Cadernos | Cuadernos 1964-2020
José Gil: «Não formam um diário pessoal ou artístico, nem um livro de confissões ou um conjunto de ensaios sobre a pintura e a arte. Não sendo nada disso, de tudo isso estes Cadernos têm um pouco.»
Tenho de dizer que acho verdadeiramente irónico, e até cómico, ver publicados estes textos que fui escrevendo ao longo dos anos, no meio dos desenhos, esboços e rabiscos, despreocupadamente e quase sem dar por isso. É claro que alguém acabaria por lê-los, mais cedo ou mais tarde, se os cadernos entretanto não tivessem desaparecido também. Assim, aqui ficam tal e qual foram escritos, ao acaso, sem ordem nem nexo, como convém. Apenas eliminei uma dúzia de «desabafos» demasiado pessoais, íntimos, e alguns outros quiçá injustos ou impróprios para consumo.
[Jorge Martins]
Jorge Martins mantém nestes escritos uma assombrosa continuidade com o que o seu próprio desenho expressa. As mesmas preocupações, uma lógica semelhante de abordá-las, e um resultado igualmente limpo, despojado e elegante.
[Óscar Alonso Molina]
Os escritos reunidos neste livro não nasceram como textos soltos, individuais, pensados para publicar sob pretexto de um evento ou por uma necessidade estética concreta: nasceram acompanhando esboços, apontamentos e essas revelações que fazem dos cadernos dos artistas um desses tesouros em que apetece entrar, passear à maneira de Robert Walser e entreter-nos.
[Miguel Fernández-Cid]
Assim que vi as dezenas de cadernos e blocos que Jorge Martins reuniu no seu atelier, e os comecei a folhear, tive noção do maravilhoso mundo em que iria mergulhar […]
[Joana Baião]
Jorge Martins é doutorado em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Autor de manuais escolares, obras de ficção e ensaio sobre história contemporânea, história local e estudos judaicos e inquisitoriais. Sobre este último tema, proferiu diversas conferências e publicou vários estudos, designadamente os seguintes livros: Portugal e os Judeus, 3 vols., 2006; Breve História dos Judeus em Portugal, 2009; A República e os Judeus, 2010; Maria Gomes, Cristã-nova, 117 anos: a mais idosa vítima da Inquisição, 2012; Manteigas, Minha Pátria: os cristãos-novos de Manteigas, vol. II, 2015; A Inquisição em Ourém, 2016, e O Judaísmo em Belmonte no Tempo da Inquisição, 2016.
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Maria Gomes, Cristã-Nova, 117 Anos, a Mais Idosa Vítima da InquisiçãoMaria Gomes, presa em 1636 pela Inquisição, quando tinha 115 anos de idade, foi a mais idosa vítima que se conhece daquele criminoso tribunal. Depois de dois anos de interrogatórios e de ter sido torturada, apesar da sua provecta idade, foi queimada no auto-de-fé de 5 de setembro de 1638, já com 117 anos, como o processo inquisitorial nos revela. Este livro recupera esse caso singular e paradigmático da nossa história e pretende tornar-se um recurso exemplar para o estudo do funcionamento do Tribunal do Santo Ofício português. Trata-se de um processo com 275 páginas, que aqui se descreve em todos os seus trâmites, desde a primeira denúncia até ao auto-de-fé em que Maria Gomes foi queimada, passando pela prisão, pelos três interrogatórios regimentais, pela tortura, pela indesejável confissão, pela sua posterior negação e pelas desesperadas tentativas tardias de se salvar da morte na fogueira. -
Breve História dos Judeus em PortugalJá se publicaram algumas histórias dos judeus portugueses, todas elas de acentuado cariz académico, mas faltava uma obra de conjunto, actualizada e acessível ao grande público, destinada, particularmente, aos professores e aos estudantes, complementando ou suprindo as omissões dos nossos programas escolares. Sem escamotear o facto de que os estudos académicos são, por vezes, de difícil acesso aos leitores não especializados, sabemos que há apetência natural pelo conhecimento. Por outro lado, os estudantes, particular-mente os universitários, necessitam de abordagens iniciáticas para se envolverem nas temáticas historio-gráficas. É este o objectivo de Breve História dos Judeus em Portugal, que vem demonstrar, a todos os leitores, que os judeus portugueses têm uma história para contar que faz parte da própria História de Portugal. -
Gota a Gota - Fotografias 2014-2015Este livro, com fotografias de Jorge Martins de 2014 e 2015, foi publicado por ocasião da exposição com o mesmo título realizada nos Artistas Unidos, Teatro da Politécnica, em Lisboa, de 27 de Abril a 4 de Junho de 2016. Jorge Martins nasceu em 1940 em Lisboa. Frequentou os cursos de Arquitectura e Pintura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa. Expõe regularmente desde 1958. A sua primeira exposição individual data de 1960. Em 1961 parte para Paris, onde vive e trabalha até 1991. Esta estada é interrompida entre 1975 e 1976, período em que se instala em Nova Iorque. Regressa definitivamente a Portugal em 1991, onde vive e trabalha. Não esqueças nunca o gosto solitário do orvalho Matsuo Bashô -
InterferênciasEm Interferências é apresentado um importante conjunto de desenhos e pinturas de Jorge Martins, produzidos desde o início da sua carreira até à actualidade, que são testemunhos directos do longo percurso artístico previsto por Vieira da Silva.Este livro foi publicado por ocasião da exposição «Interferências», de Jorge Martins, realizada na Fundação Arpad Szenes - Vieira da Silva, em parceria com a Fundação Carmona e Costa, de 16 de Maio a 9 de Julho de 2017. O desejo de renovação cultural e artística ou a recusa em participar na guerra colonial (1961-1974) levaram uma geração de jovens artistas a partir [...]. O êxodo convergia sobretudo para Paris onde as figuras tutelares de Maria Helena Vieira da Silva e Arpad Szenes [...] os recebem e acompanham. [...] Do grupo de jovens pintores que passaram por Paris, Jorge Martins foi dos mais próximos do casal [...] [Marina Bairrão Ruivo] Aonde corriam os antigos contornos, esfarelam-se os limites entre os objectos, indefinem-se as fronteiras, esbatem-se os contrastes entre cores, entre claro e escuro, entre as formas e o informe. Cria-se uma zona de infiltração e disseminação da luz; de intensificação extrema do movimento; de contágio e de caos. [José Gil] Jorge tem uma genuína paixão pelas ilhas e pelos segredos do mar, sobretudo dos seus abismos fantasmagóricos, paixão que o transporta noutras viagens a horizontes mais imponderáveis, um percurso cósmico em direcção às estrelas. [Vicente Jorge Silva]A Revolução de 25 de Abril de 1974 permitiu a Jorge Martins voltar a Portugal depois de treze anos de exílio, ainda que se mantivesse sediado em Paris [...], cidade em que o pintor tinha, nas suas palavras, uma «âncora» - o seu atelier. [Joana Bairrão] -
Sombras y Paradojas - El Dibujo de Jorge MartinsDesenho para compreender o que é o desenho. Este livro foi produzido por ocasião da exposição «Sombras y Paradojas», de Jorge Martins, com curadoria de Óscar Alonso Molina, realizada no MEIAC, Badajoz, em Outubro e Novembro de 2018, com o apoio da Fundação Carmona e Costa.Sombras e Paradoxos. O desenho de Jorge Martins é a primeira exposição individual de vulto que em Espanha se dedica a um dos nomes cimeiros da arte portuguesa do século passado. Aos setenta e oito anos, e ainda em plena actividade criadora, Jorge Martins (Lisboa, 1940) conseguiu tornar-se uma referência dentro do rico panorama criativo actual do país vizinho, tanto pela firmeza e independência do seu compromisso estético — em boa medida alheio ao vaivém das modas internacionais que década a década vai ditando o devir colectivo da criação — como pela singular posição que ocupa no mapa geracional. De facto, a atenção que o seu trabalho ultimamente suscita entre os jovens artistas é um importante elemento a ter em conta quando chega o momento de avaliar a pertinência de uma obra como a sua, onde uma impecável formalização se combina com uma procura contínua de novos processos e soluções no momento de delinear as imagens plásticas. [Antonio Franco e Óscar Alonso Molina] Ao longo da história, o desenho tem sido associado à capacidade de exprimir o que há de mais íntimo, as profundezas da psicologia do artista. Nele, supostamente, a sua «mão» autêntica revelava-se com toda a clareza e sem distorções, na medida em que o desenho exprime da forma mais imediata as imagens mentais internas que o criador retira de si próprio, lançando-as ao mundo, dando à luz por meio de formas plásticas concretas, susceptíveis logo a partir desse momento de serem vistas (por ele próprio, em primeiro lugar), comentadas, partilhadas, analisadas e postas em dúvida.[…]Certa vez, Jorge Martins disse-me que «existem realidades cuja única verdade é a sua representação.» Ao ver os seus desenhos, não tenho qualquer dúvida disso… E que assim seja. [Óscar Alonso Molina] -
Jorge Martins: Pintura E DesenhoJorge Martins organiza alguns elementos do mundo no espaço da sua pintura. Utiliza mecanismos de representação e verosimilhança ilusionista das formas ou explora modalidades de representação sintética, mas põe sempre em causa a lógica das suas relações normalizadas procedendo a permanentes deslocações volumétricas, de proporção e cromáticas, associando de modo surpreendente todos os elementos com que trabalha, conduzindo-os para um campo de irrealidade expansiva. -
A Substância do TempoJorge Martins (Lisboa, 1940), frequentou os cursos de Arquitectura e Pintura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa. Expõe regularmente desde 1958. A sua primeira exposição individual data de 1960. Em 1961 parte para Paris, onde vive e trabalha até 1991. Esta estada é interrompida entre 1975 e 1976, período em que se instala em Nova Iorque. Regressa definitivamente a Portugal em 1991, onde vive e trabalha desde então."A Substância do Tempo" surge por ocasião da exposição homónima de Jorge Martins simultaneamente apresentada na Fundação de Serralves, no Porto, e na Fundação Carmona e Costa, em Lisboa, reunindo um corpo de trabalho em desenho realizado ao longo de mais de cinco décadas por um artista mais conhecido pela sua pintura. A mostra constitui uma oportunidade inédita para revisitar a componente a preto-e-branco da sua obra e pensar o modo como ela se intercala com a exploração da gama cromática, dela se diferenciando para problematizar questões inerentes à linguagem do desenho. A par das imagens, dialogando com elas de modo a abrir o campo de sentido e de leitura das obras, o livro integra textos de Manuel Castro Caldas, João Fernandes, Pierre Georgel, José Gil, Sara Antónia Matos e António Mega Ferreira, autores que acompanharam Jorge Martins ao longo de períodos diversos da sua carreira. As diferentes perspectivas (estéticas, poéticas e filosóficas) de abordagem da obra do artista desvelam nela um campo fecundo e prolífico de associações, contribuindo para um renovado entendimento da mesma. -
Lusco-Fusco - DesenhosEste livro, Lusco-Fusco, foi publicado por ocasião da exposição «Lusco-Fusco», de Jorge Martins, com curadoria de António Gonçalves, realizada na Galeria Ala da Frente, em Vila Nova de Famalicão, de 12 de Setembro de 2020 a 15 de Janeiro de 2021. Desenhos realizados entre 2017 e 2019 (grafite sobre papel, 50 x 70 cm e 56 x 76 cm).A sombra é uma cor tal como a luz, mas é menos brilhante; luz e sombra não passam de uma relação de tons. [Cézanne]Os limites de cada linguagem: se quiser definir melhor um sorriso tenho de desenhá-lo. [Wittgenstein]O nosso corpo é um fluxo tornado forma. [Novalis]A arte não é a imitação pura e simples daquilo que somos. [Plotino]Simplicidade em arte é mortal sempre que ela se julgue suficiente… [Paul Valéry]A sobrevivência das obras, a sua recepção enquanto aspecto da sua história, situa-se entre a sua recusa de se deixar compreender e a sua vontade de ser compreendida; esta tensão é o clímax da arte. [Adorno] -
Portugal e os JudeusO presente livro foi, originalmente, a tese de doutoramento do autor, defendida na Faculdade de Letras de Lisboa em 2006, ano em que foi publicada em três volumes, justamente com o título Portugal e os Judeus. Surge agora em nova edição, num único volume, revisto e atualizado em pequenos detalhes, pois não faria sentido reescrevê-lo quinze anos depois. Desde Mendes dos Remédios que não se publicava no nosso país uma obra de conjunto que sistematizasse a evolução da relação do Estado português com as comunidades judaicas ao longo da nossa multissecular história. Apesar de nesta última década e meia terem dado à estampa várias obras sobre a história dos judeus portugueses, nenhuma delas configurou uma visão global relativamente aprofundada. Na verdade, houve algumas sínteses, entre as quais a do autor, Breve História dos Judeus em Portugal. Esta obra está subdividida em três partes, correspondentes aos três volumes originais: Dos Primórdios da Nacionalidade à Legislação Pombalina, Do Ressurgimento das Comunidades Judaicas à Primeira República e Judaísmo e Anti-semitismo no Século XX.
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Arte, Religião e Imagens em Évora no tempo do Arcebispo D. Teodósio de Bragança, 1578-1601D. Teotónio de Bragança (1530-1602), Arcebispo de Évora entre 1578 e 1602, foi um grande mecenas das artes sob signo do Concílio de Trento. Fundou o Mosteiro de Scala Coeli da Cartuxa, custeou obras relevantes na Sé e em muitas paroquiais da Arquidiocese, e fez encomendas em Lisboa, Madrid, Roma e Florença para enriquecer esses espaços. Desenvolveu um novo tipo de arquitectura, ser- vindo-se de artistas de formação romana como Nicolau de Frias e Pero Vaz Pereira. Seguiu com inovação um modelo «reformado» de igrejas-auditório de novo tipo com decoração integral de interiores, espécie de ars senza tempo pensada para o caso alentejano, onde pintura a fresco, stucco, azulejo, talha, imaginária, esgrafito e outras artes se irmanam. Seguiu as orientações tridentinas de revitalização das sacrae imagines e enriqueceu-as com novos temas iconográficos. Recuperou lugares de culto matricial paleo-cristão como atestado de antiguidade legitimadora, seguindo os princípios de ‘restauro storico’ de Cesare Baronio; velhos cultos emergem então, caso de São Manços, São Jordão, São Brissos, Santa Comba, São Torpes e outros alegadamente eborenses. A arte que nasce em Évora no fim do século XVI, sob signo da Contra-Maniera, atinge assim um brilho que rivaliza com os anos do reinado de D. João III e do humanista André de Resende. O livro reflecte sobre o sentido profundo da sociedade de Évora do final de Quinhentos, nas suas misérias e grandezas. -
Cartoons - 1969-1992O REGRESSO DOS ICÓNICOS CARTOONS DE JOÃO ABEL MANTA Ao fim de 48 anos, esta é a primeira reedição do álbum Cartoons 1969‑1975, publicado em Dezembro de 1975, o que significa que levou quase tanto tempo a que estes desenhos regressassem ao convívio dos leitores portugueses como o que durou o regime derrubado pela Revolução de Abril de 1974.Mantém‑se a fidelidade do original aos cartoons, desenhos mais ou menos humorísticos de carácter essencialmente político, com possíveis derivações socioculturais, feitos para a imprensa generalista. Mas a nova edição, com alguns ajustes, acrescenta «todos os desenhos relevantes posteriores a essa data e todos os que, por razões que se desconhece (mas sobre as quais se poderá especular), foram omitidos dessa primeira edição», como explica o organizador, Pedro Piedade Marques, além de um aparato de notas explicativas e contextualizadoras. -
Constelações - Ensaios sobre Cultura e Técnica na ContemporaneidadeUm livro deve tudo aos que ajudaram a arrancá-lo ao grande exterior, seja ele o nada ou o real. Agora que o devolvo aos meandros de onde proveio, escavados por todos sobre a superfície da Terra, talvez mais um sulco, ou alguma água desviada, quero agradecer àqueles que me ajudaram a fazer este retraçamento do caminho feito nestes anos de crise, pouco propícios para a escrita. […] Dá-me alegria o número daqueles a que precisei de agradecer. Se morremos sozinhos, mesmo que sejam sempre os outros que morrem — é esse o epitáfio escolhido por Duchamp —, só vivemos bem em companhia. Estes ensaios foram escritos sob a imagem da constelação. Controlada pelo conceito, com as novas máquinas como a da fotografia, a imagem libertou-se, separou-se dos objectos que a aprisionavam, eles próprios prisioneiros da lógica da rendibilidade. Uma nova plasticidade é produzida pelas imagens, que na sua leveza e movimento arrastam, com leveza e sem violência, o real. O pensamento do século XX propôs uma outra configuração do pensar pela imagem, desenvolvendo métodos como os de mosaico, de caleidoscópio, de paradigma, de mapa, de atlas, de arquivo, de arquipélago, e até de floresta ou de montanha, como nos ensinou Aldo Leopoldo. Esta nova semântica da imagem, depois de milénios de destituição pelo platonismo, significa estar à escuta da máxima de Giordano Bruno de que «pensar é especular com imagens». Em suma, a constelação em acto neste livro é magnetizada por uma certa ideia da técnica enquanto acontecimento decisivo, e cada ensaio aqui reunido corresponde a uma refracção dessa ideia num problema por ela suscitado, passando pela arte, o corpo, a fotografia e a técnica propriamente dita. Tem como único objectivo que um certo pensar se materialize, que este livro o transporte consigo e, seguindo o seu curso, encontre os seus próximos ou não. [José Bragança de Miranda] -
Esgotar a Dança - A Perfomance e a Política do MovimentoDezassete anos após sua publicação original em inglês, e após sua tradução em treze línguas, fica assim finalmente disponível aos leitores portugueses um livro fundamental para os estudos da dança e seminal no campo de uma teoria política do movimento.Nas palavras introdutórias à edição portuguesa, André Lepecki diz-nos: «espero que leitores desta edição portuguesa de Exhausting Dance possam encontrar neste livro não apenas retratos de algumas performances e obras coreográficas que, na sua singularidade afirmativa, complicaram (e ainda complicam, nas suas diferentes sobrevidas) certas noções pré-estabelecidas, certos mandamentos estéticos, do que a dança deve ser, do que a dança deve parecer, de como bailarines se devem mover e de como o movimento se deve manifestar quando apresentado no contexto do regime da 'arte' — mas espero que encontrem também, e ao mesmo tempo, um impulso crítico-teórico, ou seja, político, que, aliado que está às obras que compõem este livro, contribua para o pensar e o fazer da dança e da performance em Portugal hoje.» -
Siza DesignUma extensa e pormenorizada abordagem à obra de design do arquiteto Álvaro Siza Vieira, desde as peças de mobiliário, de cerâmica, de tapeçaria ou de ourivesaria, até às luminárias, ferragens e acessórios para equipamentos, apresentando para cada uma das cerca de 150 peças selecionadas uma detalhada ficha técnica com identificação, descrição, materiais, empresa distribuidora e fotografias, e integrando ainda um conjunto de esquissos originais nunca publicados e uma entrevista exclusiva ao arquiteto.CoediçãoArteBooks DesignCoordenação Científica + EntrevistaJosé Manuel PedreirinhoDesign GráficoJoão Machado, Marta Machado -
A Vida das Formas - Seguido de Elogio da MãoEste continua a ser o livro mais acessível e divulgado de Focillon. Nele o autor expõe em pormenor o seu método e a sua doutrina. Ao definir o carácter essencial da obra de arte como uma forma, Focillon procura sobretudo explicitar o carácter original e independente da representação artística recusando a interferência de condições exteriores ao acto criativo. Afastando-se simultaneamente do determinismo sociológico, do historicismo e da iconologia, procura demonstrar que a arte constitui um mundo coerente, estável e activo, animado por um movimento interno próprio, no fundo do qual a história política ou social apenas serve de quadro de referência. Para Focillon a arte é sempre o ponto de partida ou o ponto de chegada de experiências estéticas ligadas entre si, formando uma espécie de genealogias formais complexas que ele designa por metamorfoses. São estas metamorfoses que dão à obra de arte o seu carácter único e a fazem participar da evolução universal das formas.


