Comunicação e Lusofonia
A ideia de lusofonia identifica uma área cultural cheia de possibilidades, mas não desprovida de equívocos. Diante do imparável processo de globalização da economia, que se ergue diante de nós pela força da tecnologia, a ideia de espaço lusófono identifica uma área cultural de solidariedades horizontais que decorrem da partilha de uma mesma língua e da miscigenação de memórias e tradições.
Este livro interroga a permanente reconstrução do conceito de lusofonia, bem como o papel da comunicação e dos media nessa reconstrução. Interroga também as políticas da língua no contexto do desenvolvimento da área cultural e comunicacional lusófona. Identifica e debate as principais estruturas de comunicação, nacionais e supranacionais, desta área cultural. Debruça-se ainda sobre a importância das representações e dos estereótipos sociais veiculados pelos media no desenvolvimento e na reconfiguração da identidade lusófona.
| Editora | Humus |
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| Editora | Humus |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Moisés de Lemos Martins, Rosa Cabecinhas, Helena Sousa |
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O Olho de Deus no Discurso SalazaristaA ideia inicial para a tese de doutoramento ocorreu-me, com naturalidade, nos circuitos intelectuais do «catolicismo progressista», que eu frequentava desde antes do 25 de Abril, e teve o seu impulso decisivo nos anos de estudante. Foi aí que ganhei apego aos valores da liberdade, da democracia e da intervenção cívica, e que a minha identidade pessoal e intelectual ganhou forma para a vida.Alimentando inúmeras viagens do conhecimento, «O Olho de Deus no Discurso Salazarista» cruzou-se, em vinte e cinco anos, com muitos regimes do olhar. As viagens do conhecimento são, todavia, viagens que não acabam nunca. Ler ou reler, hoje, este livro sobre salazarismo, continua a ser obra de conhecimento, embora constitua já uma outra experiência. -
Crise no Castelo da CulturaEste ensaio declina as actuais vertigens da cultura, interrogando o movimento de translação da palavra para o número, do logos para o ícone, da ideia para a emoção, do uno para o múltiplo, enfim, das estrelas para os ecrãs. Como consequência, Crise no Castelo da Cultura coloca a questão do sentido do humano e desenvolve o ponto de vista de que este movimento de translação tecnológica, tanto mobiliza os indivíduos para o mercado, como os desactiva como cidadãos. -
Preto e BrancoO trabalho apresentado neste livro, que resulta da tese de doutoramento da autora, premiada pelo Alto Comissariado para a Imigração e as Minorias Étnicas em 2004, constitui um contributo fundamental para colmatar o défice de conhecimento sobre o racismo (…). O racismo é aqui analisado na sua complexidade, no plano cognitivo e individual, certamente, mas também na sua vertente de memória colectiva que alimenta as crenças e as representações sobre determinados grupos sociais, e na sua ligação a dinâmicas de categorização social que traduzem hierarquias simbólicas e de estatuto, geradoras de desigualdades.O racismo adquire assim toda a sua dimensão de fenómeno social, fortemente enraizado na(s) sociedade(s) e na sua memória colectiva, que é aprendido, e reproduzido de forma inconsciente ou naturalizada, se não for contrariado por um esforço de reflexividade. Enquanto obra de referência nesta área de investigação que passará a ser, este livro suscita, ainda, no plano cívico, a necessidade urgente de reflexão na sociedade portuguesa sobre as relações entre diferentes grupos sociais e sobre o reconhecimento do outro, enquanto indivíduo, prescindindo do estereótipo do seu grupo de pertença.O combate ao racismo faz-se de diversas formas, desde a punição exemplar dos crimes violentos de natureza racista à afirmação dos valores civilizacionais de igualdade e respeito pela dignidade dos seres humanos. A autora deste livro fê-lo também, através dos instrumentos que melhor domina, construindo conhecimento rigoroso e aprofundado e devolvendo-o a todo(a)s aqueles e aquelas que querem saber mais para viver melhor. -
A Linguagem, a Verdade e o Poder - Ensaio de Semiótica SocialO discurso constitui a razão de ser deste ensaio. É colocada a questão da sua natureza, proposicional, performativa e institucional. É interrogado o funcionamento social de alguns dos seus usos, pedagógico, científico, religioso e político. É analisado o modo como a discursividade se conjuga hoje com a racionalidade, designadamente, com a racionalidade pragmática, estética e tecnológica. A principal ideia argumentada neste livro é a de que na ordem do discurso encenamos a verdade para exercer o poder. Acontece, no entanto, que nunca agimos como queremos, mas sim como podemos, em condições concretas de espaço, tempo e interlocução. E por essa razão se coloca a questão da sede da produção do sentido. Na experiência relacional do sujeito de comunicação cumpre-se, é essa a hipótese aqui desenvolvida, o jogo dialógico do discurso do conhecimento em geral, que repete ordens, quando faz supor que apenas afirma a liberdade. -
A Internacionalização das Comunidades Lusófonas e Ibero-Americanas de Ciências Sociais e Humanas - O Caso das Ciências da ComunicaçãoO espaço lusófono e ibero-americano remete para uma diversidade de culturas e de comunidades, que se exprimem em duas línguas, a portuguesa e a espanhola, duas línguas que, por serem de culturas, pensamento e conhecimento, concorrem para a construção deste espaço transnacional e transcontinental, contrariando a visão de um mundo monocolor, globalizado, hegemonicamente falado em inglês.As Ciências da Comunicação dos países lusófonos e ibero-americanos têm uma responsabilidade, ao mesmo tempo científica, estratégica, política e cívica, de concorrer para a construção da comunidade de investigação lusófona e ibero-americana de Ciências da Comunicação, fazendo obra de cultura, de pensamento e de conhecimento. Ao interrogarem, em português e em espanhol, os modos como nos distintos países do espaço lusófono e ibero-americano é feita a interação científica e produzido o conhecimento, as Ciências da Comunicação constroem a sua própria comunidade científica e concorrem para a afirmação internacional das Ciências Sociais e Humanas, elas que no seu todo estão convocadas a fazer comunidade e obra de conhecimento. -
A Alquimia dos NúmerosNúmeros: uma inesgotável simbologia da sabedoria. O Universo não conhece palavras. Expressa-se através de sons, vibrações, cores, imagens, formas e luz que se manifestam perante nós numa geometria sagrada, baseada no número. A data de nascimento, a altura, o número da porta da casa onde vivemos, o nome que nos é atribuído, o número da certidão de nascimento, do nosso telemóvel, a cidade onde moramos… tudo encerra uma informação. Todos os acontecimentos são uma mensagem, contendo um propósito. Descubra o propósito da sua vida através da Numerologia. Tenha acesso à chave para calcular e perceber qual o seu Propósito de Vida — quer pessoal quer relacional —, bem como a sua associação a uma lei universal, a elementos, cores, centros energéticos, cristais, signos, astros e símbolos. A Numerologia não se limita a fazer cálculos, atribuindo um número a uma pessoa. Assenta, antes de tudo, numa filosofia e numa visão do Homem e do Universo como um todo, em respeito e profundidade. Este não é apenas mais um livro. É uma obra com história, passado e presente, e que deixa pistas para o futuro. -
A Alquimia do Nome«Os nossos nomes próprios e apelidos encerram uma mensagem para nós e para o mundo!» Da mesma autora de A Alquimia dos Números, chega-nos agora outra elucidativa obra que desmistifica a Numerologia e a torna ainda mais acessível a todos. Helena Sousa traz-nos um livro que revela o significado e a importância do nome próprio e apelido, conhecendo assim, neste processo, a verdadeira personalidade de uma pessoa. Porque se a data de nascimento reflete o propósito de vida da nossa alma, o nome reflete a missão e forma de concretização desse propósito neste mundo. Esta obra inclui uma análise de nomes marcantes da nossa História, os seus efeitos na saúde e a análise das emoções. Entre muitos outros temas, destaque especial para a Numerologia da casa e da rua onde vivemos, a missão dos nossos relacionamentos e a associação dos números ao nosso mundo. Uma obra completa para, no fundo, se compreender melhor a si. -
A Alquimia do Tempo«Falar do tempo é navegar na história, desvendando os mistérios, provocando as nossas origens e percebendo para onde vamos.»Helena Sousa, autora de A Alquimia dos Números e A Alquimia do Nome, traz-nos a obra que revela a Numerologia como uma ferramenta essencial para compreender a lei do tempo, conseguindo também despertar a atenção para a importância que o nosso Propósito de Vida tem ao desdobrar-se no tempo.Compreender a lei do tempo é crucial para direcionar melhor o nosso tempo, concretizando os objetivos que traçámos, aprendendo com os desafios e aproveitando as oportunidades que nos são apresentadas.Com este livro, conseguirá conhecer melhor o tempo universal, bem como analisar a sua data de nascimento, perceber o trânsito relacional entre as pessoas e muito mais. Se o passado, o presente e o futuro estão sempre connosco, constituindo os limites da nossa consciência, entender tudo isto dá-nos a maravilhosa oportunidade de viver melhor.Prefácio de Clara de Almeida, autora de Tarot Kármico -
O Poder da Sua MarcaO nome e a data de nascimento de uma empresa, uma marca e/ou início da atividade de um empreendedor formam uma matriz!Quando analisamos empresas e marcas é crucial entender que existe uma história por detrás da criação da empresa e da sua marca, há uma intenção. Esta história e intenção fazem parte do património da empresa, que será a base do seu propósito, da sua missão, da sua visão e dos seus valores. Esta análise é válida também para quem trabalha por conta própria. A data de criação da sua atividade será a data que vai refletir o seu propósito.Desta forma, vamos começar por entender que os números são arquétipos, cada um deles representando uma face, as faculdades divinas que atuam sobre a natureza humana e que permitem ao homem conhecer-se a si mesmo e às razões por que veio ao planeta.O propósito da marca é o caminho que ela percorre, a sua evolução, o seu potencial, a sua alma, aquilo em que acredita. Perceber a razão da marca e a sua inspiração é descodificar uma mensagem, uma história… In contracapa “O Poder da Sua Marca”
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História dos Média na Europa«O conhecimento das grandes tendências que marcaram a história dos média europeus e a história particular destes mesmos média em cada país europeu (sobretudo daqueles de que somos geográfica e culturalmente mais próximos) é absolutamente indispensável. Só assim poderemos compreender por que é que ainda hoje, quase seis séculos depois da ?descoberta? da prensa tipográfica, a paisagem imprensa europeia é tão contrastada, de uma região para outra do continente. E como é que, ao longo do século XX, a rádio e a televisão, as estruturas dos seus emissores como dos seus conteúdos, evoluíram também de maneira tão plurifacetada.» -
História da ArteA história da Arte é, em simultâneo, autónoma e parte integrante da História, da Cultura e da Civilização. Esta obra confirma-o e, de modo sucinto, traça um panorama da sua evolução desde a mais remota Antiguidade até os nossos dias. -
Media e Jornalismo em Tempos de Ditadura -Censura, Repressão e ResistênciaO livro reúne textos de 11 investigadores portugueses e espanhóis sobre a instrumentalização dos media durante o Estado Novo e o Franquismo e as formas de resistência à censura e à repressão. A obra surge na sequência do II Seminário da História da Comunicação da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação, realizada, em Novembro de 2022, na Fundação Mário Soares e Maria Barroso. Alguns dos textos que agora se publicam foram apresentados neste encontro científico. Segundo os coordenadores do livro, há um denominador comum a todos os textos: «a necessidade que as ditaduras têm de vedar o acesso do povo à verdade incómoda ou inconveniente. Por isso, silenciaram-se certas pessoas, assuntos e factos, enquanto se deu relevo e importância a outros». -
25 de Abril: A Transformação nos «Media»Uma obra que mantém vivo o legado de Mário Mesquita e que o autor desejava ter publicado em vida, provando que a forma como pensou e discutiu o jornalismo num momento fundador e de viragem como foi o período de 1974-1975 mantém uma admirável actualidade. «Mário Mesquita desenvolveu, de forma sistemática e coerente, actividades que visavam o bemcomum e incentivavam uma democracia aberta — na política, no jornalismo de informação, na actividade académico-universitária e na escrita — com o objectivo de realizar o seu ideal de sempre: o da Liberdade.» António Ramalho Eanes «Jornalista e académico, MárioMesquita procurava em cada trabalho o difícil equilíbrio entre o rigor da contextualização e o prazer da boa história. Isso fazia de qualquer conversa sobre o jornal uma oportunidade de reflexão profissional, tantas vezes em falta na lufa-lufa das redacções.» Diana Andringa «Com o Mário Mesquita estamosperante alguém que decidiu ser jornalista para compreender melhor o mundo, e que resolveu estudar os media para se conhecer ainda melhor a si próprio.» Jaime Gama «Recordo o Mário Mesquita como um homem de pensamento que não desprezava a acção. Inteligente e culto. Um espírito livre, um bom cidadão, um amigo confiável. Liberdade e Solidariedade foram os grandes valores da sua vida. Faz-nos falta!» Maria Antónia Palla -
Homo Spectator: Ver, Fazer Ver«É a barbárie que ameaça um mundo sem espectador.»"Homo Spectator" reflecte sobre a construção histórica da figura do espectador, desde as cavernas paleolíticas às tecnologias digitais. Este percurso interroga as várias relações, de opressão e de liberdade, de medo e de gozo, que se estabelecem entre humanos e imagens, para ensaiar uma resposta à inquietante pergunta: como preservar a nossa liberdade crítica perante a disseminação das imagens? -
Ainda Bem Que Me PerguntaAinda Bem Que Me Pergunta, trata-se do primeiro manual de escrita jornalística, editado em Portugal, de um autor português, para o público português. Como escrever com clareza e rigor semântico? Como estruturar uma notícia, uma reportagem, uma entrevista? Como elaborar os respectivos títulos? Como evitar as «armadilhas» ortográficas e gramaticais? -
Desinformação Online - O impacto da Propaganda ParticipativaA desinformação é hoje prevalecente no ambiente digital, onde a informação circula a alta velocidade. Servindo-se de técnicas clássicas de propaganda, a desinformação conta com a colaboração de cidadãos anónimos que partilham conteúdos online sem antes avaliarem a veracidade dessa mesma informação. O presente livro mostra como este fenómeno constitui uma ameaça à democracia e como pode ser combatido através do investimento em literacia mediática e digital. -
Temas Arquivísticos - Entre a Tradição e a MudançaUm convite à reflexão do lugar da Arquivística hoje, contrariando as vozes que afirmam que tenha adormecido permanentemente na Modernidade, face à emergência do pensamento pós-moderno, onde a ciência da informação radica a sua identidade, sem que a pós-modernidade seja, também ela, parte da seiva que corre nas veias dos autores dos estudos arquivísticos, que, por consequência, escorre para as suas páginas. Um convite, ainda, a repensar a valorização dos estudos arquivísticos na atualidade, relegados, em muitos fora, à sua tecnicidade, considerados despidos de qualquer roupagem teórica, como se os arquivos não constituíssem, per se, um campo de estudo científico. Um campo sobre o qual se constrói conhecimento continuamente, refletido por cientistas e comunidades de prática, que, como tal, acompanha a própria evolução da ciência e o devir social.[CARLOS GUARDADO DA SILVA]