Como Derrubar Trump e Outros Ensaios
Neste conjunto de artigos, Slavoj ?i?ek confirma a sua capacidade de abordar de modo original temas da atualidade. É o caso da ação de Trump, do conceito de felicidade, da relação entre a sexualidade e o movimento liberal, dos direitos de robôs, dos problemas de identidade, do politicamente correto no Vaticano e até do casamento real britânico.
| Editora | Relógio d' Água |
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| Editora | Relógio d' Água |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Slavoj Zizek |
Slavoj Zizek é um filósofo e crítico cultural esloveno, professor na European Graduate School, na Universidade de Londres, Diretor Internacional do Birkbeck Institute for the Humanities e investigador sénior no Instituto de Sociologia da Universidade de Ljubljana.
A par de Noam Chomsky, é um dos nomes mais conhecidos na esfera de pensadores contemporâneos. As suas obras, marcadas pela irreverência e acutilante crítica social, valeram-lhe epítetos como «o pensador mais perigoso do Ocidente» e uma legião de seguidores mundiais. As suas publicações estão difusamente traduzidas em várias línguas.
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Problemas no ParaísoO Comunismo depois do fim da história. Apesar de vivermos num mundo em crise constante, continuamos a acreditar que o capitalismo – uma montanharussa ideológica perigosamente sedutora e promíscua - ainda representa o melhor de todos os mundos possíveis. As alternativas, tal como maior igualdade, democracia e solidariedade, parecem, por sua vez, pesadas e aborrecidas, se não mesmo totalmente perigosas: seguir um tal caminho só nos pode levar a uma sociedade cinzenta e excessivamente regulada. No entanto, Zlavoj ?i?ek defende aqui que isso não poderia estar mais longe da verdade.Se queremos realmente imaginar um caminho melhor, teremos de compreender que o capitalismo nos oferece o pior dos futuros – continuando a oferecer mais do mesmo sob a aparência de mudanças constantes – e que a luta pela emancipação é, por oposição, a mais ousada das demandas.Para analisar a difícil situação em que nos encontramos, ?i?ek explora tudo, desde videoclipes a Batman, de Marx a Lacan. Expondo os mecanismos do sistema capitalista, Problemas no Paraíso estabelece os traços marcantes do futuro que nos espera e explora as possibilidades existentes – e armadilhas – das novas batalhas emancipatórias. Os nossos novos heróis, explica ?i?ek, deverão ser Julian Assange, Chelsea Manning e Edward Snowden. Mas seremos nós capazes de seguir os seus exemplos e escapar aos nossos constrangimentos ideológicos? Se não queremos viver num mundo habitado por zombies e vampiros, é exatamente isso que temos de fazer. -
Bem Vindo ao Deserto do RealBem Vindo ao Deserto do Real... É assim que, no filme Matrix, Morpheus introduz um Neo siderado à «verdadeira realidade» de um mundo devastado. Slavoj Zizek propõe analisar os investimentos pulsionais e ideológicos que moldaram a nossa nova ordem mundial depois do colapso das torres do World Trade Center, a 11 de Setembro de 2001. Hoje, a tarefa crítica consistiria em recolocar o «evento» no contexto dos antagonismos do capitalismo global. Nessa perspectiva, o verdadeiro choque das civilizações pode revelar-se como sendo afinal um choque no interior de cada civilização. A alternativa ideológica que opõe o universo liberal, democrático e digitalizado a uma «radicalidade islamista» não passaria afinal de uma falsa oposição, mascarando a nossa incapacidade de apreender o que está verdadeiramente em jogo nas políticas contemporâneas.O único meio de nos extrairmos do impasse niilista a que nos reduz essa falsa alternativa é uma saída da democracia liberal, da sua ideologia multiculturalista, tolerante e pós-política. -
Elogio da IntolerânciaSegundo Slavoj Zizek, o multiculturalismo despolitizado é a nova ideologia do capitalismo global, sendo necessário reafirmar a importância da paixão política, fundada na discordância, e defender a politização da economia. Zizek exprime mesmo neste conjunto de artigos a ideia de que uma certa dose de intolerância é necessária para que se possa elaborar uma crítica da actual ordem de coisas. -
A Subjectividade Por VirOs textos reunidos neste livro foram escritos entre 1998 e 2004. Abordam objectos tão diversos como o cinema, a «cultura popular», a religião, a virtualização do sexo e da vida quotidiana e a ópera. São ensaios críticos, por vezes em diálogo fecundo com a «Escola de Frankfurt». Mas quer aborde o filme Matrix dos irmãos Wachowski, A Paixão de Cristo, de Mel Gibson, ou a música de Wagner, trata-se sempre, para Zizek, da análise do imaginário ocidental a partir das suas recentes mutações e no sentido de uma reinvenção da subjectividade que tenha em conta as suas relações problemáticas com o real. Zizek procede assim a uma original reflexão a partir da filosofia e da psicanálise, onde as suas referências maiores são Hegel, Marx e Lacan. -
A Marioneta e o Anão - O Cristianismo entre Perversão e SubversãoNuma época em que prosperam as espiritualidades exóticas, e em particular as orientais, este conjunto de ensaios sobre o cristianismo é particularmente subversivo. Através de uma análise deliberadamente política, Zizek denuncia ao mesmo tempo as tendências perversas do cristianismo e o carácter revolucionário do seu núcleo materialista. -
A Monstruosidade de Cristo«(...) Quando as pessoas imaginam toda a espécie de sentidos profundos porque as "assustam as palavras que dizem: Ele fez-se Homem" aquilo que na realidade receiam é perderem o Deus transcendente que garante o sentido do universo, Deus como o senhor oculto que move os cordelinhos em seu lugar encontramos um deus que abandona a sua posição transcendente e se precipita na sua própria criação, comprometendo-se com ela até à morte, o que faz com que nós, seres humanos, fiquemos sem qualquer Poder superior que olhe por nós, sem outra coisa que não seja o terrível fardo da liberdade e da responsabilidade pelo destino da criação divina e, portanto, do próprio deus. Não continuaremos hoje a recear demasiado assumir todas as consequências dessas palavras? Não preferirão aqueles que se dizem "cristãos" guardar a imagem confortável de um Deus sentado lá em cima, que observa benevolentemente as nossas vidas, nos envia o seu filho como símbolo do seu amor, ou, ainda mais confortavelmente, com a simples imagem de uma Força Superior impessoal?» -
O Sujeito IncómodoUm espectro assombra a comunidade académica ocidental, o fantasma do sujeito cartesiano.O Sujeito Incómodo desafia desconstrucionistas e habermasianos, cientistas cognitivos e heideggarianos, feministas e obscurantistas da New Age, ao desenterrar a essência subversiva deste espectro e ao encontrar nela um ponto de referência filosófico indispensável para qualquer política verdadeiramente emancipadora.Depois de uma primeira parte mais densa, O Sujeito Incómodo torna-se numa leitura acessível e desconcertante sobre as questões políticas e culturais da actualidade. -
ViolênciaNascido em 1949, Slavoj Zizek é psicanalista, filósofo, cinéfilo, investigador do Instituto de Sociologia na Universidade de Ljubljana, na Eslovénia, e professor visitante na New School for Social Research, em Nova Iorque. Entre as suas obras incluem-se Bem-Vindo ao Deserto do Real, Elogio da Intolerância, As Metásteses do Gozo e A Subjectividade por Vir. -
Da Tragédia à FarsaNuma tentativa frenética de atingir a estabilização financeira, milhares de milhões de dólares foram injectados à pressa no sistema bancário internacional. Porque não será então possível fazer com que essas mesmas forças se responsabilizem pela pobreza mundial e a crise ambiental? Nesta análise frontal, Slavoj iek analisa as falhas morais do mundo moderno, no que diz respeito aos acontecimentos que marcaram a primeira década deste século. O que encontra são os dois velhos impulsos da história: o golpe seco da tragédia, o «gancho» de direita da farsa. Segundo iek, com os ataques do 11 de Setembro e o colapso do crédito global, o liberalismo morreu duas vezes: como doutrina política e como teoria económica.
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A Crise da Narração«Qualquer ação transformadora do mundo pressupõe uma narrativa. O storytelling, por seu lado, conhece uma única forma de vida, a consumista.» É a partir das narrativas que se estabelecem laços, se formam comunidades e se transformam sociedades. Mas, hoje, o storytelling tende a converter-se numa ferramenta de promoção de valores consumistas, insinuando-se por todo o lado devido à falta de sentido característica da atual sociedade de informação. Com ela, os valores da narração diluem-se numa corrente de informações que poucas vezes formam conhecimento e confirmam a existência de indivíduos isolados que, como Byung-Chul Han já mostrou em A Sociedade do Cansaço, têm como objetivo principal aumentar o seu rendimento e a autoexploração. E, no entanto, certas formas de narração continuam a permitir-nos partilhar experiências significativas, contribuindo para a transformação da sociedade. -
Inglaterra - Uma ElegiaNeste tributo pungente e pessoal, o filósofo Roger Scruton tece uma elegia à sua pátria, a Inglaterra, que é, ao mesmo tempo, uma esclarecedora e exaltante análise das suas instituições e cultura e uma celebração das suas virtudes.Abrangendo todos os aspectos da herança inglesa e informado por uma visão filosófica única, Inglaterra – Uma Elegia mostra como o seu país possui uma personalidade distinta e como dota os seus nacionais de um ideário moral também ele distinto.Inglaterra – Uma Elegia é uma defesa apaixonada, mas é também um lamento profundamente pessoal pelo perda e desvanecimento dessa Inglaterra da sua infância, da sua complexa relação com o seu pai e uma ampla meditação histórica e filosófica sobre o carácter, a comunidade, a religião, a lei, a sociedade, o governo, a cultura e o campo ingleses. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
As Fronteiras do ConhecimentoEm tempos muito recentes, a humanidade aprendeu muito sobre o universo, o passado e sobre si mesma. E, através dos nossos notáveis sucessos na aquisição de conhecimento, aprendemos o quanto ainda temos para aprender: a ciência que temos, por exemplo, abrange apenas 5% do universo; a pré-história ainda está a ser estudada, com muito por revelar, milhares de locais históricos ainda a serem explorados; e as novas neurociências da mente e do cérebro estão ainda a dará os primeiros passos. O que sabemos e como o sabemos? O que sabemos agora que não sabemos? E o que aprendemos sobre os obstáculos para saber mais? Numa época de batalhas cada vez mais profundas sobre o significado do conhecimento e da verdade, estas questões são mais importantes o que nunca. As Fronteiras do Conhecimento dá resposta a estas questões através de três campos cruciais de investigação: ciência, história e psicologia. Uma história notável da ciência, da vida na Terra e da própria mente humana, este é um tour de force convincente e fascinante, escrito com verve, clareza e uma amplitude deslumbrante de conhecimento. -
A Religião WokeUma onda de loucura e intolerância está a varrer o mundo ocidental. Com origem nas universidades americanas, a religião woke está a varrer tudo à sua passagem: universidades, escolas, empresas, meios de comunicação social e cultura.Esta religião, propagandeia, em nome da luta contra a discriminação, dogmas no mínimo inauditos:A «teoria de género» professa que o sexo e o corpo não existem e que a consciência é que importa.A «teoria crítica da raça» afirma que todos os brancos são racistas, mas que nenhuma pessoa «racializada» o é.A «epistemologia do ponto de vista» defende que todo o conhecimento é «situado» e que não existe ciência objectiva, nem mesmo as ciências exactas.O objectivo dos wokes é «desconstruir» todo o património cultural e científico e pôr-se a postos para a instauração de uma ditadura em nome do «bem» e da «justiça social».É tudo isto e muito mais que Braunstein explica e contextualiza neste A Religião Woke, apoiado por textos, teses, conferências e ensaios, que cita e explica longamente, para denunciar esta nova religião que destrói a liberdade.Um ensaio chocante e salutar. -
O que é a Filosofia?A VERSÃO EM LIVRO DO «CONTAGIANTE» PODCAST DE FILOSOFIA, COM PROTAGONISTAS COMO PLATÃO, ARISTÓTELES, AGOSTINHO, KANT, WITTGENSTEIN E HEIDEGGER. A PARTIR DO CICLO GRAVADO PELO CCB. Não há ninguém que não tenha uma «filosofia», achando-a tão pessoal que passa a ser «a minha filosofia». Há também quem despreze a filosofia e diga que é coisa de «líricos» — as pessoas de acção que acham que a filosofia nada tem que ver com a vida. Há ainda a definição mais romântica: a filosofia é a amizade pelo saber. E para todo este conjunto de opiniões há já teses filosóficas, interpretações, atitudes, mentalidades, modos de ser. Mas então afinal: O que é a filosofia? É essa a pergunta que aqui se faz a alguns protagonistas da sua história, sem pretender fazer história. A filosofia é uma actividade que procura descobrir a verdade sobre «as coisas», «o mundo», os «outros», o «eu». Não se tem uma filosofia. Faz-se filosofia. A filosofia é uma possibilidade. E aqui começa já um problema antigo. Não é a possibilidade menos do que a realidade? Não é o possível só uma ilusão? Mas não é o sonho, como dizia Valéry, que nos distingue dos animais? Aqui fica já uma pista: uma boa pergunta põe-nos na direcção de uma boa resposta, e uma não existe sem a outra, como se verá. «Se, por um lado, a erudição do professor António de Castro Caeiro é esmagadora, o entusiasmo dele pela filosofia e por estes temas em geral é bastante contagiante.» Recomendação de Ricardo Araújo Pereira no Governo Sombra -
Caminhar - Uma FilosofiaExperiência física e simultaneamente mental, para Frédéric Gros, caminhar não é um desporto, mas uma fuga, uma deriva ao acaso, um exercício espiritual. Exaltada e praticada por Thoreau, Rimbaud, Nietzsche e Gandhi, revestiu-se, desde a Antiguidade até aos dias de hoje, de muitas formas: errância melancólica ou marcha de protesto, imersão na natureza ou pura evasão. Do Tibete ao México, de Jerusalém às florestas de Walden, CAMINHAR (2008) inspira-nos a sair de casa e mostra como, pelo mundo inteiro, esta arte aparentemente simples de «pôr um pé à frente do outro» tem muito a oferecer e a revelar sobre o ser humano. -
Sobre a Brevidade da Vida - Edição EspecialAgora numa edição especial em capa dura.Um livro sobre o desperdício da própria existência. Escrito há dois mil anos para ser entendido agora.Com data de escrita normalmente situada no ano 49, Sobre a Brevidade da Vida, do filósofo romano Séneca, versa sobre a natureza do tempo, sobre a forma como é desaproveitado com pensamentos e tarefas que se afastam de princípios éticos de verdadeiro significado.Ainda que anotado no dealbar da era cristã, este tratado reinventa a sua própria atualidade e parece aplicável com clareza aos tempos de hoje, vividos numa pressa informativa, no contacto exagerado, tantas vezes a respeito de nada que importe, proporcionado pelas redes sociais.Sobre a Brevidade da Vida está longe de ser um livro dentro dos conceitos atuais de autoajuda. É, talvez bem pelo contrário, um texto duro, arrojado, incomodativo, como que escrito por um amigo que nos diz o que não queremos ouvir, por o saber necessário.Chegar ao fim do nosso tempo e senti-lo desperdiçado, eis a grande tragédia, segundo Séneca.
