A Multidão e a Televisão
"A televisão mostra constantemente multidões políticas, religiosas, festivas e muitas da sua própria criação em programas de entretenimento e espectáculo. Todavia, esta relação entre o meio de massas televisão e as massas nela presentes não recebeu até hoje atenção quanto ao seu significado sociológico e mediático. Facto estranho, sendo a multidão uma das mais tenazes formas sociais, necessária à vida colectiva, não só na sua expressão integrada e consensual, como na sua expressão apocalíptica e de dissensão. Considerada na sua repetição e diversidade, a multidão adquire um carácter estrutural. Ao ocupar o espaço público e mediático, a multidão tem intenção de representação. É para ser vista. É uma forma de comunicação.
Este livro propõe uma viagem ao centro da teoria da multidão, que ocupou desde sempre um lugar no pensamento político-social do Ocidente, mas não originou paradigmas consistentes, devido à diversidade de representações teóricas e ao seu carácter efémero. É um tema habitualmente à margem do núcleo de reflexão político-sociológica.
Propondo-se colmatar esse vazio, o livro faz o levantamento crítico e fundamentado historicamente das teorias da multidão e analisa depois em detalhe representações multitudinárias na televisão, como os colectivos encenados nos estúdios de TV e, no espaço público, manifestações globais contra a globalização, Marchas Brancas em Bruxelas e Portugal, um ataque a um milheiral transgénico em Silves, as manifestações de professores em 2008, uma missa campal do papa na Alemanha, o último dos concertos Promenade na BBC, os MTV European Music Awards em Lisboa e o Euro 2004. "
| Editora | Universidade Católica |
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| Editora | Universidade Católica |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Eduardo Cintra Torres |
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A Greve Geral de 1903 no Porto: um estudo de história, comunicação e sociologiaA greve começou numa fábrica na Rua do Bonjardim. Espalhou-se a outras fábricas de tecelões e, depois, a dezenas de milhares de operários de todos os sectores. Polícia e tropa reprimiram grevistas junto das fábricas, nas ruas, nas ilhas. Eles responderam à pedrada e coagiram os recalcitrantes.Seria, até aqui, uma greve normal, mas o movimento social grevista, com esplêndida organização e adaptada à situação, mudou o rumo dos acontecimentos. Garantiu o apoio da imprensa diária do Porto; ocupou o espaço público central da cidade, com multidões que espectacularizaram a miséria; adoptou a não-violência, que paralisou a repressão; negociou com os industriais de igual para igual; mobilizou a solidariedade dos cidadãos do Porto e do país; abalou a vida quotidiana da cidade; e conseguiu a vitória nas principais reivindicações.Foi a maior greve até então em Portugal, uma greve geral como nunca se tinha vivido, mas a sua memória perdeu-se, porque os vencedores de então, os anarquistas, foram depois vencidos, e os novos donos do sindicalismo esconderam este magnífico e inovador movimento social.Este livro conta a história, contextualiza, analisa e ilustra a greve que abalou o Porto e o país em 1903. -
Televisão do Século XXIMuitos dizem “eu não vejo televisão”, mas consomem conteúdos de tipo televisivo pela Internet, no telemóvel ou no computador. Esta disparidade entre a prática e o conceito convida a definir a TV a partir do que ela é hoje e não de ideias feitas que o passado nos impôs. A TV enquanto linguagem está em todo o lado e mais viva do que nunca. É a velha definição de televisão que está morta. -
A Televisão e o Serviço PúblicoEm apenas 50 anos, a televisão tornou-se o meio de comunicação mais presente na vida da população mundial. Criou uma linguagem própria e venceu pela versatilidade, em modos de expressão e géneros. As evoluções dos últimos anos ameaçam o modelo histórico da TV generalista. O próprio paradigma de televisão tende a mudar, perdendo os canais e seu fluxo em importância para os conteúdos concretos. No novo mundo da comunicação, informação e entretenimento, urge um debate nacional sobre o serviço público de TV e como concretizá-lo: deverá continuar a cargo de uma empresa que custa um milhão de euros por dia a contribuintes exaustos? Este ensaio faz um ponto de situação sobre a TV hoje, a TV em Portugal e o caminho a seguir pelo serviço público. -
A Televisão e o Serviço Público (Cartonado)Em apenas 50 anos, a televisão tornou-se o meio de comunicação mais presente na vida da população mundial. Criou uma linguagem própria e venceu pela versatilidade, em modos de expressão e géneros. As evoluções dos últimos anos ameaçam o modelo histórico da TV generalista. O próprio paradigma de televisão tende a mudar, perdendo os canais e seu fluxo em importância para os conteúdos concretos. No novo mundo da comunicação, informação e entretenimento, urge um debate nacional sobre o serviço público de TV e como concretizá-lo: deverá continuar a cargo de uma empresa que custa um milhão de euros por dia a contribuintes exaustos? Este ensaio faz um ponto de situação sobre a TV hoje, a TV em Portugal e o caminho a seguir pelo serviço público. -
Telenovela, Indústria & Cultura LdaA telenovela é o género de ficção preferido dos espectadores portugueses e o principal suporte da indústria audiovisual portuguesa. Durante seis meses, o autor acompanhou todas as fases de criação de uma telenovela de sucesso, Mar Salgado . Este livro pretende dar a conhecer como se constrói a telenovela portuguesa e, em especial, como se vive, em todos os seus passos, a tensão entre a dimensão cultural e a dimensão industrial. -
Mais Anúncio à Lupa«O livro de Cintra Torres tem um pouco o mesmo efeito que sentíamos ao lermos, noutro âmbito, as Mitologias de Roland Barthes (citado aliás a propósito do seu texto famoso "Réthorique de l’image"): sentimo-nos mais inteligentes na inteligência do mundo. Resta-me recomendar a leitura. Ela produz o inevitável prazer de vermos por dentro uma inteligência a funcionar. E ao mesmo tempo de repararmos em pormenores que sempre lá estiveram, mas que nós deixávamos de lado.» Eduardo Prado Coelho, acerca do anterior volume, Anúncios à Lupa -
História Ilustrada da Publicidade em PortugalDesafiado pela Fundação Amélia de Mello a escrever a história da publicidade da CUF, a publicar no âmbito do 150.º aniversário do nascimento do seu fundador, Alfredo da Silva, Eduardo Cintra Torres propôs-se realizar um trabalho mais completo e de maior fôlego que se impunha no contexto português: uma histó-ria da publicidade em Portugal. A fundação aceitou e o resultado desse traba-lho foram os dois volumes que ora se publicam daquela que é a primeira História da Publicida-de em Portugal, uma verdadeira história global da publicidade no País desde a Idade Média até ao final do primeiro quartel do século XXI. Um dos volumes da obra apresenta o texto da his-tória da publicidade em Portugal e o outro as imprescindíveis ilustrações desse mesmo texto. -
História da Publicidade em PortugalDesafiado pela Fundação Amélia de Mello a escrever a história da publicidade da CUF, a publicar no âmbito do 150.º aniversário do nascimento do seu fundador, Alfredo da Silva, Eduardo Cintra Torres propôs-se realizar um trabalho mais completo e de maior fôlego que se impunha no contexto português: uma história da publicidade em Portugal.A fundação aceitou e o resultado desse trabalho foram os dois volumes que ora se publicam daquela que é a primeira História da Publicidade em Portugal, uma verdadeira história global da publicidade no País desde a Idade Média até ao final do primeiro quartel do século XXI. Um dos volumes da obra apresenta o texto da história da pu-blicidade em Portugal e o outro as imprescindíveis ilustrações desse mesmo texto.
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História dos Média na Europa«O conhecimento das grandes tendências que marcaram a história dos média europeus e a história particular destes mesmos média em cada país europeu (sobretudo daqueles de que somos geográfica e culturalmente mais próximos) é absolutamente indispensável. Só assim poderemos compreender por que é que ainda hoje, quase seis séculos depois da ?descoberta? da prensa tipográfica, a paisagem imprensa europeia é tão contrastada, de uma região para outra do continente. E como é que, ao longo do século XX, a rádio e a televisão, as estruturas dos seus emissores como dos seus conteúdos, evoluíram também de maneira tão plurifacetada.» -
História da ArteA história da Arte é, em simultâneo, autónoma e parte integrante da História, da Cultura e da Civilização. Esta obra confirma-o e, de modo sucinto, traça um panorama da sua evolução desde a mais remota Antiguidade até os nossos dias. -
Media e Jornalismo em Tempos de Ditadura -Censura, Repressão e ResistênciaO livro reúne textos de 11 investigadores portugueses e espanhóis sobre a instrumentalização dos media durante o Estado Novo e o Franquismo e as formas de resistência à censura e à repressão. A obra surge na sequência do II Seminário da História da Comunicação da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação, realizada, em Novembro de 2022, na Fundação Mário Soares e Maria Barroso. Alguns dos textos que agora se publicam foram apresentados neste encontro científico. Segundo os coordenadores do livro, há um denominador comum a todos os textos: «a necessidade que as ditaduras têm de vedar o acesso do povo à verdade incómoda ou inconveniente. Por isso, silenciaram-se certas pessoas, assuntos e factos, enquanto se deu relevo e importância a outros». -
25 de Abril: A Transformação nos «Media»Uma obra que mantém vivo o legado de Mário Mesquita e que o autor desejava ter publicado em vida, provando que a forma como pensou e discutiu o jornalismo num momento fundador e de viragem como foi o período de 1974-1975 mantém uma admirável actualidade. «Mário Mesquita desenvolveu, de forma sistemática e coerente, actividades que visavam o bemcomum e incentivavam uma democracia aberta — na política, no jornalismo de informação, na actividade académico-universitária e na escrita — com o objectivo de realizar o seu ideal de sempre: o da Liberdade.» António Ramalho Eanes «Jornalista e académico, MárioMesquita procurava em cada trabalho o difícil equilíbrio entre o rigor da contextualização e o prazer da boa história. Isso fazia de qualquer conversa sobre o jornal uma oportunidade de reflexão profissional, tantas vezes em falta na lufa-lufa das redacções.» Diana Andringa «Com o Mário Mesquita estamosperante alguém que decidiu ser jornalista para compreender melhor o mundo, e que resolveu estudar os media para se conhecer ainda melhor a si próprio.» Jaime Gama «Recordo o Mário Mesquita como um homem de pensamento que não desprezava a acção. Inteligente e culto. Um espírito livre, um bom cidadão, um amigo confiável. Liberdade e Solidariedade foram os grandes valores da sua vida. Faz-nos falta!» Maria Antónia Palla -
Homo Spectator: Ver, Fazer Ver«É a barbárie que ameaça um mundo sem espectador.»"Homo Spectator" reflecte sobre a construção histórica da figura do espectador, desde as cavernas paleolíticas às tecnologias digitais. Este percurso interroga as várias relações, de opressão e de liberdade, de medo e de gozo, que se estabelecem entre humanos e imagens, para ensaiar uma resposta à inquietante pergunta: como preservar a nossa liberdade crítica perante a disseminação das imagens? -
Ainda Bem Que Me PerguntaAinda Bem Que Me Pergunta, trata-se do primeiro manual de escrita jornalística, editado em Portugal, de um autor português, para o público português. Como escrever com clareza e rigor semântico? Como estruturar uma notícia, uma reportagem, uma entrevista? Como elaborar os respectivos títulos? Como evitar as «armadilhas» ortográficas e gramaticais? -
Desinformação Online - O impacto da Propaganda ParticipativaA desinformação é hoje prevalecente no ambiente digital, onde a informação circula a alta velocidade. Servindo-se de técnicas clássicas de propaganda, a desinformação conta com a colaboração de cidadãos anónimos que partilham conteúdos online sem antes avaliarem a veracidade dessa mesma informação. O presente livro mostra como este fenómeno constitui uma ameaça à democracia e como pode ser combatido através do investimento em literacia mediática e digital. -
Temas Arquivísticos - Entre a Tradição e a MudançaUm convite à reflexão do lugar da Arquivística hoje, contrariando as vozes que afirmam que tenha adormecido permanentemente na Modernidade, face à emergência do pensamento pós-moderno, onde a ciência da informação radica a sua identidade, sem que a pós-modernidade seja, também ela, parte da seiva que corre nas veias dos autores dos estudos arquivísticos, que, por consequência, escorre para as suas páginas. Um convite, ainda, a repensar a valorização dos estudos arquivísticos na atualidade, relegados, em muitos fora, à sua tecnicidade, considerados despidos de qualquer roupagem teórica, como se os arquivos não constituíssem, per se, um campo de estudo científico. Um campo sobre o qual se constrói conhecimento continuamente, refletido por cientistas e comunidades de prática, que, como tal, acompanha a própria evolução da ciência e o devir social.[CARLOS GUARDADO DA SILVA]
