A Crise da Narração
«Qualquer ação transformadora do mundo pressupõe uma narrativa. O storytelling, por seu lado, conhece uma única forma de vida, a consumista.»
É a partir das narrativas que se estabelecem laços, se formam comunidades e se transformam sociedades.
Mas, hoje, o storytelling tende a converter-se numa ferramenta de promoção de valores consumistas, insinuando-se por todo o lado devido à falta de sentido característica da atual sociedade de informação.
Com ela, os valores da narração diluem-se numa corrente de informações que poucas vezes formam conhecimento e confirmam a existência de indivíduos isolados que, como Byung-Chul Han já mostrou em A Sociedade do Cansaço, têm como objetivo principal aumentar o seu rendimento e a autoexploração.
E, no entanto, certas formas de narração continuam a permitir-nos partilhar experiências significativas, contribuindo para a transformação da sociedade.
| Editora | Relógio d' Água |
|---|---|
| Coleção | Antropos |
| Categorias | |
| Editora | Relógio d' Água |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Byung-Chul Han |
Byung-Chul Han nasceu em Seul, em 1959, onde estudou Metalurgia. No final dos anos 80, deslocou-se para a Alemanha, apesar de desconhecer a língua do país. Estudou Filosfia na Universidade de Friburgo e Literatura Alemã e Teologia na Universidade de Munique. Em 1994, doutorou-se naquela universidade com uma tese sobre Martin Heidegger. Atualmente ensina Filosofia na Universidade das Artes de Berlim, depois de ter ensinado Filosofia e Teoria dos Meios de Comunicação na Escola Superior de Desenho de Karlsruhe, onde teve como colega Peter Sloterdijk, com quem manteve algumas polémicas.
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PsicopolíticaEste livro começa com uma análise da liberdade como projeto e desenvolve-se como olhar crítico sobre as novas técnicas de poder do capitalismo, que influenciam a vida psíquica, convertendo-a na sua principal força de produção. -
A Sociedade do CansaçoDe acordo com Byung-Chul Han, uma das mais inovadoras vozes filosóficas surgidas na Alemanha, o Ocidente está a tornar-se uma sociedade do cansaço. Segundo este autor germano-coreano, qualquer época tem as suas doenças características. O início do século XXI, do ponto de vista patológico, seria sobretudo neuronal. A depressão, as perturbações de atenção devidas à hiperatividade e a síndroma do desgaste profissional definem o panorama atual. -
A Agonia de ErosDepois de A Sociedade do Cansaço, a Relógio D’Água publica A Sociedade da Transparência e A Agonia de Eros do filósofo germano-coreano Byung-Chul Han. Na Alemanha dos sistemáticos Kant e Hegel, a sua obra surpreende pelo carácter lacónico e lapidar. Mas o carácter inovador do seu pensamento desafiou Sloterdijk e entusiasmou os leitores alemães, espanhóis e sul-coreanos. -
A Sociedade da TransparênciaDepois de A Sociedade do Cansaço, a Relógio D’Água publica A Sociedade da Transparência e A Agonia de Eros do filósofo germano-coreano Byung-Chul Han. Na Alemanha dos sistemáticos Kant e Hegel, a sua obra surpreende pelo carácter lacónico e lapidar. Mas o carácter inovador do seu pensamento desafiou Sloterdijk e entusiasmou os leitores alemães, espanhóis e sul-coreanos. -
O Aroma do TempoByung-Chul Han aborda neste livro daquilo que considera ser uma crise temporal. Segundo o filósofo germano-coreano, não estamos perante uma aceleração do tempo, mas sim de uma atomização e dispersão temporal. É isso que faz com que qualquer instante pareça igual a outro e não exista nem um ritmo, nem um rumo, que confira significado às nossas vidas. -
A Salvação do BeloO liso, o polido, a ausência de rugas são, na época atual, identificados com o belo. É isso que existe em comum entre as esculturas de Jeff Koons, alguns smartphones e a depilação.Por que é que nos agrada tanto o polido?, pergunta Han. Porque não oferece resistência nem nos causa incómodo ou dor. -
No Enxame: reflexões sobre o digitalNeste novo ensaio Byung-Chul Han analisa o modo como a revolução digital, a Internet e as redes sociais estão a transformar a sociedade atual. Segundo o autor germano-coreano, assiste-se à formação de uma nova «massa», um «enxame digital». Em contraste com outras «massas clássicas» estudadas por Marx ou Canetti, o enxame digital é formado por indivíduos isolados, carece de alma e de um sentimento de «nós» capaz de uma ação comum ou de seguir uma direção. A hipercomunicação digital destrói o silêncio de que a alma necessita para refletir e para ser ela própria. Só se ouve o ruído sem sentido e sem coerência. Tudo isso impossibilita a formação de um contrapoder que possa pôr em causa a ordem estabelecida, que tende assim a adquirir aspetos totalitários. Grandes empresas como o Facebook e a Google trabalham como serviços secretos que procuram conhecer os interesses dos seus utilizadores para lucrarem com os seus comportamentos na Internet e nas redes sociais. Para Byung-Chul Han, a época biopolítica analisada por Foucault está a ser ultrapassada. Caminhamos para uma época de psicopolítica digital, onde o poder intervém nos processos psicológicos inconscientes. O psicopoder é mais eficiente do que o biopoder na medida em que vigia, controla e faz mover os seres humanos não a partir de fora, mas de dentro. -
Sobre o PoderNeste livro, Byung-Chul Han propõe-se elaborar um conceito de poder capaz de integrar as conceções divergentes que sobre ele habitualmente temos. -
A Expulsão do OutroOs tempos em que existia o outro estão a passar. O outro como amigo, o outro como inferno, o outro como mistério, o outro como desejo estão a ser substituídos pelo igual. E a proliferação do igual, apresentada como crescimento, faz com que o corpo social se torne patológico. -
Filosofia do Budismo ZenO budismo zen é uma forma de budismo originário da China e tem uma orientação meditativa. Caracteriza-se por uma atitude cética em relação à linguagem e ao pensamento conceptual.Neste breve ensaio, Byung-Chul Han propõe-se refletir de modo filosófico sobre um objeto que não implica nenhuma filosofia em sentido estrito. Por isso procura fazer uma abordagem linguística a propósito do seu uso do silêncio e da linguagem enigmática.Este ensaio é um filosofar sobre e com o budismo zen para captar a força filosófica que lhe é inerente.Como afirma Byung-Chul Han, “desenvolve-se através de comparações” da filosofia de Platão, Leibniz, Fichte, Hegel, Schopenhauer, Nietzsche e Heidegger, “com os pontos de vista filosóficos do budismo zen”.
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A Crise da Narração«Qualquer ação transformadora do mundo pressupõe uma narrativa. O storytelling, por seu lado, conhece uma única forma de vida, a consumista.» É a partir das narrativas que se estabelecem laços, se formam comunidades e se transformam sociedades. Mas, hoje, o storytelling tende a converter-se numa ferramenta de promoção de valores consumistas, insinuando-se por todo o lado devido à falta de sentido característica da atual sociedade de informação. Com ela, os valores da narração diluem-se numa corrente de informações que poucas vezes formam conhecimento e confirmam a existência de indivíduos isolados que, como Byung-Chul Han já mostrou em A Sociedade do Cansaço, têm como objetivo principal aumentar o seu rendimento e a autoexploração. E, no entanto, certas formas de narração continuam a permitir-nos partilhar experiências significativas, contribuindo para a transformação da sociedade. -
Inglaterra - Uma ElegiaNeste tributo pungente e pessoal, o filósofo Roger Scruton tece uma elegia à sua pátria, a Inglaterra, que é, ao mesmo tempo, uma esclarecedora e exaltante análise das suas instituições e cultura e uma celebração das suas virtudes.Abrangendo todos os aspectos da herança inglesa e informado por uma visão filosófica única, Inglaterra – Uma Elegia mostra como o seu país possui uma personalidade distinta e como dota os seus nacionais de um ideário moral também ele distinto.Inglaterra – Uma Elegia é uma defesa apaixonada, mas é também um lamento profundamente pessoal pelo perda e desvanecimento dessa Inglaterra da sua infância, da sua complexa relação com o seu pai e uma ampla meditação histórica e filosófica sobre o carácter, a comunidade, a religião, a lei, a sociedade, o governo, a cultura e o campo ingleses. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
As Fronteiras do ConhecimentoEm tempos muito recentes, a humanidade aprendeu muito sobre o universo, o passado e sobre si mesma. E, através dos nossos notáveis sucessos na aquisição de conhecimento, aprendemos o quanto ainda temos para aprender: a ciência que temos, por exemplo, abrange apenas 5% do universo; a pré-história ainda está a ser estudada, com muito por revelar, milhares de locais históricos ainda a serem explorados; e as novas neurociências da mente e do cérebro estão ainda a dará os primeiros passos. O que sabemos e como o sabemos? O que sabemos agora que não sabemos? E o que aprendemos sobre os obstáculos para saber mais? Numa época de batalhas cada vez mais profundas sobre o significado do conhecimento e da verdade, estas questões são mais importantes o que nunca. As Fronteiras do Conhecimento dá resposta a estas questões através de três campos cruciais de investigação: ciência, história e psicologia. Uma história notável da ciência, da vida na Terra e da própria mente humana, este é um tour de force convincente e fascinante, escrito com verve, clareza e uma amplitude deslumbrante de conhecimento. -
A Religião WokeUma onda de loucura e intolerância está a varrer o mundo ocidental. Com origem nas universidades americanas, a religião woke está a varrer tudo à sua passagem: universidades, escolas, empresas, meios de comunicação social e cultura.Esta religião, propagandeia, em nome da luta contra a discriminação, dogmas no mínimo inauditos:A «teoria de género» professa que o sexo e o corpo não existem e que a consciência é que importa.A «teoria crítica da raça» afirma que todos os brancos são racistas, mas que nenhuma pessoa «racializada» o é.A «epistemologia do ponto de vista» defende que todo o conhecimento é «situado» e que não existe ciência objectiva, nem mesmo as ciências exactas.O objectivo dos wokes é «desconstruir» todo o património cultural e científico e pôr-se a postos para a instauração de uma ditadura em nome do «bem» e da «justiça social».É tudo isto e muito mais que Braunstein explica e contextualiza neste A Religião Woke, apoiado por textos, teses, conferências e ensaios, que cita e explica longamente, para denunciar esta nova religião que destrói a liberdade.Um ensaio chocante e salutar. -
O que é a Filosofia?A VERSÃO EM LIVRO DO «CONTAGIANTE» PODCAST DE FILOSOFIA, COM PROTAGONISTAS COMO PLATÃO, ARISTÓTELES, AGOSTINHO, KANT, WITTGENSTEIN E HEIDEGGER. A PARTIR DO CICLO GRAVADO PELO CCB. Não há ninguém que não tenha uma «filosofia», achando-a tão pessoal que passa a ser «a minha filosofia». Há também quem despreze a filosofia e diga que é coisa de «líricos» — as pessoas de acção que acham que a filosofia nada tem que ver com a vida. Há ainda a definição mais romântica: a filosofia é a amizade pelo saber. E para todo este conjunto de opiniões há já teses filosóficas, interpretações, atitudes, mentalidades, modos de ser. Mas então afinal: O que é a filosofia? É essa a pergunta que aqui se faz a alguns protagonistas da sua história, sem pretender fazer história. A filosofia é uma actividade que procura descobrir a verdade sobre «as coisas», «o mundo», os «outros», o «eu». Não se tem uma filosofia. Faz-se filosofia. A filosofia é uma possibilidade. E aqui começa já um problema antigo. Não é a possibilidade menos do que a realidade? Não é o possível só uma ilusão? Mas não é o sonho, como dizia Valéry, que nos distingue dos animais? Aqui fica já uma pista: uma boa pergunta põe-nos na direcção de uma boa resposta, e uma não existe sem a outra, como se verá. «Se, por um lado, a erudição do professor António de Castro Caeiro é esmagadora, o entusiasmo dele pela filosofia e por estes temas em geral é bastante contagiante.» Recomendação de Ricardo Araújo Pereira no Governo Sombra -
Caminhar - Uma FilosofiaExperiência física e simultaneamente mental, para Frédéric Gros, caminhar não é um desporto, mas uma fuga, uma deriva ao acaso, um exercício espiritual. Exaltada e praticada por Thoreau, Rimbaud, Nietzsche e Gandhi, revestiu-se, desde a Antiguidade até aos dias de hoje, de muitas formas: errância melancólica ou marcha de protesto, imersão na natureza ou pura evasão. Do Tibete ao México, de Jerusalém às florestas de Walden, CAMINHAR (2008) inspira-nos a sair de casa e mostra como, pelo mundo inteiro, esta arte aparentemente simples de «pôr um pé à frente do outro» tem muito a oferecer e a revelar sobre o ser humano. -
Sobre a Brevidade da Vida - Edição EspecialAgora numa edição especial em capa dura.Um livro sobre o desperdício da própria existência. Escrito há dois mil anos para ser entendido agora.Com data de escrita normalmente situada no ano 49, Sobre a Brevidade da Vida, do filósofo romano Séneca, versa sobre a natureza do tempo, sobre a forma como é desaproveitado com pensamentos e tarefas que se afastam de princípios éticos de verdadeiro significado.Ainda que anotado no dealbar da era cristã, este tratado reinventa a sua própria atualidade e parece aplicável com clareza aos tempos de hoje, vividos numa pressa informativa, no contacto exagerado, tantas vezes a respeito de nada que importe, proporcionado pelas redes sociais.Sobre a Brevidade da Vida está longe de ser um livro dentro dos conceitos atuais de autoajuda. É, talvez bem pelo contrário, um texto duro, arrojado, incomodativo, como que escrito por um amigo que nos diz o que não queremos ouvir, por o saber necessário.Chegar ao fim do nosso tempo e senti-lo desperdiçado, eis a grande tragédia, segundo Séneca.