Assim Foi Auschwitz
| Editora | Objectiva |
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| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Leonardo de Benedetti, Primo Levi |
Primo Levi nasceu em Turim, em 1919, e suicidou-se nessa cidade em 1987. Licenciado em Química, participou na Resistência, foi preso e internado no campo de concentração de Auschwitz. É com Calvino e Pavese, uma das principais figuras da geração italiana do pós-guerra. Notabilizou-se pela autoria de vários livros sobre a experiência naqueles campos ? de que o livro Se isto é um homem é o exemplo mais célebre ? assim como por contos e romances. Assim foi Auschwitz, escrito com Leonardo De Benedetti e curado por Fabio levi e Domenico Scarpa, recolhe um conjunto admirável de textos inéditos em Portugal sobre a experiência dos campos de extermínio. «Esta é a experiência da qual saí e que me marcou profundamente; o seu símbolo é a tatuagem que até hoje trago no braço: o meu nome de quando não tinha nome, o número 174517. Marcou-me, mas não me tirou o desejo de viver. Aumentou-o, porque conferiu uma finalidade à minha vida, a de dar testemunho, para que nada semelhante alguma vez volte a acontecer. É esta a finalidade que têm os meus livros.»
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Se Isto é Um HomemNa noite de 13 de Dezembro de 1943, Primo Levi, um jovem químico membro da resistência, é detido pelas forças alemãs. Tendo confessado a sua ascendência judaica, é deportado para Auschwitz em Fevereiro do ano seguinte; aí permanecerá até finais de Janeiro de 1945, quando o campo é finalmente libertado. Da experiência no campo nasce o escritor que neste livro relata, sem nunca ceder à tentação do melodrama e mantendo-se sempre dentro dos limites da mais rigorosa objectividade, a vida no Lager e a luta pela sobrevivência num meio em que o homem já nada conta. Se Isto é um Homem tornou-se rapidamente um clássico da literatura italiana e é, sem qualquer dúvida, um dos livros mais importantes da vastíssima produção literária sobre as perseguições nazis aos judeus. -
Se Não Agora, Quando?Primo Levi, prisioneiro em Auschwitz, afasta-se do memorialismo mais direto para transformar em matéria romanesca a sua intensa experiência dos dramas da Segunda Guerra Mundial. Em Se não agora, quando? - o seu livro mais extenso e o único a que chamou abertamente de romance - Primo Levi conta-nos a história de um bando de judeus que, desgarrando-se do Exército Vermelho na Bielorrússia, em 1943, atravessa a Polónia e a Alemanha rumo à Itália. Ao longo dessa caminhada de dois mil quilómetros, as personagens juntam-se à luta da Resistência, vivem o medo, entram em conflito ou solidarizam-se entre si, sempre rodeados pela morte, mas sem que Primo Levi renuncie a um humor subtil para caracterizá-las. -
Se Isto É Um Homem - Livros RTP Nº 21Na noite de 13 de Dezembro de 1943, Primo Levi, um jovem químico membro da resistência, é detido pelas forças alemãs. Tendo confessado a sua ascendência judaica, é deportado para Auschwitz em Fevereiro do ano seguinte; aí permanecerá até finais de Janeiro de 1945, quando o campo é finalmente libertado.Da experiência no campo nasce o escritor que neste livro relata, sem nunca ceder à tentação do melodrama e mantendo-se sempre dentro dos limites da mais rigorosa objectividade, a vida no Lager e a luta pela sobrevivência num meio em que o homem já nada conta.Se Isto é um Homem tornou-se rapidamente um clássico da literatura italiana e é, sem qualquer dúvida, um dos livros mais importantes da vastíssima produção literária sobre as perseguições nazis aos judeus. -
O Sistema PeriódicoA memória dos anos antes e depois da prisão de Primo Levi em Auschwitz, pelo autor de Se Isto é um Homem. Na véspera de se retirar do universo da química para se dedicar exclusivamente à escrita, Primo Levi oferece-nos, através de 21 capítulos, cada um com o nome de um elemento da tabela periódica, um relato da sua vida enquanto cientista e através do qual responde a inúmeras e complexas questões sobre o mundo e sobre si próprio. O Sistema Periódico é, pois, um conjunto de vivências de um químico judeu do Piemonte, combatente antifascista, deportado e escritor, vistas através do caleidoscópio da química. As histórias cobrem a vida do autor, do nascimento à redação deste livro, passando por momentos fulcrais como a infância, a descoberta da vocação e a sua formação como químico, os amores e as amizades, o crescimento do movimento fascista italiano e o aparecimento das leis raciais, a vida na clandestinidade, a prisão e o encarceramento em Auschwitz, e o regresso aos laboratórios do campo de concentração já no pós-guerra. Um testemunho autobiográfico único por um dos principais romancistas do século XX. -
Os que Sucumbem e os que se SalvamÚltimo livro do autor, marca a conclusão das reflexões que deram vida a Se Isto É Um Homem, um livro incontornável.Quarenta anos depois do clássico Se Isto É Um Homem, Primo Levi, consciente de que o Holocausto corria o risco de, pouco a pouco, ser apagado da memória coletiva, voltou ao tema dos campos de concentração nazis com a apaixonada e apaixonante clareza de toda a sua obra. O resultado foi este livro de 1986 – um ano antes do seu suicídio – no qual procura respostas para perguntas que nunca deixaram de o obcecar até ao fim. Como se constrói um monstro? Era possível compreender de dentro a lógica da máquina de extermínio? Era possível revoltar-se?Os Que Sucumbem e os Que Se Salvam fecha o tríptico iniciado com Se Isto É Um Homem e continuado em A Trégua, que constitui, sem dúvida, uma das mais lúcidas e impressionantes visões dos campos de extermínio nazis.A mais importante reflexão sobre o colapso moral que ocorreu em Auschwitz e sobre a falibilidade da memória humana, que permite que tais atrocidades se repitam. Um ensaio para compreender o século xx e reconstruir uma antropologia do homem contemporâneo. -
A TréguaPrimo Levi inscreveu o seu nome entre os maiores escritores do século XX, a partir da experiência de prisioneiro e sobrevivente do campo de extermínio de Auschwitz. A sua prosa literária tem a força expressiva das narrativas em que a voz da testemunha se alia ao trabalho da memória e da recriação da vida nos limites máximos da dor e da destruição.A Trégua, continuação de Se Isto é Um Homem, é considerado por muitos críticos a sua obra-prima: diário da viagem rumo à liberdade, depois de dois anos de internamento no lager nazi, este livro, mais do que uma simples evocação biográfica, é um extraordinário romance picaresco.A aventura movimentada e pungente por entre as ruínas da Europa libertada – desde Auschwitz, através da Rússia, da Roménia, da Hungria e da Áustria, até Turim –, desenrola-se ao longo de um itinerário tortuoso, pontilhado de encontros com pessoas pertencentes a civilizações desconhecidas e vítimas da mesma guerra: desde Cesare «amigo de toda a gente», charlatão, trapaceiro, temerário e inocente, até aos bíblicos comboios do Exército Vermelho desarmado. A epopeia de uma humanidade reencontrada, que procura uma nova vontade de viver depois de ter atingido o limite extremo do horror e da miséria. -
O Dever de MemóriaOriundo de uma família italiana judia liberal, Primo Levi (1919‐1987) cedo conviveu com o anti‐semitismo. Em 1938, pouco depois de entrar na Universidade de Turim para cursar Química, o governo fascista proibia os judeus de frequentar escolas públicas. Apesar das dificuldades em encontrar orientador para a sua tese, Levi terminou os seus estudos com mérito; o seu diploma tem impressa a designação raça judia. Quando, em 1943, o governo italiano assinou o armistício com os Aliados, Mussolini foi resgatado da prisão pelos alemães, começando a comandar um pequeno estado ítalogermânico no Norte de Itália, conhecido como República Social Italiana. Nesta zona parcialmente ocupada pelos alemães, o movimento de resistência italiano (Movimento Justiça e Liberdade) ganhou força e partidários como Primo Levi. Sem preparação militar, cedo foram feitos prisioneiros pela milícia fascista. A origem judia de Levi fez com que o enviassem para o campo de prisioneiros em Fossoli, perto de Modena. Em 11 de Fevereiro de 1944 os prisioneiros desse campo foram transportados para Auschwitz. Levi permaneceu nesse campo 10 meses, até ser libertado pelo Exército Vermelho. Dos 650 judeus italianos naquele campo de morte, sobreviveram 20. Levi dedicou grande parte da sua vida à divulgação do seu testemunho como prisioneiro. Morreu em Turim, na casa em que nasceu, não se sabe se por acidente ou suicídio. Perante a notícia da sua morte, Elie Wiesel comentou: «Primo Levi morreu em Auschwitz quarenta anos depois.» -
O Último Natal de GuerraO último Natal de Guerra reúne 26 contos originalmente publicados em jornais, que Marco Belpoliti, crítico da obra de Primo Levi, relançou numa edição póstuma. Ao longo dos contos, o autor, partindo da sua experiência como prisioneiro judeu nos campos de concentração nazi - o tema central da literatura de Primo Levi - mostra-se engenhoso na narrativa de estrutura breve, explorando modos de escrita e variações temáticas. O humor de Levi é de uma profunda compreensão do espírito humano, de uma tendência para tudo observar com espanto e regozijo, surpreendendo-se e maravilhando-se sem nunca renunciar à sua capacidade analítica e crítica. Através das características, dos aspectos biológicos e dos comportamentos de animais entrevistados, o autor descreve o nosso mundo – os hábitos, as atitudes, os tabus, os lugares-comuns. Primo Levi enceta assim um exercício antropológico por meio da observação do mundo natural. A presente edição dos Livros Cotovia é uma tradução do italiano de Clara Rowland. -
Se Não Agora, Quando?O primeiro verdadeiro romance do autor de Se Isto É Um Homem, Vencedor dos Prémios Viareggio e Campiello. Primo Levi, prisioneiro em Auschwitz, afasta-se do memorialismo mais direto para transformar em matéria romanesca a sua intensa experiência dos dramas da Segunda Guerra Mundial. Em Se não agora, quando? ? o seu livro mais extenso e o único a que chamou abertamente de romance ? Primo Levi conta-nos a história de um bando de judeus que, desgarrando-se do Exército Vermelho na Bielorrússia, em 1943, atravessa a Polónia e a Alemanha rumo à Itália. Ao longo dessa caminhada de dois mil quilómetros, as personagens juntam-se à luta da Resistência, vivem o medo, entram em conflito ou solidarizam-se entre si, sempre rodeados pela morte, mas sem que Primo Levi renuncie a um humor subtil para caracterizá-las.Primo Levi, um dos mais destacados escritores do pós-guerra, nasceu em Turim, em 1919, e suicidou-se em 1987. Licenciado em Química, participou na resistência contra a ocupação nazi e, na noite e 13 de dezembro de 1943, foi preso. Tendo confessado a sua ascendência judaica, é deportado para Auschwitz em fevereiro do ano seguinte. Aí permanecerá até finais de janeiro de 1945, quando o campo é finalmente libertado. Narrou a sua experiência pessoal em vários livros premiados, entre os quais se destacam Se Isto É Um Homem, Se não agora, quando?, A Trégua, Os Que Sucumbem e os Que Se Salvam e O Sistema Periódico.Ver por dentro: -
Se Isto é um HomemNa noite de 13 de Dezembro de 1943, Primo Levi, um jovem químico membro da resistência, é detido pelas forças alemãs. Tendo confessado a sua ascendência judaica, é deportado para Auschwitz em Fevereiro do ano seguinte; aí permanecerá até finais de Janeiro de 1945, quando o campo é finalmente libertado. Da experiência no campo nasce o escritor que neste livro relata, sem nunca ceder à tentação do melodrama e mantendo-se sempre dentro dos limites da mais rigorosa objectividade, a vida no Lager e a luta pela sobrevivência num meio em que o homem já nada conta. Se Isto é um Homem tornou-se rapidamente um clássico da literatura italiana e é, sem qualquer dúvida, um dos livros mais importantes da vastíssima produção literária sobre as perseguições nazis aos judeus.Ver por dentro:
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O Príncipe da Democracia - Uma Biografia de Francisco Lucas PiresNenhuma outra figura foi intelectualmente tão relevante para a afirmação da direita liberal em Portugal como Francisco Lucas Pires. Forjado numa família que reunia formação clássica e espírito de liberdade, tornou-se um constitucionalista inovador, um jurista criativo, um político de dimensão intelectual rara à escala nacional e europeia – e, acima de tudo, um cidadão inconformado com o destino de Portugal.Em O Príncipe da Democracia, Nuno Gonçalo Poças reconstitui o percurso e as ideias deste homem invulgar, cujo legado permanece em grande parte por cumprir, e passa em revista os seus sucessos e fracassos. O resultado é um livro que, graças à absoluta contemporaneidade do pensamento do biografado, nos ajuda a compreender as grandes questões que o país e a Europa continuam a enfrentar, mostrando-nos, ao mesmo tempo, uma elegância política difícil de conceber quando olhamos hoje à nossa volta.Mais do que um retrato elucidativo de Lucas Pires, que partiu precocemente aos 53 anos, este é um documento fundamental para responder aos desafios do futuro, numa altura em que o 25 de Abril completa meio século. -
A DesobedienteA dor e o abandono chegaram cedo à vida de Teresinha, a filha mais velha de um dos mais prestigiados médicos da capital e de uma mulher livre e corajosa, descendente dos marqueses de Alorna, que nas ruas e nos melhores salões de Lisboa rivalizava em encanto com Natália Correia. A menina que haveria de ser poetisa vê a morte de perto quando ainda mal sabe andar, sobrevive às depressões da mãe, chegando mesmo a comer uma carta para a proteger. É dura e injustamente castigada e as cicatrizes hão de ficar visíveis toda a vida, de tal modo que a infância e a adolescência de Maria Teresa Horta explicam quase todas as opções que tomou. Sobreviver ao difícil divórcio dos pais, duas figuras incomuns, com as quais estabeleceu relações impressionantes de tão complexas, foi apenas uma etapa.Mas quanto deste sofrimento a leva à descoberta da poesia? E quanto está na origem da voz ativista de uma jovem que há de ser uma d’As Três Marias, as autoras das famosas «Novas Cartas Portuguesas», e protagonistas do último caso de perseguição a escritores em Portugal, que recebeu apoio internacional de mulheres como Simone de Beauvoir e Marguerite Duras? A insubmissa, que se envolve por acaso com o PCP e mantém intensa atividade política no pré e no pós-25 de Abril; a poetisa, a mãe, a mulher que constrói um amor desmedido por Luís de Barros; a grande escritora a quem os prémios e condecorações chegaram já tarde (ainda que, em alguns casos, a tempo de serem recusados), entre outras facetas, é a Maria Teresa Horta que Patrícia Reis, romancista e biógrafa experimentada, soube escrever e dar a conhecer, nesta biografia, com a destreza e a sensibilidade que a distinguem. -
Emílio Rui VilarMemórias do país da ditadura e do alvor da democracia em Portugal. A vida de Emílio Rui Vilar atravessou as principais mudanças da segunda metade do século XX. Contado na primeira pessoa, um percurso fascinante pelo fim do regime de Salazar e Caetano e pela revolução de Abril.Transcrevendo entrevistas realizadas ao longo de vários meses, este livro recolhe o relato na primeira pessoa de uma trajetória que percorreu o início da contestação ao Estado Novo no meio universitário, a Guerra Colonial, a criação da SEDES, o fracasso da “primavera marcelista” e os primeiros anos do novo regime democrático saído do 25 de Abril, onde Emílio Rui Vilar desempenhou funções governativas nos primeiros três Governos Provisórios e no Primeiro Governo Constitucional. No ano em que se celebram cinco décadas de democracia em Portugal, este livro é um importante testemunho sobre dois regimes, sobre o fim de um e o nascimento de outro. -
Oriente PróximoCom a atual guerra em Gaza, este livro, Oriente Próximo ganhou uma premente atualidade. A autora, a maior especialista portuguesa sobre o assunto, aborda o problema não do ponto de vista geral, mas a partir da vida concreta das pessoas judeus, árabes e outras nacionalidades que habitam o território da Palestina. Daí decorre que o livro se torna de leitura fascinante, como quem lê um romance.Nunca se publicou nada em Portugal com tão grande qualidade. -
Savimbi - Um homem no Seu MartírioSavimbi foi alvo de uma longa e destrutiva campanha de propaganda, desinformação e acções encobertas de segurança com o objectivo de o desacreditar e isolar. Se não aceitasse o exílio ou a sujeição, como foi o objectivo falhado dessa campanha, o fim último era matá-lo, como aconteceu: premeditadamente! Para que a sua «morte em combate» não suscitasse empatia, foi como um chefe terrorista da laia de Bin Laden que a sua morte foi apresentada – artifício da propaganda que tirou partido da memória emocional recente dos atentados da Al Qaeda, na América. Julgado com honestidade, Savimbi nunca foi o «bandido» por que o fizeram passar. O manifesto apreço que personalidades de indiscutível clareza moral, como Mandela, tiveram por ele prova-o. O MPLA elegeu-o como adversário temido e quis apagá-lo do seu caminho! Não pelos crimes a que o associaram. O que o MPLA e o seu regime temiam eram as suas qualidades e carisma, a sua representatividade política e o prestígio externo que granjeara. Como outros grandes da História, Savimbi também tinha defeitos e cometia erros. Mas no deve e haver as suas qualidades eram preponderantes." -
Na Cabeça de MontenegroLuís Montenegro, o persistente.O cargo de líder parlamentar, no período da troika, deu-lhe o estatuto de herdeiro do passismo. Mas as relações com Passos Coelho arrefeceram e o legado que agora persegue é outro e mais antigo. Quem o conhece bem diz que Montenegro é um fiel intérprete da velha tradição do PPD, o partido dos baronatos do Norte. Recusou por três vezes ser governante e por duas vezes foi derrotado em autárquicas. Já fez e desfez alianças, esteve politicamente morto e ressuscitou. Depois de algumas falsas partidas chegou à liderança. Mas tudo tem um preço e é o próprio a admitir que se questiona com frequência: será que vale a pena? -
Na Cabeça de VenturaAndré Ventura, o fura-vidas.Esta é a história de uma espécie de Fausto português, que foi trocando aquilo em que acreditava por tudo o que satisfizesse a sua ambição. André Ventura foi um fura-vidas. A persona mediática que criou nasceu na CMTV como comentador de futebol. Na adolescência convertera-se ao catolicismo, a ponto de se tornar um fundamentalista religioso. Depois de ganhar visibilidade televisiva soube pô-la ao serviço da sua ambição de notoriedade. Passou pelo PSD e foi como candidato do PSD que descobriu que havia um mercado eleitoral populista e xenófobo à espera de alguém que viesse representá-lo em voz alta. Assim nasceu o Chega. -
Contra toda a Esperança - MemóriasO livro de memórias de Nadejda Mandelstam começa, ao jeito das narrativas épicas, in media res, com a frase: «Depois de dar uma bofetada a Aleksei Tolstói, O. M. regressou imediatamente a Moscovo.» Os 84 capítulos que se seguem são uma tentativa de responder a uma das perguntas mais pertinentes da história da literatura russa do século XX: por que razão foi preso Ossip Mandelstam na fatídica noite de 1 de Maio de 1934, pouco depois do seu regresso de Moscovo? O presente volume de memórias de Nadejda Mandelstam cobre, assim, um arco temporal que medeia entre a primeira detenção do marido e a sua morte, ou os rumores sobre ela, num campo de trânsito próximo de Vladivostok, algures no Inverno de 1938. Contra toda a Esperançaoferece um roteiro literário e biográfico dos últimos quatro anos de vida de um dos maiores poetas do século XX. Contudo, é mais do que uma narrativa memorialística ou biográfica, e a sua autora é mais do que a viúva mítica, que memorizou a obra proibida do poeta perseguido, conseguindo dessa forma preservar toda uma tradição literária. Na sua acusação devastadora ao sistema político soviético, a obra de Nadejda Mandelstam é apenas igualada por O Arquipélago Gulag. O seu método de composição singular, e a prosa desapaixonada com que a autora sonda o absurdo da existência humana, na esteira de Dostoievski ou de Platónov, fazem de Contra toda a Esperança uma das obras maiores da literatura russa do século XX.