Cada Um é da Cor do Seu Coração
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«Uma seleção de textos representativos do pensamento do Padre António Vieira sobre a escravatura. Esta seleção acompanha, essencialmente, três momentos do complexo e diversificado percurso de vida de Vieira: o começo da sua atividade como pregador, ainda na Baía, durante a década de 30 do século XVII; a contenda com os colonos do Maranhão, acerca da escravatura dos ameríndios, entre a sua partida para esta região, em 1653, até à expulsão dos padres da Companhia, em 1661; a sua presença na Baía, a partir de 1681 até ao final da sua vida, em 1697, nomeadamente desempenhando o cargo de Visitador Geral das missões do Brasil, a partir de 1688.»
Da Introdução
Organização e introdução de José Eduardo Franco, Pedro Calafate e Ricardo Ventura.
Prefácio de Viriato Soromenho-Marques.
| Editora | Temas e Debates |
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| Editora | Temas e Debates |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Padre António Vieira |
Padre António Vieira
Padre António Vieira, foi missionário, teólogo, diplomata e orador, nasceu em Lisboa, em 1608. Em 1614, foi para o Brasil com a família, onde mais tarde ingressou no Colégio dos Jesuítas de Salvador, Baía. Foi ordenado padre, tendo iniciado a sua carreira de pregador em 1633. Voltou a Portugal, onde participou ativamente da vida política, colocandose em defesa dos cristãos-novos e despertando o ódio da Inquisição, o que resultou na sua prisão. É considerado o principal autor do barroco de Portugal e do Brasil. Grande orador, pregava com eloquência para índios, brancos, negros, brasileiros, africanos, portugueses, dominadores e dominados. Os seus sermões, apesar de quase sempre direcionados à pregação do cristianismo, também serviram às causas políticas de seu tempo, como a defesa do índio e da colónia.
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SermõesPlano Nacional de Leitura Livro recomendado para a Formação de Adultos, como sugestão de leitura. De padre António Vieira disse Fernando Pessoa ser o «imperador da língua portuguesa». Jesuíta, orador e escritor, nasceu em Lisboa em 1608, e morreu em 1687, no Brasil, mais propriamente na Baía. Ordenado sacerdote em 1635, lutou empenhadamente pela realização de reformas económicas e sociais. Na sua oratória, conjugou visão e pragmatismo, como seria de esperar de um homem de acção. Com uma construção literária e argumentativa notáveis, os seus sermões revelam uma intensa ligação com a vida pública, o que resulta numa prosa eminentemente funcional mas que não perde nunca o nível de universalidade necessário a toda a obra de arte perdurável. Possuidor de uma inteligência poderosíssima, padre António Vieira arquitectou mundos à medida dos seus sonhos e deixou-nos como legado uma obra que se afirmaria como um dos paradigmas da prosa portuguesa. -
Sermão Pelo Bom Sucesso das Armas de PortugalPregado em 1640, num contexto histórico de guerra com a Holanda, o Sermão Pelo Bom Sucesso Das Armas de Portugal é um dos mais singulares sermões da oratória vieirina. -
História do Futuro« Nenhuma coisa, senhor, se pode prometer à natureza humana, nem mais conforme a seu maior apetite nem mais superior a toda sua capacidade, que a notícia dos tempos e sucessos futuros; e isto é o que oferece a Portugal, à Europa e ao mundo esta nova e nunca ouvida História. As outras histórias contam as coisas passadas; esta promete dizer as que estão por vir.» Padre António Vieira -
Escritos Sobre os Judeus e a Inquisição«É possível, senhor, que para se castigar qualquer delinquente, posto que notoriamente o seja, e para se condenar alguém em quatro ou seis mil réis, não podem as justiças e não costuma Vossa Alteza dar sentença, nem tomar resolução, sem ouvir ou sem citar as partes ambas; e agora se castigam tantos milhares de pessoas na perda da honra, da pátria, dos ofícios e da fazenda, sem os ouvir, e sem lhes mandar que respondam? Sirva-se Vossa Alteza de considerar que quando se procede contra partes não ouvidas, ainda que se pronuncie o que é justiça, sempre se procede sem justiça.» Padre António Vieira -
A Chave dos Profetas: Livros primeiro, segundo e terceiro«Se é sonho eu durmo, e se é loucura estou louco.» «E assim resta somente o espanto pela coisa, que costuma valer como grande e temível argumento para aqueles que medem os factos futuros com os passados, ou seja, a fé com os olhos. [ ] Espantais-vos de que as espadas e lanças devam transformar-se em arados e enxadões? Espantais-vos de que um povo não mais há de tirar a espada contra outro povo? Espantais-vos de que hão de acabar as escolas de guerra e que não haverá inimigos que intimidem e perturbem a paz? Ponde de parte o espanto.» Padre António Vieira -
Escritos sobre os Índios«São pois os ditos índios aqueles que, vivendo livres e senhores naturais das suas terras, foram arrancados delas por suma violência e tirania, e trazidos em ferros com a crueldade que o mundo sabe, morrendo natural e violentamente muitos nos caminhos de muitas léguas [...], onde os moradores delas [...] ou os vendiam, ou se serviam e servem deles como escravos. Esta é a injustiça, esta a miséria, este o estado presente, e isto o que são os índios de São Paulo. O que não são, sem embargo de tudo isto, é que não são escravos, nem ainda vassalos. [...] Assim o não deixa de ser o índio, posto que forçado e cativo, como membro que é do corpo e cabeça política da sua nação, importando igualmente para a soberania da liberdade tanto a coroa de penas como a de ouro, e tanto o arco como o cetro.» Padre António Vieira -
Sermões do Advento, do Natal e da Epifania« Quem faz ações de Elias é Elias; quem fizer ações de Batista será Batista; e quem as fizer de Judas será Judas. Cada um é as suas ações, e não é outra coisa. Oh que grande doutrina esta para o lugar em que estamos! Quando vos perguntarem quem sois, não vades revolver o nobiliário de vossos avós, ide ver a matrícula de vossas ações. O que fazeis, isso sois, e nada mais. [...] A verdadeira fidalguia é Ação. Ao predicamento da ação é que pertence a verdadeira fidalguia.» -
Sermão da Sexagésima e Sermões da Quaresma«Há de tomar o pregador uma só matéria; há de defini-la, para que se conheça; há de dividi-la, para que se distinga; há de prová-la com a Escritura; há de declará-la com a razão; há de confirmá-la com o exemplo; há de amplificá-la com as causas, com os efeitos, com as circunstâncias, com as conveniências, que se hão de seguir, com os inconvenientes, que se devem evitar; há de responder às dúvidas; há de satisfazer às dificuldades; há de impugnar, e refutar com toda a força da eloquência os argumentos contrários; e depois disto há de colher, há de apertar, há de concluir, há de persuadir, há de acabar. Isto é sermão, isto é pregar; e o que não é isto é falar de mais alto.»Padre António Vieira -
Os Leitores Perguntam, Padre António Vieira Responde«Vieira foi um domador de palavras, um ginasta, um trapezista da argumentação. As palavras são barro que Vieira molda como um mestre oleiro, criando formas espantosas e deleitosas. Se há uma palavra que o caracteriza, tendo potenciado o seu génio, é, precisamente, a ‘ousadia’. Ele ousa, com a palavra e com a vida, afrontar os problemas dos homens e das mulheres do seu tempo, mas também os do seu país e os da humanidade no seu todo. Com este livro dá-se a conhecer de modo seleto e acessível aos leitores de hoje o essencial do pensamento universalista de Vieira, que tem muito a dizer-nos, a nós contemporâneos do século XXI, para melhor respondermos aos desafios da atualidade.» «É a ação que dá conteúdo à existência? Nem todos os anos, que se passam, se vivem: uma coisa é contar os anos, outra vivê-los; uma coisa é viver, outra durar. (...) As nossas ações são os nossos dias: por eles se contam os anos, por eles se mede a vida: enquanto obramos racionalmente, vivemos; o demais tempo duramos. O que faz realmente uma pessoa nobre? As ações generosas, e não os pais ilustres, são as que fazem fidalgos. Muitos portugueses que se notabilizaram em vários campos costumam queixar-se da ingratidão e da falta de reconhecimento da sua pátria em relação aos serviços que lhe prestaram. O que acha desta situação? Se servistes à pátria, que vos foi ingrata, vós fizestes o que devíeis, ela o que costuma.»Organização de Aida Sampaio Lemos, Joana Balsa de Pinho, José Eduardo Franco e Porfírio Pinto.
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A Revolução e o PRECO discurso oficial sobre o 25 de Abril de 1974 tem apresentado esta data como o momento fundador da democracia em Portugal. No entanto, a democracia apenas se pode considerar verdadeiramente instituída em 25 de Abril de 1976, com a entrada em vigor da actual Constituição. Até lá o país viveu sob tutela militar, que se caracterizou pela violação constante dos direitos fundamentais dos cidadãos, com prisões sem culpa formada, ausência de «habeas corpus», saneamento de funcionários, sequestro de empresários, e contestação de decisões judiciais. Em 1975, Portugal esteve à beira da guerra civil, o que só viria a ser travado em 25 de Novembro desse ano, uma data que hoje muitos se recusam a comemorar. Nesta obra pretendemos dar a conhecer o que efectivamente se passou nos dois anos que durou o processo revolucionário no nosso país, no intuito de contribuir para um verdadeiro debate sobre um período histórico muito próximo, mas que não é detalhadamente conhecido pelas gerações mais novas. -
As Causas do Atraso Português«Porque é Portugal hoje um país rico a nível mundial, mas pobre no contexto europeu? Quais são as causas e o contexto histórico do nosso atraso? Como chegámos aqui, e o que pode ser feito para melhorarmos a nossa situação? São estas as perguntas a que procuro responder neste livro. Quase todas as análises ao estado do país feitas na praça pública pecam por miopia: como desconhecem a profundidade histórica do atraso, fazem erros sistemáticos e anunciam diagnósticos inúteis, quando não prejudiciais. Quem discursa tem também frequentemente um marcado enviesamento político e não declara os seus conflitos de interesse. […] Na verdade, para refletirmos bem sobre presente e os futuros possíveis, temos de começar por compreender o nosso passado. Para que um futuro melhor seja possível, temos de considerar de forma ponderada os fatores que explicam – e os que não explicam – o atraso do país. Este livro tem esse objetivo.» -
História dos GatosNuma série de cartas dirigidas à incógnita marquesa de B**, F.-A. Paradis e Moncrif (o espirituoso favorito da sociedade parisiense) faz uma defesa apaixonada dos amáveis felinos, munindo-se para isso de uma extrema erudição.Este divertido compêndio de anedotas, retratos, fábulas e mitos em torno dos gatos mostra que o nosso fascínio por estes animais tão dóceis quanto esquivos é uma constante ao longo da história da civilização e que não há, por isso, razão para a desconfiança que sobre eles recaía desde a Idade Média. Ou haverá? -
A Indústria do HolocaustoNesta obra iconoclasta e polémica, Norman G. Finkelstein analisa a exploração da memória do holocausto nazi como arma ideológica, ao serviço de interesses políticos e económicos, pelas elites judaicas norte-americanas. A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO (2000) traça a génese de uma imunidade que exime o Estado de Israel – um trunfo estratégico dos EUA depois da Guerra dos Seis Dias – de qualquer censura e lhe permite justificar expedientes ofensivos como legítima defesa. Este ensaio essencial sobre a instrumentalização e monopolização de uma tragédia – eclipsando outras vítimas do genocídio nazi – denuncia ainda a perturbadora questão do aproveitamento das compensações financeiras devidas aos sobreviventes. -
Revolução Inacabada - O que Não Mudou com o 25 de AbrilO que não mudou com o 25 de Abril? Apesar de todas as conquistas de cinco décadas de democracia, há características na sociedade portuguesa que se mantêm quase inalteradas. Este livro investiga duas delas: o elitismo na política e o machismo na justiça. O recrutamento para a classe política dirigente praticamente não abrange pessoas não licenciadas e com contacto com a pobreza, e quase não há mobilidade do poder local para o poder nacional. No sistema judicial, a entrada das mulheres na magistratura e a mudança para leis mais progressistas não alteraram um padrão de baixas condenações por crimes sexuais, cometidos sobretudo contra mulheres. Cruzando factos e testemunhos, este é o retrato de um Portugal onde a revolução pela igualdade está ainda inacabada. -
PaxNo seu auge, o Império Romano era o Estado mais rico e formidável que o mundo já tinha visto. Estendendo-se da Escócia à Arábia, geria os destinos de cerca de um quarto da humanidade.Começando no ano em que quatro Césares governaram sucessivamente o Império, e terminando cerca de sete décadas depois, com a morte de Adriano, Pax: Guerra e Paz na Idade de Ouro de Roma revela-nos a história deslumbrante de Roma no apogeu do seu poder.Tom Holland, reconhecido historiador e autor, apresenta um retrato vivo e entusiasmante dessa era de desenvolvimento: a Pax Romana - da destruição de Jerusalém e Pompeia, passando pela construção do Coliseu e da Muralha de Adriano e pelas conquistas de Trajano. E demonstra, ao mesmo tempo, como a paz romana foi fruto de uma violência militar sem precedentes. -
Antes do 25 de Abril: Era ProibidoJá imaginou viver num país onde:tem de possuir uma licença do Estado para usar um isqueiro?uma mulher, para viajar, precisa de autorização escrita do marido?as enfermeiras estão proibidas de casar?as saias das raparigas são medidas à entrada da escola, pois não se podem ver os joelhos?não pode ler o que lhe apetece, ouvir a música que quer, ou até dormitar num banco de jardim?Já nos esquecemos, mas, há 50 anos, feitos agora em Abril de 2024, tudo isto era proibido em Portugal. Tudo isto e muito mais, como dar um beijo na boca em público, um acto exibicionista atentatório da moral, punido com coima e cabeça rapada. E para os namorados que, num banco de jardim, não tivessem as mãozinhas onde deviam, havia as seguintes multas:1.º – Mão na mão: 2$502.º – Mão naquilo: 15$003.º – Aquilo na mão: 30$004.º – Aquilo naquilo: 50$005.º – Aquilo atrás daquilo: 100$006.º – Parágrafo único – Com a língua naquilo: 150$00 de multa, preso e fotografado. -
Baviera TropicalCom o final da Segunda Guerra Mundial, o médico nazi Josef Mengele, conhecido mundialmente pelas suas cruéis experiências e por enviar milhares de pessoas para câmaras de gás nos campos de concentração em Auschwitz, foi fugitivo durante 34 anos, metade dos quais foram passados no Brasil. Mengele escapou à justiça, aos serviços secretos israelitas e aos caçadores de nazis até à sua morte, em 1979 na Bertioga. Foi no Brasil que Mengele criou a sua Baviera Tropical, um lugar onde podia falar alemão, manter as suas crenças, os seus amigos e uma conexão com a sua terra natal. Tudo isto foi apenas possível com a ajuda de um pequeno círculo de europeus expatriados, dispostos a ajudá-lo até ao fim. Baviera Tropical assenta numa investigação jornalística sobre o período de 18 anos em que o médico nazi se escondeu no Brasil. A partir de documentos com informação inédita do arquivo dos serviços secretos israelitas – a Mossad – e de diversas entrevistas com protagonistas da história, nomeadamente ao comandante da caça a Mengele no Brasil e à sua professora, Bettina Anton reconstitui o percurso de Mengele no Brasil, onde foi capaz de criar uma nova vida no país sob uma nova identidade, até à sua morte, sem ser descoberto. E a grande questão do livro: de que forma um criminoso de tamanha dimensão e os seus colaboradores conseguiram passar impunes?
