Perante a crise da sociedade do crescimento - e o mais do que certo crash ecológico - é necessário inventar uma sociedade da «abundância frugal», já que a frugalidade elimina todo o consumo desnecessário. Neste livro, Latouche mostra, com soluções práticas concretas e desejáveis, como o decrescimento não implica necessariamente um retrocesso, mas que, pelo contrário, pode potenciar a felicidade e o sentido de pertença dos indivíduos, ao mesmo tempo que enriquece a paleta de experiências sensoriais à nossa disposição.
Serge Latouche (França, 1940) é professor emérito de Economia na Faculdade de Direito, Economia e Gestão Jean Monnet da Universidade de Paris XI (Paris-Sud) onde dirige também o Grupo de Pesquisa em Antropologia, Epistemologia e Economia da Pobreza. Lecciona igualmente no Instituto de Estudos do Desenvolvimento Económico e Social de Paris.
Foi fundador da associação «La ligne d'horizon», criada com base nas teorias do economista
François Partant, que advoga um modelo de decrescimento sereno e sustentável.
Neste Pequeno Tratado do Decrescimento Sereno o autor expõe seu projecto de uma sociedade do decrescimento e descreve como se deveria realizar essa transição nas sociedades consumistas, evitando, deste modo, uma catástrofe ecológica e humana, pois os recursos do planeta não são inesgotáveis. Para Serge Latouche, o decrescimento é uma 'utopia concreta': não podemos continuar a perseguir infinitamente o crescimento, a economia e o progresso económico, quando o nosso planeta se encontra em declínio – é preciso um modelo alternativo, uma filosofia e um modo de vida gradual e serenamente decrescente. Consulte esta obra por dentroOpen publication - Free publishing - More edicoes70
Assistimos hoje à falência da felicidade quantificada tal como fora prometida pela modernidade. E, com ela, a um «crash» ecológico mais do que certo. Perante esta crise da sociedade do crescimento, é necessário inventar uma sociedade da «abundância frugal». A frugalidade elimina todo o consumo desnecessário: implica uma limitação voluntária das necessidades, mas não exclui o convívio ou uma certa forma de hedonismo. Esta reabilitação da alegria de viver implica desde logo uma reabilitação dos sabores. A gastronomia, entendida como a arte de bem comer graças a uma cozinha saudável e refinada, sem ser nem ascética nem orgiástica, faz parte, embora a ela não se resuma, desta arte de viver preconizada pela política do decrescimento.
Neste livro, Latouche mostra, com soluções práticas concretas e desejáveis, como o decrescimento não implica necessariamente um retrocesso, mas que, pelo contrário, pode potenciar a felicidade e o sentido de pertença dos indivíduos, ao mesmo tempo que enriquece a paleta de experiências sensoriais à nossa disposição.
Esta obra é composta por textos que mostram o progresso das reflexões sobre a problemática da identidade da Ciência da Religião. Os ensaios garantem o acesso à sua interrelação temática e lógica subjacente, algo que não se revela pela leitura individual dos textos. Aqui serão esclarecidos e exemplificados os princípios que caracterizam a Ciência da Religião desde o início da sua institucionalização nas últimas décadas do século XIX. Além disso, será discutido em que sentido esses princípios qualificam a disciplina para sua funcionalidade extra-acadêmica. Essa atualização do livro Constituintes da Ciência da Religião (Paulinas, 2006) se entende como uma reação ao desconhecimento das especificidades da Ciência da Religião, não apenas por parte do público em geral, mas também entre estudantes e, até mesmo, docentes da área no Brasil.
«Da ideia de Jesus, anunciada no Antigo Testamento e progressivamente sustentada por imagens ao longo dos séculos de arte cristã, a Bin Laden, que declara guerra de morte ao nosso Ocidente esgotado, é o fresco épico da nossa civilização que aqui proponho. Nele encontramos: monges loucos do deserto, imperadores cristãos sanguinários, muçulmanos a construir o seu "paraíso à sombra das espadas", grandes inquisidores, bruxas montadas em vassouras, julgamentos de animais, índios de penas com Montaigne nas ruas de Bordéus, a ressurreição de Lucrécio, um padre ateu que anuncia a morte de Deus, uma revolução jacobina que mata dois reis, ditadores de esquerda e depois de direita, campos de morte castanhos e vermelhos, um artista que vende os seus excrementos, um escritor condenado à morte por ter escrito um romance, dois rapazes que evocam o islão e degolam um pároco em plena missa - sem esquecer mil outras coisas...»