Amália, A Divina Voz dos Poetas e de Portugal
Amália – A Divina Voz dos Poetas e de Portugal
Este livro teve a sua versão inicial como Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade Aberta de Lisboa em setembro de 2006, intitulada Amália Rodrigues: Com que voz cho(ra)rei meu triste Fado! – a poesia no universo fadista de Amália –, em Estudos Sobre as Mulheres, que o autor defendeu em dezembro do mesmo ano. É no espaço interdisciplinar que cruza a história do Fado, a história das mulheres e os estudos literários que o presente livro se instala. Trata-se de um ponto de vista estimulante, seguir o rasto de uma voz – a voz de Amália Rodrigues – através das palavras dos portas, ou seja, através dos poemas de que essa voz se apropria. Cantando os poemas fá-los seus. E nesse empréstimo, devolve-lhes o sopro da vida.
Do precurso traçado pelo livro ressalta a tripla faceta de Amália enquanto pioneira, enquanto resistente e enquanto criadora.
| Editora | Parceria A. M. Pereira |
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| Editora | Parceria A. M. Pereira |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Rui Ferreira |
Frequentou a Escola de Engenharia da Univ. do Minho, tendo-se licenciado em Filosofia pela Univ. Católica Portuguesa no ano de 2009. Em 2013 obteve o grau de Mestre em Património e Turismo Cultural na Universidade do Minho, com a dissertação «Festas de S. João em Braga: raízes, história e potencial turístico». Em 2019 concluiu o doutoramento em Estudos Culturais na Univ. do Minho, tendo como tese «Os cerimoniais público(-privados) e as solenidades da Semana Santa de Braga». Pertenceu à Companhia de Jesus entre 2004 e 2011. Nesse período colaborou com o Centro Académico de Braga, Apostolado da Oração, tendo sido docente no Colégio de S. João de Brito. Integrou ainda o projeto pedagógico «Linhas de Força», em conjunto com os 73 colégios da Companhia de Jesus na Península Ibérica. Entre 2011 e 2013 foi assessor do Gabinete de Comunicação Social do Arcebispo Primaz, desempenhando desde 2013 as funções de assessor do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Braga. Tem-se dedicado, desde 2002, aos Estudos sobre Braga, através da colaboração com diversos órgãos de comunicação social. Foi autor do blogue de cidadania Braga Maior e fundador e presidente da direção da associação Braga Mais. Entre 2013 e 2019 assumiu a presidência da Associação de Festas de S. João, responsável pela organização do maior evento do Município de Braga. Tem quatro livros publicados e foi responsável pelo comissariado de 12 exposições, além da publicação de dezenas de artigos e comunicações em diversos âmbitos de intervenção.
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O Santuário do Bom Jesus do MonteFonte de inspiração para várias gerações, com destacadas tentativas de repetição em algumas partes do mundo, o Santuário do Bom Jesus do Monte confirma a sua vocação para elevar a humanidade à sua sublimidade. Sejam conduzidos pela fé ou por uma simples curiosidade artística, os visitantes são inevitavelmente conduzidos a um patamar que transcende a sua própria existência. Aqui, onde a arte obtém um casamento perfeito com a natureza, a Humanidade atinge a sua plenitude. Neste livro, que é também um Roteiro, ficamos a conhecer melhor a história, os cantos e recantos deste lugar único na paisagem natural e arquitectónica de Portugal. -
Educação Financeira e Empreendedorismo - Para os Primeiros Ciclos de Aprendizagem - Baseado no projeto E.L.F.Este projeto pretende estimular o empreendedorismo adotando uma conceção de ecologia humana, deixando de valorizar apenas um dos recursos que constituem a riqueza da capacidade humana para utilizar os múltiplos recursos da criatividade e ajudar os alunos a desenvolverem essa criatividade tendo sempre por base o meio onde estão inseridos, os recursos disponíveis à sua volta e a aplicação prática de aproveitamento de ideias originais a sua funcionalidade e capacidade de ser geradora de riqueza.
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O Príncipe da Democracia - Uma Biografia de Francisco Lucas PiresNenhuma outra figura foi intelectualmente tão relevante para a afirmação da direita liberal em Portugal como Francisco Lucas Pires. Forjado numa família que reunia formação clássica e espírito de liberdade, tornou-se um constitucionalista inovador, um jurista criativo, um político de dimensão intelectual rara à escala nacional e europeia – e, acima de tudo, um cidadão inconformado com o destino de Portugal.Em O Príncipe da Democracia, Nuno Gonçalo Poças reconstitui o percurso e as ideias deste homem invulgar, cujo legado permanece em grande parte por cumprir, e passa em revista os seus sucessos e fracassos. O resultado é um livro que, graças à absoluta contemporaneidade do pensamento do biografado, nos ajuda a compreender as grandes questões que o país e a Europa continuam a enfrentar, mostrando-nos, ao mesmo tempo, uma elegância política difícil de conceber quando olhamos hoje à nossa volta.Mais do que um retrato elucidativo de Lucas Pires, que partiu precocemente aos 53 anos, este é um documento fundamental para responder aos desafios do futuro, numa altura em que o 25 de Abril completa meio século. -
A DesobedienteA dor e o abandono chegaram cedo à vida de Teresinha, a filha mais velha de um dos mais prestigiados médicos da capital e de uma mulher livre e corajosa, descendente dos marqueses de Alorna, que nas ruas e nos melhores salões de Lisboa rivalizava em encanto com Natália Correia. A menina que haveria de ser poetisa vê a morte de perto quando ainda mal sabe andar, sobrevive às depressões da mãe, chegando mesmo a comer uma carta para a proteger. É dura e injustamente castigada e as cicatrizes hão de ficar visíveis toda a vida, de tal modo que a infância e a adolescência de Maria Teresa Horta explicam quase todas as opções que tomou. Sobreviver ao difícil divórcio dos pais, duas figuras incomuns, com as quais estabeleceu relações impressionantes de tão complexas, foi apenas uma etapa.Mas quanto deste sofrimento a leva à descoberta da poesia? E quanto está na origem da voz ativista de uma jovem que há de ser uma d’As Três Marias, as autoras das famosas «Novas Cartas Portuguesas», e protagonistas do último caso de perseguição a escritores em Portugal, que recebeu apoio internacional de mulheres como Simone de Beauvoir e Marguerite Duras? A insubmissa, que se envolve por acaso com o PCP e mantém intensa atividade política no pré e no pós-25 de Abril; a poetisa, a mãe, a mulher que constrói um amor desmedido por Luís de Barros; a grande escritora a quem os prémios e condecorações chegaram já tarde (ainda que, em alguns casos, a tempo de serem recusados), entre outras facetas, é a Maria Teresa Horta que Patrícia Reis, romancista e biógrafa experimentada, soube escrever e dar a conhecer, nesta biografia, com a destreza e a sensibilidade que a distinguem. -
Emílio Rui VilarMemórias do país da ditadura e do alvor da democracia em Portugal. A vida de Emílio Rui Vilar atravessou as principais mudanças da segunda metade do século XX. Contado na primeira pessoa, um percurso fascinante pelo fim do regime de Salazar e Caetano e pela revolução de Abril.Transcrevendo entrevistas realizadas ao longo de vários meses, este livro recolhe o relato na primeira pessoa de uma trajetória que percorreu o início da contestação ao Estado Novo no meio universitário, a Guerra Colonial, a criação da SEDES, o fracasso da “primavera marcelista” e os primeiros anos do novo regime democrático saído do 25 de Abril, onde Emílio Rui Vilar desempenhou funções governativas nos primeiros três Governos Provisórios e no Primeiro Governo Constitucional. No ano em que se celebram cinco décadas de democracia em Portugal, este livro é um importante testemunho sobre dois regimes, sobre o fim de um e o nascimento de outro. -
Oriente PróximoCom a atual guerra em Gaza, este livro, Oriente Próximo ganhou uma premente atualidade. A autora, a maior especialista portuguesa sobre o assunto, aborda o problema não do ponto de vista geral, mas a partir da vida concreta das pessoas judeus, árabes e outras nacionalidades que habitam o território da Palestina. Daí decorre que o livro se torna de leitura fascinante, como quem lê um romance.Nunca se publicou nada em Portugal com tão grande qualidade. -
Savimbi - Um homem no Seu MartírioSavimbi foi alvo de uma longa e destrutiva campanha de propaganda, desinformação e acções encobertas de segurança com o objectivo de o desacreditar e isolar. Se não aceitasse o exílio ou a sujeição, como foi o objectivo falhado dessa campanha, o fim último era matá-lo, como aconteceu: premeditadamente! Para que a sua «morte em combate» não suscitasse empatia, foi como um chefe terrorista da laia de Bin Laden que a sua morte foi apresentada – artifício da propaganda que tirou partido da memória emocional recente dos atentados da Al Qaeda, na América. Julgado com honestidade, Savimbi nunca foi o «bandido» por que o fizeram passar. O manifesto apreço que personalidades de indiscutível clareza moral, como Mandela, tiveram por ele prova-o. O MPLA elegeu-o como adversário temido e quis apagá-lo do seu caminho! Não pelos crimes a que o associaram. O que o MPLA e o seu regime temiam eram as suas qualidades e carisma, a sua representatividade política e o prestígio externo que granjeara. Como outros grandes da História, Savimbi também tinha defeitos e cometia erros. Mas no deve e haver as suas qualidades eram preponderantes." -
Na Cabeça de MontenegroLuís Montenegro, o persistente.O cargo de líder parlamentar, no período da troika, deu-lhe o estatuto de herdeiro do passismo. Mas as relações com Passos Coelho arrefeceram e o legado que agora persegue é outro e mais antigo. Quem o conhece bem diz que Montenegro é um fiel intérprete da velha tradição do PPD, o partido dos baronatos do Norte. Recusou por três vezes ser governante e por duas vezes foi derrotado em autárquicas. Já fez e desfez alianças, esteve politicamente morto e ressuscitou. Depois de algumas falsas partidas chegou à liderança. Mas tudo tem um preço e é o próprio a admitir que se questiona com frequência: será que vale a pena? -
Na Cabeça de VenturaAndré Ventura, o fura-vidas.Esta é a história de uma espécie de Fausto português, que foi trocando aquilo em que acreditava por tudo o que satisfizesse a sua ambição. André Ventura foi um fura-vidas. A persona mediática que criou nasceu na CMTV como comentador de futebol. Na adolescência convertera-se ao catolicismo, a ponto de se tornar um fundamentalista religioso. Depois de ganhar visibilidade televisiva soube pô-la ao serviço da sua ambição de notoriedade. Passou pelo PSD e foi como candidato do PSD que descobriu que havia um mercado eleitoral populista e xenófobo à espera de alguém que viesse representá-lo em voz alta. Assim nasceu o Chega. -
Contra toda a Esperança - MemóriasO livro de memórias de Nadejda Mandelstam começa, ao jeito das narrativas épicas, in media res, com a frase: «Depois de dar uma bofetada a Aleksei Tolstói, O. M. regressou imediatamente a Moscovo.» Os 84 capítulos que se seguem são uma tentativa de responder a uma das perguntas mais pertinentes da história da literatura russa do século XX: por que razão foi preso Ossip Mandelstam na fatídica noite de 1 de Maio de 1934, pouco depois do seu regresso de Moscovo? O presente volume de memórias de Nadejda Mandelstam cobre, assim, um arco temporal que medeia entre a primeira detenção do marido e a sua morte, ou os rumores sobre ela, num campo de trânsito próximo de Vladivostok, algures no Inverno de 1938. Contra toda a Esperançaoferece um roteiro literário e biográfico dos últimos quatro anos de vida de um dos maiores poetas do século XX. Contudo, é mais do que uma narrativa memorialística ou biográfica, e a sua autora é mais do que a viúva mítica, que memorizou a obra proibida do poeta perseguido, conseguindo dessa forma preservar toda uma tradição literária. Na sua acusação devastadora ao sistema político soviético, a obra de Nadejda Mandelstam é apenas igualada por O Arquipélago Gulag. O seu método de composição singular, e a prosa desapaixonada com que a autora sonda o absurdo da existência humana, na esteira de Dostoievski ou de Platónov, fazem de Contra toda a Esperança uma das obras maiores da literatura russa do século XX.