Deus Vem a Público - Entrevistas sobre a transcendência I Volume
A forma de dizer o nome de Deus foi sempre plural. A pluralidade de olhares é uma marca destas
entrevistas, que reflectem diferentes palavras e modos diversos de olhar o mistério insondável a que
se chama Deus. E que tanto podem provir de um cristão católico ou protestante, de uma muçulmana
ou de um judeu, de um budista ou um não-crente.Nelas se debatem cortinas de dogmas que
por vezes tolhem a possibilidade de um debate sério e mais rico sobre muitas das questões que a
Deus e à humanidade dizem respeito.Ou revela-se o espantoso empenhamento radical de mulheres
e homens na construção de uma «parábola de comunhão» para a casa comum da família humana.
Ou ousa-se propor novos horizontes aos modos de olhar. As entrevistas foram inicialmente publicadas
no Público (em alguns casos, apenas em versões reduzidas) que, desde a fundação, «deu uma
atenção moderna e esclarecida ao noticiário religioso», como um dia escreveu Eduardo Prado
Coelho. O facto de estes textos serem agora reunidos muito fica a dever a essa atitude fundadora
e à concretização que António Marujo lhe imprimiu.
| Editora | Pedra Angular |
|---|---|
| Categorias | |
| Editora | Pedra Angular |
| Negar Chronopost e Cobrança | Não |
| Autores | António Marujo |
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A Lista do Padre Carreira: a história desconhecida do português que escondeu refBiografia do Padre Joaquim Carreira, personagem muito relevante da História de Portugal no século XX, mas quase desconhecido no nosso país. Escrita por António Marujo, que tem investigado sobre a vida deste padre nos últimos anos, esta obra mostrará como Joaquim Carreira abrigou judeus durante a ocupação nazi de Roma, entre Setembro de 1943 e Julho de 1944, quando era reitor do Colégio Pontifício Português da capital italiana. Os seus esforços e coragem foram já reconhecidos pelo Yad Vashem, o Memorial do Holocausto de Jerusalém, tendo sido o quarto português a entrar na lista desta instituição. -
Teologia com ResistênciaPode a Teologia deixar marcas em carne viva – um dedo atingido por uma máquina, uma doença tropical, a morte de um pai? E pode ela ajudar a exercer um mandato autárquico, gerir fluxos financeiros, jogar melhor futebol, colocar questões à nossa humanidade? Ou, no fundo, ela não serve para nada? A propósito dos 50 anos da Faculdade de Teologia da Universidade Católica, dois jornalistas fotografaram e falaram com quatro dezenas de antigos e atuais alunos e professores da faculdade, que, com uma liberdade que chega à autocrítica, falam do percurso individual e das encruzilhadas em que a Teologia se encontra: ela só se pode assumir como fator de resistência. -
A Caixa de Correio de Nossa SenhoraCorreio de Nossa Senhora, em Fátima. Este arquivo do Santuário, até hoje desconhecido, guarda as cartas que os devotos da Virgem de Fátima, de todas as idades, condições sociais e origens geográficas, lhe têm dirigido ao longo do tempo. Nele encontramos muitos mistérios e declarações, pedidos de saúde ou de emprego para o próprio ou para outras pessoas, amores proibidos e confessados, crimes escondidos, desilusões amorosas, angústias existenciais, orações pela paz no mundo e pela «conversão dos pecadores» ou da Rússia, pelo fim da Guerra Colonial na sua dimensão política (a derrota dos «terroristas» ou do «comunismo») ou mais pessoal (o regresso de um filho, um namorado, um neto mobilizados)... «O acesso a documentos, por vezes pessoais, faz parte da rotina de investigação jornalística, académica ou judicial, mas este Correio de Nossa Senhora, como é denominado no Santuário, não tem paralelo com outro material do género. A riqueza destes documentos, que em boa hora o Santuário entendeu preservar e agora disponibilizar para estudo, permitem, por exemplo, analisar a evolução da religiosidade portuguesa vivenciada em Fátima ou com Fátima, a relação com a entidade Nossa Senhora de Fátima ou até a história das ideias sobre Fátima e a religião, em Portugal e no mundo. Este espólio tem um elevado potencial de investigação. São testemunhos quentes e, até por isso, por vezes inquietantes. Alguns conteúdos cortam-nos a respiração. Entre as cerca de 50 mil mensagens que nos passaram pelas mãos, como não ficar inquieto com testemunhos de vida, na primeira pessoa, sem constrangimentos ou mediações?» Joaquim Franco, jornalista e coautor da investigação que deu origem a este livro . -
NovidadeOs Caminhos da Liberdade Religiosa em PortugalA Assembleia da República inaugurou a exposição “Os caminhos da liberdade religiosa em Portugal”, inserida no âmbito das iniciativas que decorrem para assinalar o Dia Nacional da Liberdade Religiosa e do Diálogo Inter-religioso. Comissariada por António Marujo, esta exposição pretende divulgar os marcos essenciais do pensamento público, em Portugal, sobre as questões da liberdade religiosa, na época contemporânea e até a aprovação da Lei de 2001 e, subsequentemente, a sua concretização, e divulgar as atitudes e os posicionamentos das diferentes confissões religiosas, em torno do respeito pela liberdade e o incentivo ao pluralismo e ao diálogo inter-religioso. Pretende ainda mostrar a forma como a liberdade de religião se encaixa no regime de direitos, liberdades e garantias, isto é, nos direitos fundamentais.
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Cartas a um Jovem AteuNo livro Cartas a um Jovem Ateu, Nuno Tovar de Lemos, sj estabelece um diálogo fascinante entre um jovem biólogo e ele próprio, explorando questões de fé e amor. Uma obra cativante, editada pela Frente e Verso, que nos leva a refletir sobre as complexidades da vida e da fé. Ateus ou não, todos temos perguntas sobre Deus, a Igreja, a vida: ser ateu ou agnóstico? Que fazer quando Deus nos desilude? Haverá algo depois da morte? Que se ganha em ter fé? Estas e muitas outras perguntas preenchem as páginas deste livro, dando vida e corpo às cartas que o compõem, num diálogo constante entre o autor e o seu correspondente imaginário. Mais do que simples respostas, estas cartas constituem uma profunda reflexão sobre a vida, o amor, as relações, Deus e cada um de nós. Com o bónus de se lerem como um romance, cheio de revelações sobre os protagonistas. Imperdível! -
Confissões«O êxito, o valor e a sedução das Confissões estão sobretudo no facto de nelas Santo Agostinho «confessar» com sinceridade, humanismo e flagrância os problemas da sua vida de homem religioso e atormentado, que são afinal os problemas de todos nós. As suas dúvidas, interrogações e respostas, sendo ecos da vida humana, refletem também ecos da nossa vida e por isso permanecem vivas e atuais.»Lúcio Craveiro da Silva, S.J.«Talvez que a mais profunda atualidade de Agostinho resida, justamente, no seu fantástico e sublime anacronismo. Queremos dizer, na sua incompatibilidade profunda – ao menos na aparência – com a pulsão cultural que domina hoje não apenas o Ocidente mas o mundo inteiro.»Eduardo Lourenço -
História das Religiões - Da Origem dos Deuses às Religiões do FuturoEste livro é uma viagem. E «viajar é estar vivo»...Por onde vamos viajar? Por uma geografia que se estende da Escandinávia até África e do Brasil até à China, com epicentro na região do Crescente Fértil. A cronologia principia no terceiro milénio a.C. É espantosa a influência que estas tradições religiosas tiveram na nossa cultura. Pense-se nas ideias de Juízo Final, de ressurreição e de Paraíso.Ou nos revivalismos a que algumas deram lugar, como no caso das mundividências celta e escandinava, com a sua celebração da Natureza, visível na obra de Tolkien. Quem não conhece O Senhor dos Anéis?Na primeira parte, são apresentados seis politeísmos antigos: as religiões étnicas (com exemplos de Moçambique e do Brasil); as religiões da Mesopotâmia (em especial, da Suméria); a fabulosa religião do Antigo Egito; os casos dos Celtas e dos Nórdicos; e as religiões da Grécia e da Roma antigas, sementes da ideia de Europa. Há ainda um capítulo sobre o Zoroastrismo - o monoteísmo dual que foi a religião oficial da Pérsia durante doze séculos.Na segunda parte, uma mão experiente propõe-nos uma antevisão dos modelos religiosos do futuro: o teocrático; o da religião oficial nacional; o secular radical; e o multirreligioso. A terceira parte é dedicada ao Taoismo, a joia espiritual da China Antiga. O Tao Te Ching de Laozi é, depois da Bíblia, um dos livros mais traduzidos em todo o mundo. Um seu continuador, Zhuangzi, também maravilhou muitos pensadores ocidentais, de Heraclito a Heidegger.Vale a pena a experiência desta leitura. Como escreveu Tolkien, «nem todos os que vagueiam estão perdidos». Fizemos, por isso, uma obra rigorosa e muito didática. Embarque connosco, porque - dizia Eduardo Lourenço - «mais importante do que o destino é a viagem»! -
Se Deus é Bom, Porque Sofremos?Reflexões intensas e provocadoras sobre o sofrimento e a bondade de Deus: um e outra contradizem-se? Que se entende por bom quando se fala de Deus? Como sofremos e porquê? Perguntas difíceis para respostas exigentes, numa obra que não faz concessões à facilidade. Segundo o autor, "o sofrimento toca a todos", podendo "revoltar alguns e desanimar outros". No entanto, "há sempre um senso comum de que, no fundo, pode não ser assim tão mau. Antes, até nos pode fazer crescer; e vale a pena tentar ajudar outros: pelo menos para que não lhes aconteça coisa pior". Cada leitor é convidado pelo P. Vasco Pinto de Magalhães, a "parar, agradecer a realidade e tentar relê-la com olhos Bons", pondo "por escrito o caminho que fez e vai fazendo: as luzes e as sombras, os sucessos e as crises. Estas, quando partilhadas, podem ajudar muito o próprio e os outros. Não se trata de eliminar o sofrimento, mas de saber viver e crescer com ele. Trata-se de pôr a render, comunicando, a maior riqueza que temos: a nossa realidade, (onde anda Deus!), sem esconder fragilidades". -
Papa Francisco JMJ Lisboa 2023 - Discursos e HomiliasNum mundo abalado por incertezas, escândalos e divisões, surge um convite à unidade, à compreensão mútua e à ação concreta. Independentemente das diferenças que nos separam, somos todos parte de uma única família humana, que partilha sonhos, aspirações e o desejo de um mundo melhor. Francisco apresentou um conjunto de propostas sobre temas que tocam as vidas dos jovens: fé, justiça social, cuidado com o meio ambiente, diálogo inter-religioso e a importância da solidariedade global. Cada página é um testemunho da capacidade de liderança espiritual do Papa, que transcende fronteiras e conecta gerações, inspirando-nos a olhar além das adversidades e a construir um mundo de amor, de compaixão, de tolerância. Uma mensagem de esperança para «todos, todos, todos»! -
NovidadeVem para Fora! - A Promessa do Maior Milagre de JesusNeste novo e fascinante livro, o padre James Martin, SJ, explora a história do maior milagre de Jesus – a ressurreição de Lázaro dos mortos. Ele faz uma fusão entre a exegese bíblica com reflexões diferenciadas sobre a história de Lázaro, representada na cultura mais ampla da arte, da literatura, do cinema. Sempre focado sobre o que Jesus quer dizer quando chama cada um de nós a «LEVANTAR-SE». De forma meditativa e cuidadosa, o autor conduz-nos, versículo a versículo, oferecendo reflexões profundas sobre as lições de Jesus sobre amor, família, amizade, tristeza, frustração, medo, raiva, liberdade e alegria. Assim, James Martin ajuda-nos a abandonarmos as crenças limitantes que nos impedem de experienciar a presença de Deus em nossas vidas. Precisamos apenas de nos abrir à história transformadora de Lázaro e confiar que Deus pode usá-la para nos libertar, e darmos início, como Lázaro, a uma nova vida. -
100 Minutos com o AlcorãoO Corão é tão precioso para os Muçulmanos, que muitos conseguem recitá-lo de cor do início ao fim. No entanto, para aqueles que estão fora do Islão, é um livro fechado. Baseado num modelo introduzido por Shah Wali Allah em meados do século XVIII, o presente livro tem por objectivo tornar a profunda orientação do Corão acessível a todos. Ficará certamente surpreendido por ler sobre inúmeras personagens históricas, que poderá também encontrar nos livros Cristãos e Judeus. Para os Muçulmanos, este pequeno livro poderá revelar novos aspectos sobre o Corão. Fácil de ler, torná-lo-á acessível mesmo para os não-Muçulmanos. -
Construindo uma Ponte - Como a Igreja Católica e a Comunidade LGBT podem Estabelecer uma Relação de Respeito, Compaixão e SensibilidadeEste livro constitui um modesto convite para que a Igreja Católica crie uma maior proximidade pastoral relativamente à comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros). Mais especificamente ainda, trata da aproximação entre a Igreja e os católicos LGBT ao mesmo tempo que analisa igualmente de que modo a comunidade LGBT poderá empreender um diálogo mais frutífero com a Igreja institucional. Trata-se de uma «ponte» de dois sentidos, embora o ónus do lançamento da primeira pedra para a construção dessa ponte recaia sobre a Igreja. O papa Francisco assumiu, de múltiplas maneiras, a liderança na construção de pontes: para começar, tornando-se o primeiro Papa a usar a palavra «gay» em público e, a propósito deles, aproveitando para perguntar, porventura na sua declaração mais famosa: «Quem sou eu para julgar?»