais brutal, no meio de extraordinária fealdade e muito sofrimento. Assisto agora aqui, em meia década, àquilo que sucedeu em Portugal durante 40 anos. Mas é isto, paradoxalmente, que me permite uma réstia de optimismo: Portugal demonstra que, ao fim de algum tempo, o passado terá sido completamente removido e então, finalmente, a paz poderá chegar. Veja-se o caso do Algarve. O Algarve antigo, o Algarve "verdadeiro" que existiu até à década de 1960, esse desapareceu para sempre, mas o Algarve tornou-se igual ao sul de Espanha ou da França, um "Mediterrâneo" genérico e turístico, limpo e certinho. Autorizo-me às vezes a esperança, apesar do horror que vejo na Índia em revolução. Espero que o mundo inteiro acabe por ficar igual, banal e normal(izado), melhor do que agora, melhor que o tumulto e a catástrofe da mudança em que tive o azar de viver toda a minha vida em Portugal e na Índia.» -
HotelPRÉMIO PEN NARRATIVA 2015 - PEN CLUBE PORTUGUÊSNeste romance os leitores poderão ler a história de um estranho hoteleiro, do seu enigmático hotel, de uma passagem secreta e em tempos obstruída, do vício pouco ortodoxo de que o hoteleiro é vítima e cúmplice, das duas mulheres com as quais mantém relações ambíguas, da perplexidade ou inocência dos hóspedes. Mas a vida de Joaquim Heliodoro não é linear, a sua história cruza-se com arquitectura, curiosidade e pornografia, bem como com os problemas que daí derivam ou aí conduzem.
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?