Demolição
Este é o primeiro livro de poesia a solo de Joana M. Lopes - após ter já participado em algumas antologias poéticas - que se junta à coleção de poesia que a Ideia-Fixa está a editar de autores nacionais.
Escrito durante um processo de luto, este livro pretende ser luminoso como se a memória da pessoa que partiu fosse uma luz que brilha no escuro da sua própria ausência.
| Editora | Ideia-Fixa |
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| Categorias | |
| Editora | Ideia-Fixa |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | Joana M. Lopes |
Joana M. Lopes nasceu em 1984 e é considerada uma das promessas emergentes no cenário literário português. É autora de mais de uma dezena de livros infanto-juvenis, de vários contos publicados em colectâneas nacionais e também dos romances A chama de Adrião Blávio (2020) A vida de um homem que perseguia poemas (2018), ambos editados pela Aletheia Editores, onde também publicou os livros infantis “De onde vêm as bruxas” (Prémio de Literatura Infantil Pingo Doce 2014) e “Marcelo, o Presidente” (2018).
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A Vida de Um Homem que Perseguia PoemasTrata-se da história de um homem que nasceu com coração de poeta, mas que no decorrer de quarenta anos de vida, apesar de todos os esforços, nunca foi capaz de escrever um único poema. A sua sensibilidade para observar o mundo, aliada à incapacidade de escrever sobre o que vê e sente, levam-no a desenvolver uma inusitada obsessão por palavras.A história, narrada pelo homem, surge no momento em que este abandona a cidade e regressa à sua antiga casa na aldeia, lugar onde acredita poder curar-se. O contacto com objectos do passado desencadeia um conjunto de memórias, desde a infância à idade adulta. É a partir destas recordações que vamos descobrindo as razões que ao longo da vida apuraram a sensibilidade a este homem, mas que, simultaneamente, desencadearam a sua incapacidade de escrever. -
A Chama de Adrião BlávioAdrião Blávio, um solitário vigilante nocturno de um museu de arte, fica misteriosamente paralisado, passando a viver isolado num quarto de hospital. É neste espaço de confinamento que descobre a existênciade uma mulher chamada Lázara, vítima da mesma estranha enfermidade. A partir dessa descoberta começa a sonhar e a ouvir a voz dessa mulher, com quem passa a conversar e por quem se apaixona.A expectativa da salvação das garras da doença, os sonhos e planos para um futuro partilhado com Lázara, são as janelas de liberdade que Adrião usa para suportar os seus dias de imobilidade e solidão.Através de memórias fragmentadas e pensamentos dispersos, que aparecem como peças aleatórias de um puzzle, desvenda‐se gradualmente quem era este homem, antes da doença.Por fim, quando a desejada salvação chega, todas as peças dispersas se agrupam, revelando a verdadeira face de Adrião Blávio e até onde pode chegar a chama do seu amor ou o incêndio da sua loucura. -
Quando Estou Feliz - Quando Estou TristeUm livro circular (dois livros num só), que se pode ler do começo para o fim, e do fim para o início, quando estamos tristes, quando estamos felizes...em todas as ocasiões, porque os sentimentos são universais e precisamos de saber aprender a lidar com eles.
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Tal como És- Versos e Reversos do RyokanAntologia poética do monge budista Ryokan, com tradução a partir do original japonês. -
TisanasReedição das Tisanas de Ana Hatherly, poemas em prosa que ocuparam grande parte da vida da poeta e artista. -
NocturamaOs poemas são a exasperação sonhada As palavras são animais esquivos, imprecisos e noturnos. É desse pressuposto que Nocturama lança mão para descobrir de que sombras se densifica a linguagem: poemas que se desdobram num acordeão impressionante, para nos trazerem de forma bastante escura e às vezes irónica a suprema dúvida do real. -
Primeiros Trabalhos - 1970-19791970-1979 é uma selecção feita pela autora, da sua escrita durante esse mesmo período. Uma parte deste livro são trabalhos nunca publicados, onde constam excertos do seu diário, performances e notas pessoais. A maioria dos textos foram publicados ao longo da década de setenta, em livros que há muito se encontram esgotados, mesmo na língua original.“Éramos tão inocentes e perigosos como crianças a correr por um campo de minas.Alguns não conseguiram. A alguns apareceram-lhes mais campos traiçoeiros. E algunsparece que se saíram bem e viveram para recordar e celebrar os outros.Uma artista enverga o seu trabalho em vez das feridas. Aqui está então um vislumbredas dores da minha geração. Frequentemente bruto, irreverente—mas concretizado,posso assegurar, com um coração destemido.”-Patti SmithPrefácio de Rafaela JacintoTradução de cobramor -
Horácio - Poesia CompletaA obra de Horácio é uma das mais influentes na história da literatura e da cultura ocidentais. Esta é a sua versão definitiva em português.Horácio (65-8 a.C.) é, juntamente com Vergílio, o maior poeta da literatura latina. Pela variedade de vozes poéticas que ouvimos na sua obra, estamos perante um autor com muitos rostos: o Fernando Pessoa romano. Tanto a famosa Arte Poética como as diferentes coletâneas que Horácio compôs veiculam profundidade filosófica, mas também ironia, desprendimento e ambivalência. Seja na sexualidade franca (censurada em muitas edições anteriores) ou no lirismo requintado, este poeta lúcido e complexo deslumbra em todos os registos. A presente tradução anotada de Frederico Lourenço (com texto latino) é a primeira edição completa de Horácio a ser publicada em Portugal desde o século XVII. As anotações do professor da Universidade de Coimbra exploram as nuances, os intertextos e as entrelinhas da poética de Horácio, aduzindo sempre que possível paralelo de autores portugueses (com destaque natural para Luís de Camões e Ricardo Reis). -
Um Inconcebível AcasoNo ano em que se celebra o centenário de Wisława Szymborska, e coincidindo com a data do 23º aniversário da atribuição do prémio Nobel à autora, as Edições do Saguão e a tradutora Teresa Fernandes Swiatkiewicz apresentam uma antologia dos seus poemas autobiográficos. Para esta edição foram escolhidos vinte e seis poemas, divididos em três partes. Entre «o nada virado do avesso» e «o ser virado do avesso», a existência e a inexistência, nesta selecção são apresentados os elementos do que constituiu o trajecto e a oficina poética de Szymborska. Neles sobressai a importância do acaso na vida, o impacto da experiência da segunda grande guerra, e a condição do ofício do poeta do pós-guerra, que já não é um demiurgo e, sim, um operário da palavra que a custo trilha caminho. Nos poemas de Wisława Szymborska esse trajecto encontra sempre um destino realizado de forma desarmante entre contrastes de humor e tristeza, de dúvida e do meter à prova, de inteligência e da ingenuidade de uma criança, configurados num território poético de achados entregues ao leitor como uma notícia, por vezes um postal ilustrado, que nos chega de um lugar que sabemos existir, mas que muito poucos visitam e, menos ainda, nos podem dele dar conta. -
AlfabetoALFABET [Alfabeto], publicado em 1981, é a obra mais conhecida e traduzida de Inger Christensen.Trata-se de um longo poema sobre a fragilidade da natureza perante as ameaças humanas da guerra e da devastação ecológica. De modo a salientar a perfeição e a simplicidade de tudo o que existe, a autora decidiu estruturar a sua obra de acordo com a sequência de números inteiros de Fibonacci, que está na base de muitas das formas do mundo natural (como a geometria da pinha, do olho do girassol ou do interior de certas conchas). Como tal, Alfabeto apresenta catorze secções, desde a letra A à letra N, sendo que o número de versos de cada uma é sempre a soma do número de versos das duas secções anteriores. Ao longo destes capítulos, cada vez mais extensos, Christensen vai assim nomeando todas as coisas que compõem o mundo.Este livro, verdadeiramente genesíaco, é a primeira tradução integral para português de uma obra sua. -
Fronteira-Mátria - [Ou Como Chegamos Até Aqui]Sou fronteiradois lados de lugar qualquerum pé em cada território.O ser fronteiriço énascer&serde todo-lugar/ lugar-nenhum.(…)Todas as coisas primeiras são impossíveis de definir. Fronteira-Mátria é um livro que traz um oceano ao meio. Neste projeto original que une TERRA e MAZE, há que mergulhar fundo para ler além da superfície uma pulsão imensa de talento e instinto.Toda a criação é um exercício de resistência. Aqui se rimam as narrativas individuais, com as suas linguagens, seus manifestos, suas tribos, mas disparando flechas para lá das fronteiras da geografia, do território, das classes e regressando, uma e outra vez, à ancestral humanidade de uma história que é coletiva — a nossa. Veja-se a beleza e a plasticidade da língua portuguesa, a provar como este diálogo transatlântico é também a celebração necessária do que, na diferença, nos une.Todas as coisas surpreendentes são de transitória definição. Há que ler as ondas nas entrelinhas. Talvez o mais audacioso deste livro seja o servir de testemunho para muito mais do que as quatro mãos que o escrevem. Ficamos nós, leitores, sem saber onde terminam eles e começamos nós.Todas as coisas maravilhosas são difíceis de definir. Este é um livro para ouvir, sem sabermos se é poesia, se é música, se é missiva no vento. Se é uma oração antiga, ainda que nascida ainda agora pela voz de dois enormes nomes da cultura hip-hop de Portugal e do Brasil. Mátria carregada de futuro, anterior à escrita e à canção.Minês Castanheira