A Intransigente Defesa da Arte - Transcrição de um Julgamento Sórdido
Quinta-feira, 14 de Fevereiro de 1895, acontece a triunfante estreia de The Importance os Being Earnest: é o zénite da carreira de Oscar Wilde. E menos de cem dias depois, era um preso comum condenado a dois anos de trabalhos forçados.
Pela primeira vez, em Portugal, e integrando a colecção Livros Negros, da Guerra e Paz Editores, este livro publica a quase totalidade da transcrição do julgamento mais sensacional do século XIX ou como da sordidez da exposição, na Londres vitoriana, da homossexualidade de Wilde nasce uma veemente e majestosa defesa da absoluta liberdade da criação artística.
Esta Intransigente Defesa da Arte é um esplêndido documento histórico e é um manifesto de intransigente defesa da independência da arte, permitindo aos leitores «ouvir» as reais palavras de Wilde no seu mais articulado e brilhante discurso, que faz de um texto que se presumiria perdido nos meandros da lei uma peça da mais sublime estética.
| Editora | Guerra & Paz |
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| Categorias | |
| Editora | Guerra & Paz |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Oscar Wilde |
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O Menino-EstrelaDois lenhadores regressam a casa depois do trabalho na floresta, numa noite fria de inverno, quando veem uma estrela-cadente. Ao aproximarem-se do salgueiro onde a estrela caiu, deparam-se com uma criança envolta num manto dourado, enfeitado com estrelas. Um deles leva a criança para casa, onde ela cresce: um menino vaidoso e cruel. Que dificuldades terá este menino de enfrentar até que encontre o verdadeiro sentido da humildade, respeito pelo próximo e amor aos demais? A Coleção Reino das Letras nasce da vontade de aliar a magia das melhores histórias de todos os tempos à leitura sempre renovada que delas podemos fazer. No Reino das Letras, o rei chama-se Sonho e a rainha Imaginação! -
O Fantasma de CantervilleA primeira história publicada por Oscar Wilde leva-nos a um castelo assombrado, adquirido por uma abastada família americana que não acredita no sobrenatural, obrigando o pobre fantasma residente a encetar uma série de estratagemas para assustar os seus novos hóspedes. Nunca o fantástico, o terror e a comédia se combinaram numa trama tão genial, que nos diverte e nos leva a refletir sobre os valores mais elevados da vida. A Coleção Reino das Letras nasce da vontade de aliar a magia das melhores histórias de todos os tempos à leitura sempre renovada que delas podemos fazer. No Reino das Letras, o rei chama-se Sonho e a rainha Imaginação! -
O Aniversário da InfantaUma princesa muito bela mas mimada, toureiros, contorcionistas, ciganos e um pequeno anão são apenas algumas das personagens deste conto admirável.A história passa-se na corte espanhola, no dia de aniversário da Infanta.O leitor é conduzido ao longo da ação e dos espaços até um fim inesperado e ao qual é impossível ficar indiferente.A Coleção Reino das Letras nasce da vontade de aliar a magia das melhores histórias de todos os tempos à leitura sempre renovada que delas podemos fazer. No Reino das Letras, o rei chama-se Sonho e a rainha Imaginação! -
O Crime de Lord Arthur Savile e Outros Contos«O Crime de Lord Arthur Savile» coloca-se com muita graça para lá do Bem o do Mal. Trata-se da história de um assassínio, mas o ato é perpetrado num mundo não menos irreal do que aquele das Mil e Uma Noites. Para acentuar esta semelhança, todo o conto, que se desenrola numa Londres onírica, se rege pelo conceito islâmico de Destino. O tema de «O Fantasma de Canterville» pertence ao romance gótico, mas, felizmente para o leitor, o seu tratamento não. Nesta divertida história, os americanos não levam a sério o fantasma, e nem os leitores nem Wilde levam a sério os americanos. «O Príncipe Feliz», «O Rouxinol e a Rosa» e «O Gigante Egoísta» são contos de fadas concebidos de um modo sentimental que faz lembrar Hans Christian Andersen, porém embebidos daquela ironia melancólica que é atributo peculiar de Oscar Wilde. -
O Retrato de Dorian GrayDorian Gray é um jovem invulgarmente belo por quem Basil Hallward, um pintor londrino, fica fascinado. Determinado a eternizar a beleza de Dorian numa tela, Basil convence-o a posar para ele. Numa dessas sessões, o jovem conhece Lorde Henry Wotton, um aristocrata cínico e hedonista, que o desperta para a beleza e o seduz para a sua visão do mundo, onde as únicas coisas que valem a pena perseguir são a beleza e o prazer. Horrorizado com o destino inevitável que o fará envelhecer e perder a sua beleza, Dorian comenta com os amigos que está disposto a tudo, até mesmo a vender a alma, para permanecer eternamente jovem e manter a sua beleza. Fortalecido pelo hedonismo, Dorian trata cruelmente a sua noiva, Sybil Vane, que se suicida com o desgosto. Ao saber do sucedido, o jovem começa a notar certas mudanças subtis na sua expressão no quadro, e constata que é o Dorian do quadro que envelhece e que sofre com a passagem dos anos, ao mesmo tempo que o Dorian real permanece com a juventude e beleza intacta. Um romance gótico de horror com um forte tema faustiano, O Retrato de Dorian Gray é considerado pela crítica como a melhor obra de Oscar Wilde. -
Um Marido IdealPara a virtuosa Lady Chiltern, Sir Robert, com quem está casada, é o marido ideal. Em franca ascensão social e política, este parece ser um homem sem mácula. Mas eis que surge Mrs. Cheveley, e com ela emerge o passado obscuro de Sir Robert, que esta ameaça revelar caso não sejam satisfeitas as suas exigências. E é assim, inesperadamente, que tanto o casamento como a carreira de Sir Robert passam a estar em sérios riscos de dissolução. Pode a adoração quase fantasiosa que Lady Chiltern nutre pelo seu marido, ou pelo ideal de perfeição que ele representa, ser um perigo para a estabilidade do casamento? Paradoxalmente, Oscar Wilde parece querer expor ao ridículo o ideal de perfeição que o próprio título da obra sugere, ideal que é tido como pouco razoável, inverosímil e até pernicioso, e centra- se sobretudo na capacidade de perdoar, que enaltece na voz de Lord Goring relativamente a qualquer hipotético ideal de perfeição. -
Uma Mulher Sem ImportânciaUma Mulher sem Importância, a segunda comédia de sociedade que Oscar Wilde escreveu, em 1892, teve a sua estreia a 19 de Abril de 1893, no Haymarket Theatre, em Londres. Um conjunto de personagens extraordinárias, que nem sempre são o que parecem e que se vão revelando ao longo da peça, dão vida a um argumento aparentemente trivial que se desenrola numa ambiência de frivolidade a raiar, por vezes, o ridículo, mas que se revela profundamente lúcido e crítico. Em Uma Mulher sem Importância encontramos os melhores paradoxos e epigramas tão característicos da linguagem wildiana, expressos ora com pinceladas de muito humor e comicidade, ora com momentos de grande tensão e dramatismo. -
O Gigante Egoísta seguido de O Príncipe FelizNesta obra, magnificamente ilustrada por Fátima Afonso, encontramos dois dos mais belos contos escritos para a infância. O primeiro é a história do Gigante que recusa par-tilhar o seu belo jardim com as crianças que nele querem brincar. Quando um Inverno prolongado toma conta do seu pomar e as árvores e flores deixam de florir, o Gigante apercebe-se do seu egoísmo e rende-se à amizade e convívio com as crianças. No segundo conto, o Príncipe Feliz da história é uma estátua banhada a ouro, incrustada com três pedras preciosas e um coração de chumbo que, na verdade, sente uma enorme tristeza por não poder ajudar as pessoas necessitadas da sua cidade. Porém, a amizade com uma andorinha que migrava para o calor do Egipto vai proporcionar-lhe a oportunidade de realizar o seu acto de abnegação. Ao despojar-se da riqueza inútil que o reveste acabará por alcançar a verdadeira felicidade. -
Carta a BosieSó o Amor, qualquer que seja a sua natureza, pode explicar o enorme sofrimento que há no mundo. É este o tom da carta escrita por Oscar Wilde ao seu amante Lord Alfred Douglas na prisão de Reading, onde cumpria pena por ultraje aos costumes. Vítima da paixão destrutiva que manteve por Douglas, um monstro com cara de anjo a quem carinhosamente chamava Bosie, a vida de Wilde divide-se em duas fases: antes e depois de Bosie. Antes, o sucesso e a glória de um dandy . Depois, a decadência que culminará na humilhação e na desgraça. Deste texto já De Profundis nos dera um extracto desenvolvido, porém eivado de lacunas que deixavam na sombra a violência da experiência mais amarga de uma vida amarga que nela é testemunhada. Daí que Albert Camus se tenha referido a esta carta como um dos mais belos livros que nasceram do sofrimento de um homem.
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?
