Burilada - Arte-factos para a sobrevivência
A publicação Burilada | Arte-factos para a Sobrevivência documenta a exposição homónima que inaugurou a Casa do Design de Matosinhos em 2016 e que apresentou um conjunto de objetos de design que se constituem como agentes de reconfiguração de cultura material no Portugal contemporâneo. Organizado em seis núcleos — Gestão, Conservação, Produção, Investigação, Demonstração e Reinvenção —, o catálogo é complementados com textos de designers e investigadores convidados a refletir sobre o tema.
Coedição
Câmara Municipal de Matosinhos
Coordenação Editorial
Francisco Providência, Helena Sofia Silva
Design Gráfico
Non-verbal Club
| Editora | esad—idea, Investigação em Design e Arte |
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| Categorias | |
| Editora | esad—idea, Investigação em Design e Arte |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | João Nunes, José Bártolo, Rita Filipe, Cláudia Albino, Francisco Providência, Helena Sofia Silva |
É doutorada em Design, em 2015, pela Universidade de Aveiro, com o tema: “Os sentidos dos Lugares. Valorização da identidade do território pelo design”, é mestre em Design e Marketing, em 2001, pela Universidade do Minho, e licenciada em Arquitectura, pela Universidade do Porto em 1988. É professora auxiliar do Curso de Design da Universidade de Aveiro e do Mestrado em Criação Artística Contemporânea, directora do Mestrado em Design da UA, investigadora do ID+/FCT sendo a sua principal área de investigação Design e Território. Tem desenvolvido projectos de valorização das identidades dos territórios pelo design, através da revitalização de técnicas artesanais, identificando localmente saberes significantes dos lugares e ressignificando-os através de novos sistemas de produtos e serviços glocais, amplificadores antropológicos da vida dos lugares. Neste âmbito tem participado em vários congressos e internacionais e publicado em revistas e livros da especialidade. É autora do livro “À procura de Práticas Sábias. Design e Artesanato na significação dos Territórios” publicado em 2017, com o qual obteve, em 2018, o 1º Prémio de Investigação sobre Artesanato em Portugal, tendo sido nomeada para o Prémio Investigação Ibero-Americano pelo júri português. Foi docente do Curso de Design de Interiores na Escola Superior de Artes e Design de Matosinhos de 1994 a 2009. E, de 1989 até 2009 desenvolveu em simultâneo actividade projectual no atelier Albino, Marta & Cardielos, representado em várias exposições de arquitectura, e distinguido, entre outros prémios, com dois primeiros prémios e um segundo prémio em concursos públicos de arquitectura em Portugal.
É Professor Associado convidado na Universidade de Aveiro. Nasceu em Coimbra em 1961 e formou- se em Design de Comunicação na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto em 1985.
Tem-se dedicado à actividade docente primeiro como Assistente de Design e Fotografia na Faculdade de Belas Artes do Porto de 1985-1986, de Desenho na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto de 1986-1997 e depois como Professor Auxiliar Convidado de Projecto em Design, no Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro 1997-2006. É doutorado em Design, sob o tema da Poética como inovação em Design.
Tem atelier próprio desde 1985, e foi distinguido em 1999 com o Prémio Nacional de Design nas áreas da Comunicação, do Produto e do Ambiente, pelo Centro Português de Design. É consultor do Centro Português de Design e sócio fundador da loja e editora de design “Sátira design” (Porto). Ao longo da sua actividade profissional verifica-se particular atenção à construção de identidades autárquicas, nomeadamente pelo redesenho das suas insígnias, como é o caso de Coimbra, Guimarães, Ílhavo, Sa Ma da Feira, S. João da Madeira entre outras.
Tem publicado diversos artigos sobre design, nomeadamente na colectânea da GG “Arte? Diseño” orientada por Anna Calvera (2003); está representado em “Tráfego, antologia crítica da nova visualidade portuguesa” e tem participado em diversas exposições colectivas internacionais de design.
Helena Sofia Silva é docente e investigadora em design, sediada no Porto. O seu trabalho centra-se atualmente em expressões gráficas de protesto em Portugal, partindo da atividade e do acervo do arquivo Ephemera. Autora de 'Design Português – 1980/1999' (Verso da História, 2015), colaborou nas monografias dedicadas a João Machado e Francisco Providência (Cardume, 2016). Com este último partilhou a curadoria da exposição inaugural da Casa do Design, 'Burilada | Artefactos para a sobrevivência', em 2016. Foi curadora, com José Pacheco Pereira, da exposição de cartazes de protesto 'O Que Faz Falta é Agitar a Malta' (2018), projeto selecionado na categoria Investigacíon y Diseño da BID 18 – Bienal Iberoamericana de Diseño.
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Vista Alegre - Transpor a Forma / Prolongar o UsoA Rita aparece e diz "tenho aqui uma coleção sem rótulos", sem se definir como decorativa ou utilitária. Este trabalho manteve um diálogo sobre pontos-chave, que são uma discussão que vai seguramente perdurar e perdurar – o que fazer com tradição e modernidade. - Nuno Barra É interessante a questão de pensar em termos do uso e da multifuncionalidade, e sobre como é que estas peças podem ser uma resposta à excessiva proliferação de objetos na vida das pessoas e ao carater de ‘usar e deitar fora’, que reconhecemos na nossa vida. Acho interessante o esforço de depuração de formas associado a referências vernaculares. - João Leal Esta coleção é contemporânea na refutação do eurocentrismo que hoje se verifica nas mais diversas áreas do conhecimento e a proximidade deste trabalho com a matriz da Vista Alegre é visível e é feita através da investigação e do saber-fazer técnico. Vejo aqui formas que acho absolutamente excecionais. - Maria de Lourdes Riobom -
Que Força É EssaCARTAZES E MATERIAIS DE PROTESTO: DAS RUAS PARA O NOVO LIVRO DA COLECÇÃO EPHEMERA, DE JOSÉ PACHECO PEREIRA Edição bilingue, em parceria com a exposição homónima, integrada na primeira edição da Porto Design Biennale (PDB’19). “NÃO HÁ PLANETA B” “FILHAS DA LUTA” “NINGUÉM É ILEGAL” Coleccionados ao longo dos últimos sete anos, os cartazes e objectos integrados neste livro percorreram ruas e avenidas de Portugal em manifestações contra a troika, marchas LGBTI+ e das Mulheres, ou greves internacionais como a Climática Estudantil. São feitos de forma artesanal, com restos de caixas de cartão, pedaços de estore, marcadores, tinta ou colagens, e representam protestos esquerdistas, ecologistas, feministas, laborais e muitos outros. Alguns apareceram nos jornais, outros foram parar ao lixo ou têm erros ortográficos, mas quase todos dizem algo sobre quem os fez e muito sobre o momento e o lugar em que se inscrevem. Mesmo nesta sua outra vida, estes cartazes de protesto conservados pelo arquivo ephemera representam e celebram o exercício da liberdade e da imaginação do futuro, nem sempre possível noutros tempos e geografias.
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes? -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado.