Corpo e Transcendência
A publicação deste livro, que honra o autor e a literatura que se
ocupa da relação do mundo globalizado em que agora nos encontramos
e a transcendência que desafia as sociedades humanas desde
que existe memória, situa-se numa circunstância que obriga a encarar
a complexidade e, por isso, o novo perfil da relação entre a
Igreja e o Estado, entre as religiões em diálogo plural, de todos
com a ciência, e finalmente com a exigência de promover o encontro
entre as duas culturas, a científica e a das humanidades.
De todos os problemas suscitados pela liberdade das áreas culturais
no diálogo mundial, o tema que, neste mundo sem governança, em
que proliferam as ameaças, se torna mais relevante, é o do encontro
de ambas as culturas, a das ciências exactas e a das humanidades,
encontro para o qual este livro vem dar uma contribuição oportuna,
actual, e exigente.
Adriano Moreira (no Prefácio)
| Editora | Almedina |
|---|---|
| Coleção | O tempo e a norma |
| Categorias | |
| Editora | Almedina |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Anselmo Borges |
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Religião e Diálogo Inter-ReligiosoHá quem anuncie o fim da religião. Outros, porém, constatam o seu regresso. Mas o que é a religião? Donde provém? Pode-se ser religioso e ateu ao mesmo tempo? Por que há muitas religiões? A religião está vinculada à violência? Qual o lugar da religião na escola pública?As sociedades são cada vez mais multiculturais e multi-religiosas. Tornou-se claro, como há anos vem proclamando Hans Küng, que não haverá paz no mundo sem paz religiosa. Mas não pode haver paz entre as religiões sem diálogo inter-religioso e uma ética mundial.Este livro responde a estas e outras questões. Na primeira parte, percorre o caminho para uma definição de religião. Na segunda, estuda as condições de possibilidade para o diálogo entre as religiões. Uma síntese rigorosa e acessível sobre uma temática candente. -
Quem Foi - Quem é Jesus Cristo?Nesta obra é investigada a possibilidade de uma biografia de Jesus, reflecte-se sobre a relação deste como dinheiro, a política, a Igreja, as religiões, as mulheres. Pela abrangência de temas abordados, a competência científica dos autores, a actualidade e honestidade da investigação, a força do confronto entre a fé e o mundo contemporâneo em crise global, esta é seguramente a obra mais importante sobre Jesus publicada em Portugal. Nesta obra, é-se confrontado com o problema fundamental da possibilidade ou não de uma biografia de Jesus, reflecte-se sobre as relações de Jesus com a gnose, com Deus, com o dinheiro, com a política, com a Igreja, com as religiões, com as mulheres, debate-se a pergunta essencial: o que quer dizer ressuscitar dos mortos? Pela abrangência de temas e problemas, pela competência científica dos autores, pela actualidade e honestidade da investigação, pela refontalização crítica da nossa compreensão do cristianismo, pela força do confronto entre a fé e o mundo contemporâneo em crise global, esta é certamente a obra mais importante sobre Jesus publicada em Portugal. -
Deus Ainda Tem Futuro?Nesta obra, são tratados por especialistas de renome internacional, crentes e não crentes, problemas decisivos para a existência e o seu sentido: entre outros, a situação religiosa do mundo actual, questões relacionadas com a genética, o animalismo, as neurociências, o trans-humanismo, a natureza e a criação, a ética e a sua autonomia frente à religião, Deus no Ocidente e Deus no Oriente, o rosto feminino de Deus, a fé, a ciência e a razão. Um livro de crentes e não crentes para crentes e não crentes que tenham, em comum, o gosto pelo debate desassombrado. Nesta obra, são tratados por especialistas de renome internacional, crentes e não crentes a existência de Deus é um assunto demasiado sério para ser confiado exclusivamente aos crentes, escreveu o filósofo Paul Clavier , problemas decisivos para a existência e o seu sentido: a situação religiosa do mundo actual, questões relacionadas com a genética, o animalismo, as neurociências, o trans-humanismo, a natureza e a criação, Deus no abalo da modernidade, a ética e a sua autonomia frente à religião, Deus no Ocidente e Deus no Oriente, o rosto feminino de Deus, a fé, a ciência e a razão, o silêncio de Deus, o Deus de Jesus para lá das suas imagens de Deus, a experiência mística do Mistério Último como matriz das religiões e da sua crítica. Anselmo Borges, in Introdução Do silêncio de Deus que nós criámos não virá nenhum socorro. É diante dele como Ausência suposta e Presença, agostinianamente mais interior a nós mesmos do que nós, que somos convocados para fazer prova de vida. E de vida eterna. A única que nos ajuda a suportar todas as ausências do que nesta vida nos foram, à maneira de Dante, reflexos de uma Luz mais clara que a do sol e das estrelas. -
Deus, Religiões, (In)felicidadeCom textos de várias proveniências e nascidos em diferentes tempos e contextos, este livro tem em mente as perguntas essenciais que a humanidade tem colocado ao longo dos tempos: quem somos, de onde vimos, para onde vamos. Com a linguagem franca que se lhe conhece, o autor fornece respostas críticas, em diálogo aberto. A obra reúne um conjunto de textos estruturados em torno de três eixos: O Enigma: a Morte e Deus, O Diálogo Inter-religioso, O que Traz Felicidade?. Interessante, sempre, polémico, às vezes o autor, abre espaço ao debate de ideias, em áreas diversas. «Impressiona a longa experiência vital que está por detrás e no fundo destes textos. Experiência que inclui não só uma rica trajectória na organização de fóruns internacionais sobre o diálogo entre a fé, a ciência e a cultura, mas também amplos estudos e visitas pelo mundo universitário da Europa e, não em último lugar, um intenso e vocacionado labor docente. Tenho a certeza de que este livro, que recolhe um bom e selecto acervo de trabalhos - alguns até de claro fôlego sistemático -, será para muitos leitores e leitoras uma ocasião propícia para se aproximarem de uma visão excepcionalmente lúcida sobre os graves problemas do nosso mundo.» Andrés Torres Queiruga, Filósofo e Teólogo. Universidade de Santiago de Compostela. -
Francisco, Desafios à Igreja e ao MundoMuitos são os desafios que o Papa Francisco enfrenta. E muitos são os desafios que coloca à Igreja e aos cristãos.O autor refere no texto inicial: «Francisco vai conseguir? Ele sabe que tem muitos opositores e mesmo inimigos, sobretudo entre cardeais e bispos e também sabe que talvez seja mais amado fora do que dentro da Igreja. [...] Ele é franciscano por opção, isto é, cristão, seguindo os passos de Jesus, que proclamou o Deus da misericórdia. Mas ele é também o primeiro Papa jesuíta da história, portanto, com visão ampla do mundo e estratégia de organização e eficácia. E a sua formação de base é de químico e, embora latino-americano, os seus pais foram emigrantes italianos e também estudou Teologia na Alemanha e tornou-se o líder político-moral global mais carismático e humano. A síntese de franciscano e jesuíta tornam irreversível o processo que iniciou.»Esta obra organiza-se em torno de quatro eixos: De Bento XVI a Francisco; Sexualidade e Família; Pessoa, Ética e Política; Para Uma Igreja do Século XXI. -
A Bíblia em Citações«A erva seca e a flor murcha, mas a palavra de Deus permanece eternamente.» Isaías 40, 8. Uma recolha das melhores e mais significativas passagens da Bíblia. -
Conversas com Anselmo Borges: a vida, as religiões, DeusO Padre Anselmo Borges assume-se num terreno de missão – e de missionação – que não é tanto o da periferia social como o da periferia espiritual. Sobretudo, na área de desafio que é por excelência a periferia intelectual das elites. Em suma, Padre entre doutores...Ao longo das páginas deste livro, que reúne entrevistas que cobrem o período cronológico entre 2007 e 2019, vemos como o percurso existencial, a religião, os valores, a morte, o sagrado e Deus constituem os temas de eleição. Nenhuma apresentação está feita num registo normativo apriorístico, porque a dilucidação de cada assunto percorre um caminho em que a dúvida começa por ser o ponto de partida - até para o próprio autor – e a resposta um ponto de chegada susceptível de aprofundamento futuro. Jaime Gama in Prefácio Em Conversas com Anselmo Borges fica-se a saber o que pensa o padre sem cabeção, dirigindo-se aos interlocutores neste livro, com espontaneidade, sobre as perguntas existenciais inerentes a todo o ser humano: Quem sou? Para quem vivo? Porque vivo? O que será da minha vida depois da morte? Deus abandonou-nos? Quem é Deus? Concebendo-se todo-poderoso porque existe o Demónio? Será que existe? Será que existe o Inferno? O que seria uma condenação eterna? E o que seria a desresponsabilização total da conduta individual perante os outros? Não será a vida sem respeito pelo outro o verdadeiro Inferno? E Jesus? Não fica Jesus no meio das perguntas fundamentais como o rosto irradiante da resposta? Lídia Jorge in Posfácio -
O Mundo e a Igreja - Que Futuro?Os dois princípios entrecruzados, que têm de animar a todos são: por um lado, o amor, a bondade, por outro, a razão, a inteligência. A bondade sem a inteligência não abre caminhos novos e pode inclusivamente causar imensos estragos irreparáveis; a inteligência sem a bondade pode tornar-se cruel e fazer um sem-número de vítimas. A síntese é a razão sensível.
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A Crise da Narração«Qualquer ação transformadora do mundo pressupõe uma narrativa. O storytelling, por seu lado, conhece uma única forma de vida, a consumista.» É a partir das narrativas que se estabelecem laços, se formam comunidades e se transformam sociedades. Mas, hoje, o storytelling tende a converter-se numa ferramenta de promoção de valores consumistas, insinuando-se por todo o lado devido à falta de sentido característica da atual sociedade de informação. Com ela, os valores da narração diluem-se numa corrente de informações que poucas vezes formam conhecimento e confirmam a existência de indivíduos isolados que, como Byung-Chul Han já mostrou em A Sociedade do Cansaço, têm como objetivo principal aumentar o seu rendimento e a autoexploração. E, no entanto, certas formas de narração continuam a permitir-nos partilhar experiências significativas, contribuindo para a transformação da sociedade. -
Inglaterra - Uma ElegiaNeste tributo pungente e pessoal, o filósofo Roger Scruton tece uma elegia à sua pátria, a Inglaterra, que é, ao mesmo tempo, uma esclarecedora e exaltante análise das suas instituições e cultura e uma celebração das suas virtudes.Abrangendo todos os aspectos da herança inglesa e informado por uma visão filosófica única, Inglaterra – Uma Elegia mostra como o seu país possui uma personalidade distinta e como dota os seus nacionais de um ideário moral também ele distinto.Inglaterra – Uma Elegia é uma defesa apaixonada, mas é também um lamento profundamente pessoal pelo perda e desvanecimento dessa Inglaterra da sua infância, da sua complexa relação com o seu pai e uma ampla meditação histórica e filosófica sobre o carácter, a comunidade, a religião, a lei, a sociedade, o governo, a cultura e o campo ingleses. -
Textos Políticos - Antologia«É aos escritos mais evidentemente políticos que é dedicada a escolha que se segue. É uma escolha pessoal – não há maneira menos redundante de dizer o óbvio. A minha intenção é pôr em destaque a dedicação de Gramsci a um projecto revolucionário muito claro: a assunção do poder por qualquer meio adequado para chegar a uma “ditadura do proletariado” que – ai de nós!, como diria Gramsci – terá de ser encarnada inicialmente pelo domínio do Partido e dos seus “melhores”, da sua aristocracia. Gramsci não tem medo das palavras – mas conhece o seu poder. Daí a sua popularidade entre uma extrema-esquerda como a do defunto Podemos, por exemplo, cujo ex-chefe carismático disse, numa entrevista aos Financial Times: “A realidade é definida pelas palavras. De modo que quem é dono das palavras tem o poder de moldar a realidade”. Essa ditadura não é o que nós julgamos ver: quer dizer, dizem-nos, liberdade.» da Introdução. -
As Fronteiras do ConhecimentoEm tempos muito recentes, a humanidade aprendeu muito sobre o universo, o passado e sobre si mesma. E, através dos nossos notáveis sucessos na aquisição de conhecimento, aprendemos o quanto ainda temos para aprender: a ciência que temos, por exemplo, abrange apenas 5% do universo; a pré-história ainda está a ser estudada, com muito por revelar, milhares de locais históricos ainda a serem explorados; e as novas neurociências da mente e do cérebro estão ainda a dará os primeiros passos. O que sabemos e como o sabemos? O que sabemos agora que não sabemos? E o que aprendemos sobre os obstáculos para saber mais? Numa época de batalhas cada vez mais profundas sobre o significado do conhecimento e da verdade, estas questões são mais importantes o que nunca. As Fronteiras do Conhecimento dá resposta a estas questões através de três campos cruciais de investigação: ciência, história e psicologia. Uma história notável da ciência, da vida na Terra e da própria mente humana, este é um tour de force convincente e fascinante, escrito com verve, clareza e uma amplitude deslumbrante de conhecimento. -
A Religião WokeUma onda de loucura e intolerância está a varrer o mundo ocidental. Com origem nas universidades americanas, a religião woke está a varrer tudo à sua passagem: universidades, escolas, empresas, meios de comunicação social e cultura.Esta religião, propagandeia, em nome da luta contra a discriminação, dogmas no mínimo inauditos:A «teoria de género» professa que o sexo e o corpo não existem e que a consciência é que importa.A «teoria crítica da raça» afirma que todos os brancos são racistas, mas que nenhuma pessoa «racializada» o é.A «epistemologia do ponto de vista» defende que todo o conhecimento é «situado» e que não existe ciência objectiva, nem mesmo as ciências exactas.O objectivo dos wokes é «desconstruir» todo o património cultural e científico e pôr-se a postos para a instauração de uma ditadura em nome do «bem» e da «justiça social».É tudo isto e muito mais que Braunstein explica e contextualiza neste A Religião Woke, apoiado por textos, teses, conferências e ensaios, que cita e explica longamente, para denunciar esta nova religião que destrói a liberdade.Um ensaio chocante e salutar. -
O que é a Filosofia?A VERSÃO EM LIVRO DO «CONTAGIANTE» PODCAST DE FILOSOFIA, COM PROTAGONISTAS COMO PLATÃO, ARISTÓTELES, AGOSTINHO, KANT, WITTGENSTEIN E HEIDEGGER. A PARTIR DO CICLO GRAVADO PELO CCB. Não há ninguém que não tenha uma «filosofia», achando-a tão pessoal que passa a ser «a minha filosofia». Há também quem despreze a filosofia e diga que é coisa de «líricos» — as pessoas de acção que acham que a filosofia nada tem que ver com a vida. Há ainda a definição mais romântica: a filosofia é a amizade pelo saber. E para todo este conjunto de opiniões há já teses filosóficas, interpretações, atitudes, mentalidades, modos de ser. Mas então afinal: O que é a filosofia? É essa a pergunta que aqui se faz a alguns protagonistas da sua história, sem pretender fazer história. A filosofia é uma actividade que procura descobrir a verdade sobre «as coisas», «o mundo», os «outros», o «eu». Não se tem uma filosofia. Faz-se filosofia. A filosofia é uma possibilidade. E aqui começa já um problema antigo. Não é a possibilidade menos do que a realidade? Não é o possível só uma ilusão? Mas não é o sonho, como dizia Valéry, que nos distingue dos animais? Aqui fica já uma pista: uma boa pergunta põe-nos na direcção de uma boa resposta, e uma não existe sem a outra, como se verá. «Se, por um lado, a erudição do professor António de Castro Caeiro é esmagadora, o entusiasmo dele pela filosofia e por estes temas em geral é bastante contagiante.» Recomendação de Ricardo Araújo Pereira no Governo Sombra -
Caminhar - Uma FilosofiaExperiência física e simultaneamente mental, para Frédéric Gros, caminhar não é um desporto, mas uma fuga, uma deriva ao acaso, um exercício espiritual. Exaltada e praticada por Thoreau, Rimbaud, Nietzsche e Gandhi, revestiu-se, desde a Antiguidade até aos dias de hoje, de muitas formas: errância melancólica ou marcha de protesto, imersão na natureza ou pura evasão. Do Tibete ao México, de Jerusalém às florestas de Walden, CAMINHAR (2008) inspira-nos a sair de casa e mostra como, pelo mundo inteiro, esta arte aparentemente simples de «pôr um pé à frente do outro» tem muito a oferecer e a revelar sobre o ser humano. -
Sobre a Brevidade da Vida - Edição EspecialAgora numa edição especial em capa dura.Um livro sobre o desperdício da própria existência. Escrito há dois mil anos para ser entendido agora.Com data de escrita normalmente situada no ano 49, Sobre a Brevidade da Vida, do filósofo romano Séneca, versa sobre a natureza do tempo, sobre a forma como é desaproveitado com pensamentos e tarefas que se afastam de princípios éticos de verdadeiro significado.Ainda que anotado no dealbar da era cristã, este tratado reinventa a sua própria atualidade e parece aplicável com clareza aos tempos de hoje, vividos numa pressa informativa, no contacto exagerado, tantas vezes a respeito de nada que importe, proporcionado pelas redes sociais.Sobre a Brevidade da Vida está longe de ser um livro dentro dos conceitos atuais de autoajuda. É, talvez bem pelo contrário, um texto duro, arrojado, incomodativo, como que escrito por um amigo que nos diz o que não queremos ouvir, por o saber necessário.Chegar ao fim do nosso tempo e senti-lo desperdiçado, eis a grande tragédia, segundo Séneca.
