A Linha do Tua
Este livro é um levantamento fotográfico da Linha do Tua. Do quilómetro 0, na foz do rio Tua, ao quilómetro 133, em Bragança, a linha oferece o caminho e o objecto que nos guia o olhar. As imagens registam o processo de conquista do vale do Tua pela natureza agreste, e a ambiguidade entre a violência e a delicadeza que o rasgamento da linha infligiu na morfologia do terreno. Essa construção permitiu o estabelecimento de um traçado contínuo e homogéneo, onde circularam comboios durante 121 anos, articulando paisagens que seriam naturalmente diversas. O abandono progressivo da linha pôs em marcha uma apropriação no sentido inverso, um tempo em que a Natureza e o Homem começaram a tomar conta dos materiais e das suas formas. O olhar de Duarte Belo regista estes processos sem complexos, com a calma e o tempo do percurso pedestre e com particular reverência ao valor patrimonial dos objectos e da paisagem. O resultado é um registo extensivo do que foi a Linha do Tua.
Duarte Belo (Lisboa, 1968). Iniciou actividade como arquitecto e desde 1989 trabalha como fotógrafo. Tem levado a cabo um levantamento fotográfico sistemático da paisagem portuguesa, tendo publicado vários livros sobre o tempo e a forma do território português.
O livro contou com a colaboração de Luís Oliveira Santos, a edição foi coordenada por André Tavares e desenhada por Alfaiataria. A Dafne Editora agradece o apoio da Quinta dos Murças à edição do livro.
| Editora | Dafne Editora |
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| Editora | Dafne Editora |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Duarte Belo |
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Orlando RibeiroEste é um livro de grande afecto e a homenagem fotográfica de Duarte Belo ao grande geógrafo Orlando Ribeiro. Que a homenagem comece na viagem pelo interior da sua casa para depois se prolongar no mais amplo e alto espaço português, o da Serra da Estrela, demonstra a assumida cumplicidade no profundo amor de ambos, geógrafo e fotógrafo, à nossa terra, apesar da diferença geracional. Mas Duarte Belo dá-nos ainda uma mão cheia de belos textos traduzidos para francês por Suzanne Daveau. É um livro de amor, como observou atentamente Tereza Siza. -
Ruy Belo - Coisas de SilêncioHá poetas que sempre foram lidos e amados por um grupo mais ou menos devotado de seguidores. Ruy Belo é um desses poetas de culto que não parou de crescer desde os começos dos anos 60. A sua vida reabilitou e engrandeceu o quotidiano. Previu, poeticamente e com o coração, deslocações sociais e mesmo políticas. Procurou que a sensibilidade redimisse as pequenas entorses de um país de gente com pouco jeito para os negócios. Talvez por tudo isto, e muito mais, parece finalmente ter chegado a hora grande de Ruy Belo, isto é, do reencontro com o país puro que ele mesmo procurou até ao íntimo de si mesmo. O livro de fotografias e, principalmente, de amor de Duarte Belo inclui belos textos, entre eles o fundamental ensaio do poeta Manuel Gusmão acompanha a exposição bibliográfica de Ruy Belo. Este livro, juntamente com a exposição, constituem dois contributos complementares para melhor conhecer o homem envolto na integridade da sua poesia. -
Portugal Luz e Sombra«Orlando Ribeiro (1911-1997), um dos mais proeminentes geógrafos portugueses, fotografou exaustivamente o território nacional a partir de 1937. Durante quase cinco décadas fixou, pela imagem, o solo e as construções que nos rodeiam. Em 1985, quando arruma a sua câmara fotográfica, Portugal já entrara num processo de mudança que se tornava cada vez mais célere. Em 2011 voltámos a uma grande viagem que fora iniciada em Portugal - O Sabor da Terra e continuada em Portugal Património. Selecionámos um conjunto de fotografias do grande mestre da geografia e regressámos aos mesmos exatos locais das suas tomadas de vista. O que encontrámos não foram apenas alterações, mais ou menos significativas, de aspetos das paisagens e das arquiteturas, mas um tempo civilizacional diferente. Estas fotografias dão-nos conta, com fascínio e inquietação, do poder avassalador do tempo, e das imparáveis construções humanas, na modelação da identidade de um povo.» -
Alberto Carneiro - Natureza DentroNesta natureza intacta, cidade imaginária, nos encontramos. Este livro foi publicado por ocasião da exposição «Alberto Carneiro – Árvores e Rios», com curadoria de António Gonçalves, realizada na Galeria Ala da Frente, em Vila Nova de Famalicão, de 10 de Junho a 23 de Setembro de 2017. Este trabalho é sobre o projeto, sobre o desenho. É sobre a terra, sobre a arte, sobre as «cidades». É sobre a natureza, sobre a transparência da opacidade do que não vemos, sobre a densidade de um mundo fascinante. […] Conheci pessoalmente Alberto Carneiro em Outubro de 1987, como seu aluno na disciplina de Desenho, do segundo ano do curso de Arquitetura da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto. Trinta anos decorreram desde essa data. Nesta natureza intacta, cidade imaginária, nos encontramos. Em mim ficou esse fascínio da ligação entre o ensino e a obra, os diálogos do olhar, as conversas que mantivemos depois de terminado o ano, os contactos esparsos ao longo destas três últimas décadas. A amizade, uma profunda admiração e gratidão. A maquete deste livro foi apresentada a Alberto Carneiro e por si bem recebida. À data desta publicação já não podemos contar com a sua presença. A sua obra e a sua visão, permanecem. [Duarte Belo] -
Magna Terra - Miguel Torga e outros lugaresAinda que sobre estas terras caia o esquecimento, de uma humanidade que esconde o seu medo da natureza na profundeza frágil das cidades, um dia talvez tenhamos que regressar a estes territórios.Este livro foi publicado por ocasião da exposição «Magna Terra – Miguel Torga e outros lugares», de Duarte Belo, realizada no Espaço Miguel Torga, em São Martinho de Anta, Sabrosa, de 17 de Janeiro a 31 de Março de 2018.Torga foi um dos mais singulares intérpretes de um tempo que passou, de uma comunidade, quase um país inteiro, que tinha raízes e garras presas a uma antiguidade remota, de feição animal, faminta, de uma sobrevivência em luta tenaz contra a pobreza na mais absoluta falta de liberdade. Torga fala-nos deste passado, mas também da permanência, da dureza das matérias do quotidiano, da suavidade amarga da memória de homens e mulheres. Dignidade e resistência. Esta é a magna terra que nos acolhe, Miguel Torga, escritor de um século. Agora, caminhamos sobre uma ausência deixada na terra.[…]Acordámos numa leitura do universo geográfico, próximo, de Miguel Torga: São Martinho de Anta e os territórios envolventes. São as paisagens do santuário de Nossa Senhora da Azinheira até ao Douro, de Sabrosa à Serra do Alvão. Há outros lugares que foram muito marcantes na vivência de Torga, particularmente Coimbra. A opção de ficarmos pela região onde nasceu, prende-se com o significado que a mesma assume na génese e no carácter de toda a sua obra literária. Há uma marca nestas terras transmontanas que permanece, há aqui um vinco telúrico de que Torga foi um exímio descodificador e singular voz. As suas palavras refletem paisagens que nenhuma fotografia pode revelar.Não deixámos, no entanto, de ensaiar uma viagem imaginária. Praticamente todas as fotografias foram feitas em 2017, especificamente para esta edição e exposição; há duas exceções, as fotografias do Santuário Rupestre de Panóias, de 2015, e as últimas fotografias, a preto e branco, retiradas de um arquivo que, há mais de 30 anos, constrói aproximações à representação do espaço português.[Duarte Belo] -
Caminhar OblíquoCaminhar Oblíquo é o relato e a reflexão sobre um itinerário pedestre de 530 quilómetros realizado entre o Penedo Durão, perto de Freixo de Espada à Cinta e o Cabo da Roca. O objetivo foi atravessar a longa diagonal montanhosa do centro de Portugal que divide o Portugal Atlântico, a norte, daquele outro meio país, a sul, sob influência climática da bacia do Mediterrâneo. Percorrer essa linha imaginária que, de forma indelével, distingue duas realidades que se entretecem num território relativamente pequeno mas de extraordinária diversidade paisagística. Percorremos a geografia de uma nação. -
A TorreUma reflexão sobre o espaço, sobre o tempo, sobre a existência de uma grande biblioteca que é entendida como um organismo vivo que habita uma cidade... «A Torre é um livro e uma leitura da evolução da obra de ampliação da Torre de Depósitos da Biblioteca Nacional de Portugal desde o momento em que foi escavado no solo o grande buraco onde foram assentes as fundações do edifício, até à conclusão da obra. O livro, como uma narrativa paralela à grande obra de betão, é estruturado por sete textos, de Maria Inês Cordeiro, que constituem uma reflexão sobre o espaço, sobre o tempo, sobre a existência de uma grande biblioteca que é entendida como um organismo vivo que habita uma cidade, que está no coração de uma cultura e de uma língua.» Duarte Belo «Em vários sentidos, a Biblioteca é uma enorme máquina — da construção do seu habitat ao seu funcionamento no dia-a-dia, passando pela invenção do seu conteúdo. A máquina está na natureza do fazer ou do operar das coisas, complemento do pensamento e vontade humanos. Mas está também no próprio pensamento. Entre a fábrica do edifício e a fábrica de ideias que são os livros há um contínuo de representações de vida, de leitura dos tempos, de desígnios colectivos cuja expressão é, as mais das vezes, difusa e imaterial. Da construção do edifício fica-nos este registo fotográfico que acompanha o que vai desaparecendo de vista na brevidade dos dias, com o rápido progresso da obra ao ritmo das tecnologias de hoje. O olhar curioso, atento ou aleatório do fotógrafo transcende a memória dos que participaram nesse processo, ao fixar paisagens, situações e detalhes pouco conhecidos, para criar um imaginário comum, feito de luz captada numa máquina.» Maria Inês Cordeiro -
Depois da EstradaDepois da estrada é o relato de uma viagem entre a Serra do Larouco e os arenitos recortados da praia da Coelha, não longe de Albufeira, no Algarve. O itinerário foi feito de carro com meios reduzidos ao mínimo essencial, durante cinco dias contínuos, de sol a sol, sem qualquer desvio para abastecimento alimentar. As noites foram passadas no campo, junto à estrada. O objetivo foi percorrer paisagens que estão longe de tudo, longe das cidades, longe do mar, longe dos eixos de desenvolvimento urbano do país, longe de monumentos ou de lugares turísticos, longe de Espanha. No fundo, percorrer um Portugal pouco povoado e ir compondo um retrato dessa realidade. -
Portugal - Olhares Sobre o PatrimónioUma viagem feita com o olhar pelo património natural e cultural existente em Portugal. Organizado em cinco grupos temáticos - património natural, religioso, militar, civil e de engenharia - este livro apresenta as principais unidades patrimoniais do país.
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Direito de Cidade - Da «cidade-mundo» à «cidade de 15 minutos»Criador do conceito mundialmente conhecido de «cidade de 15 minutos», Carlos Moreno propõe soluções para responder ao triplo desafio ecológico, económico e social da cidade de amanhã.Em Direito de Cidade, Moreno questiona a nossa relação com os nossos espaços de convivência e com o tempo útil. Na sua visão de uma cidade policêntrica, as seis funções sociais essenciais — habitação, trabalho, compras, cuidados de saúde, educação e desenvolvimento pessoal — devem estar acessíveis num raio de 15 minutos a pé.O autor lançou um debate mundial ao analisar o complexo e vibrante laboratório ao ar livre que é a cidade, onde se exprimem as nossas contradições e se testam as mudanças nos nossos estilos de vida. Concentrando a maior parte da população mundial, mas também as grandes questões do desenvolvimento humano — culturais, ambientais, tecnológicas ou económicas —, os territórios urbanos estão hoje presos aos desafios do século e devem reinventar-se urgentemente.Ao propor uma descodificação sistémica da cidade, Carlos Moreno avalia os meios e os campos de ação do bem-viver e define as implicações das mudanças aceleradas pela urbanização e pela metropolização. -
Alegoria do PatrimónioNeste livro, a autora trata a noção de monumento e de património histórico na sua relação com a história, a memória e o tempo, analisa os excessos deste novo «culto» e descobre as suas ligações profundas com a crise da arquitectura e das cidades. -
Neutra: Complete WorksOriginally from Vienna, Richard Neutra came to America early in his career, settling in California. His influence on postwar architecture is undisputed, the sunny climate and rich landscape being particularly suited to his cool, sleek modern style.Neutra had a keen appreciation for the relationship between people and nature; his trademark plate glass walls and ceilings which turn into deep overhangs have the effect of connecting the indoors with the outdoors. His ability to incorporate technology, aesthetics, science, and nature into his designs brought him to the forefront of Modernist architecture.In this volume, all of Neutra’s works (nearly 300 private homes, schools, and public buildings) are gathered together, illustrated by over 1,000 photographs, including those of Julius Shulman and other prominent photographers. -
Eiffel TowerCommanding by day, twinkling by night, the latticework wonder of the Eiffel Tower has mesmerized Francophiles and lovers, artists and dreamers for over 125 years. Based on an original, limited-edition folio by Gustave Eiffel himself, this book presents design drawings, on-site photographs, and historical documents to explore the making of a..Vários -
As Origens da ArquitecturaA arquitectura é o conjunto dos cenários artificiais, construídos pela família humana durante a sua presença na Terra, desde a pré-história. Hoje, precisamos de toda essa experiência para enfrentar as tarefas actuais. Esta obra é um relato dos primórdios da Arquitectura, desde a Pré-História. É uma interpretação nova, que alarga as fronteiras da disciplina e propõe uma ideia unitária da tradição de que descendemos. -
Popular Architecture in the Communities of the Alentejo“This is a most impressive dissertation on a subject of enormous importance for future developments in architecture and ways of living, especially at this time of recession and of a new and increasing concern with the environment and sustainability, problems of global warming and of reliance on fossil fuels, destruction of natural biodiversity, corals, rainforests, and a range of species. In such a context, this dissertation makes a remarkable contribution to the task of recreating a better way of life and of building. José Baganha has create, l what must be one of the most complete records of regional architecture and urban planning, methods of construction, use of local materials, relation of vernacular buildings to landscape and to ways of life and work. Among the numerous superb illustrations are sketches and photographs, plans and sections, by the author, ranging from distant views of towns such as Monsaraz and Mértola to decorative details like the sgraffito ornament at Évora. His beautiful photograph of the Praça do Giraldo at Évora with its low arcade and great fountain shows more than any words what we need to preserve and recreate. Considering in his dissertation the damage done to these towns and villages from the 1960s, José Baganha modestly expresses the 'hope that it can be an operating manual for all those intending to intervene in the villages, towns, and cities of the Alentejo. In fact, with his numerous wise recommendations ranging from planning and building to the importance of kitchen gardens and orchards, his dissertation will be a source of inspiration far beyond this region of Portugal. DAVID WATKIN Ph.D, Litt.D, Hon. FRIBA, FSAEmeritus Professor of the History of Architecture -
Siza DesignUma extensa e pormenorizada abordagem à obra de design do arquiteto Álvaro Siza Vieira, desde as peças de mobiliário, de cerâmica, de tapeçaria ou de ourivesaria, até às luminárias, ferragens e acessórios para equipamentos, apresentando para cada uma das cerca de 150 peças selecionadas uma detalhada ficha técnica com identificação, descrição, materiais, empresa distribuidora e fotografias, e integrando ainda um conjunto de esquissos originais nunca publicados e uma entrevista exclusiva ao arquiteto.CoediçãoArteBooks DesignCoordenação Científica + EntrevistaJosé Manuel PedreirinhoDesign GráficoJoão Machado, Marta Machado -
A Monumentalidade Crítica de Álvaro SizaEste livro, publicado pela editora Circo de Ideias, com edição de Paulo Tormenta Pinto e Ana Tostões elege o tema da “monumentalidade” na obra de Álvaro Siza como base de um discurso crítico sobre a arquitectura e o papel dos arquictetos em relação à cidade contemporânea. O Pavilhão de Portugal, projectado para a Expo'98, é o ponto de partida desta pesquisa, apresentando-se na sua singularidade como momento central de um processo de renovação urbana, com repercussões na consciência política do final do século XX. Em Portugal, os ecos dessa política prolongaram-se após a exposição de Lisboa, consolidando uma ideia urbanística que vinha sendo teorizada desde o final da década de 1980. A leitura dos territórios num tempo longo e a imersão na cultura arquitectónica são pressupostos invariáveis na abordagem de Siza e alicerces discursivos sobre a “monumentalidade”.
