As Minhas Aventuras no País dos Sovietes: a União Soviética tal como eu a vivi
«Naquela altura, mais precisamente no dia 9 de Setembro de 1977, os comboios da linha Póvoa de Varzim-Porto (Trindade) ainda eram movidos a carvão e foi num deles que se iniciou, nessa data, a minha longa viagem ao País dos Sovietes.
[...] A mala era leve porque, além de não haver dinheiro para mais, eu estava convencido de que não se ia para o "Paraíso Terrestre" com a casa às costas, porque nesse lugar não costuma faltar nada, à excepção do pecado. Sim, eu ia viver na sociedade quase perfeita, na transição do socialismo desenvolvido para o comunismo.»
José Milhazes
| Editora | Oficina do Livro |
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| Editora | Oficina do Livro |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | José Milhazes |
José Manuel Milhazes Pinto nasceu a 2 de Outubro de 1958 na Póvoa de Varzim. Em 1977, parte para a União Soviética a fim de cursar História da Rússia e assistir à "construção do comunismo", levando a cabo os seus estudos na Universidade Estatal de Moscovo. Formado em 1983, constituiu família e ficou a residir na URSS. A 8 de Agosto de 1989, escreve a primeira crónica para a TSF e, no ano seguinte, com o lançamento do jornal Público, torna-se seu correspondente em Moscovo. Em 2002, começa também a colaborar com a SIC. A longa permanência na União Soviética e, depois, na Rússia, permitiu-lhe assistir e participar num dos períodos mais conturbados do séc. XX: a queda da "cortina de ferro" e a formação de novos Estados no Leste da Europa. Mantém o blogue www.darussia. blogspot.com, alojado no sítio electrónico do jornal Público.
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O Favorito Português de Pedro O Grande«Não devem ter sido muitos os portugueses que deixaram um rasto tão forte na história de países estrangeiros com o que António Manuel Luís de Vieira e alguns dos seus descendentes conseguiram nos destinos da Rússia. Apesar da sua modesta origem social e de ter contra si o facto de ser um judeu de origem portuguesa, conseguiu uma carreira brilhante no Império Russo.» -
Angola - O Princípio do Fim da União SoviéticaO enfoque deste livro, como o próprio título sugere, é uma tentativa, ensaiada pela primeira vez, de colocar em perspectiva uma série de questões altamente controversas, e em grande parte desconhecidas, sobre um passado ainda envolto em secretismo: o expansionismo militar soviético na África Austral, mais propriamente em Angola. Para tal, o autor acedeu a documentação dos arquivos russos e entrevistou veteranos de guerra, bem como altas personalidades da política soviética. O presente volume oferece, assim, uma ampla gama de matérias para todos quantos se interessam pela ingerência soviética em Angola e até no Golfo da Guiné. Toda a sua estrutura se ampara, do princípio ao fim, em fontes russas, trazendo ao conhecimento dos leitores de língua portuguesa um debate que, pouco a pouco, apesar do difícil acesso às fontes, começa a despontar no firmamento das preocupações da intelligentsia russa e a dar os primeiros frutos: o de saber até que ponto a intervenção em África, ditada por objectivos geopolíticos e expansionistas, respondeu efectivamente aos interesses globais do Estado russo e quais as causas do seu fracasso. -
Golpe Nito Alves e Outros Momentos da História de Angola Vistos do KremlinAtravés de arquivos soviéticos só agora tornados públicos, o jornalista José Milhazes desvenda, através de documentos inéditos, os momentos mais importantes da história de Angola no pós-25 de Abril de 1974, como a ex-URSS os acompanhou e neles interveio. Através destes documentos, que agora são pela primeira vez revelados, é possível conhecer mais detalhes do chamado «golpe» Nito Alves, ocorrido em Angola a 27 de Maio de 1977 (de que também fizeram parte Sita Valles e José Van-Dunem que viriam a ser fuzilados), um dos momentos mais marcantes da história recente daquele País e que esteve sempre envolto em grande mistério, bem como de episódios que se lhe seguiram e cujos pormenores nunca foram bem esclarecidos. -
A Mensagem de Fátima na União Soviética-RússiaEm 2017, a Humanidade vai celebrar o centenário de dois dos mais importantes acontecimentos do século XX: as aparições de Fátima em Portugal (em maio) e a revolução comunista na Rússia (em novembro). Dois eventos que ocorreram em lados opostos do Continente europeu, mas que rapidamente se transformaram em fenómenos universais, pois as mensagens ideológicas que traziam dentro de si rapidamente se alastraram aos cantos mais remotos do planeta. Acontecimentos situados em polos ideológicos e filosóficos contrários, deram origem a forças que acabariam por se cruzar e se envolver num combate de vida ou de morte no turbilhão que constituiu o século XX. Através de uma investigação que desenvolveu junto dos arquivos da ex-União Soviética, José Milhazes, historiador e um dos mais reconhecidos jornalistas portugueses, com acesso informação privilegiada no que diz respeito à história da ex-União Soviética, recupera nesta obra os pontos que ligam estes dois momentos, tornando públicos documentos completamente inéditos. -
Madeira: o vinho dos CzaresServido à mesa de czares e nobres russos, cantado por poetas e escritores, o consumo do verdadeiro vinho da ilha portuguesa era sinal de um alto estatuto na sociedade russa. Madeira: o vinho dos Czares é um livro bilingue (Português-Russo) onde o autor, José Milhazes, explora as relações entre a Madeira e a Rússia, através do Vinho da Madeira. Esta bebida teve uma importante influência na sociedade russa desde do século XVII até aos dias de hoje. Para além desta abordagem histórica e cultural, o livro conta, também, com receitas de cocktails russos utilizando o vinho da Madeira. -
Lavrenti Béria - O Carrasco ao Serviço de EstalineBéria é uma das figuras mais tenebrosas da História do século XX, sendo recordado como o sinistro chefe da polícia secreta de Estaline, o fiel instrumento de terror do ditador vermelho disponível para realizar qualquer tarefa por mais negra que fosse. O seu nome está para sempre associado a violência, terror, ambição e sadismo, e o seu percurso fala por si.Lavrenti Béria é a história da vida desta criatura contada por José Milhazes. Baseado em documentos oficiais, nas memórias e testemunhos de várias figuras soviéticas da época, em cartas pessoais do biografado e na transcrição do interrogatório, o livro procura fazer justiça ao homem cujo legado ainda hoje causa controvérsia na sociedade russa.Booktrailer:https://youtu.be/IE0FOg4cDkI -
Os BlumthalA HISTÓRIA REAL DE VIDAS SACRIFICADAS ÀS PIORES UTOPIAS E TIRANIAS DO SÉCULO XX O destino cruel de pessoas que lutaram por uma sociedade melhor e acabaram vítimas dos dois piores sistemas totalitários do século XX. Em Os Blumthal, José Milhazes reconstitui as vidas dos avós de sua mulher, Siiri. Conta como os jovens idealistas Erich Sõerd e Leida Holm Blumthal participaram activamente na introdução da revolução comunista na sua Estónia natal, e depois foram ultrapassados pelos acontecimentos do mundo conturbado e muito violento do século XX e acabaram vítimas, primeiro do regime nazi, e depois do regime soviético.Só possível após uma grande investigação, que integrou a consulta de vários arquivos em vários países e de fontes histórias variadas – e de entrevistas à própria Siiri Milhazes –, esta obra revela a dramática saga familiar dos Blumthal e dos Sõerd em tempos de totalitarismo. Um livro actual e que não vai deixar ninguém indiferente, Os Blumthal é o novo livro de José Milhazes. -
Rússia e a Europa: uma parte do todoA História mostrou que, não obstante todas as vicissitudes e dificuldades, a Rússia é um país com fortes raízes europeias. Os grandes momentos da sua existência estão ligados ao Velho Continente. Resta apenas continuar à procura do melhor modus vivendi entre todos os povos europeus, onde as suas tradições, costumes e direitos sejam respeitados. -
Rússia e a Europa: Uma Parte do TodoA História mostrou que, não obstante todas as vicissitudes e dificuldades, a Rússia é um país com fortes raízes europeias. Os grandes momentos da sua existência estão ligados ao Velho Continente. Resta apenas continuar à procura do melhor modus vivendi entre todos os povos europeus, onde as suas tradições, costumes e direitos sejam respeitados. -
A Saga dos Portugueses na RússiaHá mais de trinta anos a viver na URSS / Rússia, José Milhazes divide os seus interesses entre o jornalismo e a história. Depois de publicar numerosos artigos na charneira essas duas disciplinas, ousou lançar-se na escrita de obras mais extensas e completas. Em 2009, publica o livro Angola - O Princípio do Fim da União Soviética, a primeira obra em português sobre a participação da URSS na guerra civil angolana. No ano seguinte, lança o segundo livro: Samora Machel: Atentado ou Acidente? José Milhazes, licenciado na Universidade de Moscovo e doutorado na Universidade do Porto, concentrou as suas atenções no estudo das relações entre a Rússia e Portugal ao longo dos séculos, sendo o presente livro o resultado de numerosos anos de pesquisa em bibliotecas e arquivos russos. Longe de se tratar de uma obra exaustiva, lança pistas para futuras investigações num campo científico muito pouco conhecido, mas que encerra numerosas surpresas. Um pequeno contributo para a documentação do espírito universalista dos Portugueses.Ver por dentro:
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O Príncipe da Democracia - Uma Biografia de Francisco Lucas PiresNenhuma outra figura foi intelectualmente tão relevante para a afirmação da direita liberal em Portugal como Francisco Lucas Pires. Forjado numa família que reunia formação clássica e espírito de liberdade, tornou-se um constitucionalista inovador, um jurista criativo, um político de dimensão intelectual rara à escala nacional e europeia – e, acima de tudo, um cidadão inconformado com o destino de Portugal.Em O Príncipe da Democracia, Nuno Gonçalo Poças reconstitui o percurso e as ideias deste homem invulgar, cujo legado permanece em grande parte por cumprir, e passa em revista os seus sucessos e fracassos. O resultado é um livro que, graças à absoluta contemporaneidade do pensamento do biografado, nos ajuda a compreender as grandes questões que o país e a Europa continuam a enfrentar, mostrando-nos, ao mesmo tempo, uma elegância política difícil de conceber quando olhamos hoje à nossa volta.Mais do que um retrato elucidativo de Lucas Pires, que partiu precocemente aos 53 anos, este é um documento fundamental para responder aos desafios do futuro, numa altura em que o 25 de Abril completa meio século. -
A DesobedienteA dor e o abandono chegaram cedo à vida de Teresinha, a filha mais velha de um dos mais prestigiados médicos da capital e de uma mulher livre e corajosa, descendente dos marqueses de Alorna, que nas ruas e nos melhores salões de Lisboa rivalizava em encanto com Natália Correia. A menina que haveria de ser poetisa vê a morte de perto quando ainda mal sabe andar, sobrevive às depressões da mãe, chegando mesmo a comer uma carta para a proteger. É dura e injustamente castigada e as cicatrizes hão de ficar visíveis toda a vida, de tal modo que a infância e a adolescência de Maria Teresa Horta explicam quase todas as opções que tomou. Sobreviver ao difícil divórcio dos pais, duas figuras incomuns, com as quais estabeleceu relações impressionantes de tão complexas, foi apenas uma etapa.Mas quanto deste sofrimento a leva à descoberta da poesia? E quanto está na origem da voz ativista de uma jovem que há de ser uma d’As Três Marias, as autoras das famosas «Novas Cartas Portuguesas», e protagonistas do último caso de perseguição a escritores em Portugal, que recebeu apoio internacional de mulheres como Simone de Beauvoir e Marguerite Duras? A insubmissa, que se envolve por acaso com o PCP e mantém intensa atividade política no pré e no pós-25 de Abril; a poetisa, a mãe, a mulher que constrói um amor desmedido por Luís de Barros; a grande escritora a quem os prémios e condecorações chegaram já tarde (ainda que, em alguns casos, a tempo de serem recusados), entre outras facetas, é a Maria Teresa Horta que Patrícia Reis, romancista e biógrafa experimentada, soube escrever e dar a conhecer, nesta biografia, com a destreza e a sensibilidade que a distinguem. -
Emílio Rui VilarMemórias do país da ditadura e do alvor da democracia em Portugal. A vida de Emílio Rui Vilar atravessou as principais mudanças da segunda metade do século XX. Contado na primeira pessoa, um percurso fascinante pelo fim do regime de Salazar e Caetano e pela revolução de Abril.Transcrevendo entrevistas realizadas ao longo de vários meses, este livro recolhe o relato na primeira pessoa de uma trajetória que percorreu o início da contestação ao Estado Novo no meio universitário, a Guerra Colonial, a criação da SEDES, o fracasso da “primavera marcelista” e os primeiros anos do novo regime democrático saído do 25 de Abril, onde Emílio Rui Vilar desempenhou funções governativas nos primeiros três Governos Provisórios e no Primeiro Governo Constitucional. No ano em que se celebram cinco décadas de democracia em Portugal, este livro é um importante testemunho sobre dois regimes, sobre o fim de um e o nascimento de outro. -
Oriente PróximoCom a atual guerra em Gaza, este livro, Oriente Próximo ganhou uma premente atualidade. A autora, a maior especialista portuguesa sobre o assunto, aborda o problema não do ponto de vista geral, mas a partir da vida concreta das pessoas judeus, árabes e outras nacionalidades que habitam o território da Palestina. Daí decorre que o livro se torna de leitura fascinante, como quem lê um romance.Nunca se publicou nada em Portugal com tão grande qualidade. -
Savimbi - Um homem no Seu MartírioSavimbi foi alvo de uma longa e destrutiva campanha de propaganda, desinformação e acções encobertas de segurança com o objectivo de o desacreditar e isolar. Se não aceitasse o exílio ou a sujeição, como foi o objectivo falhado dessa campanha, o fim último era matá-lo, como aconteceu: premeditadamente! Para que a sua «morte em combate» não suscitasse empatia, foi como um chefe terrorista da laia de Bin Laden que a sua morte foi apresentada – artifício da propaganda que tirou partido da memória emocional recente dos atentados da Al Qaeda, na América. Julgado com honestidade, Savimbi nunca foi o «bandido» por que o fizeram passar. O manifesto apreço que personalidades de indiscutível clareza moral, como Mandela, tiveram por ele prova-o. O MPLA elegeu-o como adversário temido e quis apagá-lo do seu caminho! Não pelos crimes a que o associaram. O que o MPLA e o seu regime temiam eram as suas qualidades e carisma, a sua representatividade política e o prestígio externo que granjeara. Como outros grandes da História, Savimbi também tinha defeitos e cometia erros. Mas no deve e haver as suas qualidades eram preponderantes." -
Na Cabeça de MontenegroLuís Montenegro, o persistente.O cargo de líder parlamentar, no período da troika, deu-lhe o estatuto de herdeiro do passismo. Mas as relações com Passos Coelho arrefeceram e o legado que agora persegue é outro e mais antigo. Quem o conhece bem diz que Montenegro é um fiel intérprete da velha tradição do PPD, o partido dos baronatos do Norte. Recusou por três vezes ser governante e por duas vezes foi derrotado em autárquicas. Já fez e desfez alianças, esteve politicamente morto e ressuscitou. Depois de algumas falsas partidas chegou à liderança. Mas tudo tem um preço e é o próprio a admitir que se questiona com frequência: será que vale a pena? -
Na Cabeça de VenturaAndré Ventura, o fura-vidas.Esta é a história de uma espécie de Fausto português, que foi trocando aquilo em que acreditava por tudo o que satisfizesse a sua ambição. André Ventura foi um fura-vidas. A persona mediática que criou nasceu na CMTV como comentador de futebol. Na adolescência convertera-se ao catolicismo, a ponto de se tornar um fundamentalista religioso. Depois de ganhar visibilidade televisiva soube pô-la ao serviço da sua ambição de notoriedade. Passou pelo PSD e foi como candidato do PSD que descobriu que havia um mercado eleitoral populista e xenófobo à espera de alguém que viesse representá-lo em voz alta. Assim nasceu o Chega. -
Contra toda a Esperança - MemóriasO livro de memórias de Nadejda Mandelstam começa, ao jeito das narrativas épicas, in media res, com a frase: «Depois de dar uma bofetada a Aleksei Tolstói, O. M. regressou imediatamente a Moscovo.» Os 84 capítulos que se seguem são uma tentativa de responder a uma das perguntas mais pertinentes da história da literatura russa do século XX: por que razão foi preso Ossip Mandelstam na fatídica noite de 1 de Maio de 1934, pouco depois do seu regresso de Moscovo? O presente volume de memórias de Nadejda Mandelstam cobre, assim, um arco temporal que medeia entre a primeira detenção do marido e a sua morte, ou os rumores sobre ela, num campo de trânsito próximo de Vladivostok, algures no Inverno de 1938. Contra toda a Esperançaoferece um roteiro literário e biográfico dos últimos quatro anos de vida de um dos maiores poetas do século XX. Contudo, é mais do que uma narrativa memorialística ou biográfica, e a sua autora é mais do que a viúva mítica, que memorizou a obra proibida do poeta perseguido, conseguindo dessa forma preservar toda uma tradição literária. Na sua acusação devastadora ao sistema político soviético, a obra de Nadejda Mandelstam é apenas igualada por O Arquipélago Gulag. O seu método de composição singular, e a prosa desapaixonada com que a autora sonda o absurdo da existência humana, na esteira de Dostoievski ou de Platónov, fazem de Contra toda a Esperança uma das obras maiores da literatura russa do século XX.